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Capa
Introdução
A língua portuguesa, por muitos, é considerada uma das línguas mais difíceis de ser aprendida. A língua portuguesa originou-se do latim vulgar falado no noroeste da Península Ibérica. Na Idade Média, ela se transformou numa única língua, junto com o galego. Hoje, ela é conhecida nos meios científicos como galaico-português. No reinado de D. Dinís a língua portuguesa, então designada como língua comum, tornou-se oficial a língua oficial em todos os documentos régios, em detrimento do latim. A língua portuguesa, tal como o francês, tem uma herança céltica, visivelmente pronunciada usando vogais nasais.
O Português está classificado na seguinte hierarquia de famílias:
Indo-europeia Itálica Românica Ítalo-ocidental Românica ocidental Galo-ibérica Ibero-românica Ibero-ocidental Galaico-portuguesa Português
Atualmente, ela é falada em todos os continentes, sendo oficial em Portugal, Brasil, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, Timor-Leste e em Macau - hoje uma região autônoma chinesa. Existem comunidades falantes de português em todo o Mundo - em territórios que pertenceram a Portugal, como, por exemplo, Goa, Damão, Diu (Índia) e Malaca (Malásia) - e comunidades emigrantes do Brasil, Portugal, Cabo Verde, Angola e Moçambique que se estabeleceram em outros países. A língua portuguesa tem duas variantes: o português europeu e o português brasileiro. No futuro espera-se que o português falado em Angola e em Timor-Leste sejam promovidos a novas variantes do português. Atualmente, o Brasil, pela sua influência econômica, desenvolve um esforço notável na promoção da língua portuguesa.
"Fala, para que eu te escute", diz Sócrates.
Assim enaltecemos claramente o porquê do estudo gramatical, a intrínseca relação do homem e a comunicação. O conhecimento da própria língua não se inclui na categoria de saberes inúteis, o saber independente de utilidade prática. Lembremos que a língua não é morta, parada no tempo; a sociedade está em constante produção desta identidade cultural: a língua portuguesa.
Índice remissivo
Aqui estão constatados os 205 módulos do wikilivro "Português" por ordem alfabética. Uma lista semelhante pode ser vista na categoria de páginas do wikilivro.
A[editar | editar código-fonte]
C[editar | editar código-fonte]
- Capa
- Cedilha
- Classificação das consoantes
- Classificação das figuras linguísticas
- Classificação das orações subordinadas
- Classificação das palavras
- Classificação das palavras quanto ao acento tônico
- Classificação das palavras quanto ao número de sílabas
- Classificação das vogais
- Classificação dos adjetivos
- Classificação dos fonemas
- Classificação dos substantivos
- Colocação irregular de termos
- Colocação pronominal
- Colocação pronominal nas locuções varbais
- Comparação metafórica
- Complemento nominal
- Complemento verbal
- Composição das palavras
- Concordância de termos
- Concordância nominal
- Concordância verbal
- Conjugação de verbos irregulares (terminação AR)
- Conjugação de verbos irregulares (terminação ER)
- Conjugação de verbos irregulares (terminação IR)
- Conjugação de verbos irregulares (terminação OR)
- Conjugação reflexiva
- Conjunções
- Contrações
- Correlação verbal
D[editar | editar código-fonte]
E[editar | editar código-fonte]
F[editar | editar código-fonte]
G[editar | editar código-fonte]
H[editar | editar código-fonte]
I[editar | editar código-fonte]
L[editar | editar código-fonte]
M[editar | editar código-fonte]
N[editar | editar código-fonte]
O[editar | editar código-fonte]
- Objeto direto
- Objeto indireto
- Onomástica
- Oração
- Oração coordenada assindética
- Oração coordenada sindética
- Oração correlacionada
- Oração subordinada adjetiva
- Oração subordinada adverbial
- Oração subordinada substantiva
- Orações coordenadas
- Orações principais
- Orações reduzidas
- Orações subordinadas
- Ortoépia
- Ortografia
P[editar | editar código-fonte]
- Paranomasia simples
- Particípio, gerúndio, tempos compostos e perifrásticos
- Período
- Período composto
- Pleonasmo
- Plural
- Predicado
- Predicativo
- Preposições
- Próclise
- Pronomes
- Pronomes demonstrativos
- Pronomes de tratamento
- Pronomes indefinidos
- Pronomes interrogativos
- Pronomes pessoais
- Pronomes possessivos
- Pronomes relativos
- Pronúncia
- Prosódia
R[editar | editar código-fonte]
S[editar | editar código-fonte]
T[editar | editar código-fonte]
U[editar | editar código-fonte]
V[editar | editar código-fonte]
Sobre o livro
- Ao leitor
- Este wikilivro foi feito por vários editores ao longo de vários anos, e você pode nos ajudar a fazer deste trabalho, livre e gratuito, cada vez melhor. Em caso de dúvidas, contacte-nos. Para melhor entendimento do conteúdo deste wikilivro, você pode, se quiser, primeiramente, ler o wikilivro Introdução à língua portuguesa.
- Sobre a edição
- Os escritores deste livro são a maioria brasileiros (das regiões sul e sudeste), e, por isso, é inevitável que o português predominante seja do Brasil, ora visto, com maior frequência, que o de outros países de fala portuguesa, o que inclui a léxica implícita nas próprias explicações.
- Para maiores detalhes, veja na wikipédia os artigos sobre o português brasileiro, europeu e angolano. Tenha uma boa leitura!
Gramática e Literatura
Este módulo tem a seguinte tarefa pendente: Verificar a necessidade desta página. Avaliar se não é melhor criar uma página de introdução para cada um destes assuntos ex.: Português/Gramática/Introdução, Português/Literatura/Introdução. |
Neste livro abordaremos dois assuntos: a gramática e a literatura. Mas, o que é gramática e o que é literatura?
Gramática[editar | editar código-fonte]
É o ramo da língua que estuda as palavras. É dividida em:
- Fonética - estuda os sons das palavras;
- Morfologia - estuda a formação e classificação das palavras;
- Sintaxe - estuda as funções de cada palavra em uma frase;
- Estilística - estuda a diferença das palavras na frase em determinato estilo literário;
- Semântica - estuda o significado das palavras.
Literatura[editar | editar código-fonte]
É o ramo da língua que estuda o contexto. É dividida em:
- Análise do discurso - estuda as diferentes partes de um texto;
- Literária - estuda os estilos literários.
Fonema
Os fonemas (do grego phōnē) são as menores unidades sonoras de nossa fala. São sons elementares que, combinados e articulados (falados), geram sílabas, vocábulos e frases. Quando citamos a palavra Brasil, por exemplo, estamos a emitir duas sílabas (Bra-sil) e seis fonemas. Note que numa sílaba pode haver um ou mais fonemas.
Existem aproximadamente 33 fonemas no sistema fonológico do Português brasileiro.
Os fonemas podem ser representados de forma escrita, fazendo-se uso de sinais gráficos (signos), os quais chamamos letras. O conjunto das letras usadas para se escrever chama-se alfabeto (etimologia vinda das letras gregas alfa + beta), ou abecedário — havendo ainda a designação abecê, mais informal.
Alfabeto Fonético[editar | editar código-fonte]
O Alfabeto Fonético Internacional (AFI) é um alfabeto composto por diversos símbolos (alofones), cada um representando um fonema(som) diferente, usado para todas as línguas e dialetos. Apesar da norma culta portuguesa admitir apenas 33 fonemas, podemos encontrar outros fonemas dependendo da região. Os sistemas de transição escrita à fonética pela pronúncia mais conhecidos são AFI e X-SAMPA, estes possuem algumas diferenças de símbolos. Veja como a palavra português é falada em algumas regiões, utilizando o AFI:
- Rio de Janeiro: /poxtuˈɡejʃ/
- São Paulo (cidade): /poɾtuˈɡes/
- São Paulo (interior): /poɹtuˈɡejs/
- Portugal: /pʊɾtʊˈɡeʃ/
Par mínimo[editar | editar código-fonte]
O par mínimo ocorre quando em uma palavra podemos trocar um fonema por outro, formando uma palavra de semântica(significado) diferente, sendo, algumas vezes, estas palavras parónimas/parônimas - no caso de o significado não mudar, provavelmente será uma diferenciação de sotaques, estas possuirão relação de tonicidade (veja Tonema e Cronema). O par mínimo pode ser formado por tonemas e cronemas. Exemplo:
+ ala = | bala | |
---|---|---|
cala | ||
fala | ||
gala | ||
mala | ||
pala | ||
rala | ||
sala | ||
tala | ||
vala |
Classificação[editar | editar código-fonte]
Voz[editar | editar código-fonte]
- Ver módulo: Fonação
Tom e duração[editar | editar código-fonte]
- Ver módulo: Tonema e Cronema
Encontros[editar | editar código-fonte]
- Ver módulos: Encontros vocálicos e Encontros consonantais
Representação[editar | editar código-fonte]
Fonema/Classificação dos fonemas
Quanto à classificação dos fonemas, consideram-se três classes:
- Vogal
- Semi-vogal
- Consoante
Vogal[editar | editar código-fonte]
- Ver módulo: Classificação das vogais
São os sons laríngeos (fonemas sonoros), que chegam livremente ao exterior sem fazer ruído.
Semi-vogal[editar | editar código-fonte]
São os fonemas vocálicos átonos que sempre se unem a uma vogal para formar uma sílaba, com ou sem consoante. As semi-vogais podem ser chamadas de semi-consoantes e de consoantes aproximadas, por terem características de vogais quanto ao som, mas características de consoantes quanto a posição dos órgãos da faringe e da língua.
Consoantes[editar | editar código-fonte]
- Ver módulo: Classificação das consoantes
São os ruídos gerados da resistência que o trato vocal opõe à corrente de ar.
Fonema/Classificação das vogais
As vogais (do latim vocalis) são sons que quando produzidos, não há impedimento na passagem do ar. São classificadas de acordo com:
Zona de articulação[editar | editar código-fonte]
A parte da boca em que o ponto máximo da língua de determinada vogal é pronunciada determina sua zona de articulação.
- Anteriores: i (ex: lixa), ê (ex: senhor), é (ex: ela), á (ex: haste).
- Centrais: â (ex: antes).
- Posteriores: u (ex: puxar), ô (ex: olhar), ó (ex: olhos).
Além destas zonas de articulação, existem as zonas de articulação de transição (Quase anterior e Quase posterior).
Abertura bucal[editar | editar código-fonte]
As vogais podem ser classificadas de acordo com a abertura da boca:
- Fechadas: i, u
- Semi-fechadas: ê, ô
- Semi-abertas: é, ó
- Abertas: á
Podem existir vogais em aberturas na faixa de transição (Quase fechada, Média e Quase aberta), é o caso de â, que é geralmente quase aberta no Brasil, e entre média e semi-aberta em Portugal.
Arredondamento[editar | editar código-fonte]
O arredondamento labial altera pouco o som nas vogais fechadas. Na língua portuguesa quase não são vistos, mas em línguas como o francês podemos observar facilmente:
- Vogais arredondadas: geralmente as vogais posteriores
- Vogais não-arredondadas: geralmente as vogais anteriores
Oralidade e nasalidade[editar | editar código-fonte]
As vogais podem ser orais, pronunciadas na cavidade bucal, apenas, ou nasais, pronunciadas também nas cavidades nasais.
- Orais: a, e, i, o, u
- Nasais: ã (an/am), ẽ (en/em), ĩ (in/im), õ (on/om), ũ (un/um).
Na língua portuguesa, /a ~ ɐ/ costuma ter apenas /ɐ̃ ~ ɜ̃ ~ ə̃/ como equivalente nasal, embora raras vezes, como na pronúncia padrão de a antena, pode-se haver uma vogal aberta nasalizada.
Intensidade[editar | editar código-fonte]
As vogais, dentro de uma palavra maior, podem ser tônicas, pronunciadas de maneira mais forte, átonas, pronunciadas de maneira fraca, e subtônicas (também chamadas tônicas secundárias), tônicas mais fracas que a tônica principal.
- Tônicas: Tupi, luz.
- Tônicas secundárias ou subtônicas: cafezinho, somente.
- Átonas: ela, órfã.
Comprimento[editar | editar código-fonte]
As vogais podem ser longas ou curtas, dependendo do tempo que elas são pronunciadas em relação à maioria das vogais. Curiosamente, o português não marca de forma alguma o comprimento vocálico em suas palavras (pois a maioria absoluta das vogais são curtas), mas é comum que sejam percebidas vogais longas em algumas palavras, mas apenas em alguns dialetos.
- Curtas: comi, ando.
- Longas: sorris, funis, à (em alguns dialetos, apenas)
Timbre[editar | editar código-fonte]
- Aberto: a, é, o
- Fechado: ê, ô, i, u e as nasais.
- Reduzido: vogais átonas orais ou nasais.
Tensão[editar | editar código-fonte]
A diferença da tensão é definida como ATR (Advanced tongue root). As vogais podem ser classificadas em:
- Relaxadas: os músculos estão relaxados.
- Tensas: os músculos estão firmes, há a expansão da faringe (movendo a base da língua para frente), diminuição e abaixamento da laringe, fazendo o ar centralizar.
Não existe tal diferença na língua portuguesa, pois todas as vogais na voz melódica são relaxadas.
Tabela de vogais[editar | editar código-fonte]
Anterior | Central | Posterior | |||
Fechada | |||||
Semifechada | |||||
Semiaberta | |||||
Aberta |
Aqui está a tabela das vogais conforme o alfabeto fonético internacional:
Anterior | Quase Anterior | Central | Quase Posterior | Posterior | |
Fechada | |||||
Quase fechada | |||||
Semifechada | |||||
Média | |||||
Semiaberta | |||||
Quase aberta | |||||
Aberta |
Cada símbolo, representa um som. Observe algumas palavras em português em que alguns deles são utilizados (nos de Portugal foram usadas representações fonéticas de Lisboa e nos do Brasil, a maioria da cidade de São Paulo):
Observações: As outras vogais são restritamente utilizadas em certas regiões e/ou em poucas palavras da língua portuguesa. Algumas nem são ditas nesta. Fonema/Classificação das consoantesAs consoantes (do latim consonante que é igual a soante + com) são sons da fala produzidos através do impedimento da passagem de ar. Em comparação com as vogais, há grande diferença quanto a continuidade da frequência do sinal sonoro. Egressão[editar | editar código-fonte]
Articulação[editar | editar código-fonte]As consoantes cujo modo de articulação possuem, são classificadas em:
Ponto de articulação[editar | editar código-fonte]
Além de as consoantes serem classificadas por articulação, também são pelo ponto de articulação:
Consoantes bilabiais - Consoantes formadas pelo impedimento do ar pelos lábios — b, m, p
Consoantes bidentais-
Consoantes linguolabiais -
Consoantes palatais - Consoantes formadas pelo impedimento do ar pela língua quando esta em contato com o palato duro (próximo aos lábios) — d (às vezes e sempre antes de i), g (fraco, com som de j), j, t (às vezes e sempre antes de i); dígrafos ch, lh, nh
Consoantes faríngeas -
Consoantes glotais - Consoantes formadas pelo impedimento do ar pela vibração da glote (abaixo da abertura da laringe à faringe, oposta à epiglote) Não-egressão[editar | editar código-fonte]
Junção consonantal[editar | editar código-fonte]
Vibração[editar | editar código-fonte]As consoantes podem ser classificadas pela vibração da laringe:
Tensão[editar | editar código-fonte]A tensão é classificada de acordo com o tônus muscular na emissão consonantal, semelhante à tensão das vogais.
Pode haver consoantes entre estas tensões, sendo que a aspiração é proporcionalmente inversa à voz. Em português apenas existem as consoantes lenis. Observações:
Tabela das consoantes[editar | editar código-fonte]Os alofones que se encontram à esquerda dos quadros são consoantes surdas, à direita são consoantes sonoras:
Fonema/FonaçãoA fonação consiste no estudo das vozes. Na formação das consoantes e das vogais, cada uma das quais possui uma zona de articulação, alguns órgãos podem-se alterar para possibilitar a produção do som. Registro vocal[editar | editar código-fonte]O registro da voz é produzido de acordo com a posição das válvulas e músculos e da vibração das pregas vocais. Pode ser dividido em:
Fonação glotal[editar | editar código-fonte]
Na fonação surda, o ar passa pelas pregas vocais sem que estas consigam vibrar e produzir um som, de vogal ou consoante. Já no murmúrio a glote fica levemente fechada, fazendo o ar ficar um pouco mais tempo na laringe, fazendo com que as pregas vocais possam vibrar um pouco. Na voz baixa o ar fica um pouco mais tempo que o murmúrio, logo haverá mais vibrações nas pregas vocálicas. Na voz melódica (que é a voz comum), a glote fecha-se e abre-se por um tempo, conforme a imagem ao lado. Já na voz firme, a glote fica muito tempo fechada, fazendo haver demasiadas vibrações. Quando a glote fica muito tempo totalmente fechada, as vibrações feitas no ar se dissipam e fazendo o som não sair. Tamanho das pregas vocais[editar | editar código-fonte]O tamanho das pregas vocais influencia nas vibrações. Quanto maior as pregas, mais vibrações serão produzidas. Acontece que na puberdade este tamanho é bastante alterado, logo, não estaremos acostumados a deixar a glote menos tempo fechada (já que são produzidas mais vibrações), então a voz acaba de ser melódica e passa a ser firme. Fonação Supraglotal[editar | editar código-fonte]As articulações dos órgãos supra-glotais (dos órgãos localizados na laringe) são:
A laringoscopia, que trata de tais articulações, ainda está sendo estudada, mas sabe-se que quando algumas destas são combinadas, podem surgir os seguintes resultados na voz, na formação geralmente das vogais:
Fonema/Tonema e CronemaTonema e cronema são tipos de fonemas. Tonema[editar | editar código-fonte]
Tonema é um fonema cuja entonação, isto é, seu tom, pode ser alterado sem alterar a semântica ou sintaxe frasal. O tom é alterado de acordo com regiões geográficas: um dos fatores que constroem um sotaque. Decorrente de vogais próximas a ele, este fenômeno é chamado metafonia (que consiste num tonema):
Cronema[editar | editar código-fonte]Cronema é o fonema que tem uma duração maior que os outros fonemas. Em várias línguas, a exemplo da italiana, ele é formado pela duplicação de suas letras: o fonema permanece imutável, diferente do tempo de sua pronúncia. Fonema/Encontros vocálicosComo o nome já sugere, encontros vocálicos são o ajuntamento de duas ou mais vogais numa palavra. Ou, mais especificamente, o encontro de uma vogal com uma semi-vogal (e vice-versa). Existem três tipos: Ditongo[editar | editar código-fonte]
Tritongo[editar | editar código-fonte]
Hiato[editar | editar código-fonte]
Fonema/Encontros vocálicos/Ditongo
Obtemos ditongos com a combinação de uma vogal + uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba.
Divisões[editar | editar código-fonte]
Fonema/Encontros vocálicos/TritongoOs tritongos são encontros de uma vogal entre duas semivogais, formando uma sílaba. Divisão[editar | editar código-fonte]
Observações: Nos tritongos nasais uam e üem, não se escreve a segunda semivogal. Isto porque se subentende uãu e uãe Fonema/Encontros vocálicos/HiatoHiatos encontram-se em duas sílabas diferentes, havendo nelas o encontro de duas vogais pronunciadas em dois impulsos diferentes.
Observações: Em uma palavra como saia pode-se ver um hiato (sai-a) ou dois ditongos (sai-ia) (o que é o mais correto) Sinérese e diérese[editar | editar código-fonte]
Fonema/Encontros consonantaisAssim como existem encontros vocálicos existem os encontros consonantais. Inseparáveis[editar | editar código-fonte]São os que encontram-se numa mesma sílaba, geralmente formados por consoante + r, l ou h:
Separáveis[editar | editar código-fonte]São os que encontram-se em sílabas diferentes. Ocorrem sempre no interior das palavras.
Fonema/DígrafoO dígrafo é o encontro de duas letras em uma mesma palavra representando um único fonema, as letras podem estar na mesma sílaba como em sílabas diferentes. Observações: Não confundir dígrafos com encontros consonantais. O som dos dígrafos podem representar consoantes ou vogais nasais: Representam consoantes[editar | editar código-fonte]Os dígrafos que representam consoantes são, e exemplos:
Observações: Naquelas palavras em que as duas letras do dígrafo pronunciam-se (exemplo: aguentar, escada, exclamar), os grupos xc, qu, sc e gu não são dígrafos - pois dígrafos representam um som. Representam vogais nasais[editar | editar código-fonte]Os dígrafos que representam vogais são:
Observações: No fim de palavras am e em não são dígrafos, porque representam um ditongo nasal, isto é, dois fonemas (exemplo: falam /fálãu/.) Fonema/PronúnciaA pronúncia das palavras da língua portuguesa acompanham o sinal gráfico (acento), que indicam a sílaba tônica da palavra. Seguem as regras de acentuação já descritas anteriormente. Enfraquecimento das sílabas átonas[editar | editar código-fonte]Em certos lugares onde se fala o português ocorre o enfraquecimento da vogal nas sílabas átonas (fracas), esta passando a ter um movimento dos órgãos da fala mais rápidos que teriam. A substituição de vogais nas sílabas átonas mais comuns são:
E algumas palavras em que ocorrem a declinação (as letras em que ocorre o enfraquecimento estão sublinhadas): De /e/ por /i/ ou /ɯ/:
De /o/ por /u/:
De /l/ por [w] (/u/):
Obs.: Note que, nestes casos, a mudança de /l/ para /w/ ocorre nas sílabas tônicas, embora também possa ocorrer em sílabas átonas. Observe:
Assim, é possível perceber que a mudança ocorre quando l ocupa a posição final da sílaba. Compare o l inicial da sílaba la, em "laranjal", com o l final da sílaba jal. Monotongação[editar | editar código-fonte]Monotongação é a anulação da semivogal de um ditongo em sílaba tônica. Este caso, muitas vezes, é tido como falta de educação, já que se está reduzindo a palavra. Entretanto, é um processo comum no português brasileiro. Como no caso anterior, não é válido para todos os falantes da língua portuguesa. Observe (em negrito as letras anuladas):
O x e seus sons[editar | editar código-fonte]A letra x no português pode indicar diversos fonemas, são eles: /s/:
/s ~ ʃ ~ z ~ ʒ/:
/z/:
/ʃ/:
/ks/:
Também há casos em que o x não exprime som algum pois está em um dígrafo como na palavra exceção. Escrita[editar | editar código-fonte]
A pronúncia é uma das maiores influências nas mudanças que ocorrem na escrita. Com o passar do tempo, a pronúncia muda as palavras. Muitas línguas foram se formando assim, e muitas deixaram de existir por estas mudanças. A pronúncia pode confundir a maneira correta de se escrever as palavras. Dificilmente se escreve como se fala, pois cronologicamente a linguagem caminhou (ainda caminha) da fala, para escrita, não o inverso. A linguagem natural está sempre em evolução, logo é uma verdade tanto na modalidade falada quanto escrita. SílabaA sílaba é uma das mais importantes partes da língua portuguesa. É um fonema (ou grupo de fonemas) emitidos em um único impulso expiratório.
Observações: É essencial a presença de uma vogal na sílaba para que ela possa sê-lo.
Classificação quanto o número de sílabas[editar | editar código-fonte]
Divisão Silábica[editar | editar código-fonte]
Acento Tônico[editar | editar código-fonte]
Radical[editar | editar código-fonte]
Acento de Insistência[editar | editar código-fonte]
Análise[editar | editar código-fonte]
Sílaba/Classificação das palavrasExiste uma classificação das palavras quanto ao número de sílabas, eis: País Monossílabas[editar | editar código-fonte]Monossílabas são palavras que têm somente uma sílaba.
Dissílabas[editar | editar código-fonte]Dissílabas são palavras que têm duas sílabas.
Trissílabas[editar | editar código-fonte]Trissílabas são palavras que possuem três sílabas.
Polissílabas[editar | editar código-fonte]Polissílabas são palavras que têm quatro ou mais sílabas.
Sílaba/DivisãoDivisão silábica é a separação das sílabas (silabação) de uma palavra. Na escrita as sílabas são separadas por hífen (-) e em alguns casos com pontos (.).
Regra geral
Regras[editar | editar código-fonte]
Observações: O fonema /cs/ representado pela letra x junta-se à vogal seguinte — isto é, quando houver (exemplo: tó-xi-co). Formação[editar | editar código-fonte]Sabido que uma sílaba é formada pela pausa fonética em uma palavra, concluímos que sempre temos uma nova sílaba:
Translineação[editar | editar código-fonte]Translineação é a partição das palavras no fim da linha. Para repartir uma palavra de modo a deixar parte dela em uma linha e o restante da mesma em outra, é necessária que sejam seguidas as normas de divisão silábica e as seguintes:
Observações: Não se translineiam, obviamente, monossílabos. Saiba mais: os ditongos e hiatos[editar | editar código-fonte]Até agora você viu como é simples fazer a divisão silábica de uma palavra, basta observar a pronúncia. Mas e quando a pronúncia é diferente entre regiões? Este é um caso em que existem dois tipos de divisão silábica, uma para o português do Brasil e outra para o português europeu. Acontece que os ditongos crescentes existentes no português do Brasil não passam de hiatos no português europeu. Essas palavras são chamadas em geral de proparoxítonas aparentes. Veja algum desses casos:
Sílaba/Acento tônicoEm vocábulos com duas ou mais sílabas, é natural que uma se destaque por ser proferida com mais intensidade que as demais: trata-se da sílaba tônica. Nela está o acento tônico (ou acento de intensidade, ou ainda acento prosódico). Abaixo estão destacadas as sílabas tônicas dos vocábulos.
Observações:
Acento sub-tônico[editar | editar código-fonte]Em alguns vocábulos derivados — normalmente polissílabos —, há, além do acento tônico, um acento sub-tônico. Abaixo, as sílabas sub-tônicas estão sublinhadas e as tônicas destacadas:
Sílabas átonas[editar | editar código-fonte]Sílabas que não sejam nem tônicas tampouco sub-tônicas, são átonas (= fracas); podem ser ainda pretônicas ou postônicas. Veja os exemplos a seguir: Montanha:
Facilmente:
Heroizinho:
Vocábulos átonos e tônicos dissílabos[editar | editar código-fonte]Existem alguns vocábulos átonos dissílabos (duas sílabas) — embora a maioria sejam monossílabos —, são eles as contrações pelo e pela, o artigo uma, as conjunções como e porque e as preposições para e pera (arcaico). Se temos dois vocábulos homógrafos — um átono e outro tônico —, o tônico será acentuado (na escrita), formando o acento diferencial. Exemplo:
Observações: Esta regra não é válida ao acordo ortográfico de 1990. Ela só vale à preposição por e o verbo pôr. Acento tônico em monossílabos[editar | editar código-fonte]Em vocábulos monossílabos (uma sílaba) pode não haver sílaba tônica (veja Classificação quanto o acento tônico). Classificação[editar | editar código-fonte]
Sílaba/Acento tônico/ClassificaçãoVocábulos são classificados sobre seu acento tônico. Há inicialmente duas sub-divisões, mais de uma sílaba e monossílabos: Mais de uma sílaba[editar | editar código-fonte]Vocábulos com mais de uma sílaba são classificados de acordo com a posição da sílaba tônica:
Observações: No caso de palavras compostas considera-se a posição da sílaba tônica do último elemento. Monossílabos[editar | editar código-fonte]Vocábulos monossílabos (com apenas uma sílaba) são classificados conforme a intensidade com que se proferem, podendo ser tônicos ou átonos: Tônicos[editar | editar código-fonte]São vocábulos que têm autonomia fonética sendo citados de forma forte, alta, na frase em que aparecem.
Átonos[editar | editar código-fonte]Ao contrário dos tônicos, são os que não tem autonomia fonética — são proferidos fracamente. Observe os grifados.
São pronomes oblíquos, artigos, conjunções, preposições.
Sílaba/Vocábulos rizotônicos e arrizotônicos
Rizotônicas[editar | editar código-fonte]Rizotônicos (do grego riza, raiz) são os vocábulos cujo acento tônico incide no radical.
Como identificá-los[editar | editar código-fonte]Todas as formas verbais exceto as descritas nas formas arrizotônicas, no presente do indicativo, presente do subjuntivo e as correspondentes no imperativo.
Arrizotônicas[editar | editar código-fonte]Aqueles, pelo contrário, que têm o acento tônico depois do radical se dizem Arrizotônicos.
Como identificá-los[editar | editar código-fonte]Geralmente são 1ª e 2ª pessoa do plural.
Sílaba/Acento de insistênciaUm acento de insistência é a emissão da silaba tônica ou da primeira sílaba de uma palavra com uma duração e intensidade anormal, de forma a enfatizar ideias e/ou expressar sentimentos.
Sílaba/Análise fonética
A análise fonética é a análise de um fonema no que diz respeito à suas classificações em número de sílabas e acento tônico, à sua decomposição em sílabas (divisão silábica) e à classificação dos fonemas que o constrói. Exemplo[editar | editar código-fonte]
OrtoépiaO ramo que ocupa-se da boa pronunciação das palavras é a ortoépia (etimologia vinda do grego orthós, correto + hépos, fala). Itens[editar | editar código-fonte]A ortoépia contém os seguintes itens: A perfeita emissão das vogais e grupos vocálicos, citando-os de forma nítida, evitando a omissão e/ou alteração de fonemas, respeitando os timbres de vogais tônicas e as normas da fala culta em geral. Exemplos:
A articulação correta de fonemas consonantais. Exemplos:
A adequada e correta ligação das palavras na frase. Exemplos:
Prosódia[editar | editar código-fonte]
Ortoépia/ProsódiaA prosódia (do grego prosōidía - acento que se põe sobre as vogais) é uma parte da ortoépia (que é por sua vez parte da Fonética) dedicada à correta acentuação tônica das palavras. Existem vocábulos aos montes que são mal-proferidos devido a um errado deslocamento do acento prosódico, conhecidos por silabadas. Palavras como, por exemplo, gratuito — que é paroxítona —, são alvos frequentes de silabadas e flexões, e o exemplo então é frequentemente lido gratuíto, transformando a sílaba tônica breve em duas sílabas (norma culta: gra-tui-to; norma erradamente lida: gra-tu-í-to). OrtografiaA ortografia (do grego orthosgráphō) é uma parte da nossa gramática destinada à correta escrita das palavras, nomeadamente, o conjunto de símbolos (letras e sinais diacríticos), a forma como devem ser usados, a pontuação, o uso de maiúsculas, etcetera. Escrita[editar | editar código-fonte]
Alfabeto[editar | editar código-fonte]
Letras maiúsculas[editar | editar código-fonte]
K, W e Y[editar | editar código-fonte]
Ortografia/EscritaOrtografia significa a escrita correta das palavras. Na língua portuguesa, muitos sons podem ser representados por mais de uma letra - assim, por exemplo, as terminações -agem e -ajem são pronunciadas igualmente; assim como -aza e -asa ou xu- e chu-. Para saber escrever corretamente em língua portuguesa, portanto, faz-se necessário saber diferenciar os usos dessas letras: C, Ç, S, SS, Z e X[editar | editar código-fonte]Na língua portuguesa existem diversas regras quanto o uso dessas letras. Elas representam os seguintes fonemas: S e Z, nos casos que iremos mostrar, veremos que o X apresenta som de S e Z, enquanto o C só apresenta som de S. Existem diversas regras que determinam qual das letras acima devemos usar: /s/[editar | editar código-fonte]As letras que representam o som /s/ são c, ç, s, x e o dígrafo ss. Algumas regras para o fonema /s/: Para o uso de ç
Para o uso de c
Para o uso de s
Para o uso de ss
/z/[editar | editar código-fonte]As letras que representam o som /z/ são s, z e x. Algumas regras para o fonema /z/: Para o uso de s
Exceções: deslize e gaze
Para o uso de z
J e G (antes de -e ou -i)[editar | editar código-fonte]Quando precedidas das vogais "e" e "i", as letras "j" e "g" têm o mesmo som. Algumas regras etimológicas (referentes à origem das palavras) podem ajudar a saber quando usar "je" e "ji" ou "ge" e "gi": Usa-se J (antes de E ou I):
Usa-se G (antes de E ou I):
Exceções: Pajem, Lajem (ou laje) e Lambujem M e N[editar | editar código-fonte]É bem simples definir quando devemos usar M ou N.
X e CH[editar | editar código-fonte]Usa-se X:
Exceção: Recauchutar (e derivados) e Caucho
Exceção: Mecha (e derivados) e palavras cujo radical inicia com ch, como encher, encharcar, enchumaçar e derivados
Usa-se CH:
Ortografia/AlfabetoA língua portuguesa utiliza o alfabeto latino, uma adaptação romana do alfabeto etrusco; este, por sua vez, deriva do alfabeto grego, que tem suas origens no abjad fenício[1]. O alfabeto latino é atualmente composto por 26 letras: Esses signos são utilizados em conjunto, sozinhos ou acompanhados por sinais gráficos (acentos, cedilha, etc). Podem vir em minúsculo, maiúsculo, manuscritas ou em fôrma (imprensa). Originalmente o alfabeto latino era composto apenas por 20 letras, porém, com a expansão territorial e cultural de roma palavras estrangeiras foram importadas ao latim e, também, o alfabeto latino tornou-se o meio de escrita oficial para diversas línguas e povos, por conta disso, novas letras foram cunhadas para representar os sons estrangeiros: as letras "K", "Y" e "Z" foram adicionadas para palavras de origem grega, enquanto que o "W" para palavras de origem germânica; além disso, no passado as vogais "I" e "U" possuíam o mesmo símbolo que as consoantes "J" e "V", respectivamente, vindo a haver diferenciação apenas a partir do período do Renascimento[1]. O português, língua que surge diretamente a partir do latim vulgar, utiliza todas as 26 letras do atual alfabeto latino, porém, as letras "K", "W" e "Y" são utilizadas exclusivamente para palavras estrangeiras[2]. Notas[editar | editar código-fonte]
Ortografia/Uso de inicial maiúsculaObservações: Algumas destas regras aplicam-se ao Português brasileiro mas não são válidas em Portugal. Usam-se as maiúsculas:
Alteração de significado[editar | editar código-fonte]Existem algumas palavras que alteram seu significado quando escritas com letra maiúscula, é o caso de estado (igual à forma, jeito. Exemplo: O estado de saúde dele é grave; A temperatura de ebulição é o ponto da passagem do estado líquido para o gasoso) e Estado (no sentido de "parte da sociedade responsável pela sua administração". Exemplo: É dever do Estado brasileiro oferecer educação pública para os brasileiros.). Ortografia/Uso K, W e YDe acordo com o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, as letras K, W e Y passam a pertencer ao alfabeto da língua portuguesa, portanto trata-se de uma oficialização. Antes, estas letras eram consideradas estrangeiras. Elas são usadas em:
Observações: Já há diversas palavras estrangeiras aportuguesadas (isto é, sofreram mudanças para adequarem-se ao nosso idioma), como copirraite (copyright), leiaute (lay-out), Iorque (York), roque (rock), etc, então, deve-se utilizar as palavras aportuguesadas - sem k, w e y- e não as estrangeiras. Acentuação e sinais auxiliares da escrita
O acento tônico é aquele posto foneticamente sob a sílaba mais forte da palavra. Por exemplo, a palavra prato tem acento, o acento tônico, entretanto não tem acento gráfico. O acento gráfico serve para mostrar visualmente onde está localizado o acento tônico, desse modo, ajuda-nos no pronunciamento correto da palavra. Desta forma, a maioria das palavras têm acento, ao menos o acento tônico. Algumas exceções são os monossílabos átonos a, e, o, etc. Acentos no português[editar | editar código-fonte]Há algumas ocasiões para pôr um acento nas palavras da língua portuguesa:
Na tabela abaixo você pode conferir os acentos presentes na língua portuguesa, bem como as letras que podem ser acentuadas por tais:
Nota: Até 2008, antes da reforma ortográfica, existia o sinal trema(¨) na letra U (Ü) quando o U aparecia em gue, gui, que e qui e era pronunciado como ditongo crescente.
Sinais auxiliares da escrita[editar | editar código-fonte]São aqueles sinais que, não sendo acentos, de alguma forma tentam aproximar a escrita da pronúncia. Acentuação e sinais auxiliares da escrita/Acento tilO til (do latim titulus, significando título, acima da escrita), representado por ~, em português, pode-se escrever em cima do a ou do o e o seu objetivo é nasalar/ nasalizar a pronúncia da letra. Lembre que o til não é um acento gráfico e sim fonético. Uso do til[editar | editar código-fonte]O til é empregado em três situações:
Acentuação e sinais auxiliares da escrita/Acento agudo e circunflexoA função do acento na língua portuguesa é permitir que haja conhecimento da tonicidade das palavras, sejam desconhecidas, homógrafas, homônimas ou habituais. Tonicidade[editar | editar código-fonte]Monossílabos tónicos/tônicos[editar | editar código-fonte]Acentua-se os monossílabos tônicos (de silabação forte) terminados em a, e, o e seus respctivos plurais (as, es, os). Exemplo: pá, lá, cá, pé, chá. Oxítonas[editar | editar código-fonte]
Exemplos: sabiá, chalé, maiô, parabéns, armazém, além. Com colocação pronominal por pronomes oblíquos enclíticos em verbos, não se conta este como sílaba, pois são palavras diferentes. Paroxítonas[editar | editar código-fonte]A regra clássica diz que são acentuadas as paroxítonas terminadas em um, ã, l, n, r, x, ps, om e ditongo (em Portugal, somente ditongos crescentes) e seus respectivos plurais (ns, ãs, ãos, is, eis, us e ditongo + s). Quando i, is, u, us são sílabas tônicas e precedidas de vogal e nunca antecedidas de nh, recebem acento. Exemplos: falésia, tórax, bíceps, saúde. Proparoxítonas[editar | editar código-fonte]Todas as palavras que sejam proparoxítonas devem ser acentuadas, ou seja, devem levar acento na antepenúltima sílaba. Exemplos: cálculo, prática, vítima, análise, dígito. Acento diferencial[editar | editar código-fonte]O acento diferencial não segue as regras acima e somente são usados para distinguir uma palavra homônima ou homógrafa da outra. Anterior ao acordo ortográfico de 1990, existiam uma quantidade pequena de palavras com este acento, atualmente elas são muito poucas:
Outros casos de acento diferencial:
Quanto à pronúncia regional[editar | editar código-fonte]Podem levar acento agudo ou acento circunflexo (dependendo da região), as palavras proparoxítonas, reais ou aparentes, cujas vogais tónicas (tônicas) e ou o estão em final de sílaba e são seguidas das consoantes nasais m ou n, conforme o seu timbre é, respectivamente, aberto ou fechado nas pronúncias cultas da língua: académico/acadêmico, anatómico/ anatômico, cénico/cênico, cómodo/cômodo, fenómeno/fenômeno, género/gênero, topónimo/topônimo; Amazónia/Amazônia, António/Antônio, blasfémia/blasfêmia, fémea/fêmea, gémeo/gêmeo, génio/gênio, pénis/pênis, ténue/tênue, vólei/vôlei, etc. Acentuação e sinais auxiliares da escrita/Acento graveEm português, o acento grave é utilizado para representar a crase. A crase (do grego krâsis, "mistura", "mescla") é o encontro de duas vogais (duas emissões fonéticas) de modo a comporem emissão de apenas um único fonema. Só é colocada na letra a, quando a preposição «a» se contrai com algum determinante (artigo definido feminino ou pronome demonstrativo) começado pela mesma letra. Sendo um fenômeno fonético, pode ser que não haja correspondência entre o som resultante da crase e sua representação na escrita, mas no português, grego e sânscrito, a crase geralmente pode ser depreendida, no primeiro, através de sinal diacrítico, no terceiro, através de substituição dos caracteres representativos dos sons formadores da crase pelo(s) caracter(es) representativo(s) do som resultante e, no grego, tanto um artifício como o outro, fazendo nestes idiomas a crase como um mecanismo de sandhi (para fins de eufonia na elocução). Usos[editar | editar código-fonte]O acento grave é utilizado nas palavras:
Observações: a e as nem sempre serão contraídos, pois estes podem ser:
Assim sendo, não mais se usa o acento grave em outros casos em que eram utilizados outrora, como, por exemplo, para marcar a sílaba subtônica (cafèzinho, sòzinho). Usa-se nos casos de: Regência verbal[editar | editar código-fonte]
A regência verbal, em sintaxe, é o estudo da colocação de complementos verbais - sendo necessário análise semântica.
Quando o verbo for transitivo e o seu complemento indireto (OI) feminino, a preposição contrair-se-á com o artigo definido (a ou as). Usa-se o acento grave sobre a letra a só se a preposição for a. Já que em estes casos basta apenas a preposição, o artigo pode estar oculto, pode se excluir o acento, mas, às normas cultas da língua devemos colocá-lo. Exemplo: Levei água às pessoas duma antiga comunidade.
Como várias preposições podem introduzir o OI (veja em uso de preposições), podemos substituir a por alguma preposição que indique a mesma circunstância, com exemplo para, até, em (ou seja, à por para a, até a, na) - está é uma maneira bem fácil de saber quando usar o acento grave. Veja outro exemplo: Então eu contei tudo à minha esposa.
O artigo só pode ser usado antes de substantivos ou seus adjuntos adnominais. Pelo fato de ser facultativo o uso de artigos antes de substantivos próprios, a crase também é facultativa nestes casos - salvo quando o artigo é obrigatório (depende da região em que o português é falado). O mesmo ocorre com os pronomes demonstrativos iniciados por a (àquilo, àquele, àqueles, àquela e àquelas) - contraídos ou não com pronomes indefinidos (àqueloutro, àqueloutros, àqueloutra e àqueloutras) - mas apenas quando fizerem parte do objeto indireto iniciado por preposição a e estiverem imediatamente após a contração. Adjunto adnominal e o verbo[editar | editar código-fonte]
Há exceções, é quando há as palavras terra, Terra ou casa. Quando houver a palavra Terra (planeta) o artigo não poderá estar oculto, obrigatoriamente o uso do acento grave - quando necessário:
Quando houver a palavra terra (solo) não usa-se acento grave (exceto se houver adjuntos adnominais - esta regra só se aplica às palavras terra e casa.)
O mesmo que ocorre em terra, ocorre em casa.
Vocábulo já determinado[editar | editar código-fonte]Não se usa o acento grave se o artigo não é usado, são poucos os casos, os mais comuns são os que o substantivo está determinado por um pronome. Exemplo: Diga a esta pessoa o quanto sinto falta
Pelas regras que vimos até agora, colocaríamos o acento, posto que há objeto indireto feminino (diga a quem? - a esta pessoa), mas, por se tratar de um substantivo (pessoa) já determinado (esta), não há uso do artigo, não ocorrendo a crase, pois seria impossível o sujeito ser A esta pessoa. Locuções de caráter subordinativo[editar | editar código-fonte]
Nas classes das palavras, duas possuem papel subordinativo: as preposições e as conjunções. A dúvida quanto o uso do acento grave nestas locuções é frequente, mas há uma maneira bem fácil de saber o uso: pergunta-se à locução o que ela suborna. Exemplo: Quanto à minha separação, prefiro não comentar
Quanto a é uma locução prepositiva, que suborna prefiro não comentar a a minha separação. Pergunta-se a esta locução: "quanto" a quê? - tratando-se de vocábulo feminino, tem-se o acento grave, já que nesta frase a locução refere-se a minha separação. Veja outro exemplo: Gritávamos tanto de modo à rouquidão vir
A locução pode estar em elipse: Gritávamos tanto (de modo) à rouquidão vir
Adjunto adverbial[editar | editar código-fonte]
Pode haver crase em locuções adverbiais (já que preposições também servem para introduzir estes). Ocorre quando o substantivo da locução for feminino. Exemplo: À noite é tranquila. - o sujeito ela está oculto
Mas lembre-se! O mesmo substantivo da locução adverbial pode representar um substantivo qualquer noutros casos, ou seja, não será sempre que haverá acento grave, apenas quando representar advérbio. É o caso: A noite é tranquila. - aqui a noite torna-se o sujeito
Observações: prazo é substantivo do gênero masculino, mas a prazo possui valor adverbial modal - aqui ocorre a elipse do artigo, para diferenciá-lo da locução ao prazo que possui valor temporal. Já a vista é usado quando possui valor de substantivo, é obrigatório o uso de acento grave na locução adverbial - à vista; que possui valor modal. Exemplo:
Preposição até[editar | editar código-fonte]Estudadas as preposições, é sabido que à regência basta apenas uma preposição para fazê-la, inclusive todos os demais usos de preposições. Há apenas uma exceção que não segue as regras sintáticas, é facultátivo o uso de acento grave antes da preposição até, indroduzindo certo advérbio (feminino):
À (s) e Ao (s)[editar | editar código-fonte]Pelo fato de à ser a+a, ao ser a+o (e formas no plural); quando pudermos substituir o complemento feminino por masculino e for necessário o uso de ao (ou aos), então no complemento feminino será usado à (ou às). Exemplo, como teremos certeza se tem ou não acento grave em: Então contei tudo à minha esposa.
É simples, substituiremos o OI feminino a minha esposa por um masculino, de termos semelhantes morfossintaticamente (nunca diferentes). Vamos pegar o exemplo, ao meu pai. Sintaticamente, eles são bastante parecidos. Coloquemos na frase. Ficará assim: Então contei tudo ao meu pai.
Foi necessário o uso de a+o no OI masculino, então no feminino será necessário o uso de a+a (à). Mas isso só vale para o primeiro caso, Regência verbal. Não é correto se basear apenas nesta regra, pois muitas vezes você não encontrará termos semelhantes morfossintaticamente. Acentuação e sinais auxiliares da escrita/Acento tremaO novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que passou a vigorar em 2009 aboliu o uso do trema, porém, continua existindo em nomes estrangeiros e palavras deles derivadas, tal como em Müller e mülleriano. De acordo com a regra anterior, o trema só se empregava no u. Isso acontecia quando tal letra:
Exemplo: tranqüilo. Nota: No Brasil o trema foi extinto pela reforma ortográfica (Decreto 6583/2008), mas o u continua sendo pronunciado em palavras como consequência, frequente, tranquilo, pinguim, bilingue, linguiça, aguentar, ambiguidade, sequência, cinquenta e pinguim. Em Portugal e no Brasil, o trema se aplica excepcionalmente aos derivados de nomes estrangeiros, como mülleriano. Acentuação e sinais auxiliares da escrita/HífenO hífen é um sinal diacrítico comumente usado em língua portuguesa. Não confundir com meia risca ou travessão. Esse sinal geralmente é usado para ligar palavras compostas, ligar pronomes a verbos, e até mesmo para separar uma palavra em sílabas (principalmente na translineação). Emprego do hífen conforme Acordo Ortográfico[editar | editar código-fonte]Prefixo terminado em vogal[editar | editar código-fonte]
Observações: O contrário da regra acima também é válido: quando prefixo e termo seguinte terminam e iniciam pela mesma vogal, usa-se hífen, exceção ao prefixo co, que se aglutina com o sufixo mesmo que este comece por o.
Observações: Neste caso, também há a exceção do prefixo vice, que sempre exige hífen, mesmo quando o sufixo inicia por consoante diferente de r ou s.
No caso da palavra subumano e derivadas, não se usa o hífen e se suprime o h.
Observações: Exceção ao prefixo co, que não admite hífen quando o termo seguinte inicia-se com o. Prefixo terminado em consoante[editar | editar código-fonte]
Observações: Com o prefixo sub, usa-se hífen quando o segundo elemento inicia-se por r.
Outras regras[editar | editar código-fonte]
Translineação[editar | editar código-fonte]No final de linha ao ocorrer separação da palavra, quando o último elemento escrito for o próprio hífen, deve-se repeti-lo no início da próxima linha para facilitar a leitura (clareza gráfica). Acentuação e sinais auxiliares da escrita/Cedilha
O cedilha ç (do espanhol cedilla) é empregado em português, catalão e francês para o mesmo fim: ter o som de /s/ para diferenciá-lo de outro som que a letra c faz: /k/. Também é utilizado em outras línguas mas sob outras letras (̧ḉ, ḑ, ȩ, ḝ, ģ, ḩ, ķ, ļ, m̧, ņ, æ̧, ŗ, ş, ţ, z̧). No português, o ç vem sempre antes das letras a, o e u; tendo o som /s/ (equivalente a ss), quando não é possível empregar apenas um s. Alguns exemplos de palavras:
MetaplasmosMetaplasmo, é o que a língua sofre quando evolui, considerando a fonética. Os metaplasmos podem ser divididos quanto a modificação fonética:
Metaplasmos por adição[editar | editar código-fonte]
Metaplasmos por supressão[editar | editar código-fonte]
Metaplasmos por modificação[editar | editar código-fonte]
Metaplasmos/ModificadoresRevisando conceitos[editar | editar código-fonte]A palavra 'metaplasmo', etmologicamente, significa 'mudança de forma'. A gramática define os metaplasmos como transformações fonéticas que os vocábulos sofrem durante sua evolução histórica. Os vocábulos ao passarem da língua latina para a língua portuguesa sofreram alterações que basicamente se encontram dentro de três leis, denominadas leis fonéticas. Leis Fonéticas[editar | editar código-fonte]Há tres leis fonéticas básicas que presidem a transformação dos vocábulos que deram origem à formação da língua portuguesa a partir do latim. Lei do menor esforço[editar | editar código-fonte]Tendência universal em que o falante simplifica a emissão dos sons, facilitando os órgãos do aparelho fonador. Lei da permanência da consoante inicial[editar | editar código-fonte]A consoante inicial da palavra da língua em uso permanece igual a consoante inicial do vocábulo de origem. Lei da permanência da sílaba tônica[editar | editar código-fonte]A sílaba tônica da palavra em uso é igual àquela do vocábulo de origem. Metaplasmos[editar | editar código-fonte]Eles se dividem em metaplasmos de permuta, de aumento e de subtração. Metaplasmos de permuta[editar | editar código-fonte]Substituição de um fonema por outro.Pode ocorrer: Sonorizacão[editar | editar código-fonte]Troca de um fonema surdo por um sonoro (geralmente no mesmo ponto de articulação do aparelho fonador): p / b (labiais surda/sonora) = lupu > lobo t / d (labio dentais surda/sonora) = cito > cedo c / g (gutural surda/sonora) = acutu > agudo f / v (fricativas surda/sonora) = profectu > proveito Vocalização[editar | editar código-fonte]Transforma um fonema consonantal em fonema vocálico. Os grupos em latim bs, ct, lc, lp, lt, gn, pt, transformaram-se em /i/ ou /u/: octo > oito multu > muito falce > fouce > foice palpare > poupar conceptu > conceito absentia > ausência regno > reino captale > caudal Consonantização[editar | editar código-fonte]Converte fonema vocálico em consoante: /i/ > /j/; /u/ > /v/: uagare > vagar ieiunu > jejum Assimilação[editar | editar código-fonte]Mudança para um fonema muito próximo (vogal ou consoante): palumba >paomba>pomba calente>caente>queente>quente (regressiva - vocálica) persona>pessõa>pessoa (regressiva - consonantal) amaramlo > amaram-no (progressiva - assimila com o posterior) persicu > pêssego (regressiva) nostru > nosto > nosso (progressiva) tauru > touro (parcial) Dissimilação[editar | editar código-fonte]Desaparecimento de um fonema quando já existe outro no vocábulo. (consoante ou vogal): temoroso > temeroso (regressiva) memorare > memrare > nembrar > lembrar (progressiva) callamellu > caramelo (transformação) cribru > crivo (queda) Nasalização[editar | editar código-fonte]Fonema oral passa para nasal: mihi > mi > mim macula > macla > mancha Desnasalização[editar | editar código-fonte]Fonema nasal passa para oral: luna > lua persona > pessõa > pessoa bona > bõa > boa Apofonia ou Deflexão Vocábulo junta-se a um prefixo - vogal da sílaba inicial modificada: in+barba > imberbe per+facto > perfectu > perfeito in+amigo > inimigo Metafonia Modifica timbre de uma vogal por influência de outra (assimilatório também): novum > novo novos > novos focum > fogo focos > fogos decima > dízima debita > dívida Metaplasmos por aumento Quando ocorre o acréscimo de um fonema a uma palavra. Pode ocorrer: Prótese[editar | editar código-fonte]No início do vocábulo: stare > estar spiritu > espírito Epêntese No meio da palavra: masto > mastro stella > estrela Paragoge[editar | editar código-fonte]No fim da palavra: ante > antes Metaplasmos por subtração[editar | editar código-fonte]Quando ocorre perda de fonema em uma palavra. Pode ocorrer nas seguintes condições: Aférese[editar | editar código-fonte]Perda de fonema no início da palavra: acume > cume attonitu > tonto inamorare > namorare > namorar enojo> nojo Síncope[editar | editar código-fonte]Queda de fonema no interior da palavra: legale > leal malu > mau Senhor > Sô calente > caente ( > queente > quente*) Haplologia[editar | editar código-fonte]Desaparecimento de uma sílaba, quando existe outra igual na palavra: idololatra > idólatra semimínima > semínima bondadoso > bondoso Apócope[editar | editar código-fonte]Desaparecimento de um fonema em final de palavra: cinematógrafo > cinema > cine mala > maa > má mare > mar amat > ama male > mal muito > mui Crase[editar | editar código-fonte]Fusão de dois fonemas vocálicos iguais. Durante o processo histórico podem ocorrer mais do que um tipo de metaplasmo. Nos exemplos abaixo, em primeira instância ocorreu haplologia: videre > veer > ver dolore > door > dor legere > leer > ler pede > pee > pé queente > quente Sinalefa[editar | editar código-fonte]Desaparecimento de fonema vocálico no fim da palava, quando a próxima é iniciada por vogal. de+este > deste Estrutura das palavrasAs palavras são formadas de unidades ou elementos mórficos (morfemas ou monemas). São eles:
Raiz[editar | editar código-fonte]Raiz ou radical primário é o elemento originário, onde concentra-se a significação da palavra. As raízes vêm de outras línguas (no português, geralmente do grego ou latim) e são, sobretudo, monossilábicas. Por exemplo, a raiz noc (vinda do latim = prejudicar) tem significação geral de gerar danos. Note aonde ela aparece:
Radical[editar | editar código-fonte]
O radical, semantema, lexema ou elemento de composição é o elemento básico das palavras. O radical é a parte invariável da palavra, presente em todas as palavras derivadas. Exemplo:
Vogal temática[editar | editar código-fonte]Vogais temáticas são vogais que são acrescentadas a fim de poder flexioná-las, quando flexionadas podem ser anuladas. As vogais temáticas podem ser:
Tema[editar | editar código-fonte]É formado pelo radical + vogal temática (ou seja, em nomes e verbos). A exceção é quando há um verbo terminado em or:
Desinência[editar | editar código-fonte]É a parte do verbo ou do nome flexionada, anterior a desinência há o radical (nos verbos irregulares o radical e/ou a desinência são alterados). As vogais temáticas, como você já sabe, podem ser anuladas:
Afixos[editar | editar código-fonte]
Letras de ligação[editar | editar código-fonte]Entre esses vários morfemas, podem existir letras para facilitar a pronúncia, ligando-os. São infixas. Essas letras são chamadas de termos eufônicos:
Estrutura das palavras/AfixosAfixos são conjuntos de letras que se juntam a palavras primitivas de modo a delas derivar novas palavras, participando dos processos de formação. Exemplo, a palavra afixos é formada por:
O afixo a dá ideia de oposição, ou seja, não fixo; logo, todo morfema denominado afixo, não é fixo - e pode ser colocado em várias palavras.
Posição[editar | editar código-fonte]Prefixos[editar | editar código-fonte]
Os prefixos são afixos que são adicionados no começo das palavras (à esquerda). São provenientes de palavras independentes do latim e do grego.
Prefixo derivacional
São os prefixos que participam em processos derivacionais de formação de palavras.
Prefixo modificador São os prefixos que formam palavras através de modificação morfológica. Estes prefixos apenas modificam a sua interpretação semântica, sem alterar nenhuma das propriedades gramaticais da forma de base (isto é, categoria sintática, gênero, etc).
Pseudoprefixo São prefixos que tornam uma palavra que é derivada em primitiva de outras palavras que se encontra o mesmo pseudoprefixo (ou seja, a palavra é primitiva de algumas por causa do pseudoprefixo e derivada de outras). O pseudoprefixo é formado pela redução da palavra, logo, ele perde seu sentido quando a nova palavra é formada.
Exemplo, o prefixo euro possui origem grega e também é utilizado na língua portuguesa (Europa, europeia, Európio, euro-asiático, etc) relativando palavras ao continente europeu. A palavra Europa foi reduzida e formou uma outra: a palavra euro (a moeda). A palavra euro possui derivadas assim como a palavra Europa (eurozona, eurolândia, etc), mas nestas o prefixo euro perdeu seu sentido original (relativa ao continente europeu) e adquiriu um novo (a moeda utilizada na União Européia), sendo assim, euro em eurozona e em eurolândia é um pseudoprefixo, diferente de em Europa, que é um simples prefixo. Sufixos[editar | editar código-fonte]
Os sufixos são afixos que são adicionados no fim das palavras (à direita).
Sufixo derivacional
São os sufixos que formam palavras derivadas. Estes sufixos determinam a categoria sintática da palavra em que ocorrem.
Exemplo, raiz doc:
Sufixo de flexão Sufixos de flexão não alteram o significado ou a classificação da palavra, mas altera bases morfológicas como gênero, pessoa, número e tempo. Junto a demais morfemas que compõe uma palavra, forma a desinência.
Circunfixos[editar | editar código-fonte]
Palavras com circunfixos são palavras que possuem prefixos e sufixos.
Ligação[editar | editar código-fonte]Interfixos[editar | editar código-fonte]Unem a raíz da palavra a um sufixo, servindo de termo eufônico (isto é, serve para facilitar a pronúncia). Pode também ligar dois radicais.
Infixos[editar | editar código-fonte]
INFIXO: quando o afixo é adicionado do meio da palavra, dividindo-a em duas partes. Pode ser uma consoante ou vogal de ligação entre duas raízes ou entre uma raíz e um outro afixo.
Exemplos: Gas ô metro Cafe z alCafe t eria.
Estrutura das palavras/Lista de morfemasAqui temos uma lista de morfemas da língua portuguesa, entre elas, raizes, prefixos e sufixos. Legenda:
Formação das palavrasFormação das palavras[editar | editar código-fonte]Como qualquer idioma vivo e ativo a língua portuguesa sofre constante mudança e evolução, isso pode ser bom, ou não, pois nenhum idioma pode permanecer estático e sem mudanças. Muitas vezes essas mudanças podem ser boas e enriquecedoras mas em outros momentos podem gerar o empobrecimento do idioma, que é uma manifestação cultural de um povo ou nação. Um idioma pode se desenvolver e evoluir de muitas formas diferentes, seja pela auto-mudança ou através da interação com outras linguagens. É importante observar que essas mudanças que uma linguagem pode sofrer podem variar bastante. Depois de um certo tempo uma palavra que tinha um significado passa a ter outro. Há sempre o nascimento de gírias no modo informal da língua. Mas um dos pontos mais importantes é o nascimento de novas palavras e esse é ponto principal deste texto. As palavras podem nascer através de muitos meios:
Ver também[editar | editar código-fonte]
Formação das palavras/DerivaçãoPalavras derivadas e primitivas[editar | editar código-fonte]As palavras podem ser classificadas de acordo com sua formação, em derivadas e primitivas. Chamam-se primitivas as palavras que possuem estrutura simples. As derivadas são as palavras que se formam a partir de uma palavra primitiva. A parte em comum entre estas palavras chama-se radical, que você viu no capítulo anterior. Derivação[editar | editar código-fonte]Quando se encontra um radical adicionado de desinências, vogais temáticas, e afixos, temos o exemplo de derivação, que se divide em Sufixal - Temos esse tipo quando são adicionados morfemas após o radical da palavra, veja:
Prefixal - Temos esse tipo quando são adicionados morfemas antes do radical da palavra, veja:
Parassintética - Temos esse tipo quando são adicionados morfemas tanto antes como após o radical da palavra, veja:
Imprópria - Temos esse tipo quando ocorre uma mudança gramatical nas palavras sem alteração da forma, veja:
Regressiva - Temos esse tipo quando o radical é reduzido para se formar uma nova palavra.
Por hibridismo - Temos esse tipo quando o radical é formado por palavras de vários idiomas.
Formação das palavras/ComposiçãoMuitas palavras foram e serão formadas por composição, visto que, esse modo de originar novas palavras abre espaço para muitas possibilidades. Palavras formadas por composição originam-se pela união de duas ou mais palavras ou radicais, formando assim uma nova palavra composta, com novo significado. Dentro da formação por composição existem duas formas de unir palavras para gerar uma nova, estas são: Composição por justaposição[editar | editar código-fonte]Neste processo as palavras são formadas através da união de duas ou mais palavras e com essa união não há perda ou alteração gráfica ou fonética, ou seja, as palavras após se unirem não sofrem nenhum tipo de alteração na sua escrita ou pronúncia. É importante saber quando e como se usa o hífen, pois muitas palavras formadas por justaposição usam o hífen para ligar-se. Exemplo:
Composição por aglutinação[editar | editar código-fonte]É semelhante à composição por justaposição, porém, há alteração fonética. Exemplo:
Classificação das palavras
No Português, temos dez classes de palavras. Segue-se uma breve descrição de cada uma delas. Siga os caminhos (links) para obter mais informações. As palavras podem ser, quanto às flexões:
Exercícios[editar | editar código-fonte]Agora usando o que você aprendeu, responda as seguintes questões de acordo com as orações:
Classificação das palavras/Substantivos
No português, como em qualquer outro idioma, existem palavras para nomear um ser ou um objeto, uma ação e qualidade ou estado. As palavras que nomeiam seres ou objetos formam a maior classe morfológica da língua portuguesa, os substantivos (ex.: livro, gato, mesa, cama, Brasil, etc). Qualquer palavra pode ser substantivada, isto é, tornar-se substantivo, bastando precedê-la de um artigo (determinantes). Determinantes sempre precedem substantivos. Exemplo: "O não é uma palavra dura" (não é advérbio, mas por neste caso possuir função de sujeito torna-se substantivo). Quanto à morfologia[editar | editar código-fonte]Locução substantiva[editar | editar código-fonte]É uma locução substantiva qualquer conjunto de palavras que só possuam determinado significado, quando juntas:
Flexões[editar | editar código-fonte]
Classificação e formação[editar | editar código-fonte]
Quanto à sintaxe[editar | editar código-fonte]Núcleo[editar | editar código-fonte]O substantivo atua como núcleo do sujeito, do objeto direto, do objeto indireto, do agente da passiva, do aposto e do vocativo.
Qualquer outra palavra de diferente classe gramatical que desempenhe uma dessas funções na oração equivaler-se-á forçosamente a um substantivo, adquirindo uma função substantiva.[1] Oração subordinada[editar | editar código-fonte]Qualquer termo que o substantivo seja núcleo pode se apresentar na forma de uma oração subordinada (oração subordinada substantiva). Referências[editar | editar código-fonte]
Classificação das palavras/Substantivos/Flexões dos substantivosOs substantivos são classificados quanto às suas flexões e quanto aos seus radicais. No caso do português, o substantivo pode variar em gênero, número e grau. Em outros idiomas (como o latim, o grego e o romeno) os substantivos declinam-se em casos gramaticais. Número[editar | editar código-fonte]
A mais simples forma de flexão é quanto à desinência de número. Um determinado substantivo se flexiona em número de acordo com o número de seres ou coisas de mesma espécie ao qual se refere. Quando se refere a um único ser ou coisa, está no singular. Quando se refere a mais de um ser ou coisa, está no plural. A flexão de número segue as regras da concordância nominal. Gênero[editar | editar código-fonte]Além da flexão de número, um substantivo pode ser flexionado quanto ao gênero, em feminino e masculino. A flexão de gênero segue as regras da concordância nominal.Exemplo: garota/garoto; diretor/diretora.
São os que apresentam duas formas, uma para o masculino, outra para o feminino, com apenas um radical. Exemplo: aluno e aluna; traidor e traidora.
São os que apresentam duas formas, uma para o masculino, outra para o feminino, com dois radicais diferentes. Exemplo: bode e cabra; homem e mulher; vaca e boi;
São os que apresentam apenas um forma, para ambos os gêneros. Os substantivos uniformes recebem nomes especiais, são eles:
Grau[editar | editar código-fonte]O grau dos substantivos é, de uma forma genérica, representado pelos sufixos:
Existem algumas exceções, por exemplo, copo → copinho → copázio. Classificação das palavras/Substantivos/Classificação dos substantivosAqui temos as formas de classificação dos substantivos existentes na língua portuguesa. Quanto ao tipo[editar | editar código-fonte]Comum ou Próprio[editar | editar código-fonte]Os substantivos podem ser classificados quanto à importância, individualização, especificação do que nomeiam. Assim, são classificados em "comuns" ou "próprios". Um substantivo que se refira a um ser específico, com nome próprio, de determinada espécie, é um substantivo próprio, condição mostrada pela letra maiúscula. Substantivos que não sejam próprios são classificados como comuns.
Comum[editar | editar código-fonte]Designa um grupo geral de coisas com as mesmas características, geralmente um objeto ou um lugar qualquer sem seus elementos especificados.[1] São grafados em geral com letra minúscula. Exemplo: mulher, cachorro, cidade, loja, livro. Note que não é qualquer coisa que pode receber o nome de cidade, cachorro, mulher, loja, livro. Para ambos é necessário haver certas características para assim serem chamados. Próprio[editar | editar código-fonte]Designa algo específico dentro de um grupo, sendo grafados sempre com letra maiúscula. Indicam um nome, seja ele de um lugar, ser vivo ou obra. O estudo destes é chamado de Onomástica. Exemplo: Ana, Rex, Lisboa, São Paulo, Salvador, Mateus, Luis, Talita, Natanael. Concreto ou Abstrato[editar | editar código-fonte]Os substantivos podem ser classificados quanto à possibilidade de formação de uma imagem. Assim, são classificados em concretos ou abstratos. Ao contrário do senso comum, substantivos concretos não são somente aqueles que podemos ter um contato, ou que podemos pegar com as mãos. Essa definição falha, por exemplo, em substantivos como fogo. Trata-se, realmente, de palavras que designam coisas reais ou fictícias. Quando o substantivo se refere a algo imaginário, sentimental ou sem existência física, é classificado como abstrato. Substantivos abstratos são quase sempre substantivos derivados de verbos ou adjetivos. Por exemplo, o substantivo abstrato soma deriva do verbo somar, o substantivo abstrato atenção deriva do adjetivo atento. Vale lembrar que muitos substantivos abstratos são facilmente identificáveis pelo seu sufixo e também pela estrutura de formação verbal, nesse último caso, um bom exemplo é a palavra soma que é formada verbalmente da palavra somar excluindo-se o r.
Concreto[editar | editar código-fonte]Designa seres e objetos, que existem fisicamente, na imaginação ou na teoria. Exemplo: casa, cadeira, Deus, carro, elevador, saci, bóson, fada, bola, etc; Abstrato[editar | editar código-fonte]Designa ideias, conceitos, sensações, estados e qualidades, que em geral não têm uma imagem concebida (em geral, sem existência física). Exemplo: teoria, desejo, justiça, altura, trabalho, saudade, amor, calor, etc. Coletivo[editar | editar código-fonte]
Lista de exemplos de coletivos[editar | editar código-fonte]
Quanto à formação[editar | editar código-fonte]Simples ou Composto[editar | editar código-fonte]Os substantivos podem ser classificados quanto à quantidade de radicais. Assim, são classificados em "simples" ou "compostos". Simples[editar | editar código-fonte]Designa substantivos formados por apenas um radical. Exemplo: pente, América, abelha, senzala, país, canção. Composto[editar | editar código-fonte]Designa substantivos formados por mais de um radical. Exemplo: pau-brasil, abelha-rainha, girassol, país-membro, afro-americano, samba-canção, pé-de-moleque, aeronaves. Primitivo ou Derivado[editar | editar código-fonte]Os substantivos podem ser classificados quanto à origem. Assim, são classificados em "primitivos" ou "derivados". Primitivo[editar | editar código-fonte]Designa substantivos não derivados de outros, aqueles que não vêm de outra palavra da língua. Exemplo: terra, fogo, luz, avião, feudo. Derivado[editar | editar código-fonte]Designa substantivos formados a partir de um substantivo primitivo existente no idioma. Exemplo:
Observações: Um substantivo pode ser, ao mesmo tempo, derivado de um e primitivo de outro. Exemplo:
Conclusão[editar | editar código-fonte]Dessa forma, podem-se classificar todos os substantivos. Seguem alguns exemplos:
Referência[editar | editar código-fonte]
Classificação das palavras/Substantivos/OnomásticaA onomástica (ou onomatologia) é o estudo de substantivos próprios, que são os substantivos que individualizam seres e lugares. A onomástica é dividida em dois casos: a antroponímia e a toponímia. Antroponímia[editar | editar código-fonte]É a parte da onomástica que estuda os nomes de seres fictícios ou não. Os substantivos são classificados em:
Toponímia[editar | editar código-fonte]É a parte da onomástica que estuda os nomes de lugares e obras. Os substantivos são classificados em:
Alteração linguística[editar | editar código-fonte]Diferentemente da transformação de substantivos comuns e antropônimos, os toponímicos sempre são originados da língua da região em que se localiza determinado lugar, povo, ou idioma, e não são originados do latim ou grego, como de costume às demais palavras. Muitos substantivos próprios sofrem adaptações da língua natural ao português, principalmente para facilitar a pronúncia e a escrita. Esses substantivos são classificados como exônimos. Ao mesmo tempo, há substantivos em que não é necessário qualquer transformação, os endônimos. Exemplo:
Outros casos[editar | editar código-fonte]
Classificação das palavras/ArtigosO artigo é uma classe de palavras que pode ter função em alguns casos muito importante na frase, outras vezes nem tanto (já que é um adjunto adnominal - um termo acessório à oração). O artigo, em morfologia, é um determinante (acompanha substantivos). Dão algumas informações ao substantivo, tais como o gênero, o número e a importância. Por modificarem um substantivo, possuem função adjetiva. Classificação[editar | editar código-fonte]Na língua portuguesa, existem ao total, oito artigos. São eles:
Exemplos:
Funções[editar | editar código-fonte]
Classificação das palavras/Adjetivos
Adjetivos atuam basicamente como modificadores dos substantivos e dos pronomes, flexionando-se em gênero, número e grau, ocorrendo a concordância nominal. Os advérbios podem maximizar, negar, modificar o sentido dos adjetivos. Sua função gramatical pode ser comparada com a que o advérbio tem em relação aos verbos, adjetivos e outros advérbios. Exemplo:
Quanto à morfologia[editar | editar código-fonte]Tipos de adjetivos[editar | editar código-fonte]Os adjetivos podem ser:
Locução adjetiva[editar | editar código-fonte]A locução adjetiva pode ser apresentada pelas seguintes formas:
Flexão[editar | editar código-fonte]
Classificação[editar | editar código-fonte]
Quanto à sintaxe[editar | editar código-fonte]O adjetivo pode aparecer de duas formas:
Oração subordinada[editar | editar código-fonte]O adjetivo pode estar na forma de uma oração subordinada (oração subordinada adjetiva):
Função[editar | editar código-fonte]Qualquer palavra de diferente classe gramatical que modifique um substantivo equivaler-se-á forçosamente a um adjetivo, adquirindo uma função adjetiva. Classificação das palavras/Adjetivos/Flexão dos adjetivosComo o adjetivo concorda sempre com o substantivo, sofrerá as mesmas flexões que ele:
Flexão[editar | editar código-fonte]Gênero[editar | editar código-fonte]
Observações: Nos adjetivos compostos, somente o gênero do último elemento varia. Número[editar | editar código-fonte]
Grau[editar | editar código-fonte]A flexão de grau corresponde à variação em intensidade da qualidade expressa pelo adjetivo (veja mais em advérbios). Grau comparativo
Grau superlativo
Classificação das palavras/Adjetivos/Classificação dos adjetivosA classificação dos Adjetivos possui algumas semelhanças com a classificação dos substantivos. Os adjetivos podem ser:
Primitivo ou Derivado[editar | editar código-fonte]Os adjetivos podem ser classificados quanto a origem:
São as palavras que vem primeiramente na cadeia de origens, as outras palavras derivam-se destas. Exemplo:
São os adjetivos que derivam de outras palavras, geralmente de verbos. Exemplo:
Simples ou Composto[editar | editar código-fonte]
São os mais comuns de encontrar. São formados por uma palavra. Exemplo: Rico, Triste, Alto.
São os adjetivos formados por mais de uma palavra. Exemplo: Amarelo-claro, Professor universitário. Classificação das palavras/Numerais
Numeral é a palavra que qualifica os seres em termos numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa em determinada sequência. Observações: Não confundir numeral com plural e com o artigo indefinido Tipos[editar | editar código-fonte]Cardinais - Expressam a quantidade exata de seres:
Ordinais - Expressam ideia de ordem, de posição em uma determinada série:
Multiplicativos - Expressam ideia de multiplicação, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada: São muito usados no âmbito matemático. Apenas duplo, dobro e triplo são de uso corrente, os demais pertencem à linguagem erudita. Em seu lugar, usa-se o cardinal seguido da palavra vezes: cinco vezes, sete vezes, treze vezes.
Fracionários - Expressam ideia de divisão, de fração, indicando em quantas vezes a quantidade foi dividida: Embora sejam muito usados na matemática, também se verifica seu uso em linguagem do dia a dia e na área administrativa e financeira. Apresentam as formas próprias meio, metade e terço. Os demais são expressos pelo numeral ordinal correspondente, quando se trata de um só radical (quarto, sexto, oitavo, nono), pelo cardinal correspondente seguido da palavra avos, quando se trata de forma composta (quinze avos, dezesseis avos, vinte e quatro avos, cento e treze avos). Com exceção de meio, os numerais fracionários vêm antecedidos de um cardinal, que designa o número de partes da unidade: dois terços, três quaertos, cinco sextos, sete oitavos, oito nonos, nove décimos.
Observações:
Escalas de numeração[editar | editar código-fonte]Existem dois sistemas de numeração, o curto e o longo. Na língua portuguesa, podemos encontrar os dois tipos, o sistemas de numeração longa em Portugal e de numeração curta no Brasil. A diferença é que no sistema de numeração curto há três classes por ordem, e no longo há quatro classes por ordem (exceto na simples e nas dos milhares). Veja:
É importante notar que na escrita das nomenclaturas das ordens, a partir da terceira, no português do Brasil escreve-se com h, e no português europeu com i (bilhões ≠ biliões). Nomenclatura dos cardinais[editar | editar código-fonte]Cada algarismo representa uma classe (unidade da ordem, dezena da ordem ou centena da ordem). Ordem é cada parte do número que possui nomenclatura especial: simples (sem nomenclatura), milhares, milhões, bilhões, trilhões, quatrilhões, pentilhões, etc
Os numerais cardinais possuem uma forma de escrita, que pode variar em algumas regiões:
Quadro de numerais[editar | editar código-fonte]
Semântica[editar | editar código-fonte]Os numerais possuem duas funções:
Flexão do numeral[editar | editar código-fonte]Cardinais - Variam em gênero os cardinais um, dois e centenas de duzentos em diante: um / uma, dois / duas, trezentos / trezentas. Milhão, bilhão, trilhão etc. variam em número: milhões, bilhões, trilhões etc. Os demais são invariáveis Ordinais - Todos variam em gênero e número: terceiro / terceira / terceiros / terceiras, centésimo / centésima / centésimos / centésimas Multiplicativos - Invariáveis com função substantiva. Exemplo: Arrecadou-se o triplo dos impostos relativos ao do ano passado e liquidou-se o dobro da dívida do mês passado. Com função adjetiva, variam em gênero e número. Exemplo: Bebi dois copos triplos de suco e três copos duplos de leite. Fracionários - Variam em gênero e número: um terço / dois terços, uma terça parte / duas terças partes. Exemplo: Gastei dois terços do salário em remédios e tarefas diárias. Coletivos - Variam em número: duas dúzias / três dezenas / quatro centenas / cinco séculos / seis milênios / sete hectares / oito novenas / nove resmas / dez quarentenas / onze lustros / doze quinquênios. Emprego dos numerais[editar | editar código-fonte]Na indicação de papas, reis, imperadores, séculos, capítulos e partes de uma obra, quando se usam algarismos romanos depois do substantivo, usa-se o ordinal até dez e o cardinal de onze em diante. Exemplos: Dom Pedro I (primeiro) / Dom João VI (sexto) / Felipe II (segundo) / João Paulo II (segundo) / Henrique VIII (oitavo) / Pio X (décimo) João XXIII (vinte e três) / Bento XVI (dezesseis) / Luís XV (quinze) / Capítulo XIX (dezenove) / Século XXI (vinte e um) Quando o algarismo romano vem antes do substantivo, a leitura será sempre como ordinal. Exemplo: III Salão do Automóvel (terceiro) / IV Feira Literária (quarta) / VII Feirão da Casa Própria Caixa (sétimo) / V Encontro de Casais com Cristo (quinto) Na indicação de artigos, incisos, parágrafos, circulares, avisos, leis, decretos e portarias, ou seja, em linguagem jurídica, usa-se o ordinal até nove e o cardinal de dez em diante, em síntese, textos e documentos oficiais. Exemplos: Artigo 2 (segundo) / Inciso 8 (oitavo) / Parágrafo 6 (sexto) / Artigo 10 (dez) / Inciso 18 (dezoito) / Parágrafo 34 (trinta e quatro) Na indicação de páginas, folhas, casas, apartamentos, cabines de navio, poltronas de cinema etc., usam-se os cardinais nas indicações comuns. Exemplos: Apartamento 301 (trezentos e um), Casa 420 (quatrocentos e vinte), Página 250 (duzentos e cinquenta), Folha 170 (cento e setenta) Os termos anterior, posterior, derradeiro, extremo, final, último, penúltimo, antepenúltimo, anteroposterior e outros semelhantes não se classificam como numerais, apesar de indicarem posição dos seres: são adjetivos. Os cardinais catorze, dezesseis, dezessete, dezenove, bilhão e trilhão admitem as formas quatorze, dezasseis, dezassete, dezanove, bilião e trilião. Os ordinais septuagésimo, trecentésimo, seiscentésimo, septingentésimo e nongentésimo admitem as formas setuagésimo, tricentésimo, sexcentésimo, setingentésimo e noningentésimo. Porém, não existem as formas octagésimo e cincoenta. O uso de 'hum mil' em preenchimento de cheques é exclusivo para sistema financeiro e prática bancária, apesar de 'hum' ser uma interjeição, o uso de 'hum' evita a transformação do um na palavra cem. Na linguagem jurídica, o numeral aparece flexionado: a folha trinta e uma, a folha vinte e duas. Não devemos abusar do emprego dos algarismos romanos. Nomes de logradouros públicos devem trazer algarismos arábicos. Ex.: Rua 15 de Novembro (e não Rua XV de Novembro), Avenida 11 de Agosto (e não Rua XI de Agosto). Observe que ninguém usa: Rua I de Maio, Avenida VII de Setembro, Largo II de Julho, Praça XXXI de Março. A expressão meia dúzia (também reduzida a meia) substitui o cardinal seis, principalmente em números de telefone. A forma fracionária duodécimo é de uso normal, na linguagem administrativa, nas áreas em que a distribuição orçamentária se processa por parcelas mensais. Como em certos jogos, as cartas, pontos ou pedras são designados pelas palavras ás, duque, quadra, quina e terno, a forma ás, equivalente a primeiro, passou a designar os campeões, especialmente dos esportes. Certos ordinais, frequentemente usados para expressar qualidades, tornaram-se verdadeiros adjetivos: de primeira categoria, de segunda qualidade. A forma reduzida primo, de primeiro, é usada no substantivo composto obra-prima, para indicar graus de parentesco (primos) e na matemática (números primos). Usa-se cento na designação dos números entre cem e duzentos, precedido de artigo, com valor de substantivo e na expressão cem por cento. Classificação das palavras/Numerais/Tabela de numerais[editar | editar código-fonte]Os numerais em português/ classificação palavras[editar | editar código-fonte]
Observações: Não confundir a expressão "bilhão" que é usada no Brasil para expressar o número 1 000 000 000, com o termo "bilião", usado em Portugal para significar 1 000 000 000 000. Os termos entre parêntes referem-se à escrita dos números em Portugal. Classificação das palavras/PronomesPronomes são palavras que exercem função nominal, seja para substituir um substantivo, seja para acompanhá-lo (determinando o seu significado). Quando ocupa o espaço normalmente destinado para substantivos (substituindo-o), o faz indicando a pessoa (se é 1º, 2º ou 3º pessoa), o número (se é singular ou plural) e o gênero (masculino ou feminino) da pessoa do discurso. Quando apenas acompanha o substantivo, o pronome modifica, de alguma forma, a relação da pessoa do discurso com o substantivo que acompanha. Também pode ser usado nos diálogos entre narrador e interlocutor. Função[editar | editar código-fonte]A função do pronome pode ser de substantivo ou adjetivo. Quando o pronome substitui um substantivo na frase, denomina-o de pronome substantivo. Quando o pronome acompanha um substantivo, determinando o seu significado, denomina-o de pronome adjetivo.
Classificação dos pronomes[editar | editar código-fonte]Os pronomes podem ser classificados em seis tipos, conforme a seguir (clique nos links para obter mais informações sobre aquele tipo de pronome):
Observações: Os pronomes pessoais serão sempre pronomes substantivos, pois sempre se pode substituí-los por um substantivo, ou representá-lo, e vice e versa; os demais pronomes são, normalmente, pronomes adjetivos, mas podem assumir a forma substantiva dependendo do caso, como por exemplo:
Classificação das palavras/Pronomes/PessoaisOs pronomes pessoais possuem as funções de substituir o nome de um ser e, ao mesmo tempo, situá-lo em relação a pessoa gramatical do discurso; ou seja, indicar quem fala (1.ª pessoa), com quem se fala (2.ª pessoa) ou de quem se fala (3.ª pessoa), tanto no singular quanto no plural. Subdividem-se os pronomes pessoais em três tipos: pronome reto e pronome oblíquo (que dependem da função sintática que exercem); e pronome de tratamento:
Os pronomes retos e oblíquos podem assumir as seguintes formas, conforme tabela abaixo:
Pronomes retos[editar | editar código-fonte]Os pronomes retos são, por excelência, pronomes substantivos, portanto, servem de substitutos dos substantivos e para representar a pessoa da oração:
Formas[editar | editar código-fonte]Os pronomes pessoais retos podem mudar de forma (flexionar), dependendo do número (singular ou plural) e da pessoa gramatical (1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa) do discurso, conforme abaixo:
Observação: É possível contrair as formas ele(s), ela(s) com as preposições de e em, formando as formas: dele(s), dela(s), nele(s) e nela(s). Essas formas costumam ser aplicadas quando exercem a função de predicativo do sujeito, normalmente indicando pertencimento ou localização, como por exemplo: O brinquedo é dele. Entretanto, quando o pronome exerce a função de sujeito de um verbo, a preposição não se une ao pronome: A culpa de ela quebrar o vaso é minha.
Uso[editar | editar código-fonte]Não se deve usar os pronomes retos de maneira indiscriminada; pois, no português, a desinência verbal, normalmente, é suficiente para indicar o número e a pessoa gramatical do sujeito da ação verbal. Como o verbo concorda em número e pessoa com o sujeito a que se refere (nesse caso, sob a forma de um pronome reto) é possível, por meio da concordância verbal, deduzir a forma do pronome, mesmo que ele não esteja visível na frase (formando um sujeito oculto ou elíptico). Exemplos:
Os principais usos do pronome reto são as seguintes:
Observação 1: Como o pronome ele e ela pode representar qualquer substantivo já mencionado, deve-se evitar ambiguidades quando o pronome se referir a dois sujeitos diferentes, por exemplo:
Observação 2: Quando se quer dar ênfase ao pronome-sujeito, costuma-se usar as palavras mesmo e próprio anterior ou posteriormente ao pronome. Esse mecanismo serve apenas para realçar o sujeito, imprimindo-lhe uma importância diferenciada:
Função sintática[editar | editar código-fonte]Os pronomes retos, por serem os substitutos dos substantivos, podem exercer algumas funções sintáticas próprias de substantivos, conforme abaixo:
Observação: Pelo fato de os pronomes retos exercerem a função de sujeito, em frases onde há a presença do verbo, deve-se utilizar os pronomes retos. Onde não há a presença do verbo, utiliza-se os pronomes oblíquos. Por exemplo:
Como regra, deve-se observar se há a presença de verbo acompanhando o pronome (o que exigiria que esse pronome fosse o sujeito desse verbo). Se o pronome em questão precisa ser o sujeito, então este será um pronome reto, se não houver verbo, o pronome assumirá a forma oblíqua. Na língua falada, é muito comum o uso dos pronomes retos ele e ela na função de objeto, como por exemplo, quando se diz: Vi ele passar, Deixei ela pra trás, enquanto o correto seria o uso das formas oblíquas o, a, os, as (Vi-o passar; Deixei-a para trás)Valores especiais[editar | editar código-fonte]Os pronomes retos (em especial na linguagem formal), podem ser empregados para imprimir um determinado valor emotivo, dependendo da ocasião e para quem é direcionada a mensagem, segue algumas dessas aplicações:
Pronomes oblíquos[editar | editar código-fonte]Os pronomes oblíquos, no exercício de suas funções sintáticas (que é de ser objeto direto, indireto ou complemento), podem fazê-lo indicando reflexibilidade ou não reflexibilidade da ação verbal sobre o sujeito. Quanto às formas que os oblíquos podem assumir, essas formas dependem da tonicidade que possuem, apresentando-se sob duas formas: átonas e tônicas Tonicidade[editar | editar código-fonte]
Reflexibilidade[editar | editar código-fonte]Quando na função de objeto ou complemento, classifica-se os pronomes oblíquos em dois tipos distintos: reflexivos e não reflexivos. Todos os pronomes oblíquos assumem uma dessas duas posições; porém, o uso do pronome para indicar reflexibilidade é menos ocorrente do que para indicar a não reflexibilidade, por isso nomeia-se apenas estes de pronomes reflexivos devido a função que exercem e não a forma que possuem (apesar de que os reflexivos na 3.ª pessoa possuem formas próprias (se, si e consigo) e formas átonas nas demais pessoas).
Formas dos oblíquos[editar | editar código-fonte]Os pronomes oblíquos não reflexivos mudam de forma em função da pessoa, do número e do gênero gramatical, bem como em função da acentuação que possuem (átona ou tônica). Os pronomes oblíquos reflexivos são os mesmos que os não reflexivos nas formas átonas da 1.ª e da 2.ª pessoa gramatical, e apresentam três formas próprias quando indicam alguém na 3.ª pessoa gramatical.
A identificação da função de um pronome oblíquo requer a percepção de algumas variáveis, tanto nas formas átonas quanto nas formas tônicas, sendo que cada forma possui suas peculiaridades. Formas átonas[editar | editar código-fonte]Os pronomes átonos normalmente estão ligados a um verbo por meio do hífen, o que limita as funções que esses tipos de pronomes podem exercer, portanto, eles geralmente são o objeto desse verbo. Há oblíquos átonos que exercem função sintática exclusiva (como os pronomes átonos da 3.ª pessoa o, a, os, as, lhe e lhes), mas há oblíquos quem podem exercer tanto a função de objeto direto como a de objeto indireto, tudo vai depender da transitividade do verbo em cada caso (como os pronomes me, te, nos, vos).
Observação: Entretanto, há alguns casos em que os oblíquos átonos podem exercer a função de sujeito, contrariando uma das características fundamentais dos oblíquos (que é servirem de objeto ou de complemento). Esses casos são uma exceção à regra geral (pois é erro tomar o oblíquo por sujeito), mas é possível (e lícito) apenas se os oblíquos átonos forem o sujeito de um verbo (que consequentemente estará no infinitivo) que complementa o sentido de outro verbo (o qual o mesmo átono serve de objeto). Isso ocorre com os verbos causativos (deixar, mandar e fazer) e sensitivos (ver, ouvir e sentir).
Causativos são os verbos que expressam ação que leva a uma consequência. Sensitivos são os verbos que indicam a presença de um dos sentidos.Flexão dos átonos da 3.ª pessoa[editar | editar código-fonte]As formas átonas o, a, os, as sofrem variações próprias em função da posição que ocupam e da terminação das formas verbais a que se ligam. Essas mudanças, no entanto, não mudam as características próprias desses oblíquos átonos, que é indicar a 3º pessoa gramatical e ser objeto direto do verbo ao qual estão unidos. Se diz que o pronome é clítico por ser átono e unir-se ao verbo. A posição do pronome em relação ao verbo não é fixa, podendo este aparecer antes do verbo (enclítico), muitas vezes antes depois do verbo (proclítico), e, até mesmo, no meio do verbo (mesoclítico). Portanto, não é de regra a união do pronome ao verbo pelo hífen para percebê-lo como um pronome átono, principalmente no que se refere às suas funções sintáticas, que serão as mesmas independentemente da posição que ocuparem. Ver o estudo completo desse tema no tópico específico sobre Colocação pronominal.
Formas tônicas[editar | editar código-fonte]Os pronomes tônicos sempre estão acompanhados por preposição, o que, na maioria dos casos, lhes dão a função de objeto indireto ou complemento. Para os pronomes tônicos é preciso que se analise sintaticamente as demais funções da oração pois eles podem ocupar tanto a posição de termo integrante como de termo acessório.
Aplicação das preposições[editar | editar código-fonte]
As formas oblíquas tônicas sempre são regidas por preposição, ou seja, elas sempre estarão lá antepostas aos pronomes. Contudo, há casos em que algumas preposições, pelo sentido que exprimem, possuem uma relação especial com o pronome do qual são antecessoras. Essa relação pode ser tanto para modificar a forma do pronome, como para dar a ele valor enfático. As formas pronominais mim, ti, ele, ela, nós, vós, eles, elas, podem ser antecedidas de diversas preposições (como as preposições para, de, a, por, em, entre); mas, em casos especiais, a aplicação tanto do pronome quanto da preposição requer algumas observações:
Pronomes reflexivos e recíprocos[editar | editar código-fonte]
Os pronomes reflexivos são os que, no papel de objeto direto e ou indireto, representam a mesma pessoa que o sujeito da oração. O entendimento dos pronomes reflexivos está intimamente ligado ao entendimento dos verbos reflexivos. Quando se deseja expressar a reflexibilidade da ação verbal, indicando que o sujeito praticou a ação sobre si mesmo, o verbo fica na voz reflexiva. Não é exclusivo o uso do pronome para indicar reflexibilidade, há casos em que o pronome indica também reciprocidade, que, apesar de menos ocorrentes, possui sentido diverso. Portanto, subdividi-se os pronome reflexivos quando na função reflexiva e na função recíproca, que diferenciam-se justamente por causa da ambiguidade que podem causar:
Na conjugação pronominal reflexiva, a ação reflete sobre o próprio sujeito.
São eles: nos, vos, se.
Observação: Frequentemente, na presença do sujeito plural, as funções reflexivas e recíprocas se confundem, havendo risco de ambiguidade, não sendo possível diferenciar um do outro. Nesse caso, recomenda-se complementar essas orações com expressões de reforço. Todo pronome recíproco é um pronome reflexivo, mas nem todo pronome reflexivo é um pronome recíproco.:
Função reflexiva[editar | editar código-fonte]A função dos pronomes reflexivos depende da natureza do verbo reflexivo com o qual se relaciona, portanto, perceber qual é a natureza do verbo é fundamental para entender qual a função do pronome. Os reflexivos podem exercer suas funções típicas (objeto ou complemento), ou não possuírem função alguma! Quando o pronome serve de recipiente da ação verbal (portanto, quando acompanham verbos transitivos) exerce a função de reflexibilidade pronunciada; quando o pronome indica reflexibilidade, mas não há transitividade na ação, exerce a função de reflexibilidade atenuada.
Observação: Pelo fato dos verbos reflexivos sempre necessitarem da presença de um pronome reflexivo para indicar-lhes a reflexibilidade, chama-os de verbos pronominais, pois, como se pode perceber facilmente, a reflexão não seria possível sem a presença do pronome oblíquo apropriado. Os verbos pronominais dividem-se em dois tipos: os pronominais essenciais e os pronominais acidentais.
Função recíproca[editar | editar código-fonte]Ao contrário da função reflexiva, em alguns casos o pronome não está indicando que o objeto da ação é o mesmo que o sujeito que a praticou. Pode ocorrer casos onde o sujeito seja composto, ou o pronome indica uma pluralidade de pessoas, e a ação ocorre entre essas pessoas simultaneamente. Esse não é o caso reflexivo porque o objeto e o sujeito não são os mesmos.
Pronome de tratamento[editar | editar código-fonte]
Classificação das palavras/Pronomes/Pessoais/Pronomes de tratamentoPronomes de tratamento são todas as palavras ou expressões que referem-se a alguém da 1ª ou da 2ª pessoa gramatical como se ela estivesse na 3ª pessoa, ou representam alguém que efetivamente está na 3ª pessoa gramatical. Para fins de concordância verbal, deve-se tratar esses elementos sempre como alguém da 3ª pessoa. São considerados pronomes pessoais, pois, seu uso equivale-se aos dos pronomes retos e pronomes oblíquos (função sintática de sujeito e objeto).
Observação: É importante enfatizar as circunstâncias em que se aplicam os pronomes de tratamento, pois, retomando o conceito inicial, os pronomes referem-se a alguém como se ela estivesse na 3° pessoa, ou representam alguém que já está na 3ª pessoa:
Formas[editar | editar código-fonte]Os pronomes de tratamento possuem formas próprias quando representam a pessoa gramatical e a importância pessoal (por força do cargo ou da posição) que esse ser possui. A representação da pessoa gramatical é limitada, pois há formas específicas para cada caso, mas para representar uma pessoa de importância diferenciada, há uma lista de fórmulas de tratamento que convém saber para sua correta aplicação. Quando os pronomes de tratamento referem-se a alguém pela sua importância, também é possível abreviá-lo de forma própria, portanto, há tantas abreviações quanto há pronomes.
Fórmulas de tratamento[editar | editar código-fonte]Fórmulas de tratamento são palavras que representam um cargo ou uma posição diferenciada; portanto, não é, por si só, um pronome de tratamento. Para a fórmula de tratamento adquirir esse status, é preciso que ela seja antecedida dos pronomes vossa ou sua, formando, assim, uma locução. As formas nominais Alteza, Santidade, Majestade e etc são apenas fórmulas de tratamento designadas aos cargos de Príncipe, Papa e Rei; mas quando se diz as expressões Vossa Alteza, Vossa Santidade, Vossa Majestade, a fórmula de tratamento passa a ser um verdadeiro Pronome de Tratamento, pois está se referindo a um ser físico que ocupa este cargo.
Invocação das fórmulas[editar | editar código-fonte]Utiliza-se uma invocação apropriada para cada fórmula de tratamento na sobrescrição de envelope ou no chamamento, quando na redação da comunicação oficial de órgãos públicos, ou na comunicação comercial. Não se deve confundir pronome com invocação, pois este tem uso específico, enquanto os pronomes (de tratamento ou não) são utilizados no corpo do texto. Por exemplo, ao se escrever uma carta para o presidente da república, deve-se começar com:
Segue lista das formas das invocações mais usadas:
Observe que em algumas fórmulas, há abreviações próprias para representá-las e, em outras fórmulas, não é possível a abreviação para fins de invocação; em qualquer, caso é necessário o conhecimento da aplicação das fórmulas. Há duas formas de se construir a invocação, dependendo da fórmula a ser usada, seguindo o esquema:
Observação: As abreviaturas podem ser aplicadas simultaneamente caso o cargo exija mais de uma fórmula de tratamento (ou uma fórmula de tratamento composta), como é dos bispos e arcebispos, cuja fórmula é " Excelência Reverendíssima":
Em todos os casos, na invocação, o uso da vírgula é obrigatório, pois se trata de vocativo.
Classificação das palavras/Pronomes/PossessivosOs pronomes possessivos são palavras que trazem, principalmente, a ideia de posse ou de pertencimento, indicando a quem cabe ou a quem pertence alguma coisa. Os possessivos são, na maioria das vezes, pronomes adjetivos, mas podem assumir eventualmente a função substantiva:
Vale observar que, muitas vezes estes substantivos não transmitem que é dono de algo, mas simplesmente algo muito próximo ao sujeito:
Formas[editar | editar código-fonte]Os pronomes possessivos podem variar em função do número e da pessoa gramatical do ser possuidor da coisa, e em função do número e do gênero do substantivo pertencente. Nessa relação, um único possessivo, pode, por si só, indicar se o objeto pertence a quem fala (1° pessoa), se pertence a pessoa com quem se fala (2° pessoa) ou se pertence a pessoa de quem se fala (3° pessoa) e mais ainda, se é uma ou mais pessoas possuidoras da coisa, se é uma ou várias coisas que essa pessoa (ou pessoas) possui e se essa coisa é do gênero masculino ou feminino; ou seja, é possível deduzir todas essas informações simplesmente observando a forma que o possessivo se apresenta. Para tanto, o possessivo apresenta várias formas, conforme abaixo:
Para indicar que algo esta em posse da terceira pessoa, pode usar-se a preposição de posse (de) mais o pronome reto (ou seja, de + ele, de + eles, de + ela, de + elas) que resulta numa contração (dele, deles, dela, delas). Caso o sujeito não seja um pronome reto, mas sim um substantivo, utiliza-se a preposição de posse (de) mais o nome do sujeito (ou seja, de Pablo, de Cássia, de Lucio).
Classificação das palavras/Pronomes/DemonstrativosOs pronomes demonstrativos indicam a posição do ser no espaço (em relação às pessoas do discurso) ou no tempo são chamados de dêiticos. Os pronomes demonstrativos dêiticos são variáveis. Os pronomes demonstrativos podem ser usados no texto e no discurso, com a função de retomar um nome já dito. Pronomes variáveis[editar | editar código-fonte]
Tendo a concordância nominal, já que o pronome demonstrativo flexiona-se em gênero e número, trata-se de um pronome adjetivo. As pessoas são classificadas de acordo com a posição do ser no tempo ou espaço:
Em um texto, podem ser usados para retomar um nome já citado para evitar repetição, seguindo as seguintes regras:
Pode haver palavras que ganham papel de pronome demonstrativo, igualmente variáveis, porém, não seguem as regras das três pessoas do discurso:
Acompanham o pronome relativo que ou qual (veja na próxima página) ou a conjunção integrante que:
Retomam um nome já dito anteriormente (possuem sentindo de idêntico e flexões, em pessoa):
Dá ênfase (possuem sentindo de idêntico e flexões, em pessoa):
Dão sentido completo, retomando um nome anterior (possuem sentido de este e flexões, esse e flexões, aquele e flexões):
Possuem o mesmo sentido de tal e tais, porém incompleto, não possuindo sentido de parecido, similar, análogo:
Pronomes invariáveis[editar | editar código-fonte]Observe as seguintes frases:
Como podemos observar, o pronome este possui os mesmos valores morfossintáticos que isto, mas não semântico. Observe como seria estranho transformar isto em adjunto adnominal do núcleo do sujeito da primeira frase, jogo. Isto jogo é divertido., é um tanto estranho. Os pronomes invariáveis, diferente dos variáveis, indefinem a classe do termo retomado, diferenciando-os semanticamente
Eles são:
Contrações[editar | editar código-fonte]Os pronomes demonstrativos podem aparecer na forma contraída (exceto mesmo, próprio, tal, semelhante e as flexões destes):
Classificação das palavras/Pronomes/RelativosPronomes Relativos são aqueles que representam nomes já referidos, com os quais estão relacionados. Retomam um nome anterior. Uso dos variáveis[editar | editar código-fonte]
Observe a frase:
Sendo os pronomes relativos pronomes que retomam o nome anterior, observamos que a qual está retomando a cidade, possuindo todas as caracteristicas de concordância nominal. Observe que a frase não teria sentido caso fosse retirado eu nasci ou se fosse retirado aquela é a cidade. Já se retirarmos o pronome relativo a qual, com algumas alterações podemos fazê-la:
Veja mais exemplos:
Morfossintaxe[editar | editar código-fonte]Note que em tais frases há a presença do verbo, antes e depois do pronome relativo, logo, estes pronomes sempre formaram a oração subordinada adjetiva: Aquela é a cidade a qual eu nasci
Oração subordinada: a qual eu nasci
Observações: Sempre haverá um verbo de ligação:
1. Antes ou depois do antecedente quando a frase iniciar com pronome adjetivo:
2. Antes do pronome adjetivo quando o predicado da oração principal é colocado depois da oração subordinada:
3. Após o pronome relativo quando não há verbo principal no núcleo da oração (haverá adjetivo que pode ser substituido com o verbo de ligação por um verbo ou locução) necessitando de complemento:
4. O complemento pode seguir as regras dos itens 1 e 2:
Concordância pronominal[editar | editar código-fonte]Junto aos pronomes qual e quais haverá um pronome demonstrativo que concordará com o antecedente (os pronomes demonstrativos podem estar contraidos com preposição, nestes casos, o pronome é equivalente a cujo e flexões):
Não se põe artigo junto aos pronomes cujo, cujos, cuja e cujas, eles simplesmente concordam não com o antecedente, mas com o consequente. São equivalentes a ao/do qual, aos/dos quais, à/da qual, às/das quais:
Quanto e flexões[editar | editar código-fonte]Quanto, quantos, quanta e quantas somente são utilizados quando o antecedente é o pronome indefinido tudo, tanto, tantos, tanta, tantas, todos ou todas, formando as locuções pronominais tudo quanto, tanto quanto, tanta quanta, tantos quantos, tantas quantas, todos quantos e todas quantas. São usados com valor quantitativo, indicando quantidade. Podem aparecer sem antecedente, uso muito comum em documentos jurídicos. Uso de pronomes invariáveis[editar | editar código-fonte]Os pronomes invariáveis possuem este nome por não obedecerem nenhuma das regras de concordância nominal. Eles são:
Classificação das palavras/Pronomes/InterrogativosOs pronomes interrogativos, como o próprio nome diz, são formadores das frases interrogativas. Definição[editar | editar código-fonte]Observe:
Na página anterior, aprendemos os pronomes relativos. Os pronomes interrogativos são os mesmos que os relativos, como no exemplo acima, porém só são classificados como tais em perguntas. Observações:
Classificação[editar | editar código-fonte]Eles são: Invariáveis
Variáveis
Observações: O acento circunflexo somente é utilizado em quê antes do ponto interrogativo. Quê nem sempre será pronome interrogativo, pode também ser uma interjeição ou um substantivo. Quanto à morfossemântica[editar | editar código-fonte]Estes pronomes dependendo do contexto podem ter função substantiva ou adjetiva:
Nestes exemplos o pronome modifica, interrogativamente, anos, presente; tendo o papel adjetivo. Os pronomes variáveis geralmente possuem este papel.
Já nestes exemplos, o pronome não refere-se a nada, tendo referência a algo indefinido. Geralmente os pronome invariáveis possuem este papel, o papel substantivo. Quanto à morfossintaxe[editar | editar código-fonte]A colocação pronominal destes altera a significação da frase. As classificamos de acordo com a posição destes pronomes:
Classificação das palavras/Pronomes/IndefinidosOs pronomes indefinidos não se referem a nada de específico. Apesar de isso caracterizá-los, eles podem variar quanto ao gênero e ao número; O pronome outro pode, excepcionalmente, contrair-se. (veja: Contrações) Variáveis[editar | editar código-fonte]
Invariáveis[editar | editar código-fonte]
Observações: Por indefinirem seres, não são usados artigos antes dos seres que o pronome indefinido relaciona. O artigo indefinido pode substituir estes pronomes. Segundo muitos dicionários, as palavras fulano, sicrano e beltrano são substantivos, e não pronomes indefinidos. A palavra bastante (e seu plural bastantes) pode ser advérbio de intensidade, adjetivo, substantivo ou pronome indefinido. Quanto à semântica[editar | editar código-fonte]Os pronomes substantivos são os que indefinem a quantidade de seres (são sempre substantivos: algo, alguém, nada, ninguém, outrem, quem, tudo, fulano, sicrano, beltrano). Os pronomes adjetivos indefinem a quantidade de seres já expressos (são sempre adjetivos: cada, certa, certas, certo, certos). Os demais podem ser adjetivos ou substantivos, dependendo do contexto. Classificação das palavras/VerbosVerbos são palavras que expressam uma ação, um estado ou mudança de estado. Além disso, alguns verbos (chamados de relacionais) só formam um relação sintática na oração. A correta compreensão do papel do verbo obedece uma premissa lógica fundamental. Toda ação ou estado tem uma causa e um causador e produz um efeito.
O verbo é o elemento que determina o acontecimento fundamental no qual todas as outras palavras de todas as outras classes gramaticais se relacionam. Por exemplo:
Percebe-se a importância do verbo no processo de comunicação, seja ela falada ou escrita. Devido a essa importância, o verbo é, sem dúvida, a parte da gramática mais importante de ser estudada. Para a sintaxe, o verbo é o elemento que determina a divisão das orações, sendo assim, onde houver um verbo haverá uma oração, pois alguma coisa estará, de fato, acontecendo. Na oração, o que acontece é uma relação de causa e efeito, sendo o verbo o intermediador dessa relação.
O verbo é a classe de palavras mais rica em flexões; assim sendo, o verbo reveste diferentes formas para indicar a pessoa do discurso, o número, o tempo, o modo e a voz. Também serve para formar outros tempos e ligar termos, veremos adiante. Formas[editar | editar código-fonte]O número e a pessoa[editar | editar código-fonte]O verbo sofre variações para indicar a pessoa e o número. A relação do verbo entre os substantivos e os pronomes chama-se concordância verbal.
Tempo e Modo[editar | editar código-fonte]Os verbos regulares no infinitivo podem ter até três desinências (-ar, -er e -ir). Chamam-se os verbos terminados em -ar, da primeira conjugação; em -er, da segunda conjugação; e, em -ir, da terceira conjugação. Em cada conjugação, o verbo flexiona-se diferentemente. Verbos que não seguem estas conjugações, são chamados de irregulares (ou anômalos), os que seguem, regulares (veja: verbos irregulares, terminação ar, er, ir e or). O verbo além de flexionar-se em número e pessoa, também flexiona-se em tempo e modo (seguindo as conjugações). Os modos são três: indicativo, subjuntivo (ou conjuntivo) e imperativo. O modo indicativo apresenta seis tempos verbais, sendo um deles representando o presente do enunciado, três o passado do enunciado, que dividem-se em perfeitos (completos) e em imperfeito (incompleto), e dois representando o futuro, um o futuro do enunciado e outro o futuro do passado do enunciado. Este último (denominado futuro do pretérito) apresenta características especiais, muitas vezes semelhantes ao modo subjuntivo.
Eis as flexões deste modo, em tempos (verbo levar - 1ª conjugação):
O modo subjuntivo ou conjuntivo exprime dúvida, desejo. Apresenta três tempos bem distintos um dos outros. O passado deste tempo é o mais utilizado, junto à conjunção Se. O presente e o futuro não são tão utilizados na linguagem informal, utiliza-se Que e Quando, respectivamente.
Os tempos do modo subjuntivo são (verbo levar - 1ª conjugação):
O modo Imperativo é dividido em dois, nas formas afirmativas e nas negativas. Nenhum verbo pode ser flexionado na primeira pessoa do singular (eu) no afirmativo e no negativo, outros verbos possuem em apenas algumas pessoas e números (é o caso do verbo Adequar) e outros nem possuem (é o caso do verbo Caber)
Observações: Há verbos irregulares que não são flexionados em certos tempos. Chamam-se defectivos. Outros, possuem mais de uma forma de flexão no mesmo tempo do mesmo modo. Chamam-se abundantes. Voz[editar | editar código-fonte]
Outras formas[editar | editar código-fonte]O Verbo apresenta mais algumas formas, chamadas de nominais. São elas:
Junto a essas formas nominais, surge outro tipo de verbo, o verbo auxiliar temporal (VA). Ele forma os tempos compostos, junto ao particípio e ao gerúndio:
Veja que nesses casos ocorrem as locuções verbais, não mudando a oração da frase. Os verbos auxiliares ainda podem ser modais e aspectivos, nestes últimos, a forma nominal é o infinitivo. Sintaxe[editar | editar código-fonte]A sintaxe é a parte da língua que trata da colocação e da regência.
Agora iremos iniciar o estudo da sintaxe do verbo. As estruturas sintáticas que o verbo compõe são:
Complemento[editar | editar código-fonte]
Alguns verbos necessitam de complemento. Estes verbos chamam-se de transitivos. Subdividem-se em diretos (VTD), indiretos (VTI) e em circunstanciais. Seus complementos chamam-se objetos, que podem ser diretos (OD) ou indiretos (OI). Podem existir verbos que necessitam de mais de um complemento (VTDI), ou seja, possuem um objeto direto e outro indireto. Os verbos que não necessitam de complemento são chamados de Intransitivos (VI). A diferença entre o OI e o OD é que o OI é introduzido por preposição. Exemplo:
Quando a ação do verbo recai sobre a mesma pessoa que provoca a ação, o complemento tornar-se um pronome reflexivo, ocorrendo a conjugação reflexiva. Estes verbos chamam-se verbos reflexivos. Predicado[editar | editar código-fonte]
O predicado é a parte da frase que não pertence ao sujeito (apenas algumas partes da frase não são consideradas nem sujeito nem predicado, como exemplo o vocativo). O predicado divide-se em três tipos:
No predicado verbal o verbo é o núcleo do predicado, ele estabelece total relação à frase. Apesar de o nome predicado nominal parecer que não possui alguma relação ao verbo, possui. Acontece que o predicado nominal (ou predicativo do sujeito) é ligado ao sujeito por um verbo especial chamado de verbo de ligação (VL). Exemplo:
No predicado verbo-nominal, o verbo transitivo ou o verbo reflexivo chama-se transobjetivo e forma o predicativo do objeto. Período[editar | editar código-fonte]
Período é uma sentença constituída por orações. Na oração existe uma estrutura sintática completa, ou quase completa.
O período é baseado quase por completo na estrutura que o verbo faz na oração. A relação entre o verbo e a oração é tão grande que para existir uma oração é necessário ao menos o verbo, explícito (notável) ou não (oculto). Período composto[editar | editar código-fonte]
Período composto é o período com mais de uma oração. No período composto a oração pode ser chamada basicamente de sete tipos:
Muitas vezes o período composto não passa de uma maneira alternativa de se empregar termos relacionados ou não ao verbo (geralmente com orações substantivas), como o OI, OD, predicativo, etc. A vantagem de ter mais de uma oração é a seguinte, quando há apenas uma, haverá concordância verbal, ou seja a ação do verbo obrigatoriamente ocorrerá no tempo que o verbo descrever e terá um sujeito, já no período composto, um verbo não precisa seguir a concordância verbal de outro verbo, fazendo com que a ação possa recair em outro tempo verbal e que o verbo subordinado tenha um sujeito diferente. Concordância[editar | editar código-fonte]
Concordância é o que verbos, artigos, substantivos, pronomes, adjetivos e numerais alteram na frase quando flexionados ou alterados, sendo que devem obedecer regras de gênero, número, pessoa e modo/grau.
Segundo a concordância verbal, todo verbo flexionado em certo número (plural ou singular) deve concordar com nomes neste mesmo número. Verbo/Verbo (concordância do verbo com outro verbo) possuem regras especiais. Exemplo:
Todos nós, Eles e Lucas e Rafael apresentam o mesmo tipo de número, o plural. Obrigatoriamente, fazer, ter e ir deverão ficar no plural. As pessoas do discurso também modificam o verbo, Todos nós faz com que fazer vá para a 1ª pessoa, Eles e Lucas e Rafael fazem com que ter e ir tornem-se verbos flexionados na 3ª pessoa. Semântica[editar | editar código-fonte]A semântica é o estudo do significado das palavras.
O verbo tem, como os demais vocábulos, sinônimos, antônimos, homógrafos, homófonos, parônimos e homônimos. Porém, os verbos possuem uma estrutura semântica atribuída somente a eles: os verbos auxiliares, verbos ativos e verbos relacionais. Classificação das palavras/Verbos/Modo IndicativoPresente[editar | editar código-fonte]O presente indica um fato que ocorre no momento do enunciado, não necessariamente no momento cronológico. (Um exemplo de verbo flexionado no presente não indicando momento cronológico: Dom Pedro recebeu uma carta, logo ele diz: Independência ou Morte! ). Para não ter outro verbo flexionado no pretérito ou no futuro pode se utilizar o presente. Isso só ocorrerá quando houver um verbo flexionado no momento cronológico (que é o período em que o enunciado está ocorrendo).
Pretéritos[editar | editar código-fonte]O passado, ou mais conhecido como Pretérito, que significa um ato que ocorreu um tempo antes do presente, ou seja, que passou, existem para o pretérito (passado) alguns tipos de classificações: Pretérito Perfeito, Pretérito Simples, composto; mais-que-perfeito e Pretérito Imperfeito. Perfeito[editar | editar código-fonte]O pretérito perfeito indica uma ação totalmente realizada, que iniciou e terminou no passado.
Imperfeito[editar | editar código-fonte]O pretérito imperfeito indica uma ação que iniciou no passado e que ainda não terminou. O pretérito imperfeito pode também indicar algo rotineiro que ocorreu no passado (podendo ser descrito como sempre + pretérito perfeito. Ex.: Ele falava com ela desesperadamente = Ele sempre falou com ela desesperadamente).
Mais-que-perfeito[editar | editar código-fonte]O pretérito mais-que-perfeito indica uma ação passada que começou no passado distante e terminou no passado. Geralmente na oração existe um outro verbo que esta flexionado no passado, para saber de qual pretérito (perfeito ou imperfeito) que é o passado, senão, não há necessidade do uso (já que não haveria um passado do passado).
Futuros[editar | editar código-fonte]Futuro do presente[editar | editar código-fonte]O futuro do presente indica ações que acontecerão em relação ao presente.
Futuro do pretérito[editar | editar código-fonte]O futuro do pretérito (nome atual do antigo condicional) indica ações futuras em relação ao passado (mas que também podem conter uma condição para a ação ser feita). É acompanhado com um verbo flexionado no passado. (Ex.: Ontem eu tinha dito que amanhã falaria com você). Também serve para indicar ações hipotéticas ou irreais. (Ex.: Eu não teria tanta certeza de que ele não falaria isso!).
Ligações externas[editar | editar código-fonte]Classificação das palavras/Verbos/Modo ConjuntivoO modo subjuntivo/conjuntivo apresenta o fato ou ação representada pelo verbo, como duvidosa, pendente de condição, ou um pedido, ordem.
Pretérito imperfeito[editar | editar código-fonte]No pretérito imperfeito do subjuntivo utiliza-se a conjunção se (se eu falasse, se tu falasses, se ele falasse, se nós falássemos, se vós falásseis, se eles falassem).
Presente[editar | editar código-fonte]No presente do subjuntivo se utiliza a conjunção que (que eu fale, que tu fales, que ele fale, que nós falemos, que vós faleis, que eles falem). Este é o tempo usado na formação do imperativo (com exceção da segunda pessoa do plural e do singular do imperativo positivo, que derivam do indicativo).
Futuro[editar | editar código-fonte]No futuro do subjuntivo se utiliza a conjunção quando(quando eu falar, quando tu falares, quando ele falar, quando nós falarmos, quando vós falares, quando eles falarem) e também se (se nós falarmos). Este é idêntico ao infinitivo pessoal para verbos regulares.
Classificação das palavras/Verbos/Modo ImperativoO Modo imperativo é o modo verbal que exprime ordem, proibição, conselho, pedido ou interação com o leitor. Afirmativo[editar | editar código-fonte]O imperativo afirmativo se forma da seguinte maneira:
Veja a conjugação do verbo falar:
Veja agora, como ficam as demais conjugações:
Negativo[editar | editar código-fonte]O imperativo negativo não possui formas especiais. Suas pessoas são idênticas às correspondentes do presente do subjuntivo, porém, não existe flexão a primeira pessoa do singular (eu). Veja a conjugação do imperativo negativo do verbo falar:
Agora veja como ficam as demais conjugações:
Notas[editar | editar código-fonte]
Classificação das palavras/Verbos/VozesO sujeito pode ser considerado o termo de maior ênfase na oração, por ter um local exclusivo, o início, e pelo fato de o predicado referir-se inteiramente a ele. A construção deste processo é importantíssimo, pois remete a visão do eu-lírico sobre a declaração, isto é, a visão da história. Veja:
No primeiro caso, o processo sintático (a ação realizada no decorrer do corpus e a visão textual) é dada ao sujeito - aquelas pessoas; é transmitida a ideia de que se não houvesse aquelas pessoas não haveria aquela doença. No segundo caso, a visão textual recai sobre o sujeito a doença e é transmitida a ideia de que se não houvesse aquela doença, aquelas pessoas não teriam a menor importância ao contexto. Esta alteração enfática é dada às vozes verbais, que fazem com que um simples complemento verbal transforme-se no sujeito:
Como você pode notar, ambas as frases estão no mesmo tempo verbal, o pretérito perfeito. Porém, no primeiro exemplo, a frase está relacionada à ação que aquelas pessoas exercem sobre a doença, no segundo, ocorre o contrário. Numa, a ação do verbo ocorre em relação ao tempo enunciado (voz ativa) e noutra, ocorre o tempo enunciado em relação à ação do verbo (voz passiva), isto é, que já passou. Fazendo análise nas orações, temos:
Veja que os termos são os mesmos, mas a ordem deles, da voz ativa para a passiva, alterou-se (as mesmas cores mostram os mesmos termos). Em sintaxe, cada um destes termos tem a seguinte nomenclatura, uma para voz ativa e outra para a voz passiva:
Concluímos que:
Voz ativa[editar | editar código-fonte]O verbo de uma oração está na voz ativa quando a ação é praticada pelo sujeito, ou seja, o sujeito é o agente da ação verbal.
Exemplo:
Voz passiva[editar | editar código-fonte]
O verbo de uma oração está na voz passiva quando a ação é sofrida pelo sujeito, que não é o mesmo que pratica a ação verbal. O agente da passiva é aquele que pratica o ato. A palavra passivo possui a mesma raiz latina de paixão (latim passio, passionis) e ambas se relacionam com o significado de sofrimento (Paixão de Cristo). Daí vem o significado de voz passiva como sendo a voz que expressa a ação sofrida pelo sujeito. Na voz passiva, temos dois elementos que nem sempre aparecem: sujeito paciente e agente da passiva.
Exemplo:
Alice e Os problemas são sujeitos pacientes porque recebem a ação praticada pelo agente da ação verbal, diretor da escola e funcionários da empresa, respectivamente. O agente da passiva também pode ser indeterminado, como no seguinte exemplo:
Como não se sabe quem roubou o carro, o agente da passiva é indeterminado. A língua culta só aceita a voz passiva com um verbo que tenha objeto direto, ou seja, verbo transitivo direto, salvo raras exceções, com os verbos obedecer e desobedecer: A lei deve ser obedecida por todos. Por força do hábito, os verbos obedecer e desobedecer aceitam a passiva, porque antigamente eram transitivos diretos.
Tais frases estão em linguagem coloquial, porque os verbos obedecer e assistir precisam de um complemento, o sujeito obedece a alguém e assistem a algo. Portanto, o correto seria a frase na voz ativa ou a substituição por um verbo transitivo direto na voz passiva:
Observações: O agente da passiva sempre é introduzido pela preposição por, contraída ou não. Eventualmente, usa-se a preposição de. Passiva analítica[editar | editar código-fonte]É formada pelo uso dos verbo auxiliar ser e o particípio de certos verbos ativos, como: ser visto (sou visto, és visto, é visto...); estar abatido (estou abatido, estava abatido....). Alguns gramáticos consideram que a passiva analítica pode ser formada a partir de quaisquer verbos auxiliares temporais.
Exemplo:
É importante observar que o tempo verbal da voz ativa deverá ser seguido pelo verbo auxiliar da voz passiva. No exemplo acima, o verbo auxiliar (ser) está no mesmo tempo que o verbo principal da voz ativa (conduzir), o pretérito imperfeito. Exemplo:
Aos verbos que não são ativos nem passivos nem reflexivos, são chamados neutros. Esses não admitem voz ativa nem passiva nem reflexiva, pois o sujeito não pode ser visto como agente nem paciente nem agente-paciente.
Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos, logo o sujeito é paciente. Excepcionalmente, o pronome apassivador assume formas de 1ª e 2ª pessoa. Voz passiva é uma forma verbal, enquanto passividade é ideia. Em 'Ele levou um tiro' há voz ativa, embora o sujeito tenha sofrido a ação.Observações: Na língua portuguesa há muitas estruturas similares à voz passiva. Deve-se ter em mente que esta ocorre somente com um verbo. Casos como o predicativo do sujeito (ser + adjetivo) não são considerados como tais. Passiva sintética ou pronominal[editar | editar código-fonte]É formada mediante o uso do pronome apassivador se (ou partícula apassivadora). Neste caso, o sujeito agente desaparece, porque não interessa ao narrador mencioná-lo, sendo o sujeito indeterminado.
Exemplo:
No exemplo acima, joias não pratica a ação de vender, mas sim, sofre essa ação. Portanto, joias não é o agente da ação verbal, mas o sujeito paciente. O verbo é passivo, sendo essa passividade indicada pelo pronome se. Essa mesma oração pode ser expressa por outras vozes:
O sujeito continua a ser jóias, que, por estar no plural, levará o verbo também para o plural. Ativo-Passiva[editar | editar código-fonte]A voz ativo-passiva recebe este nome pelo fato de o sujeito da oração receber a ação (ou seja, voz passiva), mas ao mesmo tempo, este não ser o sujeito real, estando o verbo em sua forma simples (e não em locução). Nestes casos o sujeito é indeterminado e a frase pode ser passada para a voz ativa e às vozes passivas:
É notável que seu uso não é constante na língua e que muitas vezes é considerada coloquial. Reflexiva[editar | editar código-fonte]
Classificação das palavras/Verbos/Verbos auxiliares
Verbo auxiliar é todo verbo que forma locução verbal com outro verbo (denominado verbo principal) e que formam apenas uma oração. Veja:
Podemos encontrar duas orações, uma principal (Estou dizendo) e uma subordinada (o que vi), porém, três verbos (estar, dizer e ver). Quando ocorrem com verbos ativos ou relacionais (verbos que não são auxiliares), o número de verbos é igual ao número de orações, mas neste caso temos apenas dois verbos que não são auxiliares, logo, duas orações. Classificação[editar | editar código-fonte]Os verbos auxiliares são dividos em três grupos distintos:
É importante saber que todos os verbos que veremos são considerados auxiliares porque estes formam um locução com outro verbo chamado de verbo principal. Temporais[editar | editar código-fonte]Verbos auxiliares temporais servem para indicar algo de modo alternativo.
Os verbos auxiliares temporais podem ser identificados na locução verbal ou junto a verbos no infinitivo impessoal (flexão do verbo quando terminado em -ar, -er, -ir, -or), particípio (flexão do verbo quando terminado em -ido(s), -ida(s), -ado(s), -ada(s)) ou gerúndio (flexão do verbo quando terminado em -ndo). De acordo com o verbo auxiliar e a forma nominal que o acompanha (infinitivo, particípio ou gerúndio), classificamos os tempos e as locuções (veja na próxima página). A seguir, os verbos auxiliares temporais: Ser[editar | editar código-fonte]O verbo ser além de empregado com verbo auxilar, pode também ser empregado como verbo de ligação. O uso deste verbo como auxiliar, é o seguinte:
Estar[editar | editar código-fonte]O verbo estar também pode ser de ligação e auxiliar.
Ter e Haver[editar | editar código-fonte]
Ir[editar | editar código-fonte]
Modais[editar | editar código-fonte]Os verbos modais, diferente dos temporais, atribuem certa característica ao verbo principal. Nestes casos, o verbo principal flexiona-se no infinitivo impessoal. Eles podem ser:
Observações:
Aspectivos[editar | editar código-fonte]São semelhantes aos verbos modais, dão característica ao verbo principal, que estará no infinitivo impessoal. A característica que esses atribuem são de estado da ação em relação ao tempo do enunciado, podendo ser:
Observações: A preposição a + verbo no infinitivo impessoal pode ser substituida por verbo no gerúndio. Semi-auxiliares[editar | editar código-fonte]Alguns gramáticos consideram certos verbos como semi-auxiliares, outros, utilizam a classificação que é apresentada neste livro. Veja semântica verbal para ver a nossa classificação. Classificação das palavras/Verbos/Particípio, Gerúndio e tempos compostos e perifrásticosOs verbos podem se apresentar em várias formas: na forma de composição, locução verbal (que constitui a conjugação perifrástica) e as formas simples. Essas formas são formadas a partir dos verbos auxiliares, de acordo com a forma nominal expressa pelo verbo principal. Chamamos de forma nominal, o gerúndio, o particípio e o infinitivo. Conjugação perifrástica[editar | editar código-fonte]Veja estas tabelas:
Analisando estas tabelas podemos concluir que:
Isto ocorre porque encaminhando nunca flexionar-se-á. É necessário indicar um tempo verbal com o verbo auxiliar estar, já estudado. Trata-se de um verbo no gerúndio, uma forma nominal do verbo.
Voz passiva perifrástica[editar | editar código-fonte]Como vimos na página anterior, o verbo estar pode se apresentar na voz passiva, mas o verbo auxiliar ser deve estar no gerúndio (a mesma flexão usada nas tabelas anteriores), a morfossintaxe da voz passiva permanece a mesma (+ particípio). Veja:
Analisando estas tabelas, podemos concluir que:
Isto ocorre porque sendo está tendo o mesmo papel de encaminhando, e do mesmo jeito, é inflexível. Já encaminhado(s) segue regras comuns de concordância verbal, mas do mesmo jeito que o gerúndio, não flexiona-se no tempo, tendo relação de dependência ao verbo auxiliar. Esta forma nominal chama-se particípio.
O gerúndio e o particípio[editar | editar código-fonte]Uma maneira fácil de diferenciar o particípio do gerúndio é simples: Assim como na palavra Gerúndio existe um n, os verbos flexionados no gerúndio também vão ter um n, nos verbos regulares do particípio, basta retirar o n e se obtem o particípio masculino do singular (só não ocorre na segunda conjugação). Veja na tabela ao lado:
A Flexão dos verbos regulares para formar o particípio é a seguinte:
A desinência (flexão) do particípio é, para o feminino: a (singular), as (plural); e masculino: o (singular), os (plural). Exemplo:
O particípio é usado para designar uma ação sofrida e completa ou uma ação realizada por outro ser em relação ao sujeito, ou seja, no passado do tempo enunciado (no passado do passado, no passado do presente ou no passado do futuro). Já o gerúndio serve para designar uma ação incompleta feita pelo sujeito, ou seja, que teve o inicio no presente do tempo enunciado (no passado, no presente ou no futuro) e ainda não teve um fim.
Para ver as formas irregulares ver: Verbos irregulares (terminação AR), Verbos irregulares (terminação ER), Verbos irregulares (terminação IR) e Verbos irregulares (terminação OR).
Nomenclaturas[editar | editar código-fonte]Se nomeia a formação verbo auxiliar + verbo principal de acordo com o verbo auxiliar e a forma nominal do verbo principal:
Tempos compostos[editar | editar código-fonte]Como pode ser visto na tabela acima, os tempos compostos são formados por ter/haver + particípio. Veja:
Observações: Ao contrário da conjugação perifrástica, os tempos compostos não admitem o pretérito perfeito e mais-que-perfeito do indicativo, pois os tempos compostos no pretérito imperfeito do indicativo já indicam tal perfeição. Tempo composto perifrástico[editar | editar código-fonte]Podemos utilizar as regras da conjugação perifrástica junto às do tempo composto. Ocorre quando se coloca ter/haver + estado(s) + gerúndio. Ocorre porque o verbo principal do tempo composto torna-se estar que por consequência do verbo auxiliar, fica no particípio (estado(s)), mas, pelas regras da conjugação perifrástica, o verbo principal da locução verbal flexiona-se no gerúndio:
O verbo ir e o infinito[editar | editar código-fonte]O verbo ir também pode ter papel de auxiliar (geralmente informalmente). Ele possui as mesmas características do verbo estar quando auxiliar. Junto à preposção a, o verbo estar tem relação perifrástica com o verbo principal no infinitivo. O mesmo ocorre com o verbo ir. Chamamos o tempo formado com verbo ir com verbo principal no infinitivo de futuro breve, assim como estar + a. Observações: Muitas vezes o verbo ir pode ter sentido de andar, mover, movimentar, somente nestes casos o tempo composto pode fazê-lo com o gerúndio (exceto se o verbo estar introduz o principal, que por consequência haverá a preposição a e verbo no infinito):
Semântica[editar | editar código-fonte]Os tempos compostos e os verbos que utilizam o infinitivo possuem valores especiais (lembrando que os tempos compostos - ter e haver - são formados pelo particípio e a conjugação perifrástica - estar e ir - pelo gerúndio):
Saiba mais[editar | editar código-fonte]O modo composto sempre será o verbo auxiliar + particípio/gerúndio. Se o verbo auxiliar estiver no pretérito perfeito, o modo simples também estará no pretérito perfeito (você pode conferir nas tabelas já apresentadas). Exemplificando:
O particípio com função de substantivo e adjetivo[editar | editar código-fonte]Existem casos em que o particípio possui função de substantivo ou de adjetivo. Estes substantivos e adjetivos são denomínados derivados de verbos. Os substantivos irão aparecer no feminino, os adjetivos concordarão com o nome. Exemplos:
Existem derivados que se modificaram com o tempo, ocorrendo variados processos de formação, e assim a língua vai se transformando. Orações Reduzidas[editar | editar código-fonte]
No Período Composto, oração subordinada é toda oração que depende sintaticamente da outra. Orações coordenadas são as que exercem mínima relação sintática.
Em certas orações subordinadas (e em uma coordenada), podemos anular a conjunção e acrescentar o particípio, o gerúndio ou o infinitivo, dependendo da função que a oração subordinada exerce à oração principal, tendo como significação desta oração o mesmo da oração desenvolvida, podemos classificá-las de acordo com o verbo nominal: Particípio
Gerúndio
Observações: O significado destes verbos é o mesmo que exercem na oração absoluta, ou seja, pelo fato de estarem na oração reduzida, não perdem suas características já mencionadas. Exercícios[editar | editar código-fonte]Complete os itens a seguir com o gerúndio de cada verbo:
Esta página foi eleita pelos colaboradores como uma das melhores do Wikilivros. Para mais informações, consulte a página de votações. Classificação das palavras/Verbos/InfinitivoO infinitivo é a parte "natural" do verbo. Ele é dividido em dois, em infinitivo pessoal e infinitivo impessoal. O infinitivo pessoal, como o próprio nome diz, remete a uma pessoa, enquanto o impessoal, não remete a ninguém. Infinitivo impessoal[editar | editar código-fonte]O infinitivo impessoal é aquele com as desinências -ar, -er, -ir e -or. Ele ocorre:
Infinitivo pessoal[editar | editar código-fonte]A conjugação do infinitivo pessoal é a seguinte (nos verbos regulares, idêntica a conjugação do futuro do subjuntivo):
Exemplo:
Classificação das palavras/Verbos/Conjugação reflexiva
Observe as seguintes frases:
Ao observarmos os verbos, notamos que eles são transitivos, sendo os seus objetos, o pronome se. Como já vimos, os pronomes sempre estão relacionados a outros termos, nestes casos, o sujeito. Ou seja, o sujeito pratica e sofre a ação ao mesmo tempo. Veja que a ação do verbo é refletida no sujeito. Chamamos isto de conjugação reflexiva. Ela é feita pelo uso de um verbo reflexivo + pronome reflexivo que é correspondente à pessoa e número gramatical do sujeito. Função recíproca[editar | editar código-fonte]Podemos ter um verbo em diferentes formas para indicar a mesma frase, veja:
Quando na conjugação reflexiva o sujeito é composto, o verbo tem função recíproca, visto que um núcleo do sujeito estabelece ação do verbo sobre o outro núcleo e este sobre o primeiro. Classificação[editar | editar código-fonte]Nos verbos reflexivos, sempre aparecerá um pronome reflexivo, da mesma pessoa que o sujeito, sem o qual o verbo não poderá indicar reflexibilidade. Por essa razão, os verbos reflexivos chamam-se também pronominais, dividindo-se em dois grupos: pronominais essenciais e pronominais acidentais. Pronominais essenciais - são aqueles que vêm sempre acompanhados de pronome reflexivo, já que sempre o sujeito pratica e sofre a ação. O pronome oblíquo que os acompanha nunca terá uma função sintática. Quanto a fonação possuem reflexibilidade atenuada, pelo fato do pronome não destacar-se (já que é constante o seu uso com tais verbos): arrepender-se, queixar-se, indignar-se, abster-se, etc.
Pronominais acidentais - são os verbos transitivos diretos que, para indicar reflexibilidade da ação, vêm acompanhados do pronome reflexivo. Quanto a fonação possuem reflexibilidade pronunciada, pelo fato do pronome destacar-se (já que não são obrigatórios).
Observações: Os verbos reflexos são indiretos, pelo fato de o objeto direto ser o próprio pronome. Nunca serão reflexos os intransitivos, já que indicam uma simples ação. Casos facultativos[editar | editar código-fonte]Há verbos com os quais é facultativo o uso do pronome, a maioria trata-se de palavras homônimas, mas há casos em que é independente da semântica, como o verbo lembrar (-se). Colocação do pronome[editar | editar código-fonte]
Classificação das palavras/Verbos/Verbos de ligaçãoOs verbos de ligação (copulativos ou designativos) são verbos que não possuem valor grande semântico na frase, apenas sintático, sendo classificados como verbos relacionais. Observações: Verbos de ligação são diferentes de verbos auxiliares! Os auxiliares formam os tempos compostos, diferente dos de ligação! Os verbos de ligação (VL)[editar | editar código-fonte]Cada verbo de ligação representa certo período de tempo, representando características que podem ser duradouras ou momentâneas:
Predicado nominal (predicativo)[editar | editar código-fonte]O Predicado é a parte da frase em que declara-se ações do sujeito. O Predicado nominal (ou predicativo) esclarece modificações e qualidades que ocorreram naquele período com o sujeito ou em um longo período. Uma frase com predicado nominal é formada por Sujeito + Verbo de Ligação + Adjetivo:
Orações subordinadas[editar | editar código-fonte]Além disso, existem as orações subordinadas que necessitam de verbos de ligação. É o caso da oração subordinada adjetiva restritiva. Também acrescenta-se verbo de ligação na oração principal das frases que possuem orações subordinadas substantivas predicativas e em algumas subjetivas (depende do contexto):
Classificação das palavras/Advérbios
Advérbio é a classe gramatical das palavras que modifica um verbo, um adjetivo, um outro advérbio, ou uma oração inteira. Na linguagem publicitária e jornalística atual, os advérbios se relacionam a substantivos.
Primordialmente, os advérbios visam modificar, de alguma forma, a circunstância no qual ocorre a ação expressa pelo verbo; porém, na evolução da língua, essa função de "modificar a circunstância" se estendeu aos adjetivos, ao advérbio e aos substantivos. Essa ampliação do uso do advérbio chega a atingir até mesmo os pronomes na linguagem informal, pois na norma culta, tais usos configuram-se graves erros (Ex.: - Quem fez isso? - Euzinha! = Eu mesma). Exemplos:
Não há sinais morfológicos definidores de advérbios. O único consenso nesse respeito é que eles são invariáveis. Isto é, advérbios não flexionam em gênero e número. Os autores que defendem a existência de flexões de grau, afirmam que alguns advérbios passam por esse processo. Contudo, os estudos mais modernos indicam que não existe flexão de grau, mas derivação de grau. Os advérbios são analisados sob três aspectos: função, forma e circunstância. Função[editar | editar código-fonte]A respeito da função do advérbio, pode ser tanto a de modificar um verbo, como também um adjetivo ou um outro advérbio. Quando modificando um verbo ele será considerado, sintaticamente, um adjunto adverbial. Se modificar um adjetivo ou outro advérbio, ele será classificado como adjunto adnominal, por fazer parte de um sintagma nominal e não exercer papel de núcleo deste. De acordo com a mudança do sentido ou da sintaxe do verbo, o advérbio também será modificado. Ele aplica circunstâncias ao verbo, e não necessariamente elas são obrigatórias para que a informação tenha sentido. Forma[editar | editar código-fonte]Os advérbios, por serem invariáveis, possuem formas bem restritas. Na verdade, podem assumir apenas 2 (duas) formas: ou é uma palavra sendo ela o próprio advérbio; ou são duas palavras, formando uma locução adverbial. Os advérbio propriamente ditos (que se identificam como tal por uma só palavra: ontem, hoje, junto, perto, apenas, não, sim etc.) são basicamente os que compõem as listas das classificações de lugar, tempo, negação, dúvida, intensidade, afirmação e modo. Contudo existe uma lista imensa das locução adverbiais, pois na linguagem popular inventa-se novas palavras ou modifica-se o uso normal das antigas quase diariamente, para expressar circunstâncias especiais. As locuções adverbiais também assumem uma posição na classificação dos advérbios propriamente dito, dependendo da ideia (ou do significado) que encerram.
Locução Adverbial[editar | editar código-fonte]Quando várias palavras exercem uma função, são chamadas de locução. Se a função da locução for a de advérbio, este grupo de palavras é chamado de locução adverbial. Normalmente, é um grupo de duas palavras, sendo a primeira uma preposição e a segunda um substantivo: de noite, em casa, por perto, ao contrário, de bom grado, à direita, etc. Circunstância[editar | editar código-fonte]Costuma-se classificar o advérbio pela circunstância que indica, isto é, pela modificação do significado inerente a um verbo, adjetivo e outro advérbio. É importante que se diga que isto já não faz parte do campo de estudo da morfologia, mas da semântica. Se esse estudo é feito, tradicionalmente, na área morfológica, isso se deve evidentemente a uma confusão da nomenclatura gramatical tradicional. O advérbio pode assim ser classificados quanto as circunstâncias que encerram:
Grau[editar | editar código-fonte]O advérbio pode estar nos graus comparativo e superlativo absoluto: Comparativo[editar | editar código-fonte]O grau comparativo é formador da oração subordinada adverbial comparativa. Como o próprio nome diz, compara seres e/ou objetos. Pode ser classificado:
Superlativo absoluto[editar | editar código-fonte]O grau superlativo absoluto expressa uma grandeza, nesses casos algo será comparado com todos os seres ou objetos daquela espécie. Classificam-se:
Emprego dos advérbios[editar | editar código-fonte]
Observações:
Contrações[editar | editar código-fonte]Alguns advérbios podem estar na forma de contração. Eles são formados pela junção da preposição a e da preposição de. Contração de advérbio na norma culta restringe-se ao advérbio onde. Veja:
A contração donde, é formada por aglutinação pelo advérbio onde e a preposição de, admitindo na norma padrão a forma expressa de onde. Já a contração aonde, é formada a partir do advérbio onde e a preposição a, não admitindo a forma expressa, formada por justaposição. Observações: onde, no período composto, é um pronome relativo. Classificação das palavras/PreposiçõesPreposição é uma palavra invariável que liga dois elementos duma oração, subordinando-os entre si próprios (substantivo a substantivo, verbo a substantivo, substantivo a verbo, adjetivo a substantivo, advérbio a substantivo etc.), podendo também exercer papel conjuntivo a subordinar um tipo especial de oração, a oração reduzida. Tipos de preposições[editar | editar código-fonte]Duas são as classes em que as preposições dividem-se: Essenciais[editar | editar código-fonte]Estas sempre desempenham função prepositiva. Isto é, são as preposições propriamente ditas:
Acidentais[editar | editar código-fonte]Palavras doutras classes gramaticais que eventualmente são empregadas como preposições, sendo resultantes de uma derivação imprópria:
Observações: As acidentais são igualmente invariáveis. Contrações[editar | editar código-fonte]
Circunstâncias[editar | editar código-fonte]Preposições que indicam situações e circunstâncias tais:
Locuções prepositivas[editar | editar código-fonte]Conjunto de duas ou mais palavras (locução) que exerce função prepositiva:
Observações: Locuções prepositivas têm sempre como último componente uma preposição. Quanto à semântica[editar | editar código-fonte]A maioria das preposições nada significam, a e de são as que menos procedem-no:
Algumas preposições apresentam um significado por sua singularidade de uso: até, em, para e por (nalguns casos a preposição para está indefinida). Outras parecem ter um significado, o que deve-se às circunstâncias que elas estabelecem, como as preposições com, perante, segundo e sem. Após, contra, desde, sob e sobre são as únicas que podem apresentar algum significado, relativamente ao contexto que situam-nas. É considerável tomar nota de que preposições constituídas de mais letras tendem mais a ter significado, juntas às que possuem certa relação adverbial, porque elas indicam circunstâncias tais como ponto e companhia (com, sem, sob e sobre). As preposições de pouco uso (a exemplo de ante, trás) são frequentemente classificadas como arcaicas; o mesmo sucede à preposição per. Uso[editar | editar código-fonte]
Como pôde-se observar, cada preposição é usada segundo a circunstância frasal, o que significa que inseri-las em qualquer frase e em qualquer lugar desta possivelmente induz a erros; pois raro o lugar em que usa-se uma preposição é facultativo, e, muitas vezes, deslocando a preposição, acaba-se por mudar o sentido da frase. Funções sintáticas[editar | editar código-fonte]As preposições em suas funções sintáticas:
Classificação das palavras/Preposições/ContraçõesContrações compreendem o que palavras sofrem para facilitar sua pronúncia.
As contrações são formadas por aglutinação. Um tipo especial de contração, a combinação, é formada por justaposição. As palavras que podem sofrer contração, são:
As contrações podem ser obrigatórias ou facultativas: Contrações obrigatórias[editar | editar código-fonte]São as formadas por preposição + artigo definido (exceção a preposição de, que pode ser obrigatória ou expressa, dependendo do caso) e por preposição + pronomes demonstrativo:
À e flexões é um tipo especial de contração, denominado crase (fusão de vogais idênticas). Contrações facultativas[editar | editar código-fonte]Assim como na língua inglesa, é facultativo o uso de certas contrações e das formas expressas (isto é, as formas "naturais"). É o caso de:
Contrações proibidas[editar | editar código-fonte]É incorreto contrair a preposição de com o artigo que inicia o sujeito de um verbo, bem como com o pronome ele(s), ela(s), quando estes funcionarem como sujeito de uma oração. A preposição com deve ser obrigatoriamente contraída com pronomes pessoais oblíquos, exceto na terceira pessoa (comigo, contigo, conosco e convosco). Conosco e convosco são exceções, sendo proibidos quando anteriores a um numeral cardinal (exemplo: com nós cinco).
Combinações[editar | editar código-fonte]Combinação é a junção de algumas preposições com outras palavras, quando não há alteração fonética, como já dito antes, pela justaposição. Exemplo:
Sobre o uso do apóstrofo[editar | editar código-fonte]Deixa-se as palavras da contração expressas (apenas o substantivo se a preposição for de ou por), separando-as com o apóstrofo, o artigo ou o pronome relacionados ao termo de destaque em letra maiúscula. Isto ocorre quando queremos dar ênfase ou quando o nome de uma obra começa com um artigo e a frase exige preposição. Exemplo:
Sobre a linguagem inapropriada[editar | editar código-fonte]Na linguagem própria (isto é, a informal) podemos encontrar todo o tipo de contração, não admitidas na norma padrão (algumas delas):
Elas podem ser evitadas e nunca tevem ser usadas em documentos formais, redações, etc. Sobre a preposição per[editar | editar código-fonte]A preposição per era utilizada antigamente na língua portuguesa. Talvez o caso mais conhecido do uso desta preposição se tem na expressão latina per capita, em português, por cabeça. Analisando esta expressão podemos concluir que a preposição latina (que também já fora portuguesa) tem as mesmas funções sintáticas que a preposição portuguesa por. Logo, se pode concluir que, por grande semelhança eufônica e escrita destas preposições, podemos considerar que ambas formam as contrações pelo, pela, pelos, pelas junto a artigos definidos (nas contrações o e pode ser breve e pode haver declinação na pronúncia da última vogal, dependendo da região). Classificação das palavras/Preposições/Circunstâncias
Circunstâncias[editar | editar código-fonte]
As Preposições[editar | editar código-fonte]Alguns usos de preposições: A[editar | editar código-fonte]
Ante[editar | editar código-fonte]
Após[editar | editar código-fonte]
Até[editar | editar código-fonte]
Com[editar | editar código-fonte]
Contra[editar | editar código-fonte]
De[editar | editar código-fonte]
Desde[editar | editar código-fonte]
Diante[editar | editar código-fonte]- Preposição pronominal
Em[editar | editar código-fonte]
Entre[editar | editar código-fonte]
Para[editar | editar código-fonte]
Perante[editar | editar código-fonte]
Por[editar | editar código-fonte]
Segundo[editar | editar código-fonte]
Sem[editar | editar código-fonte]
Sob[editar | editar código-fonte]
Sobre[editar | editar código-fonte]
Classificação das palavras/Conjunções
Conjunções são palavras usadas para ligar duas orações na mesma frase. Coordenativas[editar | editar código-fonte]As conjunções coordenativas ligam duas orações independentes (coordenadas) ou dois termos que exercem a mesma função sintática dentro da oração. Aditivas (ou copulativas)[editar | editar código-fonte]Dão a ideia de adição, acréscimo. São utilizadas em orações coordenadas aditivas. e, nem, mas também, como também, bem como, mas ainda, não só... mas também, não só... como também, não só... bem como, não só... mas ainda,que(=e), mas (=e), outrossim, tampouco, também,não só ...senão também, bem assim, além disso. ademais , demais,etc.
Adversativas[editar | editar código-fonte]Demonstram adversidade, oposição. São utilizadas em orações coordenadas adversativas. mas, porém, todavia, contudo, antes (no sentido de pelo contrário), não obstante, entretanto, no entanto, entanto, sem embargo, ao passo que , quando(=mas), que(=mas), nada obstante, senão(=mas), entrementes, e(=mas), de outra forma, em todo caso, aliás(=de outro modo),...
Alternativas (ou disjuntivas)[editar | editar código-fonte]Indicam alternância, exclusão, escolha. São utilizadas em orações coordenadas alternativas. ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja, nem...nem, já...já, logo...logo,talvez...talvez, quando...quando,que...que,senão, umas vezes...outras vezes, se...se, etc...
Conclusivas[editar | editar código-fonte]Expressam conclusão. São utilizadas em orações coordenadas conclusivas. logo, portanto, pois (quando vem após o verbo), por conseguinte (em consequência de algo), por isso, então, por consequência, consequentemente, conseguintemente, dessarte, destarte,isso posto, pelo que, daí, de modo que, de maneira que , de forma que , em vista disso,donde , por onde,agora, etc.
Explicativas[editar | editar código-fonte]Indicam justificação, pedido, explicação, conselho. São utilizadas em orações coordenadas explicativas. pois (quando vem antes do verbo), porque, que, porquanto,posto que, isto é, por exemplo, ou seja , ademais , demais,outrossim, senão, etc...
Subordinativas[editar | editar código-fonte]Já as conjunções subordinativas ligam duas orações de forma que cada oração, individualmente, não fariam sentido. Dentre as orações uma é a subordinante e a outra é a subordinada (adverbial ou substantiva). São no total dez tipos: Causais[editar | editar código-fonte]Justificam uma ação. São utilizadas em orações subordinadas adverbiais causais. porque, visto que, já que, uma vez que, como, desde que, pois, porquanto,dado que,posto que, visto como, vez que, de vez que, de modo que,pois que, por isso que, na medida em que , sendo que,quando(=porque), como quer que, como que, eis que, se, etc...
Comparativas[editar | editar código-fonte]Indicam comparação. São utilizadas em orações subordinadas adverbiais comparativas. como, (tal) qual, assim como, (tanto) quanto, (mais ou menos) que, (tão)...quão, feito, que nem, qual, se, etc...
Concessivas[editar | editar código-fonte]Mostram insistência. São utilizadas em orações subordinadas adverbiais concessivas. embora, conquanto, posto que, por muito que, se bem que, ainda que, mesmo que, apesar de que, dado que, suposto que, ainda quando, quando mesmo, a despeito de, posto, suposto, conquanto que, malgrado, em que pese, sem embargo de que, não embargante que (arcaica), se bem, bem que, mas que, sobre que (arcaica), quando (embora), e (=embora), que (embora), pese embora, muito embora, em que, inclusive se, por mais que, por menos que, por pouco que, em que pese em que, não obstante que, não obstante, com que (em desuso), empero (arcaico), pero que (arcaico), se, etc...
Condicionais[editar | editar código-fonte]Denotam condição. São utilizadas em orações subordinadas adverbiais condicionais. se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (= senão), a menos que, uma vez que, a menos que, a não ser que, dado que, com a condição de que, quando, como(arcaico), que, na medida em que, no caso que, com tal que , caso que.que,etc...
Conformativas[editar | editar código-fonte]Indica conformidade, opinião. São utilizadas em orações subordinadas adverbiais conformativas. conforme, segundo, consoante, como, de acordo com que, que, etc...
Consecutivas[editar | editar código-fonte]Expressam consequência. São utilizadas em orações subordinadas adverbiais consecutivas. que (precedido de tal, tanto, tão, etc. — indicadores de intensidade), de modo que, de sorte que, de maneira que, sem que,para que,e ,senão, etc.
Finais[editar | editar código-fonte]Denotam a finalidade do fato. São utilizadas em orações subordinadas adverbiais finais. a fim de que, para que, que (após ter),porque(=para que), de modo que, de sorte que de maneira que, de forma que, com o escopo de que, etc.
Integrantes[editar | editar código-fonte]Introduzem orações subordinadas substantivas. que, se, como.
Aposto como você ainda não estudou a lição. Proporcionais[editar | editar código-fonte]Indicam proporção e concomitância. São utilizadas em orações subordinadas adverbiais proporcionais. à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais (tanto menos), conforme, enquanto, etc
Temporais[editar | editar código-fonte]Indicam tempo. São utilizadas em orações subordinadas adverbiais temporais. quando, enquanto, logo que, desde que, assim que, mal (= logo que), até que, depois que, sem que, cada vez que, que, primeiro que, eis que, eis senão que, eis senão quando, como, assim, tão logo, tão depressa, apenas, antes que, toda vez que, nem bem, uma vez que, entretanto que, no entretanto que, tanto que, logo como, se, etc...
Exercícios[editar | editar código-fonte]Não fomos a festa, porém trazemos o presente
Fiz-lhe um sinal que começasse o discurso Classificação das palavras/Conjunções/Regência temporalPortuguês/Classificação das palavras/Conjunções/Regência temporal Classificação das palavras/InterjeiçãoInterjeição é a palavra exclamativa que traduz a espontaneidade de nossas emoções. São exemplos de interjeições: Ui! - Puxa! - Epa! - Nossa! - Hein! - Poxa! ...
Função das palavrasTodas as palavras possuem, além duma classificação, uma função: Função de substantivo[editar | editar código-fonte]
Palavras equivalentes a substantivos desempenham tal função (a de nome):
Observações: quando o advérbio refere-se a uma palavra funcionalmente substantiva, ele constitui a mesma. Função de adjetivo[editar | editar código-fonte]
Palavras equivalentes a adjetivos funcionam como eles. Elas são termos acessórios, mais precisamente, adjuntos adnominais. Têm esta função:
Observações: quando o advérbio refere-se a uma palavra de função adjetiva, ele constitui a mesma. Determinantes[editar | editar código-fonte]
Determinantes são um tipo especial de palavras que funcionam como adjetivo e modificam (determinam) este, sempre acompanhando-o. Função de verbo[editar | editar código-fonte]
Verbos e locuções verbais são palavras que têm função de verbo. Advérbios que modificam verbos, constituem-no. Função de preposição[editar | editar código-fonte]
A função de preposição constitui-se de preposições, locuções prepositivas, contrações de preposições, conjunções e locuções conjuntivas. Funções dos termos[editar | editar código-fonte]
Os termos sintáticos exercem a função correspondente a seu núcleo. Análise sintáticaA análise sintática encarrega-se de examinar, classificar e reconhecer as estruturas da sintaxe, isto é, os períodos, as orações e os termos das orações. A análise sintática segue uma sequência lógica: a frase é composta de períodos, o período é decomposto em orações, as orações em sintagmas, onde podemos definir os termos e estes são analisados. Você pode fazer exercícios sobre sintaxe, depois confira as respostas. Divisão das sentenças[editar | editar código-fonte]Cada estrutura do corpus possui uma classificação diferente - a sentença.
Uma frase é todo trecho que possui sentido. Oração é uma frase, ou parte de uma frase que possui estrutura sintática completa ou quase completa. Em uma frase podem existir uma ou mais orações. Existem vários tipos de orações, são classificadas de acordo com sua função sintática na frase. Se uma oração depende da outra chamamos uma de principal e a outra de subordinada. Se uma não depender da outra, chamamos de coordenada. O período é classificado de acordo com a quantidade de orações que há na frase. Se houver apenas uma oração, o período é simples, se houver mais, ele é composto. Chamamos de núcleo a palavra que exerce maior função em um termo. Caso houver relação de subordinação de termos com o núcleo, haverá o sintagma. Análise sintática/NúcleoA palavra principal de um termo que encerra a essência de sua significação chama-se núcleo.
Em geral, o núcleo é uma palavra com função substantiva (geralmente o substantivo, a locução substantiva e o pronome substantivo) ou um verbo. Abaixo, os núcleos dos termos sintáticos:
Observações:
Análise sintática/Sintagma
Sintagma é o conjunto de palavras subordinadas aos núcleos das orações. Como toda oração é formada pelo sujeito + predicado, o estudo do sintagma é uma análise do sentido e da função das palavras que acompanham justamente o núcleo desse sujeito e o núcleo desse predicado. Há dois tipos de conjuntos de sintagmas: 1° o conjunto de palavras que compõe o sujeito e 2° o conjunto de palavras que compõe o predicado. Essa relação de subordinação se dá nos vocábulos que determinam ou modificam o sentido dos núcleos do sujeito e do predicado. Por exemplo:
Nesse primeiro exemplo, faz-se necessário deixar clara a seguinte conclusão: SEMPRE o núcleo do sintagma nominal será um vocábulo com função nominal (substantivos, pronomes substantivos, numerais); entretanto, o núcleo do sintagma verbal será apenas o verbo, nenhuma outra palavra de outra classe pode assumir essa posição. Ainda no mesmo exemplo, faz-se outra observação:
Modificar significa moderar, restringir, alterar ou dar forma nova.
Determinar significa demarcar termos ou limites; fixar, indicar com precisão, diferençar, ocasionar, distinguir.
Os sintagmas quando mudados de posição, tomam a colocação irregular, sendo admitida na norma padrão. O estudo dos sintagmas é de fundamental importância para a compreensão das relações sintáticas entre as orações. Sintagma nominal[editar | editar código-fonte]
É formado por um nome e seus determinantes, adjuntos adnominais e a oração subordinada adjetiva. Forma o sujeito e os complementos verbais:
Sintagma adjetivo[editar | editar código-fonte]
É formado pelo complemento nominal e seus respectivos advérbios modificadores e o predicativo, introduzido por verbo de ligação expresso:
Sintagma adverbial[editar | editar código-fonte]
É formado pelo advérbio e seus modificadores. Forma o adjunto adverbial:
Sintagma preposicional[editar | editar código-fonte]É formado pela locução prepositiva, podendo servir como modificador de qualquer outro sintagma:
Sintagma verbal[editar | editar código-fonte]
É formado pelo verbo, seguido ou não do sintagma preposicional (objeto indireto), do sintagma nominal (objeto direto), do sintagma adverbial (adjunto adverbial) ou do sintagma adjetivo (predicativo):
O sintagma na construção da frase[editar | editar código-fonte]
Análise sintática/OraçãoA oração é a sentença em que a sintaxe é completa ou quase completa. Na oração, as palavras relacionam-se como partes de um conjunto harmônico: são seus termos (ou unidades sintáticas); cada um desses termos desempenha uma função sintática.
O núcleo da oração é o verbo ou a locução verbal (podendo estar expressos ou ocultos). O número de verbos e locuções verbais da frase, representa o número de orações, ou seja, se uma frase possui um verbo, tem uma oração, se tem dois verbos, tem duas orações, se tem três verbos, tem três orações, e assim por diante. Um conjunto de orações semelhantes denomina-se período. Abaixo, veja a quantidade de orações de cada frase, de acordo com a quantidade de verbos e locuções verbais:
Termos da oração[editar | editar código-fonte]A sintaxe da oração é dividida em termos:
Observações: Logo, por não haver termos essenciais em certas sentenças, elas não denominam-se orações - são frases nominais - tais como:
Perceba que, em um período composto, aquele que possui mais de uma oração, cada oração possui seus termos essenciais, integrantes e acessórios. Exemplo: Nós notamos que ele havia desaparecido.
Classificação[editar | editar código-fonte]As orações são classificadas de acordo com a função delas na frase, bem como os períodos:
Coordenanação[editar | editar código-fonte]
As orações que exprimem coordenação são as orações coordenadas. Elas formam o período composto por coordenação e podem formar o período misto. São conectadas às demais orações por conjunções coordenativas, expressas ou não. Subordinação[editar | editar código-fonte]
Em um período composto por subordinação, há essencialmente duas orações: uma principal e outra subordinada. A oração subordinada completa o sentido da principal.
Elas se conectam por conjunções subordinativas (que podem ser pronomes relativos), expressas ou não. Em algumas orações subordinadas, o núcleo destas orações (o verbo, como já vimos antes) é transmutado a partir de outra palavra (substantivo, adjetivo ou advérbio) que obrigatoriamente é o núcleo de outro termo. Ou seja, se transforma o núcleo de um termo qualquer (do qual partirá a função desta oração) em núcleo de oração. Este método será utilizado por nós para explicarmos estas orações. Além disso, também existem as orações reduzidas. Elas são formadas quando o verbo é transformado em uma locução. Análise sintática/PeríodoChama-se período a sentença constituída de uma ou mais orações. Classifica-se em: Período simples[editar | editar código-fonte]No período simples, uma frase é constituída por uma só oração (um só verbo ou locução verbal, expresso ou não). Exemplos (em negrito estão os verbos):
Observações:
Período composto[editar | editar código-fonte]Palavras que introduzem orações no período composto são chamadas de conjunções.
No período composto a sentença é constituída por duas ou mais orações (mais de um só verbo ou locução verbal, expressos ou não). Exemplos:
Além disso, o período composto pode ser dividido em: Composto por coordenação[editar | editar código-fonte]As conjunções (ou quaisquer palavras com função conjuntiva) que introduzem orações coordenadas são chamadas de coordenativas.
O período composto por coordenação é formado por orações coordenadas, quer dizer, uma independente sintaticamente da outra:
Composto por subordinação[editar | editar código-fonte]As conjunções (ou quaisquer palavras com função conjuntiva) que introduzem orações subordinadas são chamadas de subordinativas.
O período composto por subordinação é formado por uma oração subordinada e uma principal, em que uma oração desempanha um papel sintático em relação a outra, fazendo-as dependerem sintaticamente. O papel sintático que a oração subordinada exerce sobre a principal pode ser de sujeito, complemento verbal, complemento nominal, predicativo, aposto, adjundo adverbial ou adjunto adnominal. Exemplos:
Análise sintática/FraseClassifica-se como frase toda sentença capaz de nos transmitir idéias, sentimentos, pensamentos, desejos. A estrutura de uma frase escrita varia, desde uma simples palavra isolada a um complexo período. Exemplos de frases:
Formação[editar | editar código-fonte]
As frases simples na língua portuguesa possuem a seguinte formação:
Classificação[editar | editar código-fonte]As frases variam em seu sentido, podendo ser:
Frases ainda podem ser afirmativas [por exemplo, Gostei da escola] ou negativas [por exemplo, Não gostei da escola]. Observações:
Termos essenciaisOrações possuem dois termos essenciais (ou termos fundamentais): sujeito e predicado. Eles possuem este nome porque sem eles a sentença não poderia ser denominada oração, são então, essenciais para existir a oração. Termos essenciais/SujeitoO sujeito, numa oração, é o ser que pratica a ação ou corresponde a determinado estado. É um dos dois termos essenciais da oração. Veja a análise sintática das frases: O menino usa boné.
O menino é genial.
Fazendo as perguntas quem?/o quê? faz a ação ou corresponde ao estado, descobre-se o sujeito: quem usa boné? - o menino; quem é genial? - o menino. Constituição[editar | editar código-fonte]O sujeito é representado por um substantivo (nome), ou ainda por uma palavra ou expressão substantivada. Abaixo alguns exemplos.
Núcleo[editar | editar código-fonte]Núcleo é a palavra mais significativa e importante do sujeito; é o centro do termo, ao redor do qual podem existir outras palavras. Essas palavras, as que estão ao redor do sujeito, são os termos acessórios, que podem ser adjuntos adnominais ou apostos.
O núcleo do sujeito pode ser representado por palavras que têm função substantiva, são elas:
O sujeito ainda pode ser representado por uma oração subordinada substantiva subjetiva:
Classificação[editar | editar código-fonte]Em língua portuguesa, o sujeito pode ser classificado por: Composição[editar | editar código-fonte]
Assim, quando é possível identificar que existe um sujeito e é possível identificar quem é esse sujeito, este se classifica como sujeito determinado.
Observações: É comum que confunda-se um sujeito simples no plural com um sujeito composto. O fato de o núcleo estar no plural não o faz ser "mais que um". Exemplos:
Determinação[editar | editar código-fonte]
Observações: Sujeito indeterminado e oculto são classificações distintas; não devem ser confundidas. Portanto, quando através do contexto da oração é possível identificar que existe um sujeito, porém não se pode identificar quem é esse sujeito, nem quantos são, o sujeito chama-se indeterminado.
Indeterminação[editar | editar código-fonte]Existem três formas de indicar-se a indeterminação do sujeito:
Classificação quanto à voz verbal[editar | editar código-fonte]O sujeito ainda pode ser classificado de acordo a voz verbal:
Observações:
Orações sem sujeito, sujeito inexistente ou sujeito zero[editar | editar código-fonte]Existem palavras com uma estrutura que contam somente com o predicado, sem sujeito. Nestes casos, os verbos chamam-se impessoais e são flexionados na 3ª pessoa do singular. Nas orações sem sujeito, o verbo impessoal substitui o sujeito, fazendo com que a frase tenha sentido completo apenas com o predicado. São verbos impessoais:
Observações: Quando usados de forma figurada, passam a ter sujeito:
Termos essenciais/PredicadoComo já vimos, predicado é a parte (termo) que contém declarações acerca do sujeito; aquilo que se declara sobre ele. O núcleo do predicado é sempre um verbo. Divide-se em dois tipos:
Predicado nominal[editar | editar código-fonte]O núcleo do predicado nominal é um verbo de ligação, que liga um nome a um adjetivo, substantivo, pronome ou numeral (predicativo) ou a outro nome (metáfora). Exemplo: As moças eram encantadoras.
Os bombeiros pareciam cansados.
Predicado verbal[editar | editar código-fonte]
O núcleo do predicado verbal é um verbo ou locução verbal transitivo ou intransitivo. No predicado verbal vemos que o verbo exprime ação. Pode apresentar-se sobre cinco estruturas, divididas conforme a regência verbal:
O predicado verbal possui sentido completo, não precisando de complemento para formá-lo:
Aqueles predicados verbais que não têm sentido completo, precisando de um complemento, chamamos verbo transitivo direto, e esse complemento é chamado objeto direto:
É pequena a diferença entre verbo transitivo direto e o indireto. Ambos pedem complemento, mas o segundo pede que este complemento venha acompanhado de preposição (o que se chama objeto indireto).
Esse tipo pede dois complementos, o objeto direto e o indireto:
Neste caso, o verbo exige um adjunto adverbial:
Predicado verbo-nominal[editar | editar código-fonte]São dois núcleos significativos, sendo um deles um nome e o outro um verbo. Pode haver quatro organizações (a barra separa o sujeito do predicado):
Observações: O verbo é indispensável para os predicados. Ocasionalmente ele aparecerá oculto.
Observações: Quando o verbo é de ligação ou intransitivo, o predicativo é sempre do sujeito.
Quando o verbo é transitivo, pode haver predicativo do sujeito ou do objeto. Se não houver predicativo, o predicado é sempre verbal. Se houver predicativo do sujeito, o predicado pode ser nominal ou verbo-nominal. Se houver predicativo do objeto, o predicado é sempre verbo-nominal.Termos essenciais/PredicativoPredicativo é o termo sintático formado por verbo + modificador, estabelencendo um estado ou forma. Divide-se em:
Predicativo do sujeito[editar | editar código-fonte]Observe:
Quando a função da oração é indicar uma ação feita pelo sujeito, utiliza-se o predicado verbal. Nesses casos, o sujeito pode ou não vir com adjuntos adnominais. Já quando o objetivo da oração é indicar o estado, característica ou forma do sujeito, usa-se o predicado nominal. O predicativo do sujeito é o núcleo do predicado nominal. Morfossintaxe[editar | editar código-fonte]O verbo que constitui o predicativo do sujeito é um verbo de estado, chamado verbo de ligação. O predicativo pode ser (destacado o predicado nominal):
Observações:
Predicativo do sujeito no período composto[editar | editar código-fonte]O predicativo do sujeito pode aparecer em diversos casos no período composto. Caracteriza, a oração subordinada substantiva predicativa, propriamente dita, em certos casos a oração subordinada substantiva subjetiva e a oração subordinada adjetiva. Predicativo do objeto[editar | editar código-fonte]O predicativo do objeto é uma espécie de "complemento nominal do objeto". Nesse caso é um termo que refere-se ao objeto de um verbo transitivo. Fazem parte do predicativo do objeto um substantivo ou adjetivo. Só haverá predicativo do objeto com verbo transitivo direto ou reflexo (a exceção é o verbo chamar, que admite predicativo do objeto indireto). Estes verbos chamam-se transobjetivos. Exemplos:
Observações:
Termos integrantesRecebem o nome de termos integrantes das orações aqueles termos que completam a significação transitiva dos verbos e nomes. Eles completam o sentido da oração, sendo, pois, essenciais para o entendimento da sentença. Eis:
Termos integrantes/Complemento verbal
O complemento verbal é o termo da oração que completa o sentido de um verbo. Há verbos que não necessitam de complemento, eles são chamados de intransitivos (verbos que não possuem complemento e nem sujeito são chamados de impessoais). Agora iremos estudar não o verbo, mas sim o complemento verbal. Observe as frases:
Os vocábulos em destaques são os verbos e a parte sublinhada o complemento. Tais verbos não teriam total sentido se este não houvesse, por este fato, o complemento verbal é um termo integrante da oração. O complemento verbal pode ser:
Termos integrantes/Complemento verbal/Objeto direto
Como também já vimos, os objetos diretos são complementos verbais de predicação incompleta — geralmente sem preposição. Constituição[editar | editar código-fonte]Objetos diretos podem ser constituídos por:
Observações: Só fazem parte do objeto direto e indireto palavras referentes a seres animados ou inanimados (fazem-se as perguntas ao verbo: O que? e Quem?), as palavras referentes ao tempo ou lugar são chamadas de termos acessórios que normalmente são advérbios/locuções adverbiais. Objeto direto preposicionado[editar | editar código-fonte]O complemento de verbos transitivos diretos — objeto diretos — pode vir acompanhado de preposição (normalmente a e eventualmente outra preposição). Ocorre nos seguintes casos, especialmente:
Observações:
Objeto direto pleonástico[editar | editar código-fonte]
Objeto direto cognato[editar | editar código-fonte]São objetos diretos pleonásticos viciosos colocados com verbo intransitivo. Vale lembrar que nem todo pleonasmo vicioso é objeto direto cognato, mas todo objeto direto cognato é pleonasmo vicioso. Na linguagem literária, sempre há um adjetivo ou locução adjetiva, caso contrário se incorre em uma redundância. Veja:
Termos integrantes/Complemento verbal/Objeto indireto
Objeto indireto é o termo que tem o propósito de complementar um verbo transitivo indireto. Caracteriza-se pela precedência de preposição quando essencial para o entendimento, seja expressa ou não, podendo ainda estar contraída, formando o sintagma preposicional dentro do sintagma verbal. São os pronomes oblíquos tônicos que referem-se às pessoas do discurso nestes. Assim como o objeto direto, o objeto indireto pode ser pleonástico. Exemplos:
Observações: Só fazem parte do objeto direto e indireto palavras referentes a seres animados ou inanimados (fazem-se as perguntas ao verbo: O quê? e Quem?), as palavras referentes ao tempo ou lugar são chamadas de termos acessórios, que normalmente são advérbios/locuções adverbiais. Termos integrantes/Complemento verbal/PleonasmoPleonasmo é quando ocorre a redundância de termos, ou seja, ele está duplo na frase, porém apresentado de formas diferentes. Também é considerado pleonasmo quando o verbo está totalmente relacionado ao complemento verbal:
Observe na frase acima que o verbo irei está apresentando dois complementos verbais, à minha casa e lá. lá e à minha casa indicam o mesmo lugar que irei. Ou seja, não é necessário apresentar esses dois complementos.
Como você obviamente sabe, sempre se sobe para cima, sempre o pôr-do-sol irá entardecer, por mais precária que seja onde moramos sempre será uma moradia, sempre por onde caminhamos consideramos caminho e para algo ser doloroso sempre sentiremos dor. Esse tipo de pleonasmo é chamado de pleonasmo vicioso, ou seja, achamos que é uma necessidade complementar o verbo com algo óbvio. Veja agora o que não é pleonasmo:
Pois você sabe que não é sempre que a lâmpada iluminará, que o fogo queimará e que a água molhará. Quando o pleonasmo vicioso ocorre com um verbo intransitivo, o termo referente chama-se objeto direto cognato. Termos integrantes/Complemento nominalEm certas orações pode ocorrer o fato de um nome não ter significação completa, necessitando assim de um termo que complete o seu sentido. Em outras palavras, o nome possui sentido incompleto. Este termo que completa o sentido deste nome é chamado complemento nominal. Complemento nominal é o termo da oração que completa o sentido de um nome (substantivo, adjetivo, advérbio, locução ou oração) de caráter transitivo (que precisa de complemento).
Estrutura[editar | editar código-fonte]O complemento nominal é parecido com o complemento verbal, fazem se as perguntas ao nome de quê? ou de quem:
É possivel existir um complemento nominal dentro de um outro complemento nominal:
O complemento nominal pode estar sendo referido a uma palavra substantivada:
Pode fazer parte do complemento nominal um pronome pessoal oblíquo:
Regência Nominal[editar | editar código-fonte]
Todo complemento nominal é indireto, isto é, necessita de preposição.
Período Simples e Composto[editar | editar código-fonte]Os nomes que necessitam de complemento são chamados de Transitivos. Eles podem ser substituídos por verbos transitivos (VT's), logo o complemento nominal passa a ser o complemento verbal:
é igual a
OSSCN[editar | editar código-fonte]Oração Subordinada é toda oração que depende de outra sintaticamente.
OSSCN (Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal) é uma oração que possui a função sintática de Complemento Nominal:
Termos integrantes/Agente da passivaNa língua portuguesa, o verbo pode ser de voz ativa, voz passiva ou voz reflexiva. Na voz passiva, o sujeito sofre a ação verbal. Esta mesma oração geralmente possui um termo que exerce a ação verbal. Esse termo se classifica como agente da passiva. Morfossintaxe[editar | editar código-fonte]
As orações estruturadas em voz passiva analítica possuem a seguinte morfossintaxe: sujeito + verbo ser + verbo principal no particípio + agente da passiva
Estrutura[editar | editar código-fonte]O agente da passiva é introduzida pela preposição por, do qual pode contrair com artigo formando as contrações pelo(s), pela(s). Exemplo: A arca foi construída por Noé.
Núcleo[editar | editar código-fonte]O núcleo do agente da passiva é uma palavra ou termo com função substantiva:
Embora seja um termo integrante, pode ser omitido: O deputado era respeitado. Na voz passiva sintética, o agente não vem expresso: Vendeu-se a casa. Mudança preposicional[editar | editar código-fonte]Dependendo da circunstância que o verbo pode ter sobre o agente da passiva, a preposição pode ser alternada, um exemplo claro é a circunstância de constituição, admite-se, as três preposições constitucionais (com, de e por):
Termos acessóriosOs termos acessórios da oração possuem uma função secundária na mesma, podendo ser de indicar substantivos, exprimir algo ou caracterizar alguém. São eles:
Ver também[editar | editar código-fonte]Termos acessórios/Adjunto adnominalO Adjunto adnominal se define como um termo sintático de valor de adjetivo na classe gramatical. É um termo que caracteriza o nome sem intermediação de um verbo, uma expressão que acompanha um ou mais nomes ou pronomes conferindo-lhe um atributo.
Podem ser adjunto adnominais os adjetivos, a locução adjetiva, os pronomes adjetivos (possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e o relativo cujo) os numerais adjetivos e os artigos (função adjetiva). Eles podem ser colocados antes os depois do nome ou pronome (exceto o artigo, só pode ser colocado antes do substantivo e não pode ser colocado com pronomes), nestes casos sendo um hipérbato. Exemplo:
Aquela é um pronome adjetivo, por caracterizar a moça (não é um moça qualquer, é aquela moça), e por tanto, é um adjunto adnominal, assim como alta. O mesmo ocorre com as palavras um (artigo) e novo (adjetivo), referentes a carro. Observação[editar | editar código-fonte]Os pronomes pessoais retos e oblíquos têm valor de substantivo e exercem funções de sujeito ou complemento verbal, portanto não podem ser adjuntos adnominais. Os demais pronomes relativos exercem as funções do substantivo, não são adjuntos.
Termos acessórios/Adjunto adnominal/Nomes e determinantesDeterminante é um tipo de adjunto adnominal. O determinante acompanha um substantivo, o qual é chamado de nome. Observe:
Como já estudamos, os artigos são palavras que acompanham o substantivo, são os determinantes mais comuns. Veja que existem outras palavras com a mesma função sintática que o artigo:
Nestas frases temos dois nomes: cozinheiras e anos. A flexão destes determinantes tem conformidade aos nomes, chamamos de concordância nominal.
Os determinantes que sempre acompanham o substantivo são:
Alguns determinantes é facultativo o uso, estes são colocados após os determinantes já citados acima:
Observações:
Termos acessórios/Adjunto adverbialO Adjunto adverbial (ad = próximo, isto é, próximo ao verbo) é um termo que modifica um verbo, um adjetivo um advérbio ou um substantivo, indicando a circunstância em que se desenvolve o processo verbal (dando ideia de tempo, lugar, modo, causa, finalidade, etc.). Não sendo obrigatório seu uso na oração, é um termo acessório, já que a oração teria o mesmo sentido sem este. É representado por um advérbio, locução adverbial, oração subordinada adverbial ou uma circunstância de um verbo circunstancial. O advérbio é a palavra mais significativa do adjunto adverbial (núcleo). As locução adverbiais sempre são iniciadas por preposição, contraídas ou expressas. Pode aparecer com qualquer tipo de verbo, inclusive o de ligação. Exemplos:
Classificação[editar | editar código-fonte]
Sendo todo advérbio um adjunto adverbial, a classificação é a mesma. Algumas classificações listadas abaixo só possuem tal valor na forma de locução, não admitindo apenas o advérbio (então, na classificação abaixo estarão além das dos advérbios, algumas excepcionais às locuções). As preposições também seguem uma norma circunstâncial própria das preposições. Abaixo de cada classificação, você pode conferir alguns exemplos: Afirmação
Assunto
Causa
Companhia
Comparação
Concessão
Condição
Conformidade
Consequência
Destino
Dúvida
Estado
Finalidade
Intensidade
Instrumento
Lugar
Meio
Modo
Negação
Origem
Tempo
Termos acessórios/ApostoAposto (a = próximo; posto próximo) é o termo acessório da oração que se anexa a um substantivo ou pronome substantivo para esclarecer, desenvolver, resumir ou especificar a ideia expressa. Basicamente, em cada caso em que é utilizado, assemelha-se a uma expressão sinônima (termo apositivo). Classifica-se em: Aposto explicativo[editar | editar código-fonte]Explica ou esclarece o substantivo ao qual se refere. Vem sempre isolado na frase. Pode ser isolado por vírgulas, travessões, dois-pontos ou parênteses. Exemplos:
Aposto enumerativo[editar | editar código-fonte]Enumera os elementos citados anteriormente. Exemplos:
Aposto resumitivo[editar | editar código-fonte]Resume em um substantivo ou pronome substantivo os elementos citados anteriormente. Exemplos:
Aposto especificativo[editar | editar código-fonte]Especifica ou individualiza um substantivo de uso genérico. Normalmente é um nome próprio de pessoa ou lugar. Não é isolado por vírgulas. Exemplos:
OSSA[editar | editar código-fonte]Oração Subordinada é toda oração que depende de outra sintaticamente.
OSSA (Oração Subordinada Substantiva Apositiva) é uma oração que possui valor apositivo, isto é, de aposto:
Termos acessórios/VocativoO vocativo é um termo acessório da oração que tem valor exclamativo, servindo para interpelar alguém ou alguma coisa. O vocativo não pertence nem ao sujeito, nem ao predicado, é sempre separado com vírgulas. Podem pertencer ao vocativo, substantivos, adjuntos adnominais (artigos, adjetivos e pronomes adjetivos) e pronomes retos da segunda pessoa. Pela colocação do vocativo, na frase ele pode ser posto: No final ou início da frase (pode estar posterior ou anterior ao adjunto adverbial)
Após ou antes a verbo no imperativo
Entre o nome/verbo e o complemento
Período compostoPeríodo composto é aquele período que possui mais de uma oração. No período composto, as orações podem se estruturar de duas maneiras diferentes o que vem ocasionar em dois tipos de período composto: o período composto por coordenação e o período composto por subordinação. Por coordenação[editar | editar código-fonte]Apresenta as orações sintaticamente independentes entre si, ou seja, uma oração não exerce função sintática em relação à outra. Exemplos (em negrito as conjunções, sublinhado os verbos):
As orações do período podem ser separadas e continuam com sentido. Exemplo: Saiu de casa. / Voltou tarde. As orações estão com sentido completo. Por subordinação[editar | editar código-fonte]Apresenta orações sintaticamente dependentes entre si, ou seja, uma oração exerce função sintática em relação à outra. Há ainda na língua portuguesa período misto ou período composto por coordenação e subordinação, que é um período que possui tanto oração coordenada como subordinada. Exemplos (em negrito as conjunções, sublinhado os verbos):
Classificação das orações[editar | editar código-fonte]As orações podem ser:
Período composto/Orações principaisAs orações principais ou subordinantes são as que sofrem alterações quando dispostas a outras orações chamadas subordinadas. Possuem uma estrutura sintática quase completa, e por isso necessitam de outro termo para completá-las. São do período composto, pois o termo subordinado possui um verbo (oração). Elas podem ser subordinantes de uma oração adjetiva, adverbial, substantiva ou reduzida. Exemplos de períodos: A língua portuguesa é muito mais complicada que a inglesa.
As mortes que a doença causou provocou desespero em todos.
Todos odiavam-no porque ele já roubara.
Fizeram-no revelar tudo.
Observações: As orações principais podem tanto estarem no início, meio, fim ou ainda dividas no período. Período composto/Orações subordinadasNo período composto por subordinação, há oração principal (subordinante) e oração(ões) subordinada(s). A oração principal é um termo que depende de sentença que possui verbo, sendo sua estrutura sintática quase completa, necessitando da complementação, que pode ser de substantivo, adjetivo ou advérbio. Pelo fato de o termo complementar ter verbo, será uma oração, e justamente pelo fato de complementar, são dependentes, são subordinados. Morfossíntaxe[editar | editar código-fonte]As orações subordinadas, bem diferentes das coordenadas, possuem uma formação. Orações infixas[editar | editar código-fonte]Quando ocorre a transformação do período (característica comum das orações subordinadas substantivas e adjetivas), ocorre a transmutação do núcleo do termo, de substantivo, adjetivo ou advérbio, para verbo. Veja (o termo/sentença está sublinhado e o núcleo em negrito):
Ocorreu a transformação de período simples para composto, e a transmutação de núcleo do termo, de substantivo (erro) para verbo (erramos). Sendo o termo no período simples o objeto direto (o nosso erro), no período composto será uma oração objetiva direta (o que erramos), e por seu núcleo transmutado ser um substantivo, é substantiva objetiva direta. Este foi um caso clássico de oração. Estas orações recebem a classificação morfossintática de infixas, justamente por apresentarem mais de uma forma. Mas há exceções: nem todas as orações são infixas. Orações fixas[editar | editar código-fonte]As orações fixas ocorrem quando não há nem palavra primitiva e derivada (radical) do núcleo do termo que seja verbo. O substantivo erro possui o radical err, e o verbo errar. Ao tratarmos de advérbio, é difícil de encontrar o radical com verbo. Exemplo:
Não há verbo com o mesmo radical do advérbio certamente, logo, é impossível haver a transformação de períodos, pois não teríamos a transmutação do núcleo do termo. O advérbio à tarde possui o verbo entardecer, nesse caso ocorre a transformação: Ele chegará à tarde. / Ele chegará ao entardecer. Funções[editar | editar código-fonte]As orações subordinadas podem possuir várias funções, bem diferentes das orações coordenadas. Podem restringir e específicar qualidades, explicar, ter função de advérbio e denotar causa e fatos futuros, procedentes, além de poder ter função de termo acessório (mas não ser um termo acessório), termo integrante (mas não ser um termo integrante) e termo essencial (mas não ser um termo essencial):
Observações: Tanto as orações fixas quanto as infixas possuem função. Classificação[editar | editar código-fonte]
As orações subordinadas infixas são classificadas de acordo com o termo e o núcleo deste termo transmutados. Já as orações fixas são classificas de acordo com sua função. É fácil de identificá-las, pois cada uma acontece em casos diferentes, com conjunções diferentes e diferentes estruras sintáticas. Nas páginas de cada tipo de oração, você encontrará estas informações. Período composto/Orações subordinadas/ClassificaçãoA oração subordinada é aquela que exerce função sintática em relação à outra. Se a função sintática que a oração subordinada exerce for própria de substantivo, então a oração se classifica como oração subordinada substantiva. Se a função sintática que a oração subordinada exerce for própria de adjetivo, então a oração se classifica como oração subordinada adjetiva. Se a função sintática que a oração subordinada exerce for própria de advérbio, então a oração se classifica como oração subordinada adverbial. É descoberta a função das orações no momento em que a oração absoluta (período simples) é transformada em subordinada ou reduzida (período composto). A mudança que ocorre no núcleo das orações do período composto em relação ao vocábulo transmutado, determina se a oração é substantiva, adjetiva ou adverbial. Sabido disto, conclui-se que se não há palavra para se transmutar (nestes casos, o núcleo), não pode ocorrer a transformação oracional. Exemplo, o verbo haver possui sua raiz apenas no verbo, no verbo haver, logo, não se tem transformação oracional (a mesma sentença pode apenas ser subordinada). Já o verbo receber apresenta em diferentes classificações de palavras a sua raiz, em substantivo (recibo) e em adjetivo (recebido), então, pode-se ocorrer a transformação de períodos. Tradicionalmente, quando não há transformação das orações elas são chamadas de fixas, e quando se pode transformá-las, elas são infixas. Elas se dividem em dois tipos, desenvolvidas e reduzidas:
Período composto/Orações subordinadas/AdjetivasAs orações subordinadas adjetivas são as que exercem função de adjetivo sobre a oração principal. São as orações que modificam a outra. Essas orações são sempre indroduzidas por pronomes relativos [que, quem, qual (is), cujo (a), cujos (as), quanto (a), quantos (as) e onde], seguidos por pronome demonstrativo nos casos em que o sujeito da frase já foi citado anteriormente. É muito comum vermos frases com esse tipo de oração na colocação irregular. São adjetivas pois quando está em forma de oração absoluta transformam-se em adjetivo, sendo a maioria orações infixas:
Elas também podem ser precedidas de preposição se a regência determinar: Este é o pintor de cuja obra gosto. / Este é o autor contra cuja obra luto. Veja que o adjetivo da oração absoluta pode ser trocado pela oração adjetiva. Elas são classificadas: Oração subordinada adjetiva explicativa[editar | editar código-fonte]As orações subordinadas adjetivas explicativas entre as subordinadas adjetivas são as menos comuns de serem encontradas. É fácil identificá-las, elas sempre estarão isoladas por pontuação (vírgula, travessão ou parênteses), elas apresentam uma informação adicional sobre seu antecedente, generalizam, universalizam. São formadas pelo aposto explicativo: A bela mulher, a que foi a praia com Rodrigo, está agora nos Estados Unidos.
Os três rapazes, cujos nomes são Felipe, Gabriel e Eduardo, ficaram em casa nas férias.
A capital da Bahia, que já foi também a capital do Brasil, chama-se Salvador.
Aquela garota, a qual chama-se Larissa, mora em Lisboa.
Morfossintaxe[editar | editar código-fonte]Em frases com período composto por oração subordinada adjetiva explicativa, o sujeito da oração principal (chamado de antecedente) permanece no início da frase, enquanto o predicado no final, entre estes está a oração subordinada: A bela mulher, a que foi a praia com Rodrigo, está agora nos Estados Unidos.
Oração subordinada adjetiva restritiva[editar | editar código-fonte]As orações subordinadas adjetivas restritivas entre as subordinadas adjetivas são as mais comuns de serem encontradas. Elas não estarão isoladas por pontuação. Elas possuem a função de restringir, particularizar e delimitar o sentido do seu antecedente. Ex.: Apenas ao grupo de pessoas honestas, e não a todas as pessoas. Apenas aos alunos que possuem respeito, e não a todos alunos. Apenas aos educados daquele grupo, e não ao grupo. Isso significa que essas orações agem como superlativas relativas, entre todos de um grupo (Antecedente) apenas os com tal qualidade (Oração subordinada) merecem algo (Predicado da oração principal). Das pessoas de todo mundo, as que são honestas merecem descansar em paz.
Todos os alunos das escolas, os que são respeitosos deveriam tirar nota máxima.
Entre aqueles, apenas os que possuem educação deveriam ter privilégios.
Morfossintaxe[editar | editar código-fonte]Em frases com período formado por estas orações, admite-se a mesma regra morfossintática: As pessoas que são honestas merecem descansar em paz.
Pelas regras de colocação, é admitido a forma predicado da OP + antecedente + OSAdj: Merecem descansar em paz as pessoas que são honestas.
Sobre o verbo de ligação[editar | editar código-fonte]Pelo fato de estas orações possuirem papel adjetivo, e que no predicado nominal, o predicado que exerce função de adjunto adnominal existir o verbo de ligação, nestas orações em certos casos há tal verbo:
Período composto/Orações subordinadas/AdverbiaisAs orações subordinadas adverbiais são as orações que exercem função de advérbio em relação à oração principal. É muito comum haver verbos e outros termos elípticos nestes e em outros tipos de oração. São orações do período composto sindéticas (possuem conjunção). São ligadas à oração principal através da conjunção subordinativa, com exceção das integrantes. Função[editar | editar código-fonte]Por estas orações atribuírem uma circunstância à oração principal, são adverbiais. É raro encontrar períodos que podem ser transformados em compostos por orações adverbiais, porque são poucos verbos que possuem o mesmo radical que o advérbio (orações fixas). Por exemplo, não há verbo relacionado ao advérbio ontem, logo, não se tem oração subordinada com este advérbio. Já o advérbio de manhã, possui o verbo amanhecer, logo, é clara a transformação:
O oposto também ocorre, em certas orações é impossível haver advérbio ou locução adverbial que tenha o mesmo significado que a oração subordinada. Por estes fatos, a oração subordinada adverbial é a menos característica, mas a mais significativa. De acordo com a circunstância estabelecida, elas são divididas: Oração subordinada adverbial causal[editar | editar código-fonte]Indicam a circunstância da causa. Ex.: a causa de faltar ao trabalho, a causa do choro, a causa da visita. Conjunções causais: porque, porquanto, como, já que, uma vez que, visto que, por isso que, pois, etc. Não fui trabalhar, já que peguei gripe.
A menina chorava porque havia caído da bicicleta.
Ele foi visitar a prima visto que ela estava com hipertensão.
Oração subordinada adverbial comparativa[editar | editar código-fonte]Compara com a oração principal (veja: grau). Conjunções comparativas: como, bem como, assim como, mais./menos... (do) que, tão/tanto... quanto/como, tal qual, etc. São as mesmas estruturas do grau comparativo dos adjetivos e dos advérbios. Os olhos dela eram tão lindos quanto era o céu.
Ele fazia as coisas mais lentamente que o andar de uma tartaruga.
A multidão gritava mais alto que o som feito pelas caixas de som.
É comum a omissão do verbo nessas orações. Em 'Ela fala como se fosse especialista no assunto', há apenas duas orações, chama-se comparativa 'hipotética'. Antigamente se fazia o desdobramento, e teríamos uma oração a mais: Ela fala como falaria se fosse especialista no assunto. Oração subordinada adverbial concessiva[editar | editar código-fonte]Indicam uma ideia ou um fato insistente. O verbo destas orações estará no subjuntivo (no pretérito imperfeito, presente ou futuro), mas por tanto utilizado o modo indicativo nestas orações, também é admitido (assim como no português arcaico). Conjunções concessivas: embora, conquanto, ainda que, mesmo que, mesmo quando, apesar de que, se bem que, nem que, posto que, por mais/menos que, malgrado, não obstante, inobstante, em que pese, etc. Ele não se mexia por mais que eu tentasse mexê-lo.
Ainda que você tente de tudo, nada vai me fazer mudar de ideia.
Nem quando eu me atirar de um desfiladeiro ele fará algo assim.
Oração subordinada adverbial condicional[editar | editar código-fonte]Indicam a condição, que aquilo só ocorreria se algo estivesse de tal modo. Conjunções condicionais: se, caso, desde que, contanto que, a menos que, a não ser que, sem que, exceto se, salvo se, uma vez que, etc. Não farão nada, exceto se me prometerem uma coisa.
Não serão expulsos caso cumpram as nossas regras.
Encomendarei comida a não ser que você não esteja com fome.
Oração subordinada adverbial conformativa[editar | editar código-fonte]Indicam a conformidade. É separada com vírgula. Conjunções conformativas: conforme, segundo, consoante, como, de acordo com, etc. Conforme o que o médico dizia, o câncer é uma modificação celular.
Segundo o que estava escrito na revista, o cantor casou-se com a atriz.
O Haiti foi devastado por mais abalos sísmicos, de acordo com o que estava escrito no jornal.
Oração subordinada adverbial consecutiva[editar | editar código-fonte]Indicam a consequência do fato, o que ocorreu após o fato. Conjunções consecutivas: que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho), de maneira que, de modo que, de forma que, de sorte que, tanto que, etc Ela assustava os outros de modo que todos acabavam se apavorando.
Estavam tão entusiasmados com a festa que nem perceberam escurecer.
Falavam tão baixo de forma que todos precisavam se aproximar para ouvir.
Oração subordinada adverbial final[editar | editar código-fonte]Indicam a circunstância de fim, a finalidade de tal fato. Conjunções finais: para que, a fim de que, que, porque, etc. Queria ir para casa para que pudesse acabar meus deveres.
Largaria meu emprego a fim de que houvesse mais tempo livre.
Gostaria de voltar no tempo para que eu pudesse consertar meus erros.
Oração subordinada adverbial proporcional[editar | editar código-fonte]Indicam proporcionalidade. Não confunda estas com as comparativas, a proporção indica que se tal fato ocorresse com tal intensidade, outro fato ocorreria com a mesma intensidade. São separadas das orações principais com vírgula. Conjunções proporcionais: à medida que, assim que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto menos, tanto mais, tanto menos, enquanto, etc. É importante lembrar que essas conjunções iniciam as orações subordinadas adverbiais proporcionais. Quanto mais chuva cair, mais enchente haverá.
À medida que aumentar mais a renda per capita, diminuirá assim também o número de pessoas com fome.
Quanto mais o tempo passava, com mais remorsos do acidente ele ficava.
Oração subordinada adverbial temporal[editar | editar código-fonte]Indicam o período do tempo em que ocorre a oração principal. Conjunções temporais: quando, enquanto, logo que, assim que, sempre que, antes que, depois que, mal, até que, desde que, etc... Isto me ocorre sempre quando estou com raiva.
Desde que ele faleceu ela vive tristemente.
Eu ouvia cochichos na hora em que eu falava.
Período composto/Orações subordinadas/Substantivas
As orações subordinadas substantivas são classificadas de acordo com a função sintática que elas exercem. , os verbos, são postos a partir de um núcleo de um termo de função substantiva, que são os seguintes: sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito, aposto. São sindéticas (possuem conjunção) e introduzidas pelas conjunções integrantes que e se. Quase sempre são orações infixas. Oração subordinada substantiva subjetiva[editar | editar código-fonte]É aquela que exerce a função de sujeito em relação ao verbo da oração principal. Vem introduzida pela conjunção subordinativa integrante que ou se. Possui função de sujeito, por possuir na oração principal apenas o predicado, ou ainda por não se saber ao certo quem é o sujeito se tomarmos em base apenas a oração principal (sujeito indeterminado). É necessário que todos colaborem.
A oração subordinada substantiva subjetiva ocorre quando, na oração principal, são encontrados verbos nas seguintes condições:
Acontece que ele é alérgico.
É pouco provável que exista vida em outro planeta.
Foi exigido que se apresentassem as carteiras de identidade.
Sabe-se que esta é a melhor solução.
Oração subordinada substantiva objetiva direta[editar | editar código-fonte]É aquela que exerce a função de objeto direto em relação ao verbo da oração principal. Nesse caso, o verbo da oração principal é transitivo direto, porém, também pode ser um verbo transitivo direto e indireto. Vem introduzida pelas conjunções subordinativas integrantes que - se. É objetiva direta porque no período simples possui função de objeto direto. Veja:
Nota-se que os termos que ele participe da nossa equipe é idêntico quanto ao significado do objeto direto do verbo querer, o participante da nossa equipe (quem quer, quer algo). Sendo o núcleo do objeto direto um substantivo, participante, a oração é substantiva, e por ser objeto direto, substantiva objetiva direta.
Ninguém podia dizer que acertara o teste.
Quando a oração subordinada refere-se a coisas, utiliza-se antes da conjunção integrante um pronome demonstrativo: Todos esperavam o que era de melhor.
Nas frases interrogativas indiretas, pode ser introduzida por pronomes ou advérbios interrogativos. Ninguém sabe onde fica o teatro / como a máquina funciona / quanto custa o remédio / quando entra em vigor a nova lei / qual é o assunto da palestra.
Oração subordinada substantiva objetiva indireta[editar | editar código-fonte]É aquela que exerce a função de objeto indireto em relação ao verbo da oração principal. Nesse caso, o verbo da oração principal é transitivo indireto e a conjunção subordinativa vem precedida de preposição, expressa ou não. Vem introduzida pelas conjunções subordinativas integrantes que — se. É objetiva indireta porque no período simples possui função de objeto indireto. Veja:
Nota-se a igualdade sintática dos termos em destaques, são idênticos, ambos exercem a função de objeto indireto, no período composto, sobre a oração principal, e no período simples, sobre o verbo esquecer (quem se esquece, se esquece de algo). Sendo o núcleo do objeto indireto o substantivo busca, a oração é substantiva objetiva indireta.
Não gosto de que você saia à noite.
Estamos a nos lembrar de que o incêndio foi acidental.
Oração subordinada substantiva completiva nominal[editar | editar código-fonte]É aquela que exerce a função de complemento nominal. Nesse caso a oração completa o sentido de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) da oração principal, e a conjunção subordinativa vem precedida de preposição, expressa ou não. Quando completa o sentido de um substantivo, este será sempre um substantivo abstrato. Vem introduzida pelas conjunções subordinativas integrantes que — se. É completiva nominal porque no período simples possui função de complemento nominal. Veja:
Veja que os termos destacados possuem o mesmo sentido e ambos estão relacionados ao nome esperanças. Sendo o núcleo do complemento nominal o substantivo comemoração, a oração subordinada é substantiva e é completiva nominal porque exerce esta função.
Às vezes você tem dúvida de que seus amigos sejam boas companhias.
Tenho conclusões de que haverá paz no futuro.
Completa o sentido de um NOME por meio de PREPOSIÇÃO. EX:Tenho amor/ao trabalho Nome. / c.n Oração subordinada substantiva predicativa[editar | editar código-fonte]É aquela que exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal. Nesse caso, o verbo que antecede a conjunção subordinativa é um verbo de ligação. O sujeito da oração principal nunca é concreto, sempre abstrato, visto que a função destas orações é especificar a realidade de algo imaginário. Vêm introduzidas pelas conjunções subordinativas integrantes que — se. É predicativa porque no período simples possui função de predicativo do sujeito. Veja:
Os termos destacados são essenciais para o entendimento da frase, pois a morfossíntexe desses períodos exige uma especificação que é atribuída no predicativo do sujeito. Sendo o núcleo do predicativo do sujeito o substantivo formação, a oração é substantiva, e por apresentar-se em oração o predicativo, a oração é substantiva predicativa.
Minha sugestão seria que convocasse a todos.
Meu desejo era que me dessem uma camisa.
Oração subordinada substantiva apositiva[editar | editar código-fonte]É aquela que exerce a função de aposto em relação a um termo da oração principal. Quando o aposto representar enumeração, a oração é separada por dois-pontos ou travessão, eventualmente pode ser separada por vírgula. Quando representar resumo da oração principal, haverá o pronome substantivo tudo. Vem introduzida pela conjunção subordinativa integrante que — se, podendo vir expressa ou não. É apositiva porque no período simples possui função de aposto. Veja:
A oração é subordinada apositiva porque no período simples, exerce função de aposto especificativo sobre o termo isto. No período composto, a função de aposto é atribuída à oração principal. É considerada substantiva porque seu núcleo, suposições, é substantivo.
Nos casos de aposto enumerativo, temos, por exemplo, este caso: Faço tudo que me pedes.
E com aposto resumitivo: A decisão do ministério é a seguinte: que todos se unam contra o mosquito transmissor da dengue.
Apesar de a Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) não registrar, existem orações subordinadas substantivas com função de agente da passiva: O quadro foi elogiado por quantos o viram. Período composto/Orações coordenadasAs orações coordenadas são orações sintaticamente independentes entre si, mas semanticamente dependentes, ou seja, geralmente têm alguma relação de significado no contexto em que se encontram. Elas são ligadas pelas conjunções coordenativas ou através de sinais de pontuação, como a vírgula: Não queria sair, nem ficar em casa; e, muito menos, ir ao parque com minha sobrinha
O período anterior possui três orações: Não queria sair/ nem ficar em casa/ e muito menos ir ao parque com minha sobrinha. Veja que é clara a relação de independência, pois as orações possuem sentido completo:
Veja que as orações não dependem uma da outra, apenas dependem do núcleo da oração, o verbo queria. Classificamo-as, então, como coordenadas. Estas orações dividem-se em dois tipos: sindéticas e assindéticas. Funções[editar | editar código-fonte]As orações coordenadas possuem a função de enumerar fatos e consequências, denotar certa imperfeição, alternar, explicar, concluir:
Veremos isso nas próximas páginas. Período composto/Orações coordenadas/SindéticasAs orações coordenadas sindéticas recebem o nome das conjunções coordenadas que as introduzem, portanto, as orações coordenadas sindéticas podem ser: Oração coordenada sindética aditiva[editar | editar código-fonte]As orações aditivas expressam ideia de acréscimo ou adição à oração anterior. Nunca são usadas as vírgulas antes destas quando o sujeito da oração anterior e o da oração coordenada é o mesmo, nos demais casos é opcional seu uso. Conjunções coordenativas aditivas: e, nem, bem como, mas também, como também, bem como, mas ainda (depois de não só). Peguei a mochila e fui para a escola.
Não só teve esta ideia, mas também a faz.
Oração coordenada sindética adversativa[editar | editar código-fonte]As orações adversativas expressam ideia de oposição ou contraste à oração anterior. Antes da conjunção adversativa sempre haverá vírgula. Conjunções coordenativas adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, senão (no sentido de mas sim), não obstante, antes (no sentido de pelo contrário). Ele preparou-se bem, mas não passou no teste.
Chegamos adiantados, todavia não os convidados.
Oração coordenada sindética alternativa[editar | editar código-fonte]As orações alternativas expressam ideia de escolha ou alternativa com referência à oração anterior. Entre uma oração alternativa e outra, é obrigatório o uso da vírgula, nos demais casos é opcional usá-la. Conjunções coordenativas alternativas: ou (repetida ou não), ora, quer, já, seja (repetidas). Entre já na sala ou perderá o exame.
Ora ele é tímido, ora não é.
Oração coordenada sindética conclusiva[editar | editar código-fonte]As orações conclusivas expressam ideia de conclusão de algo enunciado na oração anterior. São sempre colocadas após a vírgula. Conjunções coordenativas conclusivas: portanto, logo, por isso, por consequência, por conseguinte, então, pois (após o verbo da oração coordenada e entre elementos articuladores - vírgula e ponto e vírgula). Ele fez um ótimo trabalho, portanto merece a nota máxima.
Não pactua com a ordem; é, pois, um rebelde.
Oração coordenada sindética explicativa[editar | editar código-fonte]As orações explicativas expressam ideia de explicação, conselho ou justificativa em relação à oração anterior. O verbo geralmente estará no imperativo, e sempre haverá vírgula para introduzi-las. Conjunções coordenativas explicativas: que, porque, porquanto, pois (antes do verbo). Não corra, já que você pode tropeçar.
Dê o melhor de si, que você conseguirá vencer seus desafios.
Período composto/Orações coordenadas/AssindéticasAs orações assindéticas são orações coordenadas, ou seja, não possuem relação sintática com as demais orações. Estas, ao contrário das sindéticas, não são ligadas por conjunções (sindetos). Estas estão apenas justapostas, separadas por vírgulas. São formadas por um fenômeno chamado de assíndeto. Sua principal função é enumerar, sejam fatos, pessoas, ou qualquer outra coisa, e desta forma, não ocorre repetição dos termos. É comum encontrá-las dentro de outras orações. Exemplos de períodos: Todos estavam com fome. Não comiam há horas. (Todos estavam com fome porque não comiam há horas.)
Nos séculos XV, XVI, XVII e XVIII, a história viveu a Idade Moderna.
"Amor é fogo que arde sem se ver, No soneto de Camões, as três primeiras estrofes classificam-se como uma oração absoluta. Entre o segundo e o décimo primeiro verso, cada verso representa uma oração coordenada assindética interna. Não existe classificação, embora possamos perceber diferentes relações: chegue mais cedo, precisamos conversar (explicação); vim, vi, venci (adição); eles saíram, eu fiquei (adversidade). Período composto/Orações reduzidasSão denominadas orações reduzidas aquelas que apresentam o verbo numa das formas nominais (infinitivo pessoal, gerúndio e particípio). Ao contrário das demais orações subordinadas, as desenvolvidas, as reduzidas não são ligadas através de conectivo, basicamente o nome já diz tudo, são orações ao pé da letra, "reduzidas". Normalmente, podem ser transformadas em sua forma desenvolvida.
As orações adverbiais consecutivas e finais só podem ser reduzidas na forma infinitiva. As comparativas, conformativas e proporcionais são sempre desenvolvidas.
O quadro abaixo mostra a transformação de orações, e em negrito o termo sintático transmutado e entre parênteses a classificação do termo:
Observações:
Algumas orações reduzidas, especialmente as adverbiais, permitem mais de uma interpretação: Terminada a reunião, todos se retiraram. (temporal / causal)
Oração substantiva reduzida[editar | editar código-fonte]
Oração Subordinada Substantiva Reduzida do Infinitivo Subjetiva
Objetiva direta
Objetiva indireta
Predicativa
Completiva nominal
Apositiva
Oração adverbial reduzida[editar | editar código-fonte]
Nas orações reduzidas adverbiais, muitas vezes a conjunção é substituida por preposição, devido à circunstância indicada da preposição à oração. Algumas, não possuem se quer valor semântico, como a preposição a, na locução de maneira que → de maneira a. Oração Subordinada Adverbial Reduzida do Infinitivo Causal
Concessiva
Condicional
Consecutiva
Final
Temporal
Oração subordinada adverbial reduzida do Gerúndio Causal
Concessiva
Condicional
Temporal
Oração Subordinada Adverbial Reduzida do Particípio Causal
Concessiva
Condicional
Temporal
Oração adjetiva reduzida[editar | editar código-fonte]
As adjetivas podem ser introduzidas por preposição. Oração Subordinada Adjetiva Reduzida do Infinitivo
Oração Subordinada Adjetiva Reduzida do Gerúndio
Oração Subordinada Adjetiva Reduzida do Particípio
Oração coordenada reduzida[editar | editar código-fonte]
Oração Coordenada Sindética Reduzida do Gerúndio Aditiva
Resumo das orações reduzidas[editar | editar código-fonte]
Período composto/Orações correlacionadasAs orações correlacionadas são orações coordenadas que possuem uma relação sintática maior que as demais coordenadas, ou orações subordinadas que possuem relação sintática menor que as demais subordinadas. Possuem então, uma relação sintática média em relação a uma oração principal, a outra oração subordinada ou a outra oração coordenada. Esta classificação é criticada pelos gramáticos mais conservadores, e muitas vezes não são admitidas como tais, por isso não entraremos em muitos detalhes sobre estas. Tendo orações correlacionadas, podemos reconhecê-las pela conjunção correlacional. ConcordânciaA Concordância é o modo em que se organiza uma frase conforme os demais termos. A concordância é muito complexa, já que no português uma unica palavra pode modificar a frase inteira. Iremos estudar a concordância separadamente, em nominal e verbal sendo que a nominal também concorda com a verbal (verbo-nominal). Observe alguns exemplos:
Observe que o Sujeito, Nós concorda com o verbo estar em número (ambos na 1ª pessoa do plural). Como você já viu e provavelmente observou, existe nessa frase um verbo no gerúndio, ocorrendo a forma composta, logo estivemos querendo concorda com quisemos. Nesse exemplo ocorre a concordância verbal e a verbo-nominal. Agora observe:
Observe que no Sujeito Os garotos o artigo concorda com o substantivo em número e gênero. O adjetivo felizes concorda com o sujeito em número, já que este adjetivo não se flexiona em gênero. O verbo eram também concorda com o Sujeito em número. Neste caso ocorre a concordância nominal e a verbo-nominal. Concordância/Concordância verbalA concordância verbal é como um verbo se comporta com as demais palavras quando alteramos ou construímos uma frase. O verbo pode concordar com a maioria das palavras, mas como sempre existem as exceções. Regra geral[editar | editar código-fonte]Pela regra geral, o verbo deve concordar:
Regras[editar | editar código-fonte]
Número - Por definição, o plural deve ser utilizado quando se tem duas ou mais coisas, então, para qualquer outra quantidade, utiliza-se o singular, inclusive se esta for aproximada:
Grandeza - As expressões que representam uma grandeza devem estar no singular:
Parte do todo - Quando o sujeito é uma expressão que indica parte de um todo, o verbo pode ir para o singular caso se queira destacar a noção de um todo, ou para o plural, caso se queira realçar a ação de cada elemento:
Substantivo coletivo - Apesar de um substantivo coletivo representar vários seres com certa caracteristica, quando este estiver no singular, o verbo também deverá estar. Com substantivo no plural, verbo no plural:
Comparação - Quando fazemos comparação de um com os demais com certas expressões, o verbo vai para o plural:
Locução substantiva própria - Quando o sujeito é constituído de nomes de lugar ou títulos de obras que se apresentam no plural, o verbo fica no singular, já que é apenas um lugar ou uma obra. Se os nomes vierem acompanhados de um artigo no plural, o verbo vai para o plural, exceto se o artigo integrar a locução.
Predicado nominal - O verbo de ligação deve concordar com o predicativo do sujeito, a não ser que sujeito e predicativo sejam pronomes:
Verbo impessoal - Os verbos impessoais têm flexão unipessoal - sempre estão na terceira pessoa do singular:
Sujeito composto por pronomes - Se o sujeito é formado por mais de um pronome, o verbo vai para o plural. O verbo deve ser flexionado na primeira pessoa se os pronomes eu ou nós estarem presentes. Caso não haja um pronome na primeira pessoa, mas um da segunda pessoa, o verbo é flexionado na segunda pessoa, senão na terceira.
Os verbos na forma composta[editar | editar código-fonte]
Quando há verbo auxiliar o verbo assume uma forma especial: as formas nominais. O particípio é a unica forma verbal que concorda com o gênero. Concordância irregular[editar | editar código-fonte]
Concordância/Concordância nominal
A concordância nominal é a forma em que os artigos, adjetivos e todas as outras palavras concordam com o substantivo. Os termos concordam com o substantivo em gênero e número, diferente da concordância verbal que é em pessoa e número. Os termos que integram e modificam o substantivo podem ser chamados, na maioria das vezes, de adjuntos adnominais e por modificarem em gênero e número, possuem papel adjetivo. Concordância Artigo-Substantivo[editar | editar código-fonte]
Como já foi visto antes, os artigos concordam com o substantivo em número e gênero. Veja alguns exemplos:
Como você viu, em geral, os substantivos possuem o mesmo final que os artigos, exceção do artigo um, já que um significa qualquer. Isso ocorrerá na maioria dos casos, apenas não ocorrera quando o substantivo for de dois gêneros ou dois números:
Nesses casos o artigo determina o gênero ou número. Concordância Artigo-Adjetivo-Substantivo[editar | editar código-fonte]
Veja que o adjetivo concorda com o substantivo do mesmo modo em que o artigo concorda, em gênero e número. Mas como no primeiro caso, também existem exceções, é quando o adjetivo é de dois gêneros ou número:
Nesses casos o artigo e o substantivo determina o gênero ou número. Concordância Pronome-Substantivo[editar | editar código-fonte]
Diversos pronomes podem concordar com o substantivo, os chamamos de variáveis, os que não concordam, invariáveis:
Concordância Contração-Substantivo[editar | editar código-fonte]
Como você sabe, as contrações são nada mais do que a junção de palavras. Quando nestas junções existir um artigo, novamente haverá concordância:
Aplicação da concordância com mais de um vocábulo[editar | editar código-fonte]
No caso de existirem vocábulos de gêneros diferentes, quando certo adjetivo concorda com ambos, tal adjetivo deverá estar no gênero masculino e no plural:
Quando o adjetivo que concorda com ambos vocábulos está ante de tais vocábulos, o mesmo ocorre, porém, é obrigatório que o vocábulo masculino esteja antes do feminino:
Se o adjetivo referir-se a apenas um vocábulo, tal vocábulo deverá estar o mais próximo possível do adjetivo e concordar com tal em número:
Com um vocábulo no plural e gêneros diferentes, o adjetivo vai ao plural e ao masculino. Para se evitar ambiguidade, deixa-se depois do vocábulo feminino:
Se o vocábulo masculino estiver no singular e o feminino no plural, o adjetivo estará no masculino e no plural. Nestes casos, é impossível haver ambiguidade:
Com todos vocábulos no plural e gêneros diferentes, o adjetivo deve estar o mais próximo possível do vocábulo masculino. O adjetivo flexionar-se-á no plural masculino. Nestes casos, é impossível não haver ambiguidade:
Com dois vocábulos no feminino e no plural, o adjetivo estará no feminino e no plural. É impossível não haver ambiguidade nestes casos:
Se existir um vocábulo feminino no plural e outro no singular, o adjetivo deverá ser flexionado no plural feminino. Para evitar ambiguidade, o adjetivo deve ser posto depois do vocábulo no singular:
Se o adjetivo concordar com apenas um vocábulo, o adjetivo deverá ser posto o mais próximo possível de tal vocábulo. Existem diversos casos de ambiguidade, e para evitá-la, o adjetivo deve ser posto entre os vocábulos, separando-os com conjunção aditiva:
Observações: Em casos muito restritos o adjetivo já faz parte de tal vocábulo, por isso, automaticamente, o adjetivo concorda com um vocábulo, senão, trataria-se de pleonasmo. Veja:
Silepse de gêneros[editar | editar código-fonte]
Há casos que não ocorre a concordância, chamamos esses casos de silepse:
Observe que na e bela não concordam com São Paulo em gênero, mas concordam com cidade de São Paulo. Número[editar | editar código-fonte]
Para que substantivos, artigos, pronomes e adjetivos concordem em si em número, é necessário flexioná-los. O Resultado desta flexão é o Plural. Concordância/Concordância nominal/PluralPlural é a flexão em número de uma palavra — ela pode ser nominal (a de nomes) ou verbal (a de verbos) - as demais palavras não se flexionam. A variação de uma palavra ao singular consiste em unificá-la, tornar o significado da palavra um único elemento, enquanto o plural, para mais de um elemento. Concordância nominal em número[editar | editar código-fonte]
A regra do plural em muitas palavras na língua portuguesa consiste apenas em acrescentar o sufixo -s. Os nomes e palavras dos adjuntos adnominais e verbais que recebem o -s são:
Esta regra é bem comum, mas nem tanto quando a do plural -s. Essa desinência é aplicada em:
Aplica-se o sufixo -is em:
Existem poucas palavras que seguem essas regras:
São em substantivos que representam:
Palavras anômalas quanto ao número[editar | editar código-fonte]Algumas palavras não seguem nenhuma regra:
Existem também, palavras que possuem os dois números, não tendo alteração na palavra. É o caso de:
Além de existirem palavras que não mudam quando passam de um número ao outro, há palavras que possuem mais de um plural. É o caso de anão (anões/anãos). Plural em palavras compostas[editar | editar código-fonte]Em palavras compostas, o plural é:
Lembre-se! Palavras simples com hífen de prefixação possuem as regras de palavras simples (anglo-saxões, micro-ondas, etc). Valores especiais[editar | editar código-fonte]
Os pronomes retos, em certos casos, possuem valores especiais quanto ao plural (plural de majestade e plural de modéstia). Concordância verbal em número[editar | editar código-fonte]São verbos que seguem as regras conjugais (formas dos modos indicativo, subjuntivo e imperativo). Assim como existem nomes anômalos, existem verbos anômalos. RegênciaRegência é o campo da língua portuguesa que estuda as relações de dependência entre dois termos, analisando se um serve de complemento para o outro, e assim fazer o emprego correto de certos termos. Conforme a categoria gramatical da palavra regente, podemos considerar dois tipos de regência: regência nominal - se for um substantivo, adjetivo ou advérbio e regência verbal - se for um verbo. Um exemplo da importância do estudo de regência é no caso da palavra assistir que possui dois significados, de forma que reconhecer qual dos sentidos está expresso numa oração depende da análise do contexto. Exemplo:
Alguns verbos cuja regência pode variar dependendo do contexto:
Regência/Regência nominal
Todo complemento nominal é indireto, isto é, necessita de preposição.
Alguns nomes que necessitam de complemento nominal:
Também pode se referir a um adjetivo ou advérbio: O equipamento era resistente ao fogo. / Ele agiu contrariamente aos princípios familiares. O complemento na forma de oração[editar | editar código-fonte]Oração Subordinada é toda oração que depende de outra sintaticamente.
Todo complemento nominal é regido de preposição. Acontece que quando esta preposição estiver contraída, as regras são um pouco diferentes. Exemplo:
No período composto, a preposição pode estar junto ao artigo, ou separada, ou duplicada ao artigo. Veja mais exemplos:
Regência/Regência verbalA regência verbal é a forma sintática que analisa a relação entre o verbo e o complemento verbal. O verbo é chamado de regente (ou subordinante) e o complemento é chamado de regido (ou subordinado), pois um depende do outro sintáticamente. Intransitividade[editar | editar código-fonte]Verbos que exprimem ações em que o sujeito não depende de nenhuma coisa ou pessoa, são intransitivos. Exemplo:
Transitividade[editar | editar código-fonte]Os verbos que dependem de alguém ou alguma coisa para ocorrerem, que necessitam de uma condição para existirem, são transitivos:
Podem ser transitivos diretos, quando o termo regido é direto (objeto direto), ou transitivos indiretos, quando o termo régido é indireto (objeto indireto). Observações:
Circunstâncias[editar | editar código-fonte]
O complemento ainda pode aparecer na forma de circunstâncias, nestes casos, o verbo é transitivo circunstancial. Semântica[editar | editar código-fonte]É muito comum existirem mudanças semânticas em um verbo ao se alterar sua transitividade, o que pode provocar constantes deslizes semânticos. Veja alguns exemplos, na tabela abaixo:
Alguns apresentam diferenças entre o uso popular e o uso culto: preferir - é sempre VTDI, não aceita a locução conjuntiva do que nem advérbios de intensidade como mais, muito mais e mil vezes ir e chegar - são VTI, regendo a preposição a, e não em, que só se usa na indicação de tempo obedecer - é VTI, regendo a preposição a, o antônimo desobedecer segue a mesma regência, são muito usados como VTD namorar - é VTD, não aceita a preposição com simpatizar - é VTI, regendo a preposição com, mas não é pronominal, o antônimo antipatizar segue a mesma regência custar - no sentido de ser custoso, difícil, é VTI, regendo a preposição a, só se usa na terceira pessoa; no sentido de ter valor, preço é VI ser - não aceita a preposição em, por isso a novela é Éramos Seis Alguns não mudam de sentido, mas podem ser transitivos diretos ou indiretos: esquecer e lembrar - sem pronome são VTD, e com pronome são VTI, regendo a preposição de pagar e perdoar - quando se referem a coisa são VTD, quando se referem a pessoa ou instituição são VTI, regendo a preposição a, podem ter os dois objetos informar - pede dois complementos: quando o objeto direto refere-se a coisa, a pessoa será objeto indireto regido pela preposição a e quando o objeto direto refere-se a pessoa , a coisa será objeto indireto regido da preposição de ou sobre, os verbos avisar, notificar, certificar, cientificar e prevenir seguem a mesma regência Regência/Regência verbal/ValênciaValência é uma classificação que verbos recebem dependendo de sua regência verbal, ou ainda, uma circunstância que é atribuida como estado inicial/estado final e origem/destino ao verbo. É importante lembrar que diferente da transitividade verbal, a valência trata de quantas possibilidades se pode fazer, e não quantos termos se tem. O verbo é classificado quanto à valência:
É importante notar que conta-se como valência:
Considera-se valência qualquer termo que depende do verbo (qualquer termo regido). Em certos verbos, os adjuntos adverbiais são necessários, e por isso, não são considerados acessórios. Estes verbos chamam-se transitivos diretos circunstanciais. Veja:
Aqui podemos identificar as valências aviões (sujeito), milhares de pessoas (objeto direto) e os adjuntos adverbiais de um lugar e ao outro, logo, o verbo transportar é de valência quatro. Note que sem as circunstâncias o sentido do verbo estaria incompleto, pois é um verbo que representa deslocamento, necessitando de um lugar. Percebemos então que a semântica do verbo muda a sintaxe da frase. As preposições são indicadas de acordo com a circunstância que o verbo estabelece e que são postas nos adjuntos adverbiais.
Os verbos de valência três podem ser chamados de bitransitivos e os verbos de valência quatro de tritransitivos. Os verbos transitivos diretos e indiretos estão na valência três. Regência/Deslocamento de preposiçõesPortuguês/Regência/Deslocamento de preposições Colocação pronominalColocação pronominal é o emprego do pronome oblíquo átono em relação ao verbo. Todos os pronomes (me, te, se, lhe, o, a, nos, vos, os, as, lhes) ocupam três posições em relação ao verbo. Estas colocações denominam-se:
Ênclise[editar | editar código-fonte]
Mesóclise[editar | editar código-fonte]
Próclise[editar | editar código-fonte]
Colocação pronominal nas locuções verbais[editar | editar código-fonte]
Caso especial: particípio[editar | editar código-fonte]Com os particípios não se deve empregar a próclise nem a ênclise. Utiliza-se a forma oblíqua preposicionada dos pronomes pessoais. Exemplo:
Colocação pronominal/ÊncliseÊnclise é o emprego do pronome oblíquo depois do verbo. Segundo o Acordo Ortográfico de 1990, o pronome nestes casos sempre vem com hífen. Pode ocorrer: Verbo iniciando período ou oração[editar | editar código-fonte]
Verbo no Imperativo Afirmativo[editar | editar código-fonte]
Verbo no gerúndio - sem preposição em[editar | editar código-fonte]
Verbo no infinitivo impessoal[editar | editar código-fonte]
Colocação pronominal/MesócliseMesóclise (ou tmese) é o emprego do pronome oblíquo átono no meio do verbo. Para formar a mesóclise, separa-se o infinitivo do verbo de sua desinência e encaixa-se o pronome, semelhante a uma operação cirúrgica. A mesóclise só ocorre com verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito do modo Indicativo, desde que não haja a palavra que exija a próclise. As modificações do pronome oblíquo na terceira pessoa é idêntica às que ocorrem na ênclise (isto é, transformação de a em la/na, as em las/nas, o em lo/no e os em los/nos). Só se usa em situações específicas, como na linguagem formal e na modalidade literária. Exemplo:
Para vários falantes da língua portuguesa (principalmente para os do Brasil), a mesóclise é só um fenômeno estritamente formal, culto, cerimonioso e literário. não ocorrendo na fala espontânea em contexto informal de nenhum falante nativo, a não ser que seja intencional. Geralmente substituída pela próclise ou por uma locução verbal formada pelo verbo auxiliar ir:
Colocação pronominal/PróclisePróclise é a colocação do pronome antes do verbo. Geralmente ocorre a próclise: Sentido negativo[editar | editar código-fonte]
Advérbios, pronomes indefinidos e pronomes relativos[editar | editar código-fonte]
Pronomes e advérbios interrogativos[editar | editar código-fonte]
Palavras exclamativas e nas orações optativas[editar | editar código-fonte]
Orações subordinadas[editar | editar código-fonte]
Gerúndio precedido da preposição[editar | editar código-fonte]
Orações coordenadas sindéticas alternativas[editar | editar código-fonte]
Casos opcionais[editar | editar código-fonte]Pronomes demonstrativos[editar | editar código-fonte]
Pronomes pessoais retos, de tratamento, substantivos e numerais[editar | editar código-fonte]
Colocação pronominal/Colocação pronominal nas locuções verbaisAs locuções verbais podem ter o verbo principal no infinitivo, no gerúndio e no particípio. Verbo principal no infinitivo ou gerúndio[editar | editar código-fonte]
Verbo principal no particípio - Tempos compostos[editar | editar código-fonte]Neste caso é facultativo o uso de próclise ou da colocação no meio da locução:
Lembre-se de que não é permitido o uso de ênclise nos verbos flexionados no particípio. Nem mesmo é permitido o uso de próclise no início da frase. Havia-me oferecido. (correto) / Havia me oferecido. (correto) Havia oferecido-me. (errado) / Me havia oferecido. (errado) Verbo auxiliar no futuro[editar | editar código-fonte]Quando não houver palavra que exija a próclise e o verbo auxiliar está no futuro do presente ou futuro do pretérito, ocorre a mesóclise:
Figuras LinguísticasAs Figuras Linguísticas são espécies de "casos" (alguns destes mais precisamente considerados tropos e outros vícios) que ocorrem na língua. Elas podem ser: Sintáticas ou Semânticas[editar | editar código-fonte]Estes casos, apesar de influenciaram na sintaxe, podem ser divididos em Figuras sintáticas e Figuras semânticas:
Palavras ou Pensamento[editar | editar código-fonte]
Vícios[editar | editar código-fonte]São Figuras Sintáticas, algumas consideradas incorretas na língua padrão. Outras são permitidas, a fim de provocar um jogo de palavras, outras foram sendo admitidas na língua padrão com o tempo. Exemplo: Solecismo, Cacofonia, Ambiguidade e Rima. Funções[editar | editar código-fonte]São recursos de ênfase, utilizados para seduzir o leitor, explicar uma palavra, finalizar/iniciar uma conversa, informar, expressar sentimentos, perguntar. Exemplo: Função Referencial e Função Fática. Alteração Semântica[editar | editar código-fonte]Mudança de sentido de uma palavra por sintaxe ou fonética. Exemplos: Catar = pegar, Legal = muito bom. As Figuras[editar | editar código-fonte]
Figuras Linguísticas/ClassificaçãoAs Figuras Linguísticas são dividas de acordo com sua relação ao resto da frase. As figuras que iremos estudar são:
Concordância/Silepse
A Silepse é a Figura Linguística em que palavras são substituidas por outras sendo que estas possuem uma certa designação sobre a outra. Estas palavras podem sofrer alteração numérica, de gênero ou de pessoa sobre a outra, alterando a concordância. A Silepse também é conhecida como Concordância Irregular. Observe as frases:
Esta frase trata de uma Silepse de gênero, o adjetivo não esta concordando regularmente com o Pronome.
Esta frase trata de uma Silepse de número, o verbo não esta concordando regularmente com o sujeito.
Esta frase trata de uma Silepse de pessoa, o núcleo do sujeito não esta concordando regularmente com a pessoa do verbo. Figuras Linguísticas/Comparação MetafóricaA comparação metafórica é a figura linguística que trata de diversos tipos de metáforas. Observe esse poema de Cruz e Sousa:
Que prismas de luz ardente, Sim! Que o estudo é como a aurora ... Neste poema podemos perceber vários tipos de metáforas:
Metáfora[editar | editar código-fonte]A metáfora é a figura linguística que comparam seres e objetos, formada por um verbo comparativo ou equativo, podendo ainda formar o predicado nominal:
Veja que ocorre a metáfora, o estudo é aurora que nos entra pela casa. Também podem ocorrer metáforas surreais como no segundo exemplo. Quando há presença da conjunção como, a metáfora denomina-se comparação. Catacrese[editar | editar código-fonte]A catacrese é um tipo de metáfora, geralmente surreal, que exprime um sentimento pessoal e estranho se dito a outras pessoas. Observe esse poema de Álvares de Azevedo: ... "Como em noite do caos, os elementos ... Para muitos os elementos incandescentes lutam não faz o menor sentido, trata-se da opinião do autor sobre tal coisa, por isso causa estranheza. Sinestesia[editar | editar código-fonte]A sinestesia é o tipo de metáfora relacionada aos sentidos, às sensações:
Símile[editar | editar código-fonte]A Símile é a metáfora que compara apenas certa característa em comum aos seres. Obviamente terá um adjetivo na Metáfora:
Observe que na Metáfora não é uma característica em comum, e sim, várias. Figuras Linguísticas/RepetiçãoOs casos repetitivos, são os que um conjunto de palavras, uma palavra, uma letra ou simplesmente uma parte da palavra se repetem, continuadamente ou não.
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