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Gramática e literatura da língua portuguesa
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Angola Brazil Cape Verde Guinea-Bissau Equatorial Guinea Macao Mozambique Portugal São Tomé and Príncipe East Timor
Angolo Brazilo Kaboverdo Gvineo Bisaŭa Ekvatora Gvineo Makao Mozambiko Portugalio Santomeo kaj Principeo Orienta Timoro
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Angola Brasil Cabo Berde Guiné-Bissau Guiné Eiquatorial Macau Moçambique Pertual San Tomé i Príncepe Timor-Leste
Docas em Lisboa, Portugal.

A língua portuguesa, por muitos, é considerada uma das línguas mais difíceis de ser aprendida. A língua portuguesa originou-se do latim vulgar falado no noroeste da Península Ibérica. Na Idade Média, ela se transformou numa única língua, junto com o galego. Hoje, ela é conhecida nos meios científicos como galaico-português. No reinado de D. Dinís a língua portuguesa, então designada como língua comum, tornou-se oficial a língua oficial em todos os documentos régios, em detrimento do latim. A língua portuguesa, tal como o francês, tem uma herança céltica, visivelmente pronunciada usando vogais nasais.

O Português está classificado na seguinte hierarquia de famílias:

Indo-europeia
 Itálica
  Românica
   Ítalo-ocidental
    Românica ocidental
     Galo-ibérica
      Ibero-românica
       Ibero-ocidental
        Galaico-portuguesa
         Português

Atualmente, ela é falada em todos os continentes, sendo oficial em Portugal, Brasil, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, Timor-Leste e em Macau - hoje uma região autônoma chinesa. Existem comunidades falantes de português em todo o Mundo - em territórios que pertenceram a Portugal, como, por exemplo, Goa, Damão, Diu (Índia) e Malaca (Malásia) - e comunidades emigrantes do Brasil, Portugal, Cabo Verde, Angola e Moçambique que se estabeleceram em outros países. A língua portuguesa tem duas variantes: o português europeu e o português brasileiro. No futuro espera-se que o português falado em Angola e em Timor-Leste sejam promovidos a novas variantes do português. Atualmente, o Brasil, pela sua influência econômica, desenvolve um esforço notável na promoção da língua portuguesa.

"Fala, para que eu te escute", diz Sócrates.

Assim enaltecemos claramente o porquê do estudo gramatical, a intrínseca relação do homem e a comunicação. O conhecimento da própria língua não se inclui na categoria de saberes inúteis, o saber independente de utilidade prática. Lembremos que a língua não é morta, parada no tempo; a sociedade está em constante produção desta identidade cultural: a língua portuguesa.

Aqui estão constatados os 205 módulos do wikilivro "Português" por ordem alfabética. Uma lista semelhante pode ser vista na categoria de páginas do wikilivro.

Ao leitor


Este wikilivro foi feito por vários editores ao longo de vários anos, e você pode nos ajudar a fazer deste trabalho, livre e gratuito, cada vez melhor. Em caso de dúvidas, contacte-nos. Para melhor entendimento do conteúdo deste wikilivro, você pode, se quiser, primeiramente, ler o wikilivro Introdução à língua portuguesa.


Sobre a edição


Os escritores deste livro são a maioria brasileiros (das regiões sul e sudeste), e, por isso, é inevitável que o português predominante seja do Brasil, ora visto, com maior frequência, que o de outros países de fala portuguesa, o que inclui a léxica implícita nas próprias explicações.
Para maiores detalhes, veja na wikipédia os artigos sobre o português brasileiro, europeu e angolano. Tenha uma boa leitura!
Este módulo tem a seguinte tarefa pendente: Verificar a necessidade desta página. Avaliar se não é melhor criar uma página de introdução para cada um destes assuntos ex.: Português/Gramática/Introdução, Português/Literatura/Introdução.

Neste livro abordaremos dois assuntos: a gramática e a literatura. Mas, o que é gramática e o que é literatura?

É o ramo da língua que estuda as palavras. É dividida em:

  • Fonética - estuda os sons das palavras;
  • Morfologia - estuda a formação e classificação das palavras;
  • Sintaxe - estuda as funções de cada palavra em uma frase;
  • Estilística - estuda a diferença das palavras na frase em determinato estilo literário;
  • Semântica - estuda o significado das palavras.

É o ramo da língua que estuda o contexto. É dividida em:

  • Análise do discurso - estuda as diferentes partes de um texto;
  • Literária - estuda os estilos literários.


Os fonemas (do grego phōnē) são as menores unidades sonoras de nossa fala. São sons elementares que, combinados e articulados (falados), geram sílabas, vocábulos e frases. Quando citamos a palavra Brasil, por exemplo, estamos a emitir duas sílabas (Bra-sil) e seis fonemas. Note que numa sílaba pode haver um ou mais fonemas.

Existem aproximadamente 33 fonemas no sistema fonológico do Português brasileiro.

Os fonemas podem ser representados de forma escrita, fazendo-se uso de sinais gráficos (signos), os quais chamamos letras. O conjunto das letras usadas para se escrever chama-se alfabeto (etimologia vinda das letras gregas alfa + beta), ou abecedário — havendo ainda a designação abecê, mais informal.

Observações: Não confunda fonema com letra; o fonema é o som, a letra é a representação do som.

Alfabeto Fonético

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O Alfabeto Fonético Internacional (AFI) é um alfabeto composto por diversos símbolos (alofones), cada um representando um fonema(som) diferente, usado para todas as línguas e dialetos. Apesar da norma culta portuguesa admitir apenas 33 fonemas, podemos encontrar outros fonemas dependendo da região. Os sistemas de transição escrita à fonética pela pronúncia mais conhecidos são AFI e X-SAMPA, estes possuem algumas diferenças de símbolos. Veja como a palavra português é falada em algumas regiões, utilizando o AFI:

  • Rio de Janeiro: /poxtuˈɡejʃ/
  • São Paulo (cidade): /poɾtuˈɡes/
  • São Paulo (interior): /poɹtuˈɡejs/
  • Portugal: /pʊɾtʊˈɡeʃ/

O par mínimo ocorre quando em uma palavra podemos trocar um fonema por outro, formando uma palavra de semântica(significado) diferente, sendo, algumas vezes, estas palavras parónimas/parônimas - no caso de o significado não mudar, provavelmente será uma diferenciação de sotaques, estas possuirão relação de tonicidade (veja Tonema e Cronema). O par mínimo pode ser formado por tonemas e cronemas. Exemplo:

b
+ ala = bala
c
cala
f
fala
g
gala
m
mala
p
pala
r
rala
s
sala
t
tala
v
vala

Classificação

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Ver módulos: Classificação dos fonemas, Classificação das vogais e Classificação das Consoantes
Ver módulo: Fonação

Tom e duração

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Ver módulo: Tonema e Cronema
Ver módulos: Encontros vocálicos e Encontros consonantais

Representação

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Ver módulos: Dígrafo e Pronúncia

Quanto à classificação dos fonemas, consideram-se três classes:

  • Vogal
  • Semi-vogal
  • Consoante
Ver módulo: Classificação das vogais

São os sons laríngeos (fonemas sonoros), que chegam livremente ao exterior sem fazer ruído.

São os fonemas vocálicos átonos que sempre se unem a uma vogal para formar uma sílaba, com ou sem consoante. As semi-vogais podem ser chamadas de semi-consoantes e de consoantes aproximadas, por terem características de vogais quanto ao som, mas características de consoantes quanto a posição dos órgãos da faringe e da língua.

Ver módulo: Classificação das consoantes

São os ruídos gerados da resistência que o trato vocal opõe à corrente de ar.

Observações: As consoantes dependem das vogais para formar uma sílaba.

As vogais (do latim vocalis) são sons que quando produzidos, não há impedimento na passagem do ar. São classificadas de acordo com:

Posição da língua e sua vértice (seu ponto máximo na boca)
Posição da língua e sua vértice (seu ponto máximo na boca)

Zona de articulação

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A parte da boca em que o ponto máximo da língua de determinada vogal é pronunciada determina sua zona de articulação.

  • Anteriores: i (ex: lixa), ê (ex: senhor), é (ex: ela), á (ex: haste).
  • Centrais: â (ex: antes).
  • Posteriores: u (ex: puxar), ô (ex: olhar), ó (ex: olhos).

Além destas zonas de articulação, existem as zonas de articulação de transição (Quase anterior e Quase posterior).

Abertura bucal

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As vogais podem ser classificadas de acordo com a abertura da boca:

  • Fechadas: i, u
  • Semi-fechadas: ê, ô
  • Semi-abertas: é, ó
  • Abertas: á

Podem existir vogais em aberturas na faixa de transição (Quase fechada, Média e Quase aberta), é o caso de â, que é geralmente quase aberta no Brasil, e entre média e semi-aberta em Portugal.

Arredondamento

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O arredondamento labial altera pouco o som nas vogais fechadas. Na língua portuguesa quase não são vistos, mas em línguas como o francês podemos observar facilmente:

  • Vogais arredondadas: geralmente as vogais posteriores
  • Vogais não-arredondadas: geralmente as vogais anteriores

Oralidade e nasalidade

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As vogais podem ser orais, pronunciadas na cavidade bucal, apenas, ou nasais, pronunciadas também nas cavidades nasais.

  • Orais: a, e, i, o, u
  • Nasais: ã (an/am), (en/em), ĩ (in/im), õ (on/om), ũ (un/um).

Na língua portuguesa, /a ~ ɐ/ costuma ter apenas /ɐ̃ ~ ɜ̃ ~ ə̃/ como equivalente nasal, embora raras vezes, como na pronúncia padrão de a antena, pode-se haver uma vogal aberta nasalizada.

As vogais, dentro de uma palavra maior, podem ser tônicas, pronunciadas de maneira mais forte, átonas, pronunciadas de maneira fraca, e subtônicas (também chamadas tônicas secundárias), tônicas mais fracas que a tônica principal.

  • Tônicas: Tupi, luz.
  • Tônicas secundárias ou subtônicas: cafezinho, somente.
  • Átonas: ela, órfã.

As vogais podem ser longas ou curtas, dependendo do tempo que elas são pronunciadas em relação à maioria das vogais. Curiosamente, o português não marca de forma alguma o comprimento vocálico em suas palavras (pois a maioria absoluta das vogais são curtas), mas é comum que sejam percebidas vogais longas em algumas palavras, mas apenas em alguns dialetos.

  • Curtas: comi, ando.
  • Longas: sorris, funis, à (em alguns dialetos, apenas)
  • Aberto: a, é, o
  • Fechado: ê, ô, i, u e as nasais.
  • Reduzido: vogais átonas orais ou nasais.

A diferença da tensão é definida como ATR (Advanced tongue root). As vogais podem ser classificadas em:

  • Relaxadas: os músculos estão relaxados.
  • Tensas: os músculos estão firmes, há a expansão da faringe (movendo a base da língua para frente), diminuição e abaixamento da laringe, fazendo o ar centralizar.

Não existe tal diferença na língua portuguesa, pois todas as vogais na voz melódica são relaxadas.

Tabela de vogais

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Anterior Central Posterior
Fechada
i
u
ê
ô
é
ó
â
á
Semifechada
Semiaberta
Aberta

Aqui está a tabela das vogais conforme o alfabeto fonético internacional:

Anterior Quase Anterior Central Quase Posterior Posterior
Fechada
i - y
ɨ - ʉ
u - ɯ
e - ø
ɘ - ɵ
ə
o - ɤ
ɛ - œ
ʌ - ɔ
ɜ - ɞ
ɐ
æ
a - ɶ
ɑ - ɒ
ʊ
ɪ - ʏ
Quase fechada
Semifechada
Média
Semiaberta
Quase aberta
Aberta

Cada símbolo, representa um som. Observe algumas palavras em português em que alguns deles são utilizados (nos de Portugal foram usadas representações fonéticas de Lisboa e nos do Brasil, a maioria da cidade de São Paulo):

Vogal Portugal Brasil Palavra
i /ˈdi.ɐ/ /ˈdʑi.ɐ/ dia
u /ˈbu.su.ɫə/ /ˈbu.sʊ.lɐ/ bússola
ɪ /fɪˈɫi.pɪ/ Felipe
e /ˈteɾ/ /ˈteɾ/ ter
ə /mə̃dəˈɾi.ə/ /mə̃daˈɾi.ɐ/ mandaria
ɛ /ˈɛ/ /ˈɛ/ é
ɔ /ˈfɔ.ɾə/ /ˈfɔ.ɾɐ/ fora (verbo)
ɐ /kə̃ˈsɐ̃w/ /kɐ̃ˈsɐ̃w/ canção
a /va/ /va/
Observações: As outras vogais são restritamente utilizadas em certas regiões e/ou em poucas palavras da língua portuguesa. Algumas nem são ditas nesta.

As consoantes (do latim consonante que é igual a soante + com) são sons da fala produzidos através do impedimento da passagem de ar. Em comparação com as vogais, há grande diferença quanto a continuidade da frequência do sinal sonoro.

  • Consoantes egressivas - São as consoantes que têm seu início nos pulmões (o ar vai da laringe para a traqueia, veja imagem abaixo). Na passagem pelos órgãos o som é modelado, conforme o ponto de articulação.
  • Consoantes não-egressivas - São as consoantes que não têm como seu início os pulmões (cliques e implosivas).

Articulação

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As consoantes cujo modo de articulação possuem, são classificadas em:

  • Consoantes oclusivas - Consoantes formadas pela interrupção completa da passagem do ar através do contato do articulador ativo contra o articulador passivo em determinado ponto de articulação. Exemplos: [p b t d k g]
  • Consoantes nasais - Consoantes formadas pelo impedimento total do ar na cavidade oral, simultaneamente à abertura do véu palatino, fazendo com que o ar entre na cavidade nasal e saia pelas narinas. Exemplos [m n ɲ]
  • Consoantes fricativas - Consoantes formadas quando o ar passa por um canal estreito formado pelo impedimento semi-completo da cavidade oral, de modo a causar estridência audível. Exemplos: [s z ʃ ʒ]
  • Consoantes aproximantes - Consoantes formadas pela aproximação do articulador ativo ao articulador passivo sem que haja contato ou estreitamento do canal de passagem do ar. Também chamadas de semivogais ou ainda de semiconsoantes. Apesar do som assemelhar-se ao de uma vogal, são consoantes por possuírem modo e ponto de articulação. Exemplos [w j]
  • Consoantes vibrantes - Consoantes formadas à mesma maneira das oclusivas, diferenciando-se destas pelo fato de o articulador ativo fazer múltiplos contatos acelerados contra o articulador passivo. Exemplos [r]
  • Consoantes laterais - Consoantes formadas pelo bloqueio do ponto de articulação pela parte frontal da língua, sem oclusão lateral, de modo que o ar escapa pelas laterais da cavidade oral.

Ponto de articulação

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Zonas de articulação:
1. Exo-labial, 2. Endo-labial, 3. Dental, 4. Alveolar, 5. Pós-alveolar, 6. Pré-palatal, 7. Palatal (palato duro), 8. Velar (palato mole), 9. Uvular, 10. Faríngea, 11. Glotal, 12. Epiglotal, 13. Radical, 14. Pós-dorsal, 15. Pré-dorsal, 16. Laminal, 17. Apical, 18. Subapical
A laringe. Legenda:
*Epiglottis (Epiglote)
*Vocal fold (pregas vocais)
*Trachea (Traqueia)
Ver módulo principal: Zona de Articulação consonantal

Além de as consoantes serem classificadas por articulação, também são pelo ponto de articulação:

  • Labiais

Consoantes bilabiais - Consoantes formadas pelo impedimento do ar pelos lábios — b, m, p
Consoantes labiodentais - Consoantes formadas pelo impedimento do ar pelos lábios quando estes não estão totalmente fechados — f, v
Consoantes dentolabiais -

  • Bidentais

Consoantes bidentais-

  • Coronais

Consoantes linguolabiais -
Consoantes interdentais' -
Consoantes dentais - Consoantes formadas pelo impedimento da língua quando esta entre os dentes — d, n, t
Consoantes dentoalveolares-
Consoantes alveolares - Consoantes formadas pelo impedimento do ar pela língua quando esta em contato com os alvéolos dentais (parte atrás da gengiva, abaixo dos dentes) — l, r (fraco), s, z
Consoantes palatoalveolares - Consoantes formadas pelo impedimento do ar pela língua quando esta em contato com a região entre os alvéolos e o palato duro

  • Dorsais

Consoantes palatais - Consoantes formadas pelo impedimento do ar pela língua quando esta em contato com o palato duro (próximo aos lábios) — d (às vezes e sempre antes de i), g (fraco, com som de j), j, t (às vezes e sempre antes de i); dígrafos ch, lh, nh
Consoantes velares - Consoantes formadas pelo impedimento do ar pela língua quando a parte traseira em contato com o palato mole (próximo à cavidade oral) — c (com som de k), g (forte, sem som de j), k
Consoantes uvulares - Consoantes formadas pelo impedimento do ar pela vibração da úvula — r (forte); dígrafo rr

  • Radicais

Consoantes faríngeas -
Consoantes epiglotais -
Consoantes faríngeo-epiglotais -

  • Glotais

Consoantes glotais - Consoantes formadas pelo impedimento do ar pela vibração da glote (abaixo da abertura da laringe à faringe, oposta à epiglote)

Não-egressão

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  • Cliques - São consoantes onde a vibração do ar é apenas encontrada na boca, o ar não passa pelos pulmões e nem pela laringe. São formadas pela retirada rápida dos lábios, tendo uma parte fechada e outra entre-aberta, ou da língua do céu da boca quando esta e os demais músculos estão tensos.
  • Implosivas -
  • Ejetivas -

Junção consonantal

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  • Consoante africada - As consoantes africadas são consoantes cujas são formadas pela junção de uma consoante oclusiva e de uma fricativa, articuladas na mesmo ponto.

As consoantes podem ser classificadas pela vibração da laringe:

  • Consoante sonora - Quando há vibração laríngea.
  • Consoante surda - Quando há falta de vibração laríngea. A altíssima aspiração ou total fechamento glotal as produzem (veja: Fonação).

A tensão é classificada de acordo com o tônus muscular na emissão consonantal, semelhante à tensão das vogais.

  • Consoante fortis - É a consoante com o mais tônus muscular, a que mais tem aspiração, podendo ser pré ou pós consoante. Não produz som. O alofone é definido pelo h, antes ou depois deste (exemplo: /ht/ → pré; /th/ → pós)
  • Consantes tenuis - Caracteriza a consoante oclusiva, por não apresentar nem aspiração e nem voz.
  • Consoante lenis - É a consoante com menor tônus muscular e caracteriza a voz melódica (isto é, a voz comum), por consequência, não possui aspiração.

Pode haver consoantes entre estas tensões, sendo que a aspiração é proporcionalmente inversa à voz. Em português apenas existem as consoantes lenis.

Observações:
  • Obviamente, não é possível empregar consoantes fortis seguidamente na mesma silaba (pois há uma pausa - a aspiração).
  • Sabido que duas consoantes fortis formam duas sílabas, a primeira perde a aspiração nas línguas indo-europeias (Lei de Grassmann).

Tabela das consoantes

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Os alofones que se encontram à esquerda dos quadros são consoantes surdas, à direita são consoantes sonoras:

Egressivas (articuladas)
Labial Coronal Dorsal Radical Glotal
Bilabial Labio-
dental
Dental Alveolar Palato-
alveolar
Retro-
flexiva
Alveolo-
palatal
Palatal Velar Uvular Faríngea Epiglotal
Nasal m̥ m     ɱ      n̥ n      ɳ̊ ɳ     ɲ̟ ɲ̊ ɲ ŋ̊ ŋ     ɴ
Oclusiva p b p̪ b̪ t̪ d̪ t d t̠ d̠ ʈ ɖ c̟ ɟ̟ c ɟ k ɡ q ɢ ʡ ʔ
Fricativa ɸ β f v θ ð s z ʃ ʒ ʂ ʐ ɕ ʑ ç ʝ x ɣ χ ʁ ħ ʕ ʜ ʢ h ɦ
Aproximante     β     ʋ     ð     ɹ     ɹ̠     ɻ     j     ɰ     ʁ     ʕ     ʢ h ɦ
Vibrante
Múltipla
    ʙ          r     r     ʀ
Vibrante
Simples
    ⱱ̟          ɾ̪     ɾ     ɾ     ɽ     ɢ̆     ʡ̯
Lateral
Fricativa
ɬ ɮ ɬ ɮ ɬ ɮ ɭ˔̊ ʎ̥˔ ʟ̝̊ ʟ̝
Lateral
Aproximante
         l     l     ɭ     ʎ̟     ʎ     ʟ
Lateral
Vibrante
    ɺ̪     ɺ     ɺ     ɭ̆     ʎ̯     ʟ̆
Co-articuladas
Fricativa ɧ
Aproximante ʍ w ɥ ɫ
Oclusiva k͡p ɡ͡b ŋ͡m
Africadas
p̪f b̪v ts dz t̠ʃ d̠ʒ t̠ɕ d̠ʑ ʈʂ ɖʐ
t̪θ d̪ð    ɟʝ kx   ɢʁ
Não-egressivas
Cliques ʘ ǀ ǃ ǂ ǁ
Implosivas ɓ ɗ ʄ ɠ ʛ
Ejetivas
tsʼ tɬʼ tʃʼ kxʼ kʼ

A fonação consiste no estudo das vozes. Na formação das consoantes e das vogais, cada uma das quais possui uma zona de articulação, alguns órgãos podem-se alterar para possibilitar a produção do som.

Registro vocal

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O registro da voz é produzido de acordo com a posição das válvulas e músculos e da vibração das pregas vocais. Pode ser dividido em:

  • Fonação glotal - É o estudo da voz de acordo com o estado da glote (que tem como função impedir ou não a passagem de ar).
  • Fonação supraglotal - É o estudo dos demais órgãos.

Fonação glotal

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Estado da glote Registro Aproveitamento das pregas vocais Vibração AFI (exemplo)
Glote totalmente aberta fonação surda nenhuma (total passagem de ar) surda
murmúrio sonora Acrescenta-se ʱ ou ̤ (dʱ ou d̤ )
voz baixa sonora Acrescenta-se ̥ (d̥ )
Glote semi-aberta voz melódica máxima vibração sonora Nada é acrescentado
voz firme sonora Acrescenta-se ̬ (d̬ )
voz crepitante sonora Acrescenta-se ̰ (d̰ )
Glote totalmente fechada Glote totalmente fechada (sem passagem da corrente de ar) surda
A glote na formação da voz melódica

Na fonação surda, o ar passa pelas pregas vocais sem que estas consigam vibrar e produzir um som, de vogal ou consoante. Já no murmúrio a glote fica levemente fechada, fazendo o ar ficar um pouco mais tempo na laringe, fazendo com que as pregas vocais possam vibrar um pouco. Na voz baixa o ar fica um pouco mais tempo que o murmúrio, logo haverá mais vibrações nas pregas vocálicas. Na voz melódica (que é a voz comum), a glote fecha-se e abre-se por um tempo, conforme a imagem ao lado. Já na voz firme, a glote fica muito tempo fechada, fazendo haver demasiadas vibrações. Quando a glote fica muito tempo totalmente fechada, as vibrações feitas no ar se dissipam e fazendo o som não sair.

Tamanho das pregas vocais

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O tamanho das pregas vocais influencia nas vibrações. Quanto maior as pregas, mais vibrações serão produzidas. Acontece que na puberdade este tamanho é bastante alterado, logo, não estaremos acostumados a deixar a glote menos tempo fechada (já que são produzidas mais vibrações), então a voz acaba de ser melódica e passa a ser firme.

Fonação Supraglotal

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As articulações dos órgãos supra-glotais (dos órgãos localizados na laringe) são:

  • Cobrimento glotal (pelas falsas pregas vocais)
  • Compressão esfincteriana
  • Retração linguo-epiglotal (fechamento faríngeo linguo-epiglotal)
  • Movimento laríngeo
  • Estreitamento faríngeo

A laringoscopia, que trata de tais articulações, ainda está sendo estudada, mas sabe-se que quando algumas destas são combinadas, podem surgir os seguintes resultados na voz, na formação geralmente das vogais:

Estudos laringoscópios Resultado
Voz oca Movimento laríngeo (em expansão) Formação das vogais tensas e consoantes fortis
Voz áspera Estreitamento faríngeo e cobrimento glotal Aproximação da voz quando se carrega algo muito pesado
Voz estridente Movimento laríngeo e estreitamento faríngeo Maior vibração das pregas vocais

Tonema e cronema são tipos de fonemas.

Ver também: Prosódia e Acento tônico

Tonema é um fonema cuja entonação, isto é, seu tom, pode ser alterado sem alterar a semântica ou sintaxe frasal. O tom é alterado de acordo com regiões geográficas: um dos fatores que constroem um sotaque. Decorrente de vogais próximas a ele, este fenômeno é chamado metafonia (que consiste num tonema):

  • /côrpos/ = /córpos/
  • /refôrços/ = /refórços/
  • /carôços/ = /caróços/
  • /homônima/ = /homónima/

Cronema é o fonema que tem uma duração maior que os outros fonemas. Em várias línguas, a exemplo da italiana, ele é formado pela duplicação de suas letras: o fonema permanece imutável, diferente do tempo de sua pronúncia.

Como o nome já sugere, encontros vocálicos são o ajuntamento de duas ou mais vogais numa palavra. Ou, mais especificamente, o encontro de uma vogal com uma semi-vogal (e vice-versa). Existem três tipos:

Ver módulo: Ditongo
Ver módulo: Tritongo
Ver módulo: Hiato
Ditongos decrescentes da língua portuguesa
oral
PT BR PT BR
sai [aj] mau [aw]
sei [ɐj] [ej] meu [ew]
anéis [ɛj] véu [ɛw]
viu [iw]
mói [ɔj] molde [ɔw]
moita [oj] dou [ow]
anuis [uj] sul [uw]
nasal
mãe [ɐ̃j] [ɐ̃j] mão [ɐ̃w]
cem [ẽj]
leões [õj] som [õw]
muita [ũj]

Obtemos ditongos com a combinação de uma vogal + uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba.

  • Exemplos: sou, sério, pai.
  1. orais (som é emitido sem nasalização).
  2. nasais (som é emitido com o palato mole rebaixado, o que permite ao ar escapar também pela cavidade nasal).
  3. crescentes (semivogal + vogal): semivogal - som mais baixo e vogal - som mais alto.
  4. decrescentes (vogal + semivogal): vogal - som mais alto e semivogal - som mais baixo.

Os tritongos são encontros de uma vogal entre duas semivogais, formando uma sílaba.

  1. oral: iguais, sequóia
  2. nasal: saguões, mínguam
Observações: Nos tritongos nasais uam e üem, não se escreve a segunda semivogal. Isto porque se subentende uãu e uãe

Hiatos encontram-se em duas sílabas diferentes, havendo nelas o encontro de duas vogais pronunciadas em dois impulsos diferentes.

  • Exemplos: podia (po-di-a), cruel (cru-el), frear (fre-ar), hiato (hi-a-to), meeiro (me-eiro), lagoa (la-go-a).
Observações: Em uma palavra como saia pode-se ver um hiato (sai-a) ou dois ditongos (sai-ia) (o que é o mais correto)

Sinérese e diérese

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  • Sinérese: conversão de hiatos em ditongos
  • Diérese: conversão de ditongos em hiatos

Assim como existem encontros vocálicos existem os encontros consonantais.

Inseparáveis

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São os que encontram-se numa mesma sílaba, geralmente formados por consoante + r, l ou h:

  • du-plo
  • czar
  • psi-co-se
  • cli-ma
  • ma-nhã
  • bí-ceps

São os que encontram-se em sílabas diferentes. Ocorrem sempre no interior das palavras.

  • ob-tu-so
  • ap-to
  • cor-rup-ção
  • naf-ta
  • pas-sar

O dígrafo é o encontro de duas letras em uma mesma palavra representando um único fonema, as letras podem estar na mesma sílaba como em sílabas diferentes.

Observações: Não confundir dígrafos com encontros consonantais.

O som dos dígrafos podem representar consoantes ou vogais nasais:

Representam consoantes

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Os dígrafos que representam consoantes são, e exemplos:

  • chchapéu; chuva
  • lhgalho; palha
  • nhlasanha; companhia
  • rrcarro; amarrar
  • ssmassa; cassar
  • gugueto; guitarra
  • ququeijo; leque
  • scacréscimo; rescisão
  • creo; naam
  • xcexceção;
Observações: Naquelas palavras em que as duas letras do dígrafo pronunciam-se (exemplo: aguentar, escada, exclamar), os grupos xc, qu, sc e gu não são dígrafos - pois dígrafos representam um som.

Representam vogais nasais

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Os dígrafos que representam vogais são:

am, em, im, om, um, an, en, in, on, un
Observações: No fim de palavras am e em não são dígrafos, porque representam um ditongo nasal, isto é, dois fonemas (exemplo: falam /fálãu/.)

A pronúncia das palavras da língua portuguesa acompanham o sinal gráfico (acento), que indicam a sílaba tônica da palavra. Seguem as regras de acentuação já descritas anteriormente.

Enfraquecimento das sílabas átonas

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Em certos lugares onde se fala o português ocorre o enfraquecimento da vogal nas sílabas átonas (fracas), esta passando a ter um movimento dos órgãos da fala mais rápidos que teriam. A substituição de vogais nas sílabas átonas mais comuns são:

  • E por I;
  • O por U;
  • L por U.

E algumas palavras em que ocorrem a declinação (as letras em que ocorre o enfraquecimento estão sublinhadas):

De /e/ por /i/ ou /ɯ/:

  • Leite: /ˈlej.te/ → /ˈlej.ti/
  • Escada: /es.ˈka.da/ → /is.ˈka.da/
  • Sorvete: /soʁ.ˈve.te/ → /soʁ.ˈve.ti/
  • Escola: /es.ˈkɔ.la/ → /is.ˈkɔ.la/
  • Dente: /dẽ.ˈte/ → /dẽ.ˈti/
  • Pote: /ˈpɔ.te/ → /ˈpɔ.ti/
  • Xale: /ˈʃa.le/ → /ˈʃa.li/
  • Chocolate: /ʃo.ko.ˈla.te/ → /ʃo.ko.ˈla.ti/
  • Diamante: /di.a.ˈmã.te/ → /di.a.ˈmã.ti/

De /o/ por /u/:

  • Vaso: /ˈva.zo/ → /ˈva.zu/
  • Cacho: /ˈka.ʃo/ → /ˈka.ʃu/
  • Urso: /ˈuʁ.so/ → /ˈuʁ.su/
  • Ovo: /ˈo.vo/ → /ˈo.vu/

De /l/ por [w] (/u/):

  • Mal: /mal/ → /maw/
  • Calda: /ˈkal.da/ → /ˈkaw.da/
  • Laranjal: /la.rã.ˈʒal/ → /la.rã.ˈʒaw/

Obs.: Note que, nestes casos, a mudança de /l/ para /w/ ocorre nas sílabas tônicas, embora também possa ocorrer em sílabas átonas. Observe:

  • Salgado: /sal.ˈga.do/ → /saw.ˈga.du/

Assim, é possível perceber que a mudança ocorre quando l ocupa a posição final da sílaba. Compare o l inicial da sílaba la, em "laranjal", com o l final da sílaba jal.

Monotongação

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Monotongação é a anulação da semivogal de um ditongo em sílaba tônica. Este caso, muitas vezes, é tido como falta de educação, já que se está reduzindo a palavra. Entretanto, é um processo comum no português brasileiro. Como no caso anterior, não é válido para todos os falantes da língua portuguesa. Observe (em negrito as letras anuladas):

  • Chaleira: /ʃa.ˈlej.ra/ → /ʃa.ˈle.ra/
  • Clareira: /kla.ˈrej.ra/ → /kla.ˈre.ra/
  • Madeira: /ma.ˈdej.ra/ → /ma.ˈde.ra/
  • Queijo: /ˈkej.ʒu/ → /ˈke.ʒu/
  • Caixa: /ˈkaj.ʃa/ → /ˈka.ʃa/

O x e seus sons

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A letra x no português pode indicar diversos fonemas, são eles:

/s/:

  • Auxiliar
  • ximo
  • Próximo

/s ~ ʃ ~ z ~ ʒ/:

  • Expectativa
  • Texto

/z/:

  • Exame
  • Exercício
  • Exército

/ʃ/:

  • Bruxa
  • Peixe
  • Roxo
  • Xadrez
  • Xale

/ks/:

  • Asfixiar
  • Axila
  • Axônio
  • Hexaedro
  • xico
  • Taxi

Também há casos em que o x não exprime som algum pois está em um dígrafo como na palavra exceção.

Ver artigo principal: Escrita

A pronúncia é uma das maiores influências nas mudanças que ocorrem na escrita. Com o passar do tempo, a pronúncia muda as palavras. Muitas línguas foram se formando assim, e muitas deixaram de existir por estas mudanças. A pronúncia pode confundir a maneira correta de se escrever as palavras. Dificilmente se escreve como se fala, pois cronologicamente a linguagem caminhou (ainda caminha) da fala, para escrita, não o inverso. A linguagem natural está sempre em evolução, logo é uma verdade tanto na modalidade falada quanto escrita.

A sílaba é uma das mais importantes partes da língua portuguesa. É um fonema (ou grupo de fonemas) emitidos em um único impulso expiratório.

de-zem-bro — é formado por três impulsos, isto é, três sílabas.
Observações: É essencial a presença de uma vogal na sílaba para que ela possa sê-lo.


Classificação quanto o número de sílabas

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Ver módulo: Classificação das palavras em número de sílabas

Divisão Silábica

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Ver módulo: Divisão silábica

Acento Tônico

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Ver módulo: Acento tônico e Classificação quanto o acento tônico
Ver módulo: Vocábulos rizotônicos e arrizotônicos

Acento de Insistência

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Ver módulo: Acento de insistência
Ver módulo: Análise fonética

Existe uma classificação das palavras quanto ao número de sílabas, eis: País

Monossílabas

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Monossílabas são palavras que têm somente uma sílaba.

pão, boi, pó, luz, ar, mão, mãe, cal, pau, cai, sol, só, cão, chão, um, seu, não, meu, pé,teu, mel, mar, pães, pai, rã, pá.

Dissílabas são palavras que têm duas sílabas.

li.vro, ar.roz, de.do, ce.do, ver.de, den.gue, se.lo, col.chões, li.mão, noi.te, cros.ta, hé.lio, ba.bá, vo.o, ru.a, pa.pai, se.rá, pra.ça, re.de, re.i, di.a

Trissílabas são palavras que possuem três sílabas.

As.sun.ção, Pa.ra.guai, pa.la.vra, fa.ri.nha, me.ni.na, cri.an.ça, sa.u.de, gar.gan.tas, tra.ves.so

Polissílabas

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Polissílabas são palavras que têm quatro ou mais sílabas.

For.ta.le.za, ca.sa.men.to, com.pu.ta.dor, con.di.cio.na.dor, as.ses.so.ri.a, ex.pe.di.en.te, es.co.a.do

Divisão silábica é a separação das sílabas (silabação) de uma palavra. Na escrita as sílabas são separadas por hífen (-) e em alguns casos com pontos (.).

ra-iz, ma-ca-co, For-ta-le-za, Volks-wa-gem, gra-ma, pi-ca-pau, sí-la-ba

Regra geral

  • Não separam-se letras representativas da mesma sílaba.
  1. Não existe sílaba sem vogal!
  2. Separa-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, e xc
  3. Na silabação não se consideram prefixos, afixos, radicais, etc.
    Exemplos: su-bur-ba-no, tran-sa-tlân-ti-co
Observações: O fonema /cs/ representado pela letra x junta-se à vogal seguinte — isto é, quando houver (exemplo: tó-xi-co).

Sabido que uma sílaba é formada pela pausa fonética em uma palavra, concluímos que sempre temos uma nova sílaba:

  • Antes de consoantes pré-aspiradas;
  • Depois de consoantes pós-aspiradas;
  • Após vogal tônica entre letras átonas;
  • Sendo o dígrafo um fonema, este não é separável;
  • O mesmo ocorre com uma consoante africada;
  • Antes e depois da junção fonética do som de uma vogal com uma consoante (pré e/ou pós-vogal).

Translineação

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Translineação é a partição das palavras no fim da linha. Para repartir uma palavra de modo a deixar parte dela em uma linha e o restante da mesma em outra, é necessária que sejam seguidas as normas de divisão silábica e as seguintes:

  1. Dissílabos como ato, unha, caí, etc., não devem ser partilhados pois isso deixaria uma letra isolada no início ou fim de uma linha.
  2. A partir de três sílabas não isola-se sílaba formada por uma vogal.
    Exemplo: la-goa (ao invés de la-go-a).
  3. Ao translinear palavras compostas, na partição hifenizada, repetir-se-á o hífen. Exemplos:
saca-
arco-
-rolhas
-íris
Observações: Não se translineiam, obviamente, monossílabos.

Saiba mais: os ditongos e hiatos

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Ver também: Hiato e Ditongo

Até agora você viu como é simples fazer a divisão silábica de uma palavra, basta observar a pronúncia. Mas e quando a pronúncia é diferente entre regiões? Este é um caso em que existem dois tipos de divisão silábica, uma para o português do Brasil e outra para o português europeu. Acontece que os ditongos crescentes existentes no português do Brasil não passam de hiatos no português europeu. Essas palavras são chamadas em geral de proparoxítonas aparentes. Veja algum desses casos:

Português do Brasil Português Europeu
A.lu.mí.nio A.lu.mí.ni.o
An.fí.bio An.fí.bi.o
Bi.ná.rio Bi.ná.ri.o
Con.tí.nuo Con.tí.nu.o
Es.tân.cia Es.tân.ci.a
Fre.qüên.cia Fre.quên.ci.a
His.tó.ria His.tó.ri.a
I.ní.cio I.ní.ci.o
La.bo.ra.tó.rio La.bo.ra.tó.ri.o
Má.goa Má.go.a
Pré.dio Pré.di.o
Re.fe.rên.cia Re.fe.rên.ci.a
Sé.rie Sé.ri.e
Ti.tâ.nio Ti.tâ.ni.o
Vár.zea Vár.ze.a

Em vocábulos com duas ou mais sílabas, é natural que uma se destaque por ser proferida com mais intensidade que as demais: trata-se da sílaba tônica. Nela está o acento tônico (ou acento de intensidade, ou ainda acento prosódico). Abaixo estão destacadas as sílabas tônicas dos vocábulos.

porta, colecionador, janela, ca
Observações:
  1. O acento tônico não deve ser confundido com acentos gráficos (agudo, circunflexo), uma vez que este é um fato fonético.
  2. O acento na sílaba tônica não é indispensável. Existem várias palavras sem acento gráfico que possuem sílaba tônica (exemplo: bote, cedo).

Acento sub-tônico

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Em alguns vocábulos derivados — normalmente polissílabos —, há, além do acento tônico, um acento sub-tônico. Abaixo, as sílabas sub-tônicas estão sublinhadas e as tônicas destacadas:

Rapidamente, indiazinha, cafezinho.

Sílabas átonas

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Sílabas que não sejam nem tônicas tampouco sub-tônicas, são átonas (= fracas); podem ser ainda pretônicas ou postônicas. Veja os exemplos a seguir:

Montanha:

  • MON → átona
  • TA → tônica
  • NHA → átona

Facilmente:

  • FA → subtônica
  • CIL → pretônica
  • MEN → tônica
  • TE → postônica

Heroizinho:

  • HE → pretônica
  • ROI → subtônica
  • ZI → tônica
  • NHO → postônica

Vocábulos átonos e tônicos dissílabos

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Existem alguns vocábulos átonos dissílabos (duas sílabas) — embora a maioria sejam monossílabos —, são eles as contrações pelo e pela, o artigo uma, as conjunções como e porque e as preposições para e pera (arcaico).

Se temos dois vocábulos homógrafos — um átono e outro tônico —, o tônico será acentuado (na escrita), formando o acento diferencial. Exemplo:

  • pára (verbo, tônico)
  • para (preposição, átono)
Observações: Esta regra não é válida ao acordo ortográfico de 1990. Ela só vale à preposição por e o verbo pôr.

Acento tônico em monossílabos

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Em vocábulos monossílabos (uma sílaba) pode não haver sílaba tônica (veja Classificação quanto o acento tônico).

Classificação

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Ver módulo: Classificação quanto o acento tônico

Vocábulos são classificados sobre seu acento tônico. Há inicialmente duas sub-divisões, mais de uma sílaba e monossílabos:

Mais de uma sílaba

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Vocábulos com mais de uma sílaba são classificados de acordo com a posição da sílaba tônica:

  • Quando a última sílaba da palavra é a sílaba tônica, a palavra é oxítona:
es.cri.tor
ca.
a.mor
  • Quando a penúltima sílaba de uma palavra é a sílaba tônica, a palavra é paroxítona:
me.sa
er.va-ma.te
an.tes
  • Quando a antepenúltima sílaba de uma palavra é a sílaba tônica, a palavra é proparoxítona:
.xi.co
ár.vo.re
grá.vi.da
Observações: No caso de palavras compostas considera-se a posição da sílaba tônica do último elemento.

Monossílabos

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Vocábulos monossílabos (com apenas uma sílaba) são classificados conforme a intensidade com que se proferem, podendo ser tônicos ou átonos:

São vocábulos que têm autonomia fonética sendo citados de forma forte, alta, na frase em que aparecem.

  • "Pálido, o Sol do céu se despedia" — Olavo Bilac.
Lista
é, má, si, dó, nó, eu, tu, nós, ré, pôr etc.

Ao contrário dos tônicos, são os que não tem autonomia fonética — são proferidos fracamente. Observe os grifados.

  • "Este céu que me leva ao fim do mundo" — Dante Milano.

São pronomes oblíquos, artigos, conjunções, preposições.

Lista
o, a, os, as, um, uns, me, te, se, lhe, nos, de, em, e, que etc.


Rizotônicos (do grego riza, raiz) são os vocábulos cujo acento tônico incide no radical.

  • Exemplo: Curso, sílaba tônica cur, que está dentro do radical.

Como identificá-los

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Todas as formas verbais exceto as descritas nas formas arrizotônicas, no presente do indicativo, presente do subjuntivo e as correspondentes no imperativo.

  • Exemplo: amo, amas, ama, amam.

Arrizotônicas

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Aqueles, pelo contrário, que têm o acento tônico depois do radical se dizem Arrizotônicos.

  • Exemplo: Cursaste, o acento tônico recai sobre o a que não pertence ao radical.

Como identificá-los

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Geralmente são 1ª e 2ª pessoa do plural.

  • Exemplo: amamos, amais.

Um acento de insistência é a emissão da silaba tônica ou da primeira sílaba de uma palavra com uma duração e intensidade anormal, de forma a enfatizar ideias e/ou expressar sentimentos.

  • Exemplos:

Ela está a chamar-lhe nomes. Olhaaa.
Eu vi uma coisa horroroooosa!
Roraima é um estado de imigrantes e não de emigrantes.

Esta página é um esboço de línguas. Ampliando-a você ajudará a melhorar o Wikilivros.

A análise fonética é a análise de um fonema no que diz respeito à suas classificações em número de sílabas e acento tônico, à sua decomposição em sílabas (divisão silábica) e à classificação dos fonemas que o constrói.

  • Bai-le — vocábulo dissílabo paroxítono, rizotônico.
1ª sílaba: tônica, constituída pela consoante bilabial oclusiva sonora b e pelo ditongo oral decrescente ai (a vogal + i semivogal)
2ª sílaba: átona postônica, formada pela consoante aproximante lateral alveolar sonora l e a vogal anterior reduzida oral átona e

O ramo que ocupa-se da boa pronunciação das palavras é a ortoépia (etimologia vinda do grego orthós, correto + hépos, fala).

A ortoépia contém os seguintes itens:

A perfeita emissão das vogais e grupos vocálicos, citando-os de forma nítida, evitando a omissão e/ou alteração de fonemas, respeitando os timbres de vogais tônicas e as normas da fala culta em geral. Exemplos:
queijo, bandeja, roubo, ouro, mas, nascimento, doze, tranqüilo, ad(i)vogado, caso — e não: quêju, bandeija, rôbu, ôru, mais ('mas' ditonguizado), naiscimento, douze, trankilo, adêvogádo, causo.
A articulação correta de fonemas consonantais. Exemplos:
mulher, quatro, basculante — e não: mulhé (ou mu), quato, vasculhante (o português brasileiro herdou algumas das dificuldades do português europeu nortenho com a confusão entre o betacismo local e a fala culta).
A adequada e correta ligação das palavras na frase. Exemplos:
No fim da avenida há um túnel esburacado, que atravessamos perigosamente.
Àquela noite, o que mais tive medo, era aquilo ser um assaltante.
Ver módulo: Prosódia

A prosódia (do grego prosōidía - acento que se põe sobre as vogais) é uma parte da ortoépia (que é por sua vez parte da Fonética) dedicada à correta acentuação tônica das palavras.

Existem vocábulos aos montes que são mal-proferidos devido a um errado deslocamento do acento prosódico, conhecidos por silabadas.

Palavras como, por exemplo, gratuito — que é paroxítona —, são alvos frequentes de silabadas e flexões, e o exemplo então é frequentemente lido gratuíto, transformando a sílaba tônica breve em duas sílabas (norma culta: gra-tui-to; norma erradamente lida: gra-tu-í-to).

A ortografia (do grego orthosgráphō) é uma parte da nossa gramática destinada à correta escrita das palavras, nomeadamente, o conjunto de símbolos (letras e sinais diacríticos), a forma como devem ser usados, a pontuação, o uso de maiúsculas, etcetera.

Ver módulo: Escrita
Ver módulo: Alfabeto português

Letras maiúsculas

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Ver módulo: Uso de inicial maiúscula
Ver módulo: Uso de K, W e Y

Ortografia significa a escrita correta das palavras. Na língua portuguesa, muitos sons podem ser representados por mais de uma letra - assim, por exemplo, as terminações -agem e -ajem são pronunciadas igualmente; assim como -aza e -asa ou xu- e chu-. Para saber escrever corretamente em língua portuguesa, portanto, faz-se necessário saber diferenciar os usos dessas letras:

C, Ç, S, SS, Z e X

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Na língua portuguesa existem diversas regras quanto o uso dessas letras. Elas representam os seguintes fonemas: S e Z, nos casos que iremos mostrar, veremos que o X apresenta som de S e Z, enquanto o C só apresenta som de S. Existem diversas regras que determinam qual das letras acima devemos usar:

As letras que representam o som /s/ são c, ç, s, x e o dígrafo ss. Algumas regras para o fonema /s/:

Para o uso de ç

Usa-se ç em palavras derivadas cujo primitivo é escrito com ç, já que o radical é o mesmo:
  • Açúcar → Açucarado
  • Embaraçar → Embaraçado
Usa-se ç em palavras derivadas cujo primitivo é terminado em TIVO, TO ou TOR:
  • Exceto → Exceção
  • Junto → Junção
  • Trator → Tração
  • Setor → Seção
  • Privativo → Privação
  • Atrativo → Atração
Usa-se ç nas palavras derivadas com terminação /tensão/ dos verbos referentes ao verbo TER:
  • Deter → Detenção
  • Reter → Retenção
  • Conter → Contenção
  • Manter → Manutenção
Usa-se ç após ditongo:
  • Eleição
  • Traição
Usa-se ç em palavras de origem árabe ou tupi-guarani:
  • Paçoca
  • aç
  • Iguaçu
  • madraçal (escola islâmica)
  • Muçulmano
  • Moçambique

Para o uso de c

Usa-se apenas seguido de E e I em certos casos:
  • Cegonha
  • Cigarro
  • Macio
Usa-se c em palavras derivadas cujo primitivo é escrito com c, já que o radical é o mesmo:
  • Macio → Maciez
  • Bicicleta → Bicicletário

Para o uso de s

Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em NDER, NDIR, ERTER e ERTIR:
  • Compreender → Compreensão
  • Expandir = Expansão
  • Inverter → Inversão
  • Divertir → Diversão
Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em CORRER ou PELIR:
  • Discorrer → Discurso
  • Percorrer → Percurso
  • Expelir → Expulsão
  • Compelir → Compulsório
Usa-se s em palavras que indicam nacionalidade, títulos ou nomes próprios terminadas em /ês/:
  • Japonês
  • Camponês
  • Inês
  • Irlandês

Para o uso de ss

Usa-se ss quando o fonema /s/ antecede e procede vogais:
  • Assalto
  • Assinatura
  • Assunto
  • Confessar

As letras que representam o som /z/ são s, z e x. Algumas regras para o fonema /z/:

Para o uso de s

Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em NDIR:
  • Confundir → Confusão
Usa-se s em palavras derivadas cujo primitivo é escrito com s, já que o radical é o mesmo:
  • Visita → Visitante
  • Casa → Casebre
Usa-se s na maioria das palavras terminadas com o som /aza/, /aze/, /azo/, /eza/, /eze/, /ezo/, /iza/, /ize/, /izo/, /oza/, /oze/ e /ozo/:
  • Casa
  • Frase
  • Caso
  • Mesa
  • Tese
  • Ileso
  • Profetisa
  • Crise
  • Liso
  • Rosa
  • Osmose
  • Mimoso

Exceções: deslize e gaze

Usa-se s após ditongo:
  • Maisena
  • Pausa
  • Causar
Usa-se entre vogais:
  • Contuso
  • Friso
  • Risada

Para o uso de z

Usa-se z em palavras derivadas cujo primitivo é escrito com z, já que o radical é o mesmo:
  • Zebra → Zebrado
  • Enraizar → Raiz
  • Vazar → Vazio

J e G (antes de -e ou -i)

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Quando precedidas das vogais "e" e "i", as letras "j" e "g" têm o mesmo som. Algumas regras etimológicas (referentes à origem das palavras) podem ajudar a saber quando usar "je" e "ji" ou "ge" e "gi":

Usa-se J (antes de E ou I):

Em palavras de origem indígena (tupi, guarani, etc) ou africana:
  • Acarajé
  • Jiboia
  • Jiló
  • Pajé
  • Jirau
  • Caboje ou caborje
  • Jenipapo
  • Jequiriti
  • Jerimum
Em palavras terminadas em /aje/ e verbos em /jar/:
  • Laje
  • Tarjar
  • Viajar
  • Ultraje

Usa-se G (antes de E ou I):

Em palavras de origem árabe:
  • Agi (peregrino)
  • Alfange
  • Álgebra
  • Algema
  • Algeroz
  • Algibeira
  • Almargem
  • Argelino
  • Auge
  • Gengibre
  • Gergelim
  • Gesso
  • Gibão
  • Gibraltar
  • Gidá (segunda maior cidade da Arábia Saudita)
  • Ginete
  • Giz
  • Girafa
  • gira
Em palavras terminadas em /agem/, /igem/, /ugem/, /ágio/, /égio/, /ígio/, /ógio/, /úgio/:
  • Vagem
  • Fuligem
  • Mugem
  • Pedágio
  • Régio
  • Prestígio
  • Relógio
  • Refúgio

Exceções: Pajem, Lajem (ou laje) e Lambujem

É bem simples definir quando devemos usar M ou N.

Usa-se N em qualquer situção que não envolva p ou b antes do n:
  • Amanhã
  • Canhão
  • Lasanha
  • Nhoque
Usa-se M antes de B e P:
  • Bomba
  • Campo
  • Pompom
  • Tromba

Usa-se X:

Após ditongo:
  • Ameixa
  • Baixo
  • Caixa
  • Peixe

Exceção: Recauchutar (e derivados) e Caucho

Em palavras iniciadas em en e me:
  • Engraxar
  • Enxugar
  • Mexer
  • Mexerica

Exceção: Mecha (e derivados) e palavras cujo radical inicia com ch, como encher, encharcar, enchumaçar e derivados

Em palavras aportuguesadas:
  • Hiroxima
  • Lagartixa
  • Xampu
  • Xerife
Em palavras de origem africana, tupi ou árabe:
  • Abacaxi
  • Almoxarife
  • Marraquexe
  • Oxalá
  • Xará
  • Xadrez
  • Xaria
  • Xarope
  • Xavante
  • Xingar

Usa-se CH:

Em palavras provenientes do Latim (e demais línguas itálicas) e do Alemão (e demais línguas germânicas):
  • Broche
  • Chope
  • Chuva
  • Salsicha

A língua portuguesa utiliza o alfabeto latino, uma adaptação romana do alfabeto etrusco; este, por sua vez, deriva do alfabeto grego, que tem suas origens no abjad fenício[1]. O alfabeto latino é atualmente composto por 26 letras:

a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k[2], l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, w[2], x, y[2], z

Esses signos são utilizados em conjunto, sozinhos ou acompanhados por sinais gráficos (acentos, cedilha, etc). Podem vir em minúsculo, maiúsculo, manuscritas ou em fôrma (imprensa).

Originalmente o alfabeto latino era composto apenas por 20 letras, porém, com a expansão territorial e cultural de roma palavras estrangeiras foram importadas ao latim e, também, o alfabeto latino tornou-se o meio de escrita oficial para diversas línguas e povos, por conta disso, novas letras foram cunhadas para representar os sons estrangeiros: as letras "K", "Y" e "Z" foram adicionadas para palavras de origem grega, enquanto que o "W" para palavras de origem germânica; além disso, no passado as vogais "I" e "U" possuíam o mesmo símbolo que as consoantes "J" e "V", respectivamente, vindo a haver diferenciação apenas a partir do período do Renascimento[1].

O português, língua que surge diretamente a partir do latim vulgar, utiliza todas as 26 letras do atual alfabeto latino, porém, as letras "K", "W" e "Y" são utilizadas exclusivamente para palavras estrangeiras[2].

  1. 1,0 1,1 http://www.omniglot.com/writing/latin.htm
  2. 2,0 2,1 2,2 2,3 De acordo com o novo Acordo Ortográfico, estas letras são usadas na grafia de nomes estrangeiros não aportuguesados e abreviaturas internacionais. Ver Uso de K, W e Y.
Observações: Algumas destas regras aplicam-se ao Português brasileiro mas não são válidas em Portugal.

Usam-se as maiúsculas:

  • No início de período ou citação:
    A vida é bela, por isso eu fui a Timor.
    Diz o provérbio: "Quem cala, consente".
  • Nos nomes próprios de qualquer tipo (antropônimos, epítetos, alcunhas, topônimos, sagrados, mitológicos, astronômicos):
    Carlos, a Águia de Haia, Pelé, Lisboa, Deus, Zeus, Ursa Maior.
  • Nos nomes designativos de eras e fatos históricos, empreendimentos públicos ou atos solenes:
    Idade Média, Descobrimento do Brasil, XX Bienal do Livro, Dia do Trabalho.
  • É opcional em vias e lugares públicos:
    Rua da Praia, Praça da Sé, Largo da Mariquita.
  • Nos nomes de regiões, de edifícios e na designação de estabelecimentos públicos e particulares.
    Zona da Mata, Teatro Municipal, Biblioteca Municipal, Livraria Curió.
  • Nos nomes designativos de artes, ciências, disciplinas, religiões, partidos políticos:
    Arquitetura, Física, Geografia Regional, Catolicismo, União Democrática Nacional.
  • Nos nomes designativos de cargos, funções, dignidades:
    Almirante, Governador do estado, Papa.
  • Nos nomes designativos de repartições, corporações, agremiações, escolas, festas religiosas, feiras, prêmios, exposições, congressos:
    Secretaria da Educação, Organização das Nações Unidas, Teatro dos Doze, Escola Superior de Guerra, Natal, Feira Nacional da Indústria Têxtil, o Oscar, Salão do Automóvel, Congresso Internacional de Cirurgia Plástica.
  • Nos títulos de livros, jornais, revistas, obras de arte:
    O Dia do Chacal, a Folha de S. Paulo, O Cruzeiro, o filme O Código DaVinci.
  • Nos nomes dos pontos cardeais quando designam regiões:
    O Ocidente, o Nordeste, o Sul.
  • Nas expressões de tratamento:
    Vossa Senhoria, Reverendo, Sua Santidade.
  • Nos nomes de competições esportivas:
    Torneio de Wimbledon, Liga Mundial de Voleibol, Jogos Olímpicos de Verão.
  • Nos nomes comuns quando personificados ou individualizados:
    a Virtude, o País - Moçambique.
  • Nos nomes de importantes conceitos religiosos, políticos ou filosóficos:
    a Igreja, a República, a Justiça.
  • Em Portugal, para nomear os meses e os dias:
    Segunda-feira, Março, 10 de Junho, 1 de Dezembro.

Alteração de significado

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Existem algumas palavras que alteram seu significado quando escritas com letra maiúscula, é o caso de estado (igual à forma, jeito. Exemplo: O estado de saúde dele é grave; A temperatura de ebulição é o ponto da passagem do estado líquido para o gasoso) e Estado (no sentido de "parte da sociedade responsável pela sua administração". Exemplo: É dever do Estado brasileiro oferecer educação pública para os brasileiros.).

De acordo com o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, as letras K, W e Y passam a pertencer ao alfabeto da língua portuguesa, portanto trata-se de uma oficialização. Antes, estas letras eram consideradas estrangeiras. Elas são usadas em:

  1. Abreviaturas e símbolos de termos científicos de uso internacional:
    km (quilômetro), kg (quilograma), w (watt), yd (jarda), K (potássio), W (tungstênio), etc.
  2. Para palavras estrangeiras de uso internacional não aportuguesadas (isto é, palavras de outro idioma):
    kart, show, playboy, watt, sony, etc.
  3. Nomes estrangeiros não aportuguesados e suas correspondentes derivadas (nomes de outros idiomas):
    Franklin, Kartista, Kennedy, Wagner, Darwin, wagneriano, darwinismo, etc.
Observações: Já há diversas palavras estrangeiras aportuguesadas (isto é, sofreram mudanças para adequarem-se ao nosso idioma), como copirraite (copyright), leiaute (lay-out), Iorque (York), roque (rock), etc, então, deve-se utilizar as palavras aportuguesadas - sem k, w e y- e não as estrangeiras.
  • Há dois tipos de acentos: o acento tônico e o acento gráfico.

O acento tônico é aquele posto foneticamente sob a sílaba mais forte da palavra. Por exemplo, a palavra prato tem acento, o acento tônico, entretanto não tem acento gráfico.

O acento gráfico serve para mostrar visualmente onde está localizado o acento tônico, desse modo, ajuda-nos no pronunciamento correto da palavra.

Desta forma, a maioria das palavras têm acento, ao menos o acento tônico. Algumas exceções são os monossílabos átonos a, e, o, etc.

Acentos no português

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Há algumas ocasiões para pôr um acento nas palavras da língua portuguesa:

  • Acentuação gráfica - Quando o objetivo do acento é marcar a sílaba tônica (pronunciada com mais força do que as outras). O acento agudo e o acento circunflexo desempenham esta função;
  • Acentuação fonética - Quando o acento é uma característica da letra, ou seja, quando o som da letra é modificado por este. O til, o acento agudo, o acento circunflexo e o trema podem desempenhar esta função;
  • Acentuação gramatical - Ocorre quando a função do acento é gramatical. O acento grave desempenha esta função;
  • Acentuação diferencial - Serve simplesmente para distinguir duas palavras homófonas. Tal função é exercida pelos acentos agudo e circunflexo.

Na tabela abaixo você pode conferir os acentos presentes na língua portuguesa, bem como as letras que podem ser acentuadas por tais:

Acentos no português
Vogais Acento
agudo ( ´ )
Acento
grave ( ` )
Acento
circunflexo ( ^ )
Acento
til ( ~ )
A
Á
À
Â
Ã
E
É
-
Ê
-
I
Í
-
-
-
O
Ó
-
Ô
Õ
U
Ú
-
-
-
Nota: Até 2008, antes da reforma ortográfica, existia o sinal trema(¨) na letra U (Ü) quando o U aparecia em gue, gui, que e qui e era pronunciado como ditongo crescente.

Sinais auxiliares da escrita

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São aqueles sinais que, não sendo acentos, de alguma forma tentam aproximar a escrita da pronúncia.

O til (do latim titulus, significando título, acima da escrita), representado por ~, em português, pode-se escrever em cima do a ou do o e o seu objetivo é nasalar/ nasalizar a pronúncia da letra. Lembre que o til não é um acento gráfico e sim fonético.

O til é empregado em três situações:

  • Em encontros vocálicos: cão, põem, feijão, mão, etc;
  • No a nasal final, seguido ou não de s: cristã, ímã, amanhã, lã, etc;
  • Em derivadas de palavras que recaem nas situações anteriores pela adição de sufixos iniciados por z ou -mente: cãozinho, cristãmente, etc.

A função do acento na língua portuguesa é permitir que haja conhecimento da tonicidade das palavras, sejam desconhecidas, homógrafas, homônimas ou habituais.

Monossílabos tónicos/tônicos

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Acentua-se os monossílabos tônicos (de silabação forte) terminados em a, e, o e seus respctivos plurais (as, es, os).

Exemplo: pá, lá, cá, pé, chá.

  • Acentuam-se oxítonas terminadas em a, e, o, em e seus respctivos plurais (as, es, os, ens) e nos ditongos abertos éi, éu e ói e seus respectivos plurais (éis, éu, óis). Recebem também, quando exepcionalmente, i, is, u, us são sílabas tônicas, procedidas de vogal.

Exemplos: sabiá, chalé, maiô, parabéns, armazém, além.

Com colocação pronominal por pronomes oblíquos enclíticos em verbos, não se conta este como sílaba, pois são palavras diferentes.

A regra clássica diz que são acentuadas as paroxítonas terminadas em um, ã, l, n, r, x, ps, om e ditongo (em Portugal, somente ditongos crescentes) e seus respectivos plurais (ns, ãs, ãos, is, eis, us e ditongo + s). Quando i, is, u, us são sílabas tônicas e precedidas de vogal e nunca antecedidas de nh, recebem acento.

Exemplos: falésia, tórax, bíceps, saúde.

Proparoxítonas

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Todas as palavras que sejam proparoxítonas devem ser acentuadas, ou seja, devem levar acento na antepenúltima sílaba.

Exemplos: cálculo, prática, vítima, análise, dígito.

Acento diferencial

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O acento diferencial não segue as regras acima e somente são usados para distinguir uma palavra homônima ou homógrafa da outra. Anterior ao acordo ortográfico de 1990, existiam uma quantidade pequena de palavras com este acento, atualmente elas são muito poucas:

  • É facultativo (depende da região) usar para diferenciar o pretérito perfeito indicativo do presente indicativo, quando possuem a mesma escrita mas não a mesma pronúncia, nestes casos, acentua-se o pretérito perfeito (ex.: amamos → presente; amámos → pretérito). No verbo poder é obrigatoria essa regra (pode → presente; pôde → pretérito). Esta regra não é válida se a vogal é repetida (ex.: veem);
  • Nunca se usa acento diferencial com preposições e contrações que tenham preposição (ex.: para → preposição; para → afirmativo do verbo parar/pelo → contração; pelo → substantivo/pera → contração arcaíca; pera → substantivo/polo → contração arcaíca; polo → substantivo), exceto o infinitivo do verbo pôr para diferenciar da preposição por;
  • Os verbos terminados em guar, quar e quir, quando no presente do indicativo, do subjuntivo ou no imperativo, admitem duas pronúncias: quando pronunciadas com a ou i tónicos (tônicos), são acentuadas. Se forem pronunciadas com u tónico (tônico), não serão acentuadas;
  • O acento diferencial para as palavras forma e fôrma é facultativo;
  • Obrigatoriamente, usa-se o acento diferencial para diferenciar o plural do singular em verbos como ter e vir (ele vem/tem → singular; eles vêm/têm → plural).

Outros casos de acento diferencial:

  • fluído → substantivo (igual a gás ou líquido);
  • fluido → particípio do verbo fluir (semelhante a tranquilo).

Quanto à pronúncia regional

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Podem levar acento agudo ou acento circunflexo (dependendo da região), as palavras proparoxítonas, reais ou aparentes, cujas vogais tónicas (tônicas) e ou o estão em final de sílaba e são seguidas das consoantes nasais m ou n, conforme o seu timbre é, respectivamente, aberto ou fechado nas pronúncias cultas da língua: académico/acadêmico, anatómico/ anatômico, cénico/cênico, cómodo/cômodo, fenómeno/fenômeno, género/gênero, topónimo/topônimo; Amazónia/Amazônia, António/Antônio, blasfémia/blasfêmia, fémea/fêmea, gémeo/gêmeo, génio/gênio, pénis/pênis, ténue/tênue, vólei/vôlei, etc.

Em português, o acento grave é utilizado para representar a crase. A crase (do grego krâsis, "mistura", "mescla") é o encontro de duas vogais (duas emissões fonéticas) de modo a comporem emissão de apenas um único fonema. Só é colocada na letra a, quando a preposição «a» se contrai com algum determinante (artigo definido feminino ou pronome demonstrativo) começado pela mesma letra.

Sendo um fenômeno fonético, pode ser que não haja correspondência entre o som resultante da crase e sua representação na escrita, mas no português, grego e sânscrito, a crase geralmente pode ser depreendida, no primeiro, através de sinal diacrítico, no terceiro, através de substituição dos caracteres representativos dos sons formadores da crase pelo(s) caracter(es) representativo(s) do som resultante e, no grego, tanto um artifício como o outro, fazendo nestes idiomas a crase como um mecanismo de sandhi (para fins de eufonia na elocução).

O acento grave é utilizado nas palavras:

  • à
  • às
  • àquele
  • àquela
  • àqueles
  • àquelas
  • àquilo
  • àqueloutro
  • àqueloutra
  • àqueloutros
  • àqueloutras
Observações: a e as nem sempre serão contraídos, pois estes podem ser:
  • Pronomes demonstrativos (não se usa o acento grave)
  • Artigos definidos (pode ser usado o acento grave)
  • Preposição (apenas a - pode ser usado o acento grave)

Assim sendo, não mais se usa o acento grave em outros casos em que eram utilizados outrora, como, por exemplo, para marcar a sílaba subtônica (cafèzinho, sòzinho). Usa-se nos casos de:

Regência verbal

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Para saber mais: Regência verbal
A regência verbal, em sintaxe, é o estudo da colocação de complementos verbais - sendo necessário análise semântica.

Quando o verbo for transitivo e o seu complemento indireto (OI) feminino, a preposição contrair-se-á com o artigo definido (a ou as). Usa-se o acento grave sobre a letra a só se a preposição for a. Já que em estes casos basta apenas a preposição, o artigo pode estar oculto, pode se excluir o acento, mas, às normas cultas da língua devemos colocá-lo. Exemplo:

Levei água às pessoas duma antiga comunidade.
  • Verbo: Levei (transitivo direto indireto)
  • OD: água (Levei o quê?)
  • OI: às pessoas duma antiga comunidade (Levei a quem?)
  • Preposição que inicia o OI: a
  • Artigo que inicia o OI: as (pessoas)
  • Resultado dos termos introdutórios do OI: a + as = às

Como várias preposições podem introduzir o OI (veja em uso de preposições), podemos substituir a por alguma preposição que indique a mesma circunstância, com exemplo para, até, em (ou seja, à por para a, até a, na) - está é uma maneira bem fácil de saber quando usar o acento grave. Veja outro exemplo:

Então eu contei tudo à minha esposa.
  • Verbo: Contei (transitivo direto indireto)
  • OD: tudo (Contei o quê?)
  • OI: à minha esposa (Contei a quem?)
  • Preposição que inicia o OI: a (que pode ser substituída por para)
  • Artigo que inicia o OI: a (esposa)
  • Resultado dos termos introdutórios do OI: a + a = à

O artigo só pode ser usado antes de substantivos ou seus adjuntos adnominais. Pelo fato de ser facultativo o uso de artigos antes de substantivos próprios, a crase também é facultativa nestes casos - salvo quando o artigo é obrigatório (depende da região em que o português é falado). O mesmo ocorre com os pronomes demonstrativos iniciados por a (àquilo, àquele, àqueles, àquela e àquelas) - contraídos ou não com pronomes indefinidos (àqueloutro, àqueloutros, àqueloutra e àqueloutras) - mas apenas quando fizerem parte do objeto indireto iniciado por preposição a e estiverem imediatamente após a contração.

Adjunto adnominal e o verbo

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Para saber mais: Adjunto Adnominal

Há exceções, é quando há as palavras terra, Terra ou casa.

Quando houver a palavra Terra (planeta) o artigo não poderá estar oculto, obrigatoriamente o uso do acento grave - quando necessário:
O astronauta voltou à Terra.
Quando houver a palavra terra (solo) não usa-se acento grave (exceto se houver adjuntos adnominais - esta regra só se aplica às palavras terra e casa.)
Voltei a terra.
Voltei à minha velha terra.
O mesmo que ocorre em terra, ocorre em casa.
Eles não foram a casa.
Eles não foram à nossa casa.

Vocábulo já determinado

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Não se usa o acento grave se o artigo não é usado, são poucos os casos, os mais comuns são os que o substantivo está determinado por um pronome. Exemplo:

Diga a esta pessoa o quanto sinto falta

Pelas regras que vimos até agora, colocaríamos o acento, posto que há objeto indireto feminino (diga a quem? - a esta pessoa), mas, por se tratar de um substantivo (pessoa) já determinado (esta), não há uso do artigo, não ocorrendo a crase, pois seria impossível o sujeito ser A esta pessoa.

Locuções de caráter subordinativo

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Ver também: Locução

Nas classes das palavras, duas possuem papel subordinativo: as preposições e as conjunções. A dúvida quanto o uso do acento grave nestas locuções é frequente, mas há uma maneira bem fácil de saber o uso: pergunta-se à locução o que ela suborna. Exemplo:

Quanto à minha separação, prefiro não comentar

Quanto a é uma locução prepositiva, que suborna prefiro não comentar a a minha separação. Pergunta-se a esta locução: "quanto" a quê? - tratando-se de vocábulo feminino, tem-se o acento grave, já que nesta frase a locução refere-se a minha separação. Veja outro exemplo:

Gritávamos tanto de modo à rouquidão vir
  • De modo a quê? - à rouquidão vir.

A locução pode estar em elipse:

Gritávamos tanto (de modo) à rouquidão vir

Adjunto adverbial

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Para saber mais: Adjunto adverbial

Pode haver crase em locuções adverbiais (já que preposições também servem para introduzir estes). Ocorre quando o substantivo da locução for feminino. Exemplo:

À noite é tranquila. - o sujeito ela está oculto

Mas lembre-se! O mesmo substantivo da locução adverbial pode representar um substantivo qualquer noutros casos, ou seja, não será sempre que haverá acento grave, apenas quando representar advérbio. É o caso:

A noite é tranquila. - aqui a noite torna-se o sujeito
Observações: prazo é substantivo do gênero masculino, mas a prazo possui valor adverbial modal - aqui ocorre a elipse do artigo, para diferenciá-lo da locução ao prazo que possui valor temporal. Já a vista é usado quando possui valor de substantivo, é obrigatório o uso de acento grave na locução adverbial - à vista; que possui valor modal. Exemplo:
  • Pagarei as compras ao longo do prazo. → Prazo com valor substantivo
  • Pagarei as compra a prazo. → Prazo com valor adverbial
  • A minha vista é péssima. → Vista com valor substantivo
  • Pagarei as compras à vista. → Vista com valor adverbial

Preposição até

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Estudadas as preposições, é sabido que à regência basta apenas uma preposição para fazê-la, inclusive todos os demais usos de preposições. Há apenas uma exceção que não segue as regras sintáticas, é facultátivo o uso de acento grave antes da preposição até, indroduzindo certo advérbio (feminino):

Abriremos até às sete horas. = Abriremos até as sete horas.

À (s) e Ao (s)

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Pelo fato de à ser a+a, ao ser a+o (e formas no plural); quando pudermos substituir o complemento feminino por masculino e for necessário o uso de ao (ou aos), então no complemento feminino será usado à (ou às). Exemplo, como teremos certeza se tem ou não acento grave em:

Então contei tudo à minha esposa.

É simples, substituiremos o OI feminino a minha esposa por um masculino, de termos semelhantes morfossintaticamente (nunca diferentes). Vamos pegar o exemplo, ao meu pai. Sintaticamente, eles são bastante parecidos. Coloquemos na frase. Ficará assim:

Então contei tudo ao meu pai.

Foi necessário o uso de a+o no OI masculino, então no feminino será necessário o uso de a+a (à). Mas isso só vale para o primeiro caso, Regência verbal. Não é correto se basear apenas nesta regra, pois muitas vezes você não encontrará termos semelhantes morfossintaticamente.

O novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que passou a vigorar em 2009 aboliu o uso do trema, porém, continua existindo em nomes estrangeiros e palavras deles derivadas, tal como em Müller e mülleriano.

De acordo com a regra anterior, o trema só se empregava no u. Isso acontecia quando tal letra:

  • vem depois de g ou q e antes de e ou i.
  • é pronunciada.
  • não é a vogal tónica.

Exemplo: tranqüilo.

Nota: No Brasil o trema foi extinto pela reforma ortográfica (Decreto 6583/2008), mas o u continua sendo pronunciado em palavras como consequência, frequente, tranquilo, pinguim, bilingue, linguiça, aguentar, ambiguidade, sequência, cinquenta e pinguim. Em Portugal e no Brasil, o trema se aplica excepcionalmente aos derivados de nomes estrangeiros, como mülleriano.

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Hífen

O hífen é um sinal diacrítico comumente usado em língua portuguesa. Não confundir com meia risca ou travessão. Esse sinal geralmente é usado para ligar palavras compostas, ligar pronomes a verbos, e até mesmo para separar uma palavra em sílabas (principalmente na translineação).

Emprego do hífen conforme Acordo Ortográfico

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Prefixo terminado em vogal

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  • Quando prefixo termina com vogal diferente do início do sufixo, não se usa hífen: autoescola, antiaéreo, antieducativo.
Observações: O contrário da regra acima também é válido: quando prefixo e termo seguinte terminam e iniciam pela mesma vogal, usa-se hífen, exceção ao prefixo co, que se aglutina com o sufixo mesmo que este comece por o.
  • Quando o sufixo inicia com consoante diferente de r, s e h, não se usa hífen: anteprojeto, semivogal, semicírculo.
Observações: Neste caso, também há a exceção do prefixo vice, que sempre exige hífen, mesmo quando o sufixo inicia por consoante diferente de r ou s.

No caso da palavra subumano e derivadas, não se usa o hífen e se suprime o h.

  • Caso o sufixo comece por r ou s, não se usa hífen, porém dobra-se o r ou o s: antirracismo, antissocial, ultrassom.
  • Quando o sufixo começa com a mesma vogal com a qual termina o prefixo, usa-se o hífen: contra-ataque, micro-ondas.
Observações: Exceção ao prefixo co, que não admite hífen quando o termo seguinte inicia-se com o.

Prefixo terminado em consoante

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  • Usa-se hífen se o sufixo iniciar com a mesma consoante com a qual terminou o prefixo: inter-regional, sub-bibliotecário.
  • Caso o sufixo inicie por consoante diferente da que termina o prefixo, não se usa o hífen: intermunicipal, supersônico.
Observações: Com o prefixo sub, usa-se hífen quando o segundo elemento inicia-se por r.
  • Caso o sufixo inicie por vogal, não se usa o hífen: interestadual, superinteressante.

Outras regras

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  • Sempre se usa hífen quando o sufixo inicia com h: anti-higiênico, super-homem, pré-história, mini-hotel.
  • Com o prefixo sub, usa-se hífen também nas palavras iniciadas com r: sub-região, sub-raça, sub-região, sub-reitor, sub-ramo.
  • Já para as demais palavras onde o sufixo inicia com outras consoantes, não se usa hífen: subclasse, subdiretório.
  • Os prefixos circum e pan exigem hífen em palavras cujo sufixo inicia por m ou n ou por vogal: circum-navegação, circum-escolar, circum-murado, pan-americano, pan-mágico, pan-negritude. Da mesma forma, os prefixos hiper, inter, super, ciber e nuper exigem hífen quando o segundo elemento inicia por r: hiper-realismo, inter-relação, super-romântico. O Novo Acordo Ortográfico não cita os prefixos ciber-, que significa cibernética ou realidade virtual e nuper-, que significa recentemente ou ultimamente, mas eles existem.
  • O prefixo co aglutina-se mesmo quando o sufixo inicia por o: coordenação, cooperação.
  • Sempre se usa hífen com o prefixo vice: vice-rei, vice-governador, vice-prefeito, vice-presidente, vice-campeão, vice-diretor.
  • Não se usa hífen com palavras que perderam a noção de composição: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedista.
  • Prefixos além, ex, aquém, recém, vice, pré, pós, pró, sempre aparecem separados por hífen dos seus sufixos: ex-aluno, sem-terra, além-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.
  • Exige-se hífen entre duas ou mais palavras que formam combinações ocasionais, sem formar vocábulos propriamente ditos: eixo Rio-São Paulo, ponte Rio-Niterói, tratado Brasil-Uruguai.

Translineação

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No final de linha ao ocorrer separação da palavra, quando o último elemento escrito for o próprio hífen, deve-se repeti-lo no início da próxima linha para facilitar a leitura (clareza gráfica).

Ver também: Escrita segundo a Pronúncia

O cedilha ç (do espanhol cedilla) é empregado em português, catalão e francês para o mesmo fim: ter o som de /s/ para diferenciá-lo de outro som que a letra c faz: /k/. Também é utilizado em outras línguas mas sob outras letras (̧ḉ, ḑ, ȩ, ḝ, ģ, ḩ, ķ, ļ, m̧, ņ, æ̧, ŗ, ş, ţ, z̧). No português, o ç vem sempre antes das letras a, o e u; tendo o som /s/ (equivalente a ss), quando não é possível empregar apenas um s. Alguns exemplos de palavras:

  • ação
  • animação
  • armação
  • bagaço
  • caça
  • caçar
  • calça
  • calçado
  • calção
  • coloração
  • coração
  • coroação
  • feição
  • fração
  • laço
  • maço
  • março
  • ração
  • taça
  • traçar
  • tração
  • tradição
  • traço
  • suíça
  • unção

Metaplasmo, é o que a língua sofre quando evolui, considerando a fonética. Os metaplasmos podem ser divididos quanto a modificação fonética:

  • Metaplasmo por adição - Metaplasmos que na evolução das palavras, recebem sons;
  • Metaplasmo por supressão - Metaplasmos que na evolução das palavras, perdem sons;
  • Metaplasmo por modificação - Metaplasmos que na evolução das palavras, modificam sons por transposição ou transformação.

Metaplasmos por adição

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Epêntese

Colocação de fonema no meio da palavra.

  • stella (latim) → estrela

A Epêntese pode ocorrer no português atual tendo o nome de Anaptyxis (para vogais) e Excrescence (para consoantes).

Paragoge

Colocação de fonema no final da palavra.

  • ante (latim) → antes

Prótese
Colocação de fonema no início da palavra.

  • stella (latim) → estrela
  • scutu (latim vulgar) → escudo

Metaplasmos por supressão

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Aférese
supressão de fonema no início da palavra.

  • acume (latim vulgar) → gume.

Apócope
Supressão de fonema no final da palavra.

  • amore (latim) → amor
  • seniore (latim) → senhor

Crase

Ver também: Ocorrência da crase no português

Fusão de vogais idênticas.

  • coor (arcaísmo) → cor
  • veer (arcaísmo) → ver

Síncope
Supressão de fonema no meio da palavra.

  • malu (latim) → mau
  • opera (latim) → obra

Metaplasmos por modificação

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Ver módulo: Metaplasmos modificadores
Formação da língua portuguesa
Revisando conceitos
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A palavra 'metaplasmo', etmologicamente, significa 'mudança de forma'. A gramática define os metaplasmos como transformações fonéticas que os vocábulos sofrem durante sua evolução histórica. Os vocábulos ao passarem da língua latina para a língua portuguesa sofreram alterações que basicamente se encontram dentro de três leis, denominadas leis fonéticas.

Leis Fonéticas
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Há tres leis fonéticas básicas que presidem a transformação dos vocábulos que deram origem à formação da língua portuguesa a partir do latim.

Lei do menor esforço
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Tendência universal em que o falante simplifica a emissão dos sons, facilitando os órgãos do aparelho fonador.

Lei da permanência da consoante inicial
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A consoante inicial da palavra da língua em uso permanece igual a consoante inicial do vocábulo de origem.

Lei da permanência da sílaba tônica
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A sílaba tônica da palavra em uso é igual àquela do vocábulo de origem.

Eles se dividem em metaplasmos de permuta, de aumento e de subtração.

Metaplasmos de permuta
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Substituição de um fonema por outro.Pode ocorrer:

Troca de um fonema surdo por um sonoro (geralmente no mesmo ponto de articulação do aparelho fonador):

p / b (labiais surda/sonora) = lupu > lobo t / d (labio dentais surda/sonora) = cito > cedo c / g (gutural surda/sonora) = acutu > agudo f / v (fricativas surda/sonora) = profectu > proveito

Vocalização
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Transforma um fonema consonantal em fonema vocálico. Os grupos em latim bs, ct, lc, lp, lt, gn, pt, transformaram-se em /i/ ou /u/:

octo > oito multu > muito falce > fouce > foice palpare > poupar conceptu > conceito absentia > ausência regno > reino captale > caudal

Consonantização
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Converte fonema vocálico em consoante: /i/ > /j/; /u/ > /v/:

uagare > vagar ieiunu > jejum

Assimilação
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Mudança para um fonema muito próximo (vogal ou consoante):

palumba >paomba>pomba calente>caente>queente>quente (regressiva - vocálica) persona>pessõa>pessoa (regressiva - consonantal) amaramlo > amaram-no (progressiva - assimila com o posterior) persicu > pêssego (regressiva) nostru > nosto > nosso (progressiva) tauru > touro (parcial)

Dissimilação
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Desaparecimento de um fonema quando já existe outro no vocábulo. (consoante ou vogal):

temoroso > temeroso (regressiva) memorare > memrare > nembrar > lembrar (progressiva) callamellu > caramelo (transformação) cribru > crivo (queda)

Nasalização
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Fonema oral passa para nasal:

mihi > mi > mim macula > macla > mancha

Desnasalização
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Fonema nasal passa para oral:

luna > lua persona > pessõa > pessoa bona > bõa > boa Apofonia ou Deflexão Vocábulo junta-se a um prefixo - vogal da sílaba inicial modificada:

in+barba > imberbe per+facto > perfectu > perfeito in+amigo > inimigo Metafonia Modifica timbre de uma vogal por influência de outra (assimilatório também):

novum > novo novos > novos focum > fogo focos > fogos decima > dízima debita > dívida Metaplasmos por aumento

Quando ocorre o acréscimo de um fonema a uma palavra. Pode ocorrer:

No início do vocábulo:

stare > estar spiritu > espírito Epêntese No meio da palavra:

masto > mastro stella > estrela

No fim da palavra:

ante > antes

Metaplasmos por subtração
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Quando ocorre perda de fonema em uma palavra. Pode ocorrer nas seguintes condições:

Perda de fonema no início da palavra:

acume > cume attonitu > tonto inamorare > namorare > namorar enojo> nojo

Queda de fonema no interior da palavra:

legale > leal malu > mau Senhor > Sô calente > caente ( > queente > quente*)

Desaparecimento de uma sílaba, quando existe outra igual na palavra:

idololatra > idólatra semimínima > semínima bondadoso > bondoso

Desaparecimento de um fonema em final de palavra:

cinematógrafo > cinema > cine mala > maa > má mare > mar amat > ama male > mal muito > mui

Fusão de dois fonemas vocálicos iguais. Durante o processo histórico podem ocorrer mais do que um tipo de metaplasmo. Nos exemplos abaixo, em primeira instância ocorreu haplologia:

videre > veer > ver dolore > door > dor legere > leer > ler pede > pee > pé queente > quente

Desaparecimento de fonema vocálico no fim da palava, quando a próxima é iniciada por vogal.

de+este > deste

As palavras são formadas de unidades ou elementos mórficos (morfemas ou monemas). São eles:

  • Raiz
  • Radical
  • Vogal temática
  • Tema
  • Desinência
  • Afixos
  • Letras de ligação

Raiz ou radical primário é o elemento originário, onde concentra-se a significação da palavra. As raízes vêm de outras línguas (no português, geralmente do grego ou latim) e são, sobretudo, monossilábicas. Por exemplo, a raiz noc (vinda do latim = prejudicar) tem significação geral de gerar danos. Note aonde ela aparece:

  • nocivo
  • nocaute
  • inocente
  • inócuo
Ver também: Rizotônico e Arrizotônico

O radical, semantema, lexema ou elemento de composição é o elemento básico das palavras. O radical é a parte invariável da palavra, presente em todas as palavras derivadas. Exemplo:

  • Amor
  • Amar
  • Amável
  • Amizade
  • Amigos

Vogal temática

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Vogais temáticas são vogais que são acrescentadas a fim de poder flexioná-las, quando flexionadas podem ser anuladas. As vogais temáticas podem ser:

  • A → São usadas em verbos e em nomes. Falar, Olhar, Colocar, Boneca, Mala.
  • E → São usadas em verbos e em nomes. Receber, Tremer, Escrever, Omelete.
  • I → São usadas em verbos. Dormir, Mentir, Exibir, Incubir.
  • O → São usadas em verbos e em nomes. Repor, Entrepor, Amor.

É formado pelo radical + vogal temática (ou seja, em nomes e verbos). A exceção é quando há um verbo terminado em or:

  • Falar
  • Tremer
  • Exibir
  • Amor

É a parte do verbo ou do nome flexionada, anterior a desinência há o radical (nos verbos irregulares o radical e/ou a desinência são alterados). As vogais temáticas, como você já sabe, podem ser anuladas:

  • Uvas
  • Uvinha
  • Acabarmos
  • Acabei
Ver módulo: Afixos

Letras de ligação

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Entre esses vários morfemas, podem existir letras para facilitar a pronúncia, ligando-os. São infixas. Essas letras são chamadas de termos eufônicos:

  • Anuro
  • Gasoduto
Formação da língua portuguesa

Afixos são conjuntos de letras que se juntam a palavras primitivas de modo a delas derivar novas palavras, participando dos processos de formação. Exemplo, a palavra afixos é formada por:

  • A = afixo
  • fix = raiz
  • os = desinência
O afixo a dá ideia de oposição, ou seja, não fixo; logo, todo morfema denominado afixo, não é fixo - e pode ser colocado em várias palavras.
Ver módulo: Lista de morfemas
Os prefixos são afixos que são adicionados no começo das palavras (à esquerda). São provenientes de palavras independentes do latim e do grego.

Prefixo derivacional

Ver também: Derivação prefixal
São os prefixos que participam em processos derivacionais de formação de palavras.

Prefixo modificador

São os prefixos que formam palavras através de modificação morfológica. Estes prefixos apenas modificam a sua interpretação semântica, sem alterar nenhuma das propriedades gramaticais da forma de base (isto é, categoria sintática, gênero, etc).

Pseudoprefixo

São prefixos que tornam uma palavra que é derivada em primitiva de outras palavras que se encontra o mesmo pseudoprefixo (ou seja, a palavra é primitiva de algumas por causa do pseudoprefixo e derivada de outras). O pseudoprefixo é formado pela redução da palavra, logo, ele perde seu sentido quando a nova palavra é formada.

Exemplo, o prefixo euro possui origem grega e também é utilizado na língua portuguesa (Europa, europeia, Európio, euro-asiático, etc) relativando palavras ao continente europeu. A palavra Europa foi reduzida e formou uma outra: a palavra euro (a moeda). A palavra euro possui derivadas assim como a palavra Europa (eurozona, eurolândia, etc), mas nestas o prefixo euro perdeu seu sentido original (relativa ao continente europeu) e adquiriu um novo (a moeda utilizada na União Européia), sendo assim, euro em eurozona e em eurolândia é um pseudoprefixo, diferente de em Europa, que é um simples prefixo.

Ver módulo: Lista de morfemas
Os sufixos são afixos que são adicionados no fim das palavras (à direita).

Sufixo derivacional

Ver também: Derivação sufixal
São os sufixos que formam palavras derivadas. Estes sufixos determinam a categoria sintática da palavra em que ocorrem.

Exemplo, raiz doc:

  • Doce - substantivo
  • Adoçar - verbo
  • Docemente - advérbio
  • Doçura - adjetivo

Sufixo de flexão

Sufixos de flexão não alteram o significado ou a classificação da palavra, mas altera bases morfológicas como gênero, pessoa, número e tempo. Junto a demais morfemas que compõe uma palavra, forma a desinência.
Ver também: Derivação parassintética
Palavras com circunfixos são palavras que possuem prefixos e sufixos.
Unem a raíz da palavra a um sufixo, servindo de termo eufônico (isto é, serve para facilitar a pronúncia). Pode também ligar dois radicais.
Ver módulo: Letras de Ligação
INFIXO: quando o afixo é adicionado do meio da palavra, dividindo-a em duas partes. Pode ser uma consoante ou vogal de ligação entre duas raízes ou entre uma raíz e um outro afixo.

Exemplos:

   Gas ô metro
   Cafe z al
Cafe t eria.
Formação da língua portuguesa

Aqui temos uma lista de morfemas da língua portuguesa, entre elas, raizes, prefixos e sufixos.

Legenda:

ar: árabe
din: dinamarquês
gr: grego
it: italiano
lat: latim
no: norueguês
var: variante
Morfema Origem Sentido Depois do morfema, as iniciais dos morfemas seguintes que exigem hífen Exemplos
ã feminino pagã, anã
a gr. a negação afixo, ateu
a lat. ab, ad distância amover, aceitar
ab lat. ab longe r ab-rogar
acanto gr. ákanthos espinho, espinhoso
acet lat. acetum vinagre acetato, acético
acr, acro gr. ákros mais elevado, mais extremo, alto, elevado acrópole, acrofobia, acrobata
actino gr. aktís, aktînos raio actinofobia
acuo gr. akúein (akúo) ouvir acústica
ad lat. ad próximo r adjunto, advérbio
ada lat. ata resultado da ação caminhada, joelhada
adeno gr. adén, adénos glândula adenóide, adenoma
adipo lat. adeps, adipis gordura adiposo, adiposidade
aer, aero gr. aér, aéros ar aéreo, aeródromo, aeronauta, aeróstato
agro, agri gr. ágros campo agrologia, agronomia, agrografia, agromania, agrícola, agricultura
agon gr. agón luta, desafio agonia, agonizante
al ar. al gênero masculino almofada, alcorão
algo gr. álgos dor, sofrimento
ali lat. ala asa alígero, alípede, aliforme
alo gr. állos outro, diferente, diverso alopatia, alomorfia
alti lat. altus alto altissonante, altiplano
alvi lat. albus branco alviverde, alvinegro
ambi lat. ambo os dois, ambos ambidestro
ambli gr. amblýs enfraquecido, ângulo obtuso
ampelo gr. ámpelos vinha
ana gr. aná (movimento) de baixo pra cima, ao contrário, através de anagênese, anagogia
ancilo gr. agkýlos (var. ankýlos) recurvado, adunco
andro gr. anér homem, caráter masculino, macho androceu, andrógino, andróide, androsperma
anemo gr. ánemos vento anemógrafo, anemômetro
anfi gr. amphí em torno de, dos dois lados, no meio de anfibiologia, anfiteatro, anfíbio
anfo gr. ámpho os dois, ambos
angel, angelo gr. aggelos mensageiro, anjo angelólatra, angelogia, angélico
angio gr. aggeîon (var. angeîon) recipiente, vaso, cápsula angiosperma, angioplastia, angioma
angl lat. anglus relativo à Inglaterra quando não representar adjetivo anglicano, anglicismo, anglicizado
aniso gr. ánisos desigual, parcial anisófilo, anisómero
anseri lat. anser, anseris pato, ganso anserino, anserinologia
ante lat. ante atrás, anterior h, r antepassado, antecâmara, antebraço
ântero lat. anterior posição anterior anterior, anteriormente
anti gr. antí no lugar de, confronto com h, r, s anticorpo, antígeno
anto, ant gr. ánthos flor, rebento antologia, antografia, antóide, antomania
antrac gr. ánthrax, ánthrakos carvão, carbúnculo antracite
antropo gr. ánthropos homem, ser humano antropógrafo, antropologia, antropófago
api lat. apis abelha apicultura, apicultor, apiário, apícola
apico
apo gr. apó de, fora de, longe (de), separado (de) apócrifo
aqua, aque lat. aqua água aquático, aqueduto
ão lat. io, ionis ação arranhão, comichão, judiação
ão grande, em maior quantidade, expandido garotão, pobretão
aracn gr. aráchne aranha aracnofobia, aracnologia
arbori la. arbor árvore arborícola, arboricultura
arce gr. árchein (árcho) ocupar o posto mais elevado ou avançado, comandar, guiar arcebispo
areo gr. araiós pouco denso, leve areômetro
argento lat. argentum prata Argentina, argentário, argentípede
aristo gr. áristos o melhor aristocracia, aristocratizar
aritm, aritmo gr. arithmós quantidade, número aritmética, aritmologia, aritmomancia
arque, arqueo gr. archaîos que está na origem, antigo, primitivo arquétipo, arquegônio, arqueografia, arqueologia, arqueozóico
arqui gr. árchein (árcho) ocupar a posição mais elevada, dominar arquidiocese, arquipélago, arquipresbítero
arterio gr. artería artéria arteriosclerose, arteríola
artri, artro gr. árthron articulação artrite, artrose
asco gr. askós saco, odre
asteno gr. asthéneia fraqueza, enfermidade astenia
aster, astro gr. astér, astéros estrela, astro, chama asteróide, astrólogo, astronomia
atelo gr. atelés que não chega ao fim, incompleto, imperfeito
atmo gr. atmós vapor atmosfera
atri lat. negro, preto
atto, ato din. attem dezoito attometro
audio lat. audire ouvir audiofônes, audiente
aur lat. aurum (var. aureus) ouro auriverde, auriflama, aurífero, auréola
auto gr. autós por si mesmo, só, próprio autocracia, autógrafo, autômato
avi lat. avis ave, pássaro avicultura, aviário, avícola
balan gr. bálamos bolota, glande
bari gr. barýs pesado barítono, barisfera
baro gr. báros peso, pressão barômetro
bata gr. baíno (var. batéo) andar, marchar
bati gr. bathýs profundo batímetro
bel, beli guerra belígero, beligerante
bene lat. bene bom, bem benevolente, benedito
bi, bis lat. bis duas vezes, duplicação por repetição bisavô, biscoito
biblio gr. bíblion livro bibliografia, biblioteca, bibliófilo
bio gr. biós vida biografia, biologia
blasto gr. blastós germe, rebento blastócito
blefaro gr. blépharon pálpebra blefarite
brevi lat. brevis curto breviário, brevemente
braquio lat. brachium braço braquiotômia
buco lat. bucca boca buco-sedal, bucal
butiro gr. bútyron manteiga butirômetro, butirico
caco gr. kakós mau, defeituoso cacofonia, cacografia
cali, calo gr. kalós belo, formoso califasia, caligrafia
calori lat. calor calor calorífero, calorão
capilo lat. capillus cabelo capilaridade, capilamento
carbo, carboni lat. carbo, carbonis carvão carbono, carbonífero, carbonizado
carcino gr. karkínos caranguejo, tumor, câncer carcinoma, carcinogênico
cardi, cardio gr. kardia coração cardiologia, cardiografia
carpo gr. karpós fruto, pulso carpófago, carpologia, metacarpo
cata gr. katá (movimento) de cima pra baixo catarata
cefalo gr. kephalé cabeça cefálico, cefalópode, microcefalia
cent, centi lat. centum cem centavo, centena, centopéia
centri lat. centrum centro centrífuga, centrípeto
cervico lat. cervix pescoço cervical
ciano gr. kýanos cor azul-esverdeada cianato, cianeto, cianobactéria
cida lat. cida quem ou o que mata suicida, fungicida, homicida
cine, cinema, cinemato gr. kínemas, kínematos movimento, agitação cinemática, cinestesia, cinema
cineto gr. kinetós que pode mover-se, capaz de mover-se cinética
cino gr. kýon, kinós cão cinologia, cinófilo, cínico
circum, circun lat. circum em volta circundante, circum-navegação, circundante
cis lat. cis aquém cismontano, cisalpina, cisplatina
ciste, cisti, cisto gr. kýstis bexiga, vesícula cistite
cito gr. kýtos cavidade oca, célula citoplasma, citoquímica
clepto gr. kléptein (klépto) roubar cleptomania
cloro gr. chlorós amarelo-esverdeado, verde-claro clorofila
coco gr. kókkos grão esférico, semente
col gr. cholé bílis colite
color, colori lat. color, coloris cor colorir, colorante
colpo gr. kolpós reentrância, cavidade, vagina colposcopia
co, com,cum gr. sun parceria, em uniao com coirmao, comunhaom compadre
contra gr. anti oposição contra-reforma, contra-senso, contraguerra
copro gr. kópros excremento coprofilia, coprofágo, coprólito
core, coreo dança coreografia, coreógrafo
cortico lat. cortex, corticis casca, invólucro corticosteróide, cortisol, cortisona
cosmo gr. kosmos mundo, universo cosmógrafo, cosmologia
cript, cripto gr. kryptós escondido criptônimo, criptograma, criptografia
cris, criso ouro crisálida, crisântemo
crom, cromo, cromato gr. chrôma, chrômatos cor, cor atificial cromossomo, cromogravura, cromoterapia
crono gr. chrónos tempo, duração de um evento cronologia, cronômetro, cronograma
cruci lat. crux, crucis cruz crucifixo, crucificação
curvi curvo curvilíneo
cuti lat. cutis pele cutícula, cutânea
datilo gr. dáktylos dedo datilografia, datiloscopia, pterodáctilo
deca gr. déka dez decaedro, decalitro, decâmetro
deci lat. decimus divisão por dez decímetro, decigrama, decilitro
demo gr. dêmos povo, público, país demografia, democracia, demagogia
dermo gr. dérma, dérmatos pele dermatologia, dermatrodo
des, in, im, lat. in negação desnecessário, desmentir, desobrigar
di gr. dís duas vezes, em dobro, dois dipétalo, dissílabo, dissacarídeo
dis gr. dýs mau estado, dificuldade distorção
dis lat. dis afastamento distante
dinam, dinamo força, potência dinamômetro, dinamite
diplo gr. diplóos duplo diplomata
dodeca gr. dódeka doze dodecassílabo, dodecaedro
dolico gr. dolichós alongado, comprido dolicocefalia
dulci lat. dulcis doce dulcificar, dulcícola
eco gr. ôikos casa, habitação ecologia, ecossistema, economia
ego gr. aix (var. aigós) cabra egospotamo
ego lat. ego eu egocentrismo
eletro, electro gr. élektron âmbar, eletricidade elétrico, eletrômetro, elétron
en lat. in tornar, criar, deixar encurtar, enrugar
endo gr. éndon dentro, no interior (de) endoscópio, endosperma, endotérmico
enea nove eneágono, eneassílabo
eno gr. ôinos vinho enologia
enter, entero gr. énteron intestino enterite, enterogastrite
entomo gr. éntomon inseto entomologista
entre meio, entre entramanha, entreaberto
epi gr. epí sobre epiderme, epitélio, epicentro
equi, eqüi lat. aequus igual equilátero, equivalência, eqüidistante
ergo gr. érgon trabalho, execução ergonomia, ergometria
eritro gr. erythrós vermelho eritroblasto
escafo gr. skáphe barco, esquife escafandro
escato gr. skór, skatós excremento escatologia, escatológico
esclero gr. sklerós duro, rígido esclerose, esclerosado
esperm(ato) gr. spérma, spérmatos semente espermatozóide, espermatófita
esplen, espleno gr. splén, splénos baço esplenite
esquizo gr. schízein (schízo) fender, dividir esquizofrenia
estafilo gr. staphylé úvula, cacho de uva estafilococo
esteno gr. stenés estreito, apertado estenógrafo
estere, estereo gr. stereós sólido, fixo estereótipo, estereografia
estilo gr. stýlos coluna, pilar estilografia
estilo lat. stilus haste pontiaguda para escrever estilógrafo
estomat, estomato gr. stómatos boca, orifício estomatite, estomatoscópio
estrati, estrato lat. stratum leito, extensão, camada estratificação
estrepto gr. streptós recurvado estreptococo
estrobo gr. stróbos turbilhão
et dois átomos de carbono etanol, etileno, etano
etno gr. éthnos raça, povo etnografia, etnologia, etnia
eu gr. bem, com harmonia, com felicidade eutimia
euro relativo à Europa quando não representar adjetivo euro-asiático
ex gr. éx anterior sempre ex-presidente, ex-primeiro-ministro
ex lat. ex (vindo) do interior de, (saído) de expedicionário
exo gr. éxo de fora, do lade de fora (de) exotêrmico
extero lat. oris mais exterior êxtero-anterior
extra lat. extra fora de extranormal
fago gr. phagein (phagés) comer fagócito
fento, femto no. femten quinze femtosegundo
farmaco gr. phármakon remédio, medicamento farmacologia, farmacopéia
ferri, ferro ferro ferrovia, ferrífero
fili filho filicídio, filial
filo gr. philos que ama, amante, amigo (de) filósofo, filólogo, pedofilia
filo, filia gr. phýllon folha filológico
fisio gr. physis, physeós natureza, formação fisiologia, fisionomia
fito gr. phytón planta, árvore fitologia
flebo gr. phléps, phlébos veia flebite
flori lat. flos, floris flor floricultura, florista
fobia gr. phóbos medo, aversão hidrofobia, aracnofobia
foli lat. folium folha foliado, folículo
fono, fon gr. phoné som, voz fonologia, fonoaudiólogo
fos, foto gr. phôs, photós luz fósforo, fotofobia, fotossíntese
franc it. francia relativo à França quando não representar adjetivo francês, franco, francofonia
fratri, frater irmão fratricida, fraternidade
fungi lat. fungus cogumelo, fungo fungicida
fusci lat. fusco, pardo
gamo gr. gámos casamento, união gamologia
gastr, gastro gr. gastér, gastrós ventre, estômago gastrite, gastrônomo, gastronomia
gemo lat. gemma pedra preciosa
gen, geno gr. génos, géneos descendência, origem, geração genótipo, geração, congênito
geo gr. terra geografia, geologia, geotérmico
ger, gero gr. géron idoso, velho geriatria, gerontocracia
giga gr. gigas gigante gigabyte, gigantesco
gino, gineco gr. gyné, gynaikós mulher ginecologista, gineceu, misógino
glicero, glicer gr. glykerós de sabor doce glicerídeo
glosso gr. glôssa (var. glôtta) língua, linguagem, idioma glossofaríngeo, hipoglosso
gluco, glico, gli gr. glykýs, glykeîa doce glucose, glicose, glicogênio
gnos estudo, conhecimento gnosiologia, diagnóstico
goni gr. gonía ângulo, aresta goniómetro
gono gr. gónos germe, semente, reprodução gônada
grafia gr. graphé registro biografia, geografia
grafo gr. gráphein (grápho) gravar, escrever grafologia
hagio gr. hágios santo, sagrado, puro hagiografia, hagiógrafo
hecto, hecato cem hectoedro, hecatombe, hectômetro, hectograma
helio gr. hélios sol heliografia, helioscópio, heliópolis
hemero gr. heméra dia hemeropatia
hemi gr. hemi meio, metade hemisfério, hemistíquio
hemo, hemato gr. haîma, haîmatos sangue, fluxo de sangue hemoglobina, hematócrito, hemorragia
hendeca gr. héndeka onze hendecassílabo, hendecaedro,
hepato gr. hépar, hépatos fígado hepatite
hepta gr. heptá sete heptágono, heptassílabo, heptacampeão
hetero gr, héteros outro, diferente, oposto heterônimo, heterogêneo
hexa, exa gr. héx seis hexágono, hexâmetro
hidro gr. hýdor água hidrogênio, hidrografia, hidrelétrica
hier, hiero sagrado hieróglifo, hierosolimita
hiper gr. hypér sobre, além (de), em excesso h, r hipertensão, hipersensibilidade
hipno gr. hýpnos sono hipnotismo, hipnótico
hipo gr. híppos cavalo hipódromo, hipopótamo
hipo gr. hypó sob, abaixo (de) hipotensão, hipoderme
histero gr. hystéra matriz, útero histerotomia
homo, homeo gr. homós semelhante, igual, comum homógrafo, homogêneo, homeopatia
iatro gr. iatrós, iatér médico iatromatemática
icono imagem iconoclasta, iconolatria
icos vinte icosaedro, icoságono
ictio gr. ichthýs, ichthýos peixe ictiófago, ictiologia
idio gr. idios particular, pessoal, particular idiopático, idioleto, idiomografia
ido
ífer . que traz ou que porta
igni lat. ignis fogo ignívomo, ignífero, ignição
in, im lat. in privação, negação imortalidade, impaciente, ímpeto, inadequado
indo relativo à Índia quando não representar adjetivo indo-europeu
infra lat. infra abaixo de, inferior a infra-escrito, infracitado, infravermelho
inter lat. inter no meio de, entre, durante h, r interfoliar, interdigital
intra, intro lat. intra no interior, dentro, para dentro a, h intravenoso, intramuscular
intro lat. intro no interior, dentro, para dentro h, o introdução
iso gr. ísos igual isócrono, isósceles, isonomia
ite gr. itis inflamação celulite, neurite, gastrite
ite gr. ites mineral, fóssil grafite, cassiterite, cuprite
justa lat. juxta perto de, ao lado de justaposição
labio labiopalatal
lacto, lacti lat. lac, lactis leite lactose, lactase, lactação
laringo gr. lárygks, láryggos (var. lárynx, lárynkos) garganta laringite, laringologia
lati lat. latus grande, largo latifoliado, latifúndio
latra gr. latra adorador alcoólatra
lepi, lepido gr. lépis, lepídos escama, casca lepidoptera
leuco gr. leukós branco leucócito
linguo relativo à lingua ou com a língua lingüiforme, linguosedal
lipo gr. lípos gordura lipograma, lipoaspiração
lito gr. líthos pedra litografia, litogravura
loco lat. locus lugar locomotiva, locomoção
logia gr. lógos estudo geologia, histologia
logo gr. lógos palavra, discurso, ciência logografia
longi lat. longus longo longitude
luci lat. lux, lucis luz lucífero
luso lat. lusus relativo a Portugal quando não representar adjetivo lusitano, lusófono
macro gr. makrós grande macrocéfalo, macrocosmo
mal h malefício, maleficente
mamo lat. mamma mama, seio mamografia
mani, manu lat. manus mão manicure
mani, mania gr. mania loucura, paixão manicomial, megalomania
matri mãe matrilinear, matriarcal
masto gr. mastós mama mastologia
maxi muito grande maxidesvalorização, maxissaia
mecano gr. mechané máquina mecanizar, mecânico, mecanismo
medio lat. medium meio mediocridade, mediano
mega, megalo gr. mégas, megále grande megatério, megalomaníaco
meia, melano gr. mélas, mélaina negro, escuro melanoma, melanócito, melânico
meli lat. mel, mellis mel melífero
melo gr. mélos melodia, canto melodia, melopéia
meningo gr. mêninx, mêniggos meninge meningite
meno gr. mén, menós mês, mênstruo menorréia
meso gr. mésos meio, médio; no meio de mesóclise, Mesopotâmia
met relativo a um carbono metano, metileno
meta gr. metá transcedência metalinguagem, metafísica
meteoro gr. metéoros fenômenos ou corpos celestes meteorologista
metro gr. métra matriz, útero, ventre
metro gr. métron medida metrologia, métrica
micro gr. mikrós pequeno micróbio, microcéfalo, microscópio
mielo gr. myelós medula, tutano mielograma
mili mil, milésima parte milípede, milímetro
mini lat. minimum muito pouco, muito pequeno minissaia, minifúndio
miria gr. myriás, myriádos dez mil, em número muito grande, inumerável miriâmetro, miríade, miriápode
miso gr. misein (miséo) odiar, detestar misógino, misantropo
mito fábula mitologia, mitômano
mnemo gr. mnéme memória, lembrança mnemônico
mon, mono gr. mónos sozinho, único, um monarca, monogamia
morfo gr. morphé forma morfologia
morti morte mortífero, mortalidade
moto movimento motricidade, moto-própio, motociclo
multi lat. multi muito, numerosos multiforme, multidimensional
nano gr. nánnos anão nanocéfalo, nanotecnologia
nauto gr. náutes navegante, navegador nautografia
necro gr. nekrós morte, morto, cadáver necrópole, necrotério
nefelo, nefeli gr. nephéle nuvem
nefro gr. nephrós rim nefrite, nefrologia
neo gr. neós novo, jovem vogal, h,s neolatino, neologismo
neuro, neuri, nevr, nevro gr. neuron fibra, nervo neurologia, nevralgia
nocti lat. nox, noctis noite, trevas noctívago, nocticolor
nonno lat. nonna regra
noso gr. nósos doença nosocómio, nosocrático
novi lat. novus novo novilúnio, novíssimo
nubi nuvem nubívago, nubífero
nuper recente sempre nuper-publicado, nuper-falecido
ob lat. ob por diante e contra r obtusangulado, obstúpido
octo gr. októ, lat. octo oito octossílabo, octaedro, octópode
odonto gr. odous, odóntos dente odontologia, odontalgia
ofi, ofio gr. ophis cobra, serpente ofiologia, ofiomancia
oftalmo gr. ophthalmós olho oftalmologia, oftalmoscópio
oligo gr. olígos pequeno, pouco numeroso oligarquia, oligocracia
oni lat. omnis todo onipotente, onipresente
oniro gr. óneiros sonho onirologia, oniromância
onomato gr. ónoma, onómatos nome onomatologia, onomatopéia
ornito gr. órnis, órnithos pássaro, ave ornitologia, ornitóide, ornitorrinco
oro gr. ôros, lat. ors, oris montanha orografia, orognosia, orogenia
orto gr. orthos certo, direito, reto, justo ortografia, ortodoxo, ortopedia
orqui gr. órchis testículo orquite, orquiocele
osmo gr. osmé cheiro osmologia
oste, osteo gr. ostéon osso osteoporose, osteodermo, osteócitos
oto gr. oús, otós ouvido otite, otorrinolaringologista
oxi, oxido gr. oxys acre, ácido, agudo oxítona, oxígono, oxigênio
paleo gr. palaiós antigo paleografia, paleontologia
pan, panto gr, pân, pantós todo, todos, tudo vogal, h panteísmo, pan-americano
paqui gr. pachýs espesso, grosso paquiderme
para gr. pará proximidade, oposição paracéfalo, paragoge
pato gr. pathos paixão, sofrimento, doença patologia, patogenético, patético
patri lat. patris pai patrilinear, patrilocal
pedi lat. pes, pedis pedilúvio, pedicure
pedi, pedo gr. pais, paidós criança, educação, cultura pediatria, pedologia, pedofilia
pedia gr. paideia ensino enciclopedia
pedo gr. pedón menino pedarquia, pediatria, pedologia, pedófilo
pene lat. paene quase penetrável
pent, penta, peta gr. pénte cinco pentatlo, pentágono, petabyte
pepto gr. peptein (pépto) digerir peptonizar
peri gr. perí ao redor de, em volta de periferia, periélio, peripétalo
petro, petri lat. petrum pedra, rocha petróglifo, petrificado, petróleo
pico it. piccolo pequeno picômetro, picobyte, picojoule
picto lat. pictus pintado pictograma, pictógrafo
pigo, pige gr. pygé nádega
pilo lat. pilus pêlo pilosidade
piro gr. pýr, pyrós fogo pirólise, piromania, pirotecnia
pisci lat. piscis peixe piscicultura, piscicultor
piteco gr. píthekos macaco australopiteco
plani lat. planus plano planiglobo, planimetria, planificado
plasmo gr. plásma ação de formar, modelagem plasmar, plasmódio
plati gr. platýs largo, chato platibanda
pluri lat. plures muitos, vários pluriforme, plurisseriado, pluralidade
pluto gr. plutōn riqueza plutomania, plutocracia
pneumo gr. pneúmon, pneúmonos pulmão, respiração pneumologia, pneumonia
pneumato gr. pneúma, pneúmatos ar, gás pneumatologia
podo gr. poús, podós podologia
poli gr. polís vários poliedro, polinômio, política
poli gr. pólys muito, numerosos policromia, poliglota, polígrafo, polígono
pós lat. post posterioridade pós, tônico leva sempre hífen pospasto, pós-meridiano, pós-nupcial
potamo gr. potamós rio potamografia, potamologia, hipopótamo
pre, pré lat. prae precedência, anterioridade pré, tônico leva sempre hífen pré-história, pré-colombianos, pretérito
preter lat. praeter além, além de que, por diante preternatural, preternormal, pretermitir
primo lat. primus primeiro primogênito, primazia
pro lat. pro para diante de, em benefício ou favor de pró, tônico leva sempre hífen pró-reitor, pró-africano, próclise
proto gr. prôtos primeiro vogal, h, r, s protótipo, protozoário, protostomo
pseudo gr. pseudés enganoso, falso vogal, h, r, s pseudônimo, pseudópode
psico gr. psyché alma, espírito psicologia, psicanálise, psicografia
ptero gr. pterón asa pterodáctilo, ornitoptera, pterópode
quadra, quadri, quadru lat. quadra, quadri, quadru quatro quadrimotor, quadrúpede, quadrilátero
quarti
quilo mil quilograma, quilômetro
quinq quinquagésima
quiro gr. cheír, cheirós mão quiromancia, quiróptero
radico, radic lat. radix, radicis raiz radicais, radicícola
radio lat. radius raio, onda radiologia, raiado, raiado
re lat. re repetição refazer, repensar, recomeçar
recém recente sempre recém-nascido, recém-vindo
reo gr. rheía fluir, escorrer reómetro, reóforo
reti reto retilíneo, retículo
retro lat. retro (movimento) da frente para trás retrógrado, retrospectiva
rinco gr. rhýgchos (rhýnchos) bico, focinho ornitorrinco
rino gr. rhís, rhínos nariz rinoceronte, rinoplastia
rizo gr. rhíza raiz rizófilo, rizotônico
rodo gr. rhódon rosa rodologia
rombo, rombi gr. rhómbos losango, rombo romboedro
sacaro lat. saccharum açúcar sacarose
sacro lat. sacrum sagrado sacrário, sacramentos
sali lat. sal, salis sal salífero, salíneo
sanguino lat. sanguis, sanguinis sangue sanguífero, sanguinolência
saponi lat. sapo, saponis sabão saponária, saponiforme
sarco gr. sárxs, sárkos carne sarcófago
seleno gr. seléne lua selenologia
semi lat. semi metade vogal, h, r, s semimorto, semiconsciente
semio gr. semeíon sinal, indicação semiologia, semiótica
sesqui metade sesquipedal
sidero lat. sidus, sideris astro, estrela sideromância, sideral
sidero, sider gr. síderos ferro siderólito, siderurgia
silvi lat. sylva (var. silva) floresta silvícola, silvicultura
simili lat. similis similaridade similitude
sin gr. sín com, juntamente síncope, síntese
sinistro lat. sinister esquerdo sinistrógiro
sino lat. Sina relativo à China quando não representar adjetivo sinologia, sino-tibetano
sismo gr. seismós tremor de terra sismógrafo, sismologia
sob r
socio, soci lat. socius relativo à sociedade sociologia, sociocultural
soma, somato gr. sôma, sômatos corpo somático
soni lat. somnus sono sonífero, sonolento
sono lat. sonus som sonoro, sonante
sota, soto lat. subtus (var. sùbta) inferioridade sempre sota-ministro, soto-pôr
sub lat. sub posição ou qualidade inferior, insuficiência r, b subsolo, subdesenvolvido, subumano
sulf lat. sulf relativo ao enxofre sulfúrico, sulfato
super, supra lat. super, supra superioridade, posição superior h, r
tafo gr. táphos funeral, tumba
talasso gr. thálassa (var. tálatta) mar talassocracia
tanato gr. thánatos morte tanatofobia, tanatológico
taqueo, taqui gr. tachýs rápido taquicardia, taquigrafia
taur lat. taurus relativo a touro tauromaquia
tax, taxi, taxio gr. táxis ordem, arranjo taxidermia, taxiologia
tecno gr. téchne arte, artifício, indústria tecnologia, tecnocracia, técnica, tecnografia
tele gr. têle de longe, a distância telegrama, telefone, telepatia
teo gr. theós deus, divindade teocracia, teologia
ter
terato, tera gr. téras, tératos monstro teratologia, teratoma
term, termo gr. thérmos calor termômetro, térmica, termologia
tetra gr. tetrá quatro tetrarca, tetraedro
tipo gr. tipos impressão, marca, figura tipografia, tipologia
tiros, tiros gr. týros queijo
tomo gr. tomé corte, seção tomografia
tono gr. tónos tensão, força, tom tonante, tonação
topo gr. tópos lugar, sítio topografia, toponímia
toraco gr. thórax, thórakos peito, tórax cavidade torácica
toxico, toxo lat. toxicum veneno toxicologia
trans lat. trans para além, através, mudança transpor, transversal, transição
traqueo gr. thrakheîa traquéia traqueopulmonar, traqueostomia, traqueotomia
tras
tres
tri gr., lat. tri três trilogia, trissílabo, tricolor
tris gr. tris (var. tri) três
trofo gr. trophé alimento, crescimento trofologia, autótrofo, heterótrofo
trombo gr. thrómbos coágulo trombose
tropo gr. trópos ação de se voltar para tropológico
turbo lat. turbo movimento circular turbina
ultra lat. ultra intensidade, além de vogal, h, s ultra-humano, ultraleve
umbri sombra umbrívago, umbrífero
uni lat. unus um, um só uníssono, unipartidária, universidade
urano gr. ouranós céu, abóbada palatina uranista, uranómetro
uretro uretroscópio, uretralgia
uro gr. oúron urina urologista
uro gr. ourá cauda urodelo, anuro
uxori lat. uxor esposa uxório, uxoricida, uxoriano
vaso lat. vas vasomotor
veloci lat. velox, velocis rápido, veloz velocidade, velocímetro, velocípede
vermi lat. vermis verme vermífugo, vermiforme
vesico bexiga ou relativo a ela vesical
vice lat. vice substituição sempre vice-presidente, vice-prefeito
vini lat. vinum vinho vinicultura, vinícola, vinicultor
viti lat. vitis videira, vinha viticultura
xanto gr. xantós amarelo xantosperma
xeno gr. xénos estrangeiro, hóspede xenofobia, xenomania
xera gr. xerós duro, seco xerófilo
xilo gr. xýlon madeira xilografia, xilogravura
zepto, zetta, zeta lat. septem sete zeptograma
zigo gr. zygón par, união de dois zigofíleas
zinco zinco zincografia
zoo gr. zóon animal zoógrafo, zoologia
yocto, yotta, iocto, iota gr. oito ioctograma, iotabyte
Formação da língua portuguesa
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Formação das palavras

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Como qualquer idioma vivo e ativo a língua portuguesa sofre constante mudança e evolução, isso pode ser bom, ou não, pois nenhum idioma pode permanecer estático e sem mudanças. Muitas vezes essas mudanças podem ser boas e enriquecedoras mas em outros momentos podem gerar o empobrecimento do idioma, que é uma manifestação cultural de um povo ou nação.

Um idioma pode se desenvolver e evoluir de muitas formas diferentes, seja pela auto-mudança ou através da interação com outras linguagens. É importante observar que essas mudanças que uma linguagem pode sofrer podem variar bastante. Depois de um certo tempo uma palavra que tinha um significado passa a ter outro. Há sempre o nascimento de gírias no modo informal da língua.

Mas um dos pontos mais importantes é o nascimento de novas palavras e esse é ponto principal deste texto.

As palavras podem nascer através de muitos meios:

  • Derivação - Formação das palavras derivadas. Tipos:
  1. Sufixal
  2. Prefixal
  3. Parassintética
  4. Imprópria
  5. Regressão
  6. Hibridismo
  1. Justaposição
  2. Aglutinação
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Formação da língua portuguesa

Palavras derivadas e primitivas

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As palavras podem ser classificadas de acordo com sua formação, em derivadas e primitivas. Chamam-se primitivas as palavras que possuem estrutura simples. As derivadas são as palavras que se formam a partir de uma palavra primitiva. A parte em comum entre estas palavras chama-se radical, que você viu no capítulo anterior.

Quando se encontra um radical adicionado de desinências, vogais temáticas, e afixos, temos o exemplo de derivação, que se divide em

Sufixal - Temos esse tipo quando são adicionados morfemas após o radical da palavra, veja:
governo - governador
cessar - cessão
Prefixal - Temos esse tipo quando são adicionados morfemas antes do radical da palavra, veja:
governo - desgoverno
cessar - recessar
Parassintética - Temos esse tipo quando são adicionados morfemas tanto antes como após o radical da palavra, veja:
afunilar - a - funil - ar
enjaulado - en - jaul - ado
Imprópria - Temos esse tipo quando ocorre uma mudança gramatical nas palavras sem alteração da forma, veja:
Porto (cidade) - porto (lugar)
pereira (árvore - substantivo comum) - Pereira (sobrenome - substantivo próprio)
Ney" (vindo) - Ney" (nome)
Regressiva - Temos esse tipo quando o radical é reduzido para se formar uma nova palavra.
Combater - combate
Cantar - Canto
Trabalhar - trabalho
Segurar - seguro
Sacar - saque
Censurar - censura
Resumo - resumir
Comprar - compra
Estremar - estreme
Lanchar - lanche
Pescar - pesca
Por hibridismo - Temos esse tipo quando o radical é formado por palavras de vários idiomas.
Formação da língua portuguesa

Muitas palavras foram e serão formadas por composição, visto que, esse modo de originar novas palavras abre espaço para muitas possibilidades. Palavras formadas por composição originam-se pela união de duas ou mais palavras ou radicais, formando assim uma nova palavra composta, com novo significado. Dentro da formação por composição existem duas formas de unir palavras para gerar uma nova, estas são:

Composição por justaposição

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Neste processo as palavras são formadas através da união de duas ou mais palavras e com essa união não há perda ou alteração gráfica ou fonética, ou seja, as palavras após se unirem não sofrem nenhum tipo de alteração na sua escrita ou pronúncia. É importante saber quando e como se usa o hífen, pois muitas palavras formadas por justaposição usam o hífen para ligar-se. Exemplo:

  • Girassol (gira + sol)
  • Cavalo-marinho (cavalo + marinho)

Composição por aglutinação

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É semelhante à composição por justaposição, porém, há alteração fonética. Exemplo:

  • Aguardente (água + ardente)
  • Planalto (plano + alto)
  • Hidrelétrica (hidro + elétrica)
Formação da língua portuguesa
Formação      Capítulo IX - Série Morfologia Substantivos

No Português, temos dez classes de palavras. Segue-se uma breve descrição de cada uma delas. Siga os caminhos (links) para obter mais informações. As palavras podem ser, quanto às flexões:

  • Variáveis: substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo.
  • Invariáveis: advérbio, preposição, conjunção, interjeição.

Exemplo:

Carlos estava na igreja
Substantivo (Próprio) Verbo (de Ligação, 3ª p. do sin. do pret. imperf. do ind.) Contração (Em + a) Substantivo (Comum)


  • Artigo: palavra que precede o substantivo. Pode determiná-lo de forma precisa ou vaga;
Os irmãos farão um bolo
Artigo (Definido) Substantivo (Comum) Verbo (3ª p. do plur. do fut. do pres. do ind.) Artigo (Indefinido) Substantivo (Comum)


  • Adjetivos: palavra que confere qualidades aos substantivos;

Exemplo:

A gentil moça é bonita
Artigo (Definido) Adjetivo Substantivo (Comum) Verbo (de ligação, 3ª p. do s. do pres. do ind.) Adjetivo


  • Numeral: palavra que indica quantidade de elementos ou uma sucessão deles.

Exemplo:

Nós temos cinco sentidos
Pronome (Pessoal Reto) Verbo (1ª p. do plur. do pres. do ind.) Numeral (Cardinal) Substantivo (Comum)


  • Pronomes: palavra que acompanha ou substitui o substantivo, como pessoa do discurso;

Exemplo:

Ele comprará aquele carro
Pronome (Pessoal Reto) Verbo (3ª p. do sin. do fut. do pres. do ind.) Pronome (Demonstrativo) Substantivo (Comum)


  • Verbo: palavra que designa uma ação, fenômeno natural ou estado do sujeito;

Exemplo:

Eles fazem o barco andar
Pronome (Pessoal Reto) Verbo (3ª p. do plur. do pres. do ind.) Artigo (Definido) Substantivo (Comum) Verbo (Infinitivo Pessoal)


  • Advérbio: palavra que modifica o verbo, adjetivo ou outro dele (o advérbio) conferindo-lhes uma circunstância;

Exemplo:

Estou bem longe da cidade
Verbo (1ª p. do sing. do pres. do ind.) Advérbio (de Intensidade, Superlativo abs. analítico) Advérbio (de Lugar) Preposição (de Lugar) Substantivo (Comum)


  • Preposição: palavra invariável que liga elementos de uma oração, subordinando-os. Cada Preposição é utilizada em uma circunstância;

Exemplo:

Estava sem dinheiro para comprar
Verbo (1ª p. do sing. do. pret. imperf. do ind). Preposição (de Posse) Substantivo (Comum) Preposição (de Fim) Verbo (Infinitivo)


  • Conjunção: palavras invariáveis que servem para conectar orações, estabelecendo entre elas uma relação de dependência ou de simples coordenação;

Exemplo:

Caminhava e ouvia música
Verbo (1ª p. do sing. do pret. imperf. do ind.) Conjunção (Aditiva) Verbo (1ª p. do sing. do pret. imperf. do ind.) Substantivo (Comum)


  • Interjeição: palavra que exprime sentimento, sensação, estados de espírito, ...;

Exemplo:

Oh meu bom Deus!
Interjeição Pronome (Pessoal Possessivo) Adjetivo Substantivo (Próprio)

Agora usando o que você aprendeu, responda as seguintes questões de acordo com as orações:

1

Subst. Adjet. Pron. Verbo Artigo Prep. Advérb.
A
garota
é

2

Subst. Adjet. Pron. Verbo Artigo Prep. Advérb.
Eles
mal
nasceram

3

Subst. Adjet. Pron. Verbo Artigo Prep. Advérb.
Eu
deverei
amá
-los
eternamente

4

Subst. Adjet. Pron. Verbo Artigo Prep. Advérb.
Os
Meninos
brincavam
alegremente

5

Subst. Adjet. Pron. Verbo Artigo Prep. Advérb.
Estava
com
saudades
de
você

6

Subst. Adjet. Pron. Verbo Artigo Prep. Advérb.
Quer
me
matar
de
susto?!

7

Subst. Adjet. Pron. Verbo Artigo Prep. Advérb.
Pulei
fortemente
de
alegria

8

Subst. Adjet. Pron. Verbo Artigo Prep. Advérb.
Ele
estava
muitíssimo
alegre

9

Subst. Adjet. Pron. Verbo Artigo Prep. Advérb.
Aquela
Mulher
é
muito
mais
bonita

10

Subst. Adjet. Pron. Verbo Artigo Prep. Advérb.
Estou
aprendendo
sobre
a
língua
portuguesa

Ver também: Oração Subordinada Substantiva e Função substantiva
O wikilivro Introdução à língua portuguesa possui uma versão simplificada deste assunto: Substantivos

No português, como em qualquer outro idioma, existem palavras para nomear um ser ou um objeto, uma ação e qualidade ou estado. As palavras que nomeiam seres ou objetos formam a maior classe morfológica da língua portuguesa, os substantivos (ex.: livro, gato, mesa, cama, Brasil, etc).

Qualquer palavra pode ser substantivada, isto é, tornar-se substantivo, bastando precedê-la de um artigo (determinantes). Determinantes sempre precedem substantivos. Exemplo: "O não é uma palavra dura" (não é advérbio, mas por neste caso possuir função de sujeito torna-se substantivo).

Quanto à morfologia

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Locução substantiva

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É uma locução substantiva qualquer conjunto de palavras que só possuam determinado significado, quando juntas:

Compramos muitos cachorros-quentes à noite no centro de São Luís.
O pretérito mais-que-perfeito é um tempo verbal.
Ver módulo: Flexões dos substantivos

Classificação e formação

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Ver módulo: Classificação dos substantivos
Os substantivos podem ser classificados em:
Comuns e próprios
Comuns são aqueles que dão nome a espéciepessoa, rio, planeta; próprios são aqueles que designam um indivíduo da espécieJoãoAmazonasMarte[2]
Concretos e abstratos
Concretos são aqueles que designam os seres propriamente ditos, isto é, os nomes de pessoas, de animais, vegetais, lugares e coisas: homem, cão, árvore, Brasil, caneta; abstratos são aqueles que designam ações, estados e qualidades: beleza, colheita, doença, bondade, juventude.[3]
Coletivos
São substantivos comuns que, no singular, designam um conjunto de seres ou coisas da mesma espécie. No substantivo coletivo, trata-se de um único ser uma pluralidade de indivíduos: elenco (conjunto de atores); matilha (conjunto de cães de caça); cardume (conjunto de peixes) etc.[2]
Primitivos e derivados
Primitivos são aqueles de que não derivam de outros vocábulos: ex: casa, folha, árvore.
Os derivados são aqueles que procedem de outras palavras (guerreiro é derivado por vir de guerra, guerra + eiro, ferreiro é derivado por vir de ferro, ferro + 'eiro').[4]
Simples e composto
Simples são aqueles substantivos constituídos de um só radical: casa, casarão; compostos são aqueles formados na união de dois ou mais radicais: boca-de-leão, couve-flor, passatempo[4

Quanto à sintaxe

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O substantivo atua como núcleo do sujeito, do objeto direto, do objeto indireto, do agente da passiva, do aposto e do vocativo.

Qualquer outra palavra de diferente classe gramatical que desempenhe uma dessas funções na oração equivaler-se-á forçosamente a um substantivo, adquirindo uma função substantiva.[1]

Oração subordinada

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Qualquer termo que o substantivo seja núcleo pode se apresentar na forma de uma oração subordinada (oração subordinada substantiva).

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A Wikipédia tem mais sobre este assunto:
Substantivo
  1. Ferreira, Celso, Gramática da Língua Portuguesa, pag. 187
O wikilivro Introdução à língua portuguesa possui uma versão simplificada deste assunto: Flexões dos substantivos

Os substantivos são classificados quanto às suas flexões e quanto aos seus radicais. No caso do português, o substantivo pode variar em gênero, número e grau. Em outros idiomas (como o latim, o grego e o romeno) os substantivos declinam-se em casos gramaticais.

Ver artigo principal: Plural

A mais simples forma de flexão é quanto à desinência de número. Um determinado substantivo se flexiona em número de acordo com o número de seres ou coisas de mesma espécie ao qual se refere. Quando se refere a um único ser ou coisa, está no singular. Quando se refere a mais de um ser ou coisa, está no plural. A flexão de número segue as regras da concordância nominal.

Além da flexão de número, um substantivo pode ser flexionado quanto ao gênero, em feminino e masculino. A flexão de gênero segue as regras da concordância nominal.Exemplo: garota/garoto; diretor/diretora.

  • Biformes
São os que apresentam duas formas, uma para o masculino, outra para o feminino, com apenas um radical. Exemplo: aluno e aluna; traidor e traidora.
  • Heterônimos
São os que apresentam duas formas, uma para o masculino, outra para o feminino, com dois radicais diferentes. Exemplo: bode e cabra; homem e mulher; vaca e boi;
  • Uniformes
São os que apresentam apenas um forma, para ambos os gêneros. Os substantivos uniformes recebem nomes especiais, são eles:
  • Comum de dois gêneros
    São os que têm uma só forma para ambos os gêneros, com artigos distintos. Exemplo: o/a fã; o/a gerente; o/a viajante o/a dentista
  • Sobrecomum
    São os que têm uma só forma e um só artigo para ambos os gêneros. Exemplo: a criança; o carrasco; o animal.
  • Epiceno
    São os que têm uma só forma e um só artigo para ambos os gêneros de certos animais, acrescentando as palavras macho e fêmea, para se distinguir o sexo do animal. Exemplo: a águia; a barata; o pernilongo; o piolho.

O grau dos substantivos é, de uma forma genérica, representado pelos sufixos:

Diminutivo Aumentativo
Masculino Singular -inho -ão
Plural -inhos -ões
Feminino Singular -inha -ona
Plural -inhas -onas

Existem algumas exceções, por exemplo, copo → copinho → copázio.

O wikilivro Introdução à língua portuguesa possui uma versão simplificada deste assunto: Classificação dos substantivos

Aqui temos as formas de classificação dos substantivos existentes na língua portuguesa.

Quanto ao tipo

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Comum ou Próprio

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Os substantivos podem ser classificados quanto à importância, individualização, especificação do que nomeiam. Assim, são classificados em "comuns" ou "próprios".

Um substantivo que se refira a um ser específico, com nome próprio, de determinada espécie, é um substantivo próprio, condição mostrada pela letra maiúscula. Substantivos que não sejam próprios são classificados como comuns.

Designa um grupo geral de coisas com as mesmas características, geralmente um objeto ou um lugar qualquer sem seus elementos especificados.[1] São grafados em geral com letra minúscula. Exemplo: mulher, cachorro, cidade, loja, livro.

Note que não é qualquer coisa que pode receber o nome de cidade, cachorro, mulher, loja, livro. Para ambos é necessário haver certas características para assim serem chamados.

Designa algo específico dentro de um grupo, sendo grafados sempre com letra maiúscula. Indicam um nome, seja ele de um lugar, ser vivo ou obra. O estudo destes é chamado de Onomástica. Exemplo: Ana, Rex, Lisboa, São Paulo, Salvador, Mateus, Luis, Talita, Natanael.

Concreto ou Abstrato

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Os substantivos podem ser classificados quanto à possibilidade de formação de uma imagem. Assim, são classificados em concretos ou abstratos.

Ao contrário do senso comum, substantivos concretos não são somente aqueles que podemos ter um contato, ou que podemos pegar com as mãos. Essa definição falha, por exemplo, em substantivos como fogo. Trata-se, realmente, de palavras que designam coisas reais ou fictícias. Quando o substantivo se refere a algo imaginário, sentimental ou sem existência física, é classificado como abstrato. Substantivos abstratos são quase sempre substantivos derivados de verbos ou adjetivos. Por exemplo, o substantivo abstrato soma deriva do verbo somar, o substantivo abstrato atenção deriva do adjetivo atento. Vale lembrar que muitos substantivos abstratos são facilmente identificáveis pelo seu sufixo e também pela estrutura de formação verbal, nesse último caso, um bom exemplo é a palavra soma que é formada verbalmente da palavra somar excluindo-se o r.

Designa seres e objetos, que existem fisicamente, na imaginação ou na teoria. Exemplo: casa, cadeira, Deus, carro, elevador, saci, bóson, fada, bola, etc;

Designa ideias, conceitos, sensações, estados e qualidades, que em geral não têm uma imagem concebida (em geral, sem existência física). Exemplo: teoria, desejo, justiça, altura, trabalho, saudade, amor, calor, etc.

  • Há também o caso coletivo. O coletivo é um substantivo que, mesmo no singular, refere-se a um conjunto de seres, como se fossem um único ser. Por exemplo: matilha, o coletivo de cães.

Lista de exemplos de coletivos

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  • acervo de livros
  • álbum de retratos
  • arquipélago de ilhas
  • bando de pássaros
  • batalhão de soldados
  • boiada de bois
  • cardume de peixes
  • cacho de uvas
  • cafezal de pés de café
  • cáfila de camelos
  • cambada de gatos
  • classe de alunos
  • constelação de estrelas
  • discoteca de discos
  • enxame de abelhas
  • esquadra de navios
  • esquadrilha de aviões
  • fornada de pães
  • manada de elefantes
  • matilha de cães
  • molho de chaves
  • ninhada de pintos
  • nuvem de insetos
  • penca de bananas
  • quadrilha de ladrões
  • ramalhete de flores
  • rebanho de carneiros
  • resma de papéis
  • tribo de índios
  • tropa de burros

Quanto à formação

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Simples ou Composto

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Os substantivos podem ser classificados quanto à quantidade de radicais. Assim, são classificados em "simples" ou "compostos".

Designa substantivos formados por apenas um radical. Exemplo: pente, América, abelha, senzala, país, canção.

Designa substantivos formados por mais de um radical. Exemplo: pau-brasil, abelha-rainha, girassol, país-membro, afro-americano, samba-canção, pé-de-moleque, aeronaves.

Primitivo ou Derivado

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Os substantivos podem ser classificados quanto à origem. Assim, são classificados em "primitivos" ou "derivados".

Designa substantivos não derivados de outros, aqueles que não vêm de outra palavra da língua. Exemplo: terra, fogo, luz, avião, feudo.

Designa substantivos formados a partir de um substantivo primitivo existente no idioma. Exemplo:

  • terraterritório
  • fogofogueira
  • luzluminosidade
  • aviãoaviador
  • feudofeudalismo
Observações: Um substantivo pode ser, ao mesmo tempo, derivado de um e primitivo de outro. Exemplo:
  • Pau-brasil origina Brasil
  • Brasil origina brasileiro
Observe que, não há relação entre as palavras pau-brasil e brasileiro, logo, uma não pode ser considerada derivada da outra.

Dessa forma, podem-se classificar todos os substantivos. Seguem alguns exemplos:

  • Guarda-chuvas: substantivo comum concreto composto derivado masculino no plural.
  • Mau-humor: substantivo comum abstrato composto derivado masculino no singular.
  • Ana: substantivo próprio concreto simples primitivo feminino no singular.
  • Bahia: substantivo próprio concreto simples primitivo feminino no singular.
  • Novenas: substantivo coletivo abstrato simples derivado feminino no plural.
  1. Bechara, Evanildo, Moderna Gramática Portuguesa, pág. 73

A onomástica (ou onomatologia) é o estudo de substantivos próprios, que são os substantivos que individualizam seres e lugares. A onomástica é dividida em dois casos: a antroponímia e a toponímia.

Antroponímia

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É a parte da onomástica que estuda os nomes de seres fictícios ou não. Os substantivos são classificados em:
  • Alcunhas - Apelidos
PeléEdison Arantes do Nascimento
KakáRicardo Izecson dos Santos Leite
DungaCarlos Caetano Bledorn Verri
  • Antonomásticos - Substituição do nome por características
A VozFrank Sinatra
O Príncipe dos PoetasCamões
O Rei do CangaçoLampião
  • Cognomes - Nome que recebe um ser histórico
Alexandre, o Grande
Felipe, o Belo
Átila, o Huno
  • Hierônimos - Nomes sagrados
São Gabriel
Virgem Maria
Alá
  • Hipocorísticos - Simplificação de prenomes
BárbaraBarbie
AlexandreAlex
MichaelMike
  • Patronímicos - Sobrenome, apelido de família
Queiroz
Pinheiro
Sales
  • Prenomes - Nomeação comum de cada ser
João
Gabriela
Rafael
  • Pseudônimos - Nome artístico
VoltaireFrançois Marie Arouet
Lima DuarteAriclenes Venâncio Martins
Eugénio de AndradeJosé Fontinhas
É a parte da onomástica que estuda os nomes de lugares e obras. Os substantivos são classificados em:
  • Corônimos - Subdivisões administrativas
Território do Norte
Distrito Federal
Algarve
  • Etnônimos - Povos
Judeus
Gregos
Visigodos
  • Exotopônimos - Países, regiões e cidades.
Alemanha
Bratislava
Belfast
  • Hidrônimos ou Potamônimos- Rios, arroios e cursos de água.
Rio Amazonas
Rio Tejo
Rio Zambeze
  • Heteroglotônimos - Idiomas
Eslovêno
Finlandês
Dinamarquês
  • Intitulativos - Sindicatos, estabelecimentos, artigos, livros, obras artísticas e semelhantes
Mona Lisa
Instituto Smithsoniano
Os Lusíadas
  • Limnonimos - Lagos, lagoas e semelhantes
Lago Aral
Laguna dos Patos
Lago Superior
  • Nesônimos - Ilhas e arquipelagos
Açores
Cabo Verde
Anhatomirim
  • Orônimos - Montes, montanhas, cordilheiras e semelhantes
Monte Aconcágua
Cordilheira do Himalaia
Pico da Esperança
  • Politônimos - Cidades
Belo Horizonte
Lisboa
Díli
  • Talassônimos - Oceanos, mares e semelhantes
Mar Mediterrâneo
Oceano Pacífico
Mar Cáspio
  • Urbanos - Vias, ruas, praças e semelhantes
Praça da Sé
Rodovia Panamericana
Rodovia Transamazônica

Alteração linguística

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Diferentemente da transformação de substantivos comuns e antropônimos, os toponímicos sempre são originados da língua da região em que se localiza determinado lugar, povo, ou idioma, e não são originados do latim ou grego, como de costume às demais palavras. Muitos substantivos próprios sofrem adaptações da língua natural ao português, principalmente para facilitar a pronúncia e a escrita. Esses substantivos são classificados como exônimos. Ao mesmo tempo, há substantivos em que não é necessário qualquer transformação, os endônimos. Exemplo:

AlemanhaDeutschland
FinlandêsSuomi
JudeusYehudi
  • Tautologia - É um caso particular, em que, o substantivo é uma tradução de seu hipônimo. Exemplo: Lago Chade (Chade no idioma kanuri significa lago);
  • Nome científico - É o nome que quaisquer seres vivos são internacionalmente reconhecidos. Exemplo: Canis familiaris (cão doméstico).

O artigo é uma classe de palavras que pode ter função em alguns casos muito importante na frase, outras vezes nem tanto (já que é um adjunto adnominal - um termo acessório à oração). O artigo, em morfologia, é um determinante (acompanha substantivos). Dão algumas informações ao substantivo, tais como o gênero, o número e a importância. Por modificarem um substantivo, possuem função adjetiva.

Classificação

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Na língua portuguesa, existem ao total, oito artigos. São eles:

Artigos definidos
masculino feminino
singular
o
a
plural
os
as
Artigos indefinidos
masculino feminino
singular
um
uma
plural
uns
umas

Exemplos:

  • o livro
  • os livros
  • um livro
  • uns livros
  • a casa
  • as casas
  • uma casa
  • umas casas
  • o homem
  • os homens
  • um homem
  • uns homens
  • a mulher
  • as mulheres
  • uma mulher
  • umas mulheres
  • O artigo sempre acompanha o substantivo (podendo este estar tanto antes como depois dos adjuntos adnominais), concordando com ele e indicando a ele o gênero e o número (é facultativo o uso destes quando juntos a substantivos próprios ou preposições - no caso das preposições, quando é algo comum a todas as coisas de determinada espécie). Antes de certos determinantes, não ocorre seu uso:
A raça humana evoluiu com o tempo.
Os cogumelos são os corpos de frutificação de vários fungos.
Uns gostam, outros não.
  • Na língua portuguesa, há artigos definidos e indefinidos que indicam, respectivamente, se o substantivo se refere a uma coisa específica (o, a, os, as) ou se, por outro lado, se refere a qualquer coisa pouco clara, que pode ser aleatoriamente nomeada (um, uma, uns e umas):
uns dias estará curado. (não se sabe a quantidade exata de dias)
Este foi o melhor acontecimento que me ocorreu. (sabe-se que foi um acontecimento único, o melhor)
As árvores foram cortadas.
A corrente marítima carrega a água de uma temperatura a locais de diferentes temperaturas.
  • Antes de substantivos no predicativo, é utilizado para seu sentido maximizar ou rebaixar:
Ele era o atacante e não um atacante.
Não foi qualquer evento, mas o evento.
Tu leste o livro antes das seis horas?
A minha vida passou nos meus olhos num segundo.
Tiveram (a) sorte?
Entrei em (umas) lojas.
  • Podem estar referidos a substantivos que estão na forma elíptica:
Fecharemos às 7 (horas).
  • Não são usados quando os substantivos já estão determinados:
Estas cerejas estão muito doces.
De todos que tinham, aqueles carros eram os mais belos.
  • Substantivam palavras (transformam qualquer palavra em substantivo):
Qual o porquê disto?
Artigos  Capítulo XII - Série Morfologia Numerais
Ver também: Oração Subordinada Adjetiva, Predicativo, Adjunto Adnominal e Função adjetiva
O wikilivro Introdução à língua portuguesa possui uma versão simplificada deste assunto: Adjetivos

Adjetivos atuam basicamente como modificadores dos substantivos e dos pronomes, flexionando-se em gênero, número e grau, ocorrendo a concordância nominal. Os advérbios podem maximizar, negar, modificar o sentido dos adjetivos. Sua função gramatical pode ser comparada com a que o advérbio tem em relação aos verbos, adjetivos e outros advérbios. Exemplo:

  • Estava tudo muito bom para ser verdade.
muito → Advérbio de intensidade
bom → Adjetivo, o resultado final é o adjetivo intensificado
  • Ele não estava contente.
não → Advérbio de negação
contente → Adjetivo, o resultado final é o adjetivo negado
  • A cobra é peçonhenta.
cobra → Substantivo
peçonhenta → Adjetivo alterando o substantivo
  • Ele não estava contente.
Ele → Pronome substantivo
não + contente → Locução adjetiva, o resultado final é contente negado pelo advérbio, modificando o substantivo

Quanto à morfologia

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Tipos de adjetivos

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Os adjetivos podem ser:

De qualidade ou estado - São os mais comuns de aparecerem:
  • A camisa é verde claro.
  • O vidro era resistente.
De lugar ou origem - São os adjetivos pátrios:
  • Eles são húngaros. (da Húngria)
  • Você é angolano? (da Angola)

Locução adjetiva

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A locução adjetiva pode ser apresentada pelas seguintes formas:

O aquecimento global. = O aquecimento do globo.
A festa natalina. = A festa de natal.
O povo brasileiro. = O povo do Brasil.
A locução adjetiva. = A locução do adjetivo.
Ela é a minha amada.
Nós somos médicos doutores.
Ver módulo: Flexão dos Adjetivos

Classificação

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Ver módulo: Classificação dos adjetivos

Quanto à sintaxe

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O adjetivo pode aparecer de duas formas:

Aquelas plantas estranhas são de origem polinésia.
Os pequenos detalhes são os diferenciais.
Aquelas plantas estranhas são de origem polinésia.
Os pequenos detalhes são os diferenciais.

Oração subordinada

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O adjetivo pode estar na forma de uma oração subordinada (oração subordinada adjetiva):

Estas são as fotografias que tiramos. (= Estas são as fotografias tiradas.)
Estes são os pássaros que capturamos. (= Estes são os pássaros capturados.)

Qualquer palavra de diferente classe gramatical que modifique um substantivo equivaler-se-á forçosamente a um adjetivo, adquirindo uma função adjetiva.

Wikipedia
Wikipedia
A Wikipédia tem mais sobre este assunto:
Adjetivo

Como o adjetivo concorda sempre com o substantivo, sofrerá as mesmas flexões que ele:

  • Gênero (masculino e feminino)
  • Número (singular e plural)
  • Grau (comparativo e superlativo)
  • Biformes – possuem duas formas, uma para indicar cada gênero:
Que garota bonita!
Que garoto bonito!
A gata é fofinha.
O gato é fofinho.
  • Uniformes – possuem apenas uma forma para indicar os dois gêneros:
Camilla era inteligente.
Gustavo era inteligente.
Os pêlos eram cinza.
As penas eram cinza.
Observações: Nos adjetivos compostos, somente o gênero do último elemento varia.
  • Adjetivos simples – seguem as mesmas regras dos substantivos simples para flexionarem em número:
legal → legais
gentil → gentis
inteligente → inteligentes
  • Adjetivos compostos – só o segundo elemento varia:
sapato marrom-escuro → sapatos marrom-escuros
folha verde-amarelada → folhas verde-amareladas

A flexão de grau corresponde à variação em intensidade da qualidade expressa pelo adjetivo (veja mais em advérbios).

Grau comparativo

  • Igualdade. Exemplo: Este cão é tão feroz quanto aquele.
  • Superioridade. Exemplo: Este cão é mais feroz que aquele.
  • Inferioridade. Exemplo: Este cão é menos feroz que aquele.

Grau superlativo

Absoluto
  • Sintético. Exemplo: Este cão é ferocíssimo.
  • Analítico. Exemplo: Este cão é muito feroz.
Relativo
  • Superioridade. Exemplo: Este cão é o mais feroz do bairro.
  • Inferioridade. Exemplo: Este cão é o menos feroz do bairro.

A classificação dos Adjetivos possui algumas semelhanças com a classificação dos substantivos. Os adjetivos podem ser:

  • Primitivos ou derivados;
  • Simples ou compostos.

Primitivo ou Derivado

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Os adjetivos podem ser classificados quanto a origem:

  • Primitivo

São as palavras que vem primeiramente na cadeia de origens, as outras palavras derivam-se destas. Exemplo:

Bela → Beleza
Magro → Magreza
Justo → Justiça
  • Derivado

São os adjetivos que derivam de outras palavras, geralmente de verbos. Exemplo:

Plantar → Plantado
Completar → Completo
Cerca → Cercado

Simples ou Composto

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  • Simples

São os mais comuns de encontrar. São formados por uma palavra. Exemplo: Rico, Triste, Alto.

  • Composto

São os adjetivos formados por mais de uma palavra. Exemplo: Amarelo-claro, Professor universitário.

Adjetivos Capítulo XIII - Série Morfologia  Pronomes
O wikilivro Introdução à língua portuguesa possui uma versão simplificada deste assunto: Numerais

Numeral é a palavra que qualifica os seres em termos numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa em determinada sequência.

Observações: Não confundir numeral com plural e com o artigo indefinido

Cardinais - Expressam a quantidade exata de seres:

  • Duzentas pessoas se manifestaram.
  • Na verdade, ocorreu só após passarem quarenta dias.

Ordinais - Expressam ideia de ordem, de posição em uma determinada série:

  • Quem chega primeiro, consegue comprar os ingressos.
  • Estamos no terceiro milênio.

Multiplicativos - Expressam ideia de multiplicação, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada:

São muito usados no âmbito matemático. Apenas duplo, dobro e triplo são de uso corrente, os demais pertencem à linguagem erudita. Em seu lugar, usa-se o cardinal seguido da palavra vezes: cinco vezes, sete vezes, treze vezes.

  • Doze é o dobro de seis.
  • Às vezes, as palavras possuem duplo sentido.
  • Gastamos o triplo do que costumamos.

Fracionários - Expressam ideia de divisão, de fração, indicando em quantas vezes a quantidade foi dividida:

Embora sejam muito usados na matemática, também se verifica seu uso em linguagem do dia a dia e na área administrativa e financeira. Apresentam as formas próprias meio, metade e terço. Os demais são expressos pelo numeral ordinal correspondente, quando se trata de um só radical (quarto, sexto, oitavo, nono), pelo cardinal correspondente seguido da palavra avos, quando se trata de forma composta (quinze avos, dezesseis avos, vinte e quatro avos, cento e treze avos). Com exceção de meio, os numerais fracionários vêm antecedidos de um cardinal, que designa o número de partes da unidade: dois terços, três quaertos, cinco sextos, sete oitavos, oito nonos, nove décimos.

  • Metade do que tínhamos, ganhamos por sorte.
  • O atleta ganhou por um décimo de segundo.
Observações:
  • Todos os numerais concordam com o nome, exceto os multiplicativos que sempre são masculinos.
  • Geralmente os multiplicativos vêm precedidos de artigos, os fracionários é opcional o uso.

Escalas de numeração

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Existem dois sistemas de numeração, o curto e o longo. Na língua portuguesa, podemos encontrar os dois tipos, o sistemas de numeração longa em Portugal e de numeração curta no Brasil. A diferença é que no sistema de numeração curto há três classes por ordem, e no longo há quatro classes por ordem (exceto na simples e nas dos milhares). Veja:

Numeral Leitura Ordem
1 000 000 um milhão dos milhões
10 000 000 dez milhões dos milhões
100 000 000 cem milhões dos milhões
1 000 000 000 um bilhão (Brasil), mil milhões (Portugal) dos bilhões (Brasil), dos milhões (Portugal)
10 000 000 000 dez bilhões (Brasil), um bilião (Portugal) dos bilhões (Brasil), dos biliões (Portugal)

É importante notar que na escrita das nomenclaturas das ordens, a partir da terceira, no português do Brasil escreve-se com h, e no português europeu com i (bilhões ≠ biliões).

Nomenclatura dos cardinais

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Cada algarismo representa uma classe (unidade da ordem, dezena da ordem ou centena da ordem). Ordem é cada parte do número que possui nomenclatura especial: simples (sem nomenclatura), milhares, milhões, bilhões, trilhões, quatrilhões, pentilhões, etc

Os numerais cardinais possuem uma forma de escrita, que pode variar em algumas regiões:

Números com uma ordem
  • 1 - Entre a dezena, centena e unidade, sempre haverá a conjunção e (exceto números entre 11 e 19 e divisíveis por 10);
  • 2 - As classes nulas não possuem nomenclatura, ou seja, não há conjunção para introduzi-las (os números divisíveis por 10 - obviamente, todos possuem ao menos uma classe nula - possuem nomenclatura);
Números com mais de uma ordem
  • 3 - As ordens nulas (zero centenas, zero dezenas e zero unidades) não possuem nomenclatura;
  • 4 - A partir da decomposição de ordens do número (cada ordem segue a regra 1 e 2), os colocamos lado a lado, do maior ao menor;
  • 5 - Separamos as ordens uma da outra;
  • 6 - Para números com até duas ordens, colocamos a conjunção e, separando-as. Esta regra não aplica-se a números em que existe centenas na ordem simples, exceto se houver apenas a centena e não houver as dezenas e unidades;
Números com duas ou mais ordens não-nulas
  • 7 - Introduzimos cada ordem por vírgula (cada ordem segue as regras 1 e 2).
  • 8 - A ordem simples e a ordem dos milhares podem seguir as regras 3, 4, 5 e 6. As demais, a regra 7.

Quadro de numerais

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Ver módulo: Tabela de Numerais

Os numerais possuem duas funções:

  • Numerais substantivos: são aqueles que podem substituir outros substantivos, os numerais coletivos;
  • Numerais adjetivos: são aqueles que modificam o substantivo, dando uma quantidade ou uma parte, são os demais.

Flexão do numeral

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Cardinais - Variam em gênero os cardinais um, dois e centenas de duzentos em diante: um / uma, dois / duas, trezentos / trezentas.

Milhão, bilhão, trilhão etc. variam em número: milhões, bilhões, trilhões etc. Os demais são invariáveis

Ordinais - Todos variam em gênero e número: terceiro / terceira / terceiros / terceiras, centésimo / centésima / centésimos / centésimas

Multiplicativos - Invariáveis com função substantiva. Exemplo: Arrecadou-se o triplo dos impostos relativos ao do ano passado e liquidou-se o dobro da dívida do mês passado.

Com função adjetiva, variam em gênero e número. Exemplo: Bebi dois copos triplos de suco e três copos duplos de leite.

Fracionários - Variam em gênero e número: um terço / dois terços, uma terça parte / duas terças partes. Exemplo: Gastei dois terços do salário em remédios e tarefas diárias.

Coletivos - Variam em número: duas dúzias / três dezenas / quatro centenas / cinco séculos / seis milênios / sete hectares / oito novenas / nove resmas / dez quarentenas / onze lustros / doze quinquênios.

Emprego dos numerais

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Na indicação de papas, reis, imperadores, séculos, capítulos e partes de uma obra, quando se usam algarismos romanos depois do substantivo, usa-se o ordinal até dez e o cardinal de onze em diante.

Exemplos: Dom Pedro I (primeiro) / Dom João VI (sexto) / Felipe II (segundo) / João Paulo II (segundo) / Henrique VIII (oitavo) / Pio X (décimo)

João XXIII (vinte e três) / Bento XVI (dezesseis) / Luís XV (quinze) / Capítulo XIX (dezenove) / Século XXI (vinte e um)

Quando o algarismo romano vem antes do substantivo, a leitura será sempre como ordinal.

Exemplo: III Salão do Automóvel (terceiro) / IV Feira Literária (quarta) / VII Feirão da Casa Própria Caixa (sétimo) / V Encontro de Casais com Cristo (quinto)

Na indicação de artigos, incisos, parágrafos, circulares, avisos, leis, decretos e portarias, ou seja, em linguagem jurídica, usa-se o ordinal até nove e o cardinal de dez em diante, em síntese, textos e documentos oficiais.

Exemplos: Artigo 2 (segundo) / Inciso 8 (oitavo) / Parágrafo 6 (sexto) / Artigo 10 (dez) / Inciso 18 (dezoito) / Parágrafo 34 (trinta e quatro)

Na indicação de páginas, folhas, casas, apartamentos, cabines de navio, poltronas de cinema etc., usam-se os cardinais nas indicações comuns.

Exemplos: Apartamento 301 (trezentos e um), Casa 420 (quatrocentos e vinte), Página 250 (duzentos e cinquenta), Folha 170 (cento e setenta)

Os termos anterior, posterior, derradeiro, extremo, final, último, penúltimo, antepenúltimo, anteroposterior e outros semelhantes não se classificam como numerais, apesar de indicarem posição dos seres: são adjetivos.

Os cardinais catorze, dezesseis, dezessete, dezenove, bilhão e trilhão admitem as formas quatorze, dezasseis, dezassete, dezanove, bilião e trilião.

Os ordinais septuagésimo, trecentésimo, seiscentésimo, septingentésimo e nongentésimo admitem as formas setuagésimo, tricentésimo, sexcentésimo, setingentésimo e noningentésimo.

Porém, não existem as formas octagésimo e cincoenta. O uso de 'hum mil' em preenchimento de cheques é exclusivo para sistema financeiro e prática bancária, apesar de 'hum' ser uma interjeição, o uso de 'hum' evita a transformação do um na palavra cem.

Na linguagem jurídica, o numeral aparece flexionado: a folha trinta e uma, a folha vinte e duas.

Não devemos abusar do emprego dos algarismos romanos. Nomes de logradouros públicos devem trazer algarismos arábicos. Ex.: Rua 15 de Novembro (e não Rua XV de Novembro), Avenida 11 de Agosto (e não Rua XI de Agosto). Observe que ninguém usa: Rua I de Maio, Avenida VII de Setembro, Largo II de Julho, Praça XXXI de Março.

A expressão meia dúzia (também reduzida a meia) substitui o cardinal seis, principalmente em números de telefone.

A forma fracionária duodécimo é de uso normal, na linguagem administrativa, nas áreas em que a distribuição orçamentária se processa por parcelas mensais.

Como em certos jogos, as cartas, pontos ou pedras são designados pelas palavras ás, duque, quadra, quina e terno, a forma ás, equivalente a primeiro, passou a designar os campeões, especialmente dos esportes.

Certos ordinais, frequentemente usados para expressar qualidades, tornaram-se verdadeiros adjetivos: de primeira categoria, de segunda qualidade.

A forma reduzida primo, de primeiro, é usada no substantivo composto obra-prima, para indicar graus de parentesco (primos) e na matemática (números primos).

Usa-se cento na designação dos números entre cem e duzentos, precedido de artigo, com valor de substantivo e na expressão cem por cento.

Os numerais em português/ classificação palavras

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Romanos Números Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários Coletivos
I 1 um primeiro simples
II 2 dois segundo duplo ou dobro meio ou metade duo, dueto, dupla
III 3 três terceiro triplo ou tríplice terço trio
IV 4 quatro quarto quádruplo quarto quarteto
V 5 cinco quinto quíntuplo quinto quinteto, quina,

quinquênio

VI 6 seis sexto sêxtuplo sexto sexteto
VII 7 sete sétimo séptuplo sétimo septeto
VIII 8 oito oitavo óctuplo oitavo octeto
IX 9 nove nono nônuplo nono novena
X 10 dez décimo décuplo décimo dezena, década, dectuplo
XI 11 onze undécimo ou décimo primeiro undécuplo undécimo ou onze avos undéctuplo
XII 12 doze duodécimo ou décimo segundo duodécuplo duodécimo ou doze avos dúzia, duodéctuplo
XIII 13 treze tredécimo, trezeno, tércio-décimo ou décimo terceiro treze avos triodéctuplo
XIV 14 quatorze (catorze) décimo quarto catorze avos quadriodéctuplo
XV 15 quinze décimo quinto quinze avos quintiodéctuplo
XVI 16 dezesseis (dezasseis) décimo sexto dezesseis avos sextiodéctuplo
XVII 17 dezessete (dezassete) décimo sétimo dezessete avos septiodéctuplo
XVIII 18 dezoito décimo oitavo dezoito avos octiodéctuplo
XIX 19 dezenove (dezanove) décimo nono dezenove avos noviodéctuplo
XX 20 vinte vigésimo vinte avos vigintuplo
XXI 21 vinte e um vigésimo primeiro vinte e um avos unvigintuplo
XXX 30 trinta trigésimo trinta avos trintena, trigintuplo
XL 40 quarenta quadragésimo quarenta avos quarentena, quadragintuplo
L 50 cinquenta quinquagésimo cinquenta avos quinquagintuplo
LX 60 sessenta sexagésimo sessenta avos sexagintuplo
LXX 70 setenta septuagésimo ou setuagésimo setenta avos septuagintuplo
LXXX 80 oitenta octogésimo oitenta avos octogintuplo
XC 90 noventa nonagésimo noventa avos nonagintuplo
C 100 cem/cento centésimo cêntuplo centésimo centena, cento
CC 200 duzentos ducentésimo duzentos avos duocentigintuplo
CCC 300 trezentos trecentésimo ou tricentésimo trezentos avos triocentigintuplo
CD 400 quatrocentos quadringentésimo quatrocentos avos quadricentigintuplo
D 500 quinhentos quingentésimo quinhentos avos resma, quincentigintuplo
DC 600 seiscentos seiscentésimo ou sexcentésimo seiscentos avos
DCC 700 setecentos septingentésimo ou setingentésimo setecentos avos
DCCC 800 oitocentos octingentésimo oitocentos avos
CM 900 novecentos nongentésimo ou noningentésimo novecentos avos
M 1 000 mil milésimo milésimo milhar
X 10 000 dez mil dez milésimos dez mil avos
C 100 000 cem mil cem milésimos cem mil avos
M 1 000 000 um milhão ou milião* milionésimo milionésimo
M 1 000 000 000 um bilhão (ou bilião) bilhonésimo bilhonésimo
M 1 000 000 000 000 um trilhão (ou trilião) trilhonésimo (bilionésimo) trilionésimo (bilionésimo)
Milião não é aceito por todos os gramáticos
Observações: Não confundir a expressão "bilhão" que é usada no Brasil para expressar o número 1 000 000 000, com o termo "bilião", usado em Portugal para significar 1 000 000 000 000. Os termos entre parêntes referem-se à escrita dos números em Portugal.

Pronomes são palavras que exercem função nominal, seja para substituir um substantivo, seja para acompanhá-lo (determinando o seu significado). Quando ocupa o espaço normalmente destinado para substantivos (substituindo-o), o faz indicando a pessoa (se é 1º, 2º ou 3º pessoa), o número (se é singular ou plural) e o gênero (masculino ou feminino) da pessoa do discurso. Quando apenas acompanha o substantivo, o pronome modifica, de alguma forma, a relação da pessoa do discurso com o substantivo que acompanha. Também pode ser usado nos diálogos entre narrador e interlocutor.

A função do pronome pode ser de substantivo ou adjetivo. Quando o pronome substitui um substantivo na frase, denomina-o de pronome substantivo. Quando o pronome acompanha um substantivo, determinando o seu significado, denomina-o de pronome adjetivo.

  • Pronome substantivo: Ela não entende nada de dinheiro → o pronome pessoal reto da 3° pessoa Ela, nessa frase, poderia ser qualquer pessoa, como por exemplo: Maria não entende nada de dinheiro. Nesse caso, não seria um pronome, mas sim um substantivo próprio (Maria), a exercer a função de núcleo do sujeito.
  • Pronome adjetivo: Entregue seu destino nas mãos de Deus → o pronome possessivo masculino da 3° pessoa seu acompanha o substantivo destino, determinando-o, pois não é o meu destino, ou o destino de qualquer outra pessoa, é o seu destino. Nesse caso, o pronome se assemelha a um adjetivo, concordando em número e gênero com o substantivo que o acompanha.

Classificação dos pronomes

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Os pronomes podem ser classificados em seis tipos, conforme a seguir (clique nos links para obter mais informações sobre aquele tipo de pronome):

  • Pessoais: Os pessoais apontam para algum participante da situação da fala: eu, tu, ele, eles, nós, mim, comigo, você, vossa excelência, etc. Os pronomes pessoais podem ser retos, oblíquos ou de tratamento:
Eu amo aquela garota
Entregue-me os teus pertences!
Você irá comigo
  • Possessivos: Os possessivos indicam a quem pertence algo, geralmente transmitindo a ideia de posse:
Ele é meu melhor amigo.
Estas frutas são de tua cidade?
Nossas riquezas foram multiplicadas.
  • Demonstrativos: Os pronomes demonstrativos determinam o sujeito no espaço ou no tempo:
Este é um bom livro.
Aquelas mulheres não paravam de rir.
É muito estranho tudo isso.
  • Relativos: Os pronomes relativos referem-se a termos já expressos anteriormente, relativando seus significados:
Os estudantes que tiraram a farda na cerimônia de formatura estão em sarilhos.
Objetos os quais perdidos serão devolvidos.
O dólar, que é a moeda dos Estados Unidos, é bastante valorizado.
  • Interrogativos: Os pronomes interrogativos são usados na construção de perguntas, transmitem a ideia de dúvida:
Quem está aí?
Sabe quem assassinou a jovem?
Tu queres o quê?
  • Indefinidos: Os pronomes indefinidos preenchem um espaço numa frase deixando imprecisa uma pessoa, uma coisa ou um lugar, que representam:
Você precisa de algo?
Ninguém deixará esta sala.
Quaisquer pessoas aqui serão bem recebidas.


Observações: Os pronomes pessoais serão sempre pronomes substantivos, pois sempre se pode substituí-los por um substantivo, ou representá-lo, e vice e versa; os demais pronomes são, normalmente, pronomes adjetivos, mas podem assumir a forma substantiva dependendo do caso, como por exemplo:
  • Aqueles são os inimigosAqueles exerce a função substantiva, podendo até mesmo ser substituído por um substantivo, como por exemplo: Os alemães são os inimigos. Portanto, pronome substantivo;
  • Aqueles meninos não têm futuroAqueles determina o substantivo, pois explica quais são os meninos que não têm futuro, e ainda concorda em número (plural) e gênero (masculino) com o substantivo meninos, como se fosse um adjetivo. Portanto, pronome adjetivo.

Os pronomes pessoais possuem as funções de substituir o nome de um ser e, ao mesmo tempo, situá-lo em relação a pessoa gramatical do discurso; ou seja, indicar quem fala (1.ª pessoa), com quem se fala (2.ª pessoa) ou de quem se fala (3.ª pessoa), tanto no singular quanto no plural.

Subdividem-se os pronomes pessoais em três tipos: pronome reto e pronome oblíquo (que dependem da função sintática que exercem); e pronome de tratamento:

  • Pronome reto: exerce função de sujeito.
Eles caminharam no deserto por anosEles atua como sujeito da oração (os pronomes retos, quando aplicados, serão sempre o sujeito de algum verbo que o acompanha e estarão, muitas vezes, oculto na frase).
  • Pronome oblíquo: exerce a função de complemento ou de objeto (direto ou indireto).
Entregue-me o que é seu → o pronome oblíquo me é o objeto indireto do verbo entregar (regido por preposição, pois entrega a alguém)
Venha comigo para o sul → o pronome oblíquo comigo atua como complemento do verbo vir, regido pela preposição com
Enterre-o no jardim → no terceiro exemplo, o pronome átono "o" é objeto direto (sem a presença de preposição, pois enterra algo ou alguma coisa);
  • Pronome de tratamento: são certas palavras e locuções (com formas próprias) aplicadas em casos especiais e considerando a importância do ser a que se quer dirigir a comunicação. São usados tanto como sujeito como objetos verbais.
Vossa Excelência é um exemplo de honestidade.

Os pronomes retos e oblíquos podem assumir as seguintes formas, conforme tabela abaixo:

Pronomes pessoais
Número Pessoa Retos Oblíquos
Átono Tônico
Singular 1.ª eu me mim, comigo
2.ª tu te ti, contigo
3.ª ele, ela o, a, lhe ele, ela, se, si, consigo
Plural 1.ª nós nos nós, conosco
2.ª vós vos vós, convosco
3.ª eles, elas os, as, lhes eles, elas, se, si, consigo

Pronomes retos

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Os pronomes retos são, por excelência, pronomes substantivos, portanto, servem de substitutos dos substantivos e para representar a pessoa da oração:

Eu sou um ótimo estudante → o pronome eu substitui o nome do ser (ou seja, o substantivo) que é um ótimo estudante, por exemplo: Marcos é um ótimo estudante;
Nós partiremos nesta noite → os seres que partirão esta noite estão, resumidamente, representados pelo pronome nós;

Os pronomes pessoais retos podem mudar de forma (flexionar), dependendo do número (singular ou plural) e da pessoa gramatical (1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa) do discurso, conforme abaixo:

Pronomes retos
Singular Plural
1.ª pessoa Eu Nós
2.ª pessoa Tu Vós
3.ª pessoa Ele, Ela, Você Eles, Elas, Vocês
Observação: É possível contrair as formas ele(s), ela(s) com as preposições de e em, formando as formas: dele(s), dela(s), nele(s) e nela(s). Essas formas costumam ser aplicadas quando exercem a função de predicativo do sujeito, normalmente indicando pertencimento ou localização, como por exemplo: O brinquedo é dele. Entretanto, quando o pronome exerce a função de sujeito de um verbo, a preposição não se une ao pronome: A culpa de ela quebrar o vaso é minha.

Não se deve usar os pronomes retos de maneira indiscriminada; pois, no português, a desinência verbal, normalmente, é suficiente para indicar o número e a pessoa gramatical do sujeito da ação verbal.

Como o verbo concorda em número e pessoa com o sujeito a que se refere (nesse caso, sob a forma de um pronome reto) é possível, por meio da concordância verbal, deduzir a forma do pronome, mesmo que ele não esteja visível na frase (formando um sujeito oculto ou elíptico). Exemplos:

Sou um ótimo estudante → a forma que o verbo ser se apresenta é suficiente para deduzir que o sujeito da frase é o pronome reto eu, que está oculto;
Partiremos nesta noite → a desinência verbal emos do verbo partir indica que o sujeito da frase é o pronome reto Nós;

Os principais usos do pronome reto são as seguintes:

  • Quando se deseja dar ênfase ao sujeito, mas sem revelar o seu nome (ou sem determiná-lo); geralmente repetindo-o ou, simplesmente, não o ocultando:
Eu, mesmo doente, sobrevivi, mas ela não resistiu;
Ele entrou silencioso. Ele não sabia onde estava.
  • Quando se deseja opor duas pessoas, ou quando há contraste entre elas:
Eu vou naquela direção, tu vais para esta;
No fim, eu choro e ela ri;
Ambos estávamos doentes. Eu, sobrevivi. Ela não resistiu.
  • Quando se deseja representar um substantivo já anteriormente mencionado:
O Presidente é uma pessoa simpática. Ele não se cansa de abraçar o seu povo
Observação 1: Como o pronome ele e ela pode representar qualquer substantivo já mencionado, deve-se evitar ambiguidades quando o pronome se referir a dois sujeitos diferentes, por exemplo:
Cláudia pediu para Maria que ela saísse primeiro → é ambígua a frase, pois não se sabe quem deve sair primeiro, Cláudia ou Maria.

Observação 2: Quando se quer dar ênfase ao pronome-sujeito, costuma-se usar as palavras mesmo e próprio anterior ou posteriormente ao pronome. Esse mecanismo serve apenas para realçar o sujeito, imprimindo-lhe uma importância diferenciada:

  1. Ela própria assumiu o controle;
  2. Mesmo eu não pude detê-lo

Função sintática

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Os pronomes retos, por serem os substitutos dos substantivos, podem exercer algumas funções sintáticas próprias de substantivos, conforme abaixo:

  • Exerce função de sujeito:
Ela é uma garota insensata;
Lutarei até o fim (com o sujeito Eu elíptico).
Ainda é ele em cada palavra;
Ele será tu em poucos dias.
  • Exerce função de vocativo (apenas nos pronomes tu e vós):
Ó vós, Senhor do Mundo, que és o possuidor do poder divino;
Ó tu, sim, és o filho perdido.
Observação: Pelo fato de os pronomes retos exercerem a função de sujeito, em frases onde há a presença do verbo, deve-se utilizar os pronomes retos. Onde não há a presença do verbo, utiliza-se os pronomes oblíquos. Por exemplo:
  1. Esse dinheiro é para eu gastar → o pronome eu (pronome reto) é o sujeito do verbo gastar, portanto, é errada a construção: "Esse dinheiro é para mim gastar", pois o mim (pronome oblíquo) jamais será sujeito, e sim complemento (lembre-se de que é a função sintática que separa os pronomes retos dos oblíquos);
  2. Esse dinheiro é para mim → nesse caso, o mim exerce a função que é própria dos pronomes oblíquos (de complemento do verbo), portanto, essa construção está correta.

Como regra, deve-se observar se há a presença de verbo acompanhando o pronome (o que exigiria que esse pronome fosse o sujeito desse verbo). Se o pronome em questão precisa ser o sujeito, então este será um pronome reto, se não houver verbo, o pronome assumirá a forma oblíqua.

Na língua falada, é muito comum o uso dos pronomes retos ele e ela na função de objeto, como por exemplo, quando se diz: Vi ele passar, Deixei ela pra trás, enquanto o correto seria o uso das formas oblíquas o, a, os, as (Vi-o passar; Deixei-a para trás)

Valores especiais

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Os pronomes retos (em especial na linguagem formal), podem ser empregados para imprimir um determinado valor emotivo, dependendo da ocasião e para quem é direcionada a mensagem, segue algumas dessas aplicações:

  • Plural de modéstia → ocorre quando há o emprego da forma da 1.ª pessoa do plural (nós) ao invés da 1.ª pessoa do singular (eu), com o objetivo de fazer parecer que o mensageiro expressa uma opinião compartilhada por todos os ouvintes, ou representa a opinião coletiva, ao invés de suas próprias opiniões individuais.
Nós apoiamos as decisões do sindicato
  • Plural de majestade → termo pouco utilizado no Brasil, ocorre quando se aplica do pronome no plural "nós", mesmo referindo-se a um sujeito na 1.ª pessoa do singular, como sinal da grandeza do cargo que ocupa.
Nós, Henrique II, em nome do Reino da Inglaterra, declaro guerra à França.
  • Fórmula de cortesia → é a forma utilizada em requerimentos, onde referimos-nos a nós mesmos em 3.ª pessoa, como sinal de respeito e humildade para quem encaminhamos a requisição.
João da Silva, funcionário público, residente em Brasília, requer a V. S.ª liberação para ausentar-se do serviço...
  • Modéstia do pronome eu → pode-se expressar modéstia na posição do pronome sujeito eu quando na presença de sujeito composto. O uso indiscriminado desse pronome, causa a sensação de valorização da própria personalidade, ou da própria posição em relação aos demais; por isso, a aplicação desse recursos requer atenção em dois detalhes:
  1. Pedro, Marcos e eu saímos vitoriosos → quando indica algo agradável, vitória, conquista, ou coisas positivas, deve-se colocar o pronome ao final do sujeito composto, indicando modéstia de participação no evento positivo.
  2. Eu, Pedro e Marcos cometemos muitos erros → quando indica algo desagradável, derrota, perda, ou coisas negativas, deve-se fazer o oposto da situação anterior e se posiciona na frente em sinal de humildade e cortesia, não se esquivando da responsabilidade do evento negativo (até desejando assumir mais responsabilidade que os demais).

Pronomes oblíquos

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Ver também: Colocação Pronominal e Colocação Pronominal nas Locuções Verbais

Os pronomes oblíquos, no exercício de suas funções sintáticas (que é de ser objeto direto, indireto ou complemento), podem fazê-lo indicando reflexibilidade ou não reflexibilidade da ação verbal sobre o sujeito. Quanto às formas que os oblíquos podem assumir, essas formas dependem da tonicidade que possuem, apresentando-se sob duas formas: átonas e tônicas

  • Pronomes átonos: são os que possuem tonicidade fraca, por isso apoiam-se na tonicidade de um verbo, unindo-se a ele por intermédio de um hífen. Por exemplo:
Leve-a para casa → a força tônica de leve-a está na sílaba le (le-ve-a), as demais sílabas são átonas, inclusive a última (que representa o pronome a);
Vesti-a para um filme → a sílaba tônica de vesti-a está em ti, sendo átona as demais sílabas (ves-ti-a).
  • Pronomes tônicos. por apresentar tonicidade forte, não se unem ao verbo por meio do hífen. Os pronomes oblíquos tônicos estão sempre acompanhados por uma preposição. Por exemplo:
Gosto de ti mais que de mim → os pronomes ti e mim possuem suas forças tônicas separadas da tonicidade do verbo que acompanham (gos-to-de-ti), porém precisam da presença da preposição de para terem sentido;
Venha comigo → perceba que em comigo, contigo, conosco e convosco, a preposição com é parte integrante do pronome migo e ainda possui força tônica própria (ve-nha-co-mi-go)

Reflexibilidade

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Quando na função de objeto ou complemento, classifica-se os pronomes oblíquos em dois tipos distintos: reflexivos e não reflexivos. Todos os pronomes Oblíquos assumem uma dessas duas posições; porém, o uso do pronome para indicar reflexibilidade é menos ocorrente do que para indicar a não reflexibilidade, por isso nomeia-se apenas estes de pronomes reflexivos devido a função que exercem e não a forma que possuem (apesar de que os reflexivos na 3.ª pessoa possuem formas próprias (se, si e consigo) e formas átonas nas demais pessoas).

  • Pronomes reflexivos: são os pronomes que, ao mesmo tempo, são o objeto e a representação do sujeito que praticou a ação expressa pelo verbo, ou seja, ocorre quando o pronome representa a pessoa da ação verbal que, reflexivamente, praticou a ação sobre si mesmo (ocupando, simultaneamente, o polo ativo e passivo da ação verbal).
O criminoso entregou-se a tempo → note que a ação verbal entregar (verbo transitivo direto) partiu do substantivo-sujeito criminoso e recaiu sobre o pronome-objeto se.
Defenda-se se for capaz → o verbo ordena que o sujeito tu (oculto na frase) defenda a pessoa que o pronome se representa, ou seja, o próprio sujeito.
  • Pronomes não reflexivos: são os pronomes que fazem o papel do objeto que recebeu (do sujeito) a ação expressa pelo verbo, ou seja, ocorre quando o pronome representa uma pessoa diferente da pessoa que, ativa ou passivamente, praticou a ação verbal.
Joguei-a na cama → o sujeito oculto eu jogou alguém, representado pelo pronome a, na cama, ou seja, são pessoas completamente diferentes: uma pessoa joga, a outra é jogada; uma pratica a ação verbal no polo ativo, a outra recebe ação verbal no polo passivo.

Formas dos oblíquos

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Os pronomes oblíquos não reflexivos mudam de forma em função da pessoa, do número e do gênero gramatical, bem como em função da acentuação que possuem (átona ou tônica). Os pronomes oblíquos reflexivos são os mesmos que os não reflexivos nas formas átonas da 1.ª e da 2.ª pessoa gramatical, e apresentam três formas próprias quando indicam alguém na 3.ª pessoa gramatical.

Pronomes oblíquos
Não reflexivos Reflexivos
Átono Tônico
Singular Plural Singular Plural Singular Plural
1.ª pessoa me nos mim, comigo nós, conosco me nos
2.ª pessoa te vos ti, contigo vós, convosco te vos
3.ª pessoa o, a, lhe os, as, lhes ele, ela eles, elas se, si, consigo

A identificação da função de um pronome oblíquo requer a percepção de algumas variáveis, tanto nas formas átonas quanto nas formas tônicas, sendo que cada forma possui suas peculiaridades.

Formas átonas

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Os pronomes átonos normalmente estão ligados a um verbo por meio do hífen, o que limita as funções que esses tipos de pronomes podem exercer, portanto, eles geralmente são o objeto desse verbo. Há oblíquos átonos que exercem função sintática exclusiva (como os pronomes átonos da 3.ª pessoa o, a, os, as, lhe e lhes), mas há oblíquos quem podem exercer tanto a função de objeto direto como a de objeto indireto, tudo vai depender da transitividade do verbo em cada caso (como os pronomes me, te, nos, vos).

  • Pronomes o, a, os, as: esses pronomes somente podem ter a função de objeto direto.
Convidei-a para sair → objeto direto do verbo convidar na colocação enclítica;
Não a convidei para sair → objeto direto do verbo convidar na colocação proclítica.
  • Pronomes lhe, lhes: esses pronomes somente podem ter a função de objeto indireto, porém a preposição é anulada.
Obedeça-lhes ou ficará de castigo → objeto indireto do verbo obedecer na colocação enclítica;
Não lhes obedecerei mais → objeto indireto do verbo obedecer na colocação proclítica.
  • Pronomes me, te, se, nos e vos: esses pronomes podem ter a função de objeto direto ou de objeto indireto e, ao contrário dos pronomes anteriores, não é possível identificar se o verbo transita direta ou indiretamente apenas olhando a forma do pronome, para isso é fundamental o conhecimento da regência do verbo.
Ouviu-me cantar → objeto direto, pois quem ouve, ouve alguém;
Chamou-me com urgência → objeto indireto pois quem chama, chama a alguém;
Observação: Entretanto, há alguns casos em que os oblíquos átonos podem exercer a função de sujeito, contrariando uma das características fundamentais dos oblíquos (que é servirem de objeto ou de complemento). Esses casos são uma exceção à regra geral (pois é erro tomar o oblíquo por sujeito), mas é possível (e lícito) apenas se os oblíquos átonos forem o sujeito de um verbo (que consequentemente estará no infinitivo) que complementa o sentido de outro verbo (o qual o mesmo átono serve de objeto). Isso ocorre com os verbos causativos (deixar, mandar e fazer) e sensitivos (ver, ouvir e sentir).
Deixaram-no ficar mais um pouco

Causativos são os verbos que expressam ação que leva a uma consequência.

Sensitivos são os verbos que indicam a presença de um dos sentidos.

Flexão dos átonos da 3.ª pessoa

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As formas átonas o, a, os, as sofrem variações próprias em função da posição que ocupam e da terminação das formas verbais a que se ligam. Essas mudanças, no entanto, não mudam as características próprias desses oblíquos átonos, que é indicar a 3º pessoa gramatical e ser objeto direto do verbo ao qual estão unidos. Se diz que o pronome é clítico por ser átono e unir-se ao verbo. A posição do pronome em relação ao verbo não é fixa, podendo este aparecer antes do verbo (enclítico), muitas vezes antes depois do verbo (proclítico), e, até mesmo, no meio do verbo (mesoclítico). Portanto, não é de regra a união do pronome ao verbo pelo hífen para percebê-lo como um pronome átono, principalmente no que se refere às suas funções sintáticas, que serão as mesmas independentemente da posição que ocuparem. Ver o estudo completo desse tema no tópico específico sobre Colocação pronominal.

  • Pronomes antepostos ao verbo (posição proclítica): nessa posição, usa-se as formas normais o, a, os, as.
Não os entendo, o que querem?
  • Pronomes pospostos ao verbo (posição enclítica): deve-se observar a terminação dos verbos aos quais os pronomes se relacionam:
1. Permanecem na forma normal o, a, os, as se o verbo terminar em vogal ou ditongo oral:
Vejo ele na televisão ou Vejo-o na televisão → o verbo ver nessa conjugação termina em vogal, portanto, o oblíquo átono assume a forma normal (o).
Entregarei ele para a polícia ou Entregarei-o para polícia → deve sempre observar a terminação verbal considerando o tempo e o modo do verbo apresentado, pois é possível que em algumas conjugações a terminação verbal não seja uma vogal ou um ditongo oral.
2. Mudam a forma para lo, la, los, las se o verbo termina nas consoantes r, s, z, sumindo a terminação no processo;
Preciso ver ele ou Preciso vê-lo → o verbo, na forma infinitiva (portanto, com terminação em r), modifica a forma normal do pronome de o para lo.
Entregaremos ele para a polícia ou Entregaremo-lo para a polícia → a terminação do verbo em s some e a forma átona muda para lo.
3. Mudam a forma para no, na, nos, nas se o verbo terminar em ditongo nasal (verbos terminados em m, n, ão).
Coroaram ele rei ou Coroaram-no rei
  • Pronomes no meio do verbo (posição mesoclítica): deve-se assumir as formas lo, la, los, las quando relacionados a um verbo na terceira pessoa do futuro do presente ou futuro do pretérito do indicativo, pois, nessa posição, os pronomes estão pospostos a um verbo que quando retirada a desinência, em r (obedecendo a regra da terminação r, s, z).
Entregarei ele ou Entregá-lo-ei

Formas tônicas

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Os pronomes tônicos sempre estão acompanhados por preposição, o que, na maioria dos casos, lhes dão a função de objeto indireto ou complemento. Para os pronomes tônicos é preciso que se analise sintaticamente as demais funções da oração pois eles podem ocupar tanto a posição de termo integrante como de termo acessório.

Sou o pior inimigo de mim.
  • Objeto indireto:
Olhe para mim com carinho.
  • Objeto direto (preposicionado pela preposição a):
Amou a si em primeiro lugar.
A separação será sentida por mim.
Ele viajou conosco. (adjunto adverbial de companhia com a presença da preposição com integrada ao pronome nosco)

Aplicação das preposições

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Ver também: Preposições

As formas oblíquas tônicas sempre são regidas por preposição, ou seja, elas sempre estarão lá antepostas aos pronomes. Contudo, há casos em que algumas preposições, pelo sentido que exprimem, possuem uma relação especial com o pronome do qual são antecessoras. Essa relação pode ser tanto para modificar a forma do pronome, como para dar a ele valor enfático. As formas pronominais mim, ti, ele, ela, nós, vós, eles, elas, podem ser antecedidas de diversas preposições (como as preposições para, de, a, por, em, entre); mas, em casos especiais, a aplicação tanto do pronome quanto da preposição requer algumas observações:

  • Preposição a: pode-se aplicar essa preposição caso se deseje enfatizar o objeto que está na forma átona e já mencionado anteriormente. Para isso, utiliza-se um pronome na forma tônica (antecedido da preposição a) a fim de retornar enfaticamente o mesmo objeto.
Dava-lhe a ela uma outra oportunidade → a forma pronominal tônica a ela enfatiza o objeto indireto do verbo dar, (que é o pronome átono lhe).
Presenteei-me a mim mesmo com essas flores → a forma pronominal tônica é retornada por outra forma verbal átona, já expressa anteriormente.
  • Preposição com:
1. Normalmente essa preposição já está integrada às formas pronominais migo, nosco, vosco, porém, quando em relação com os pronomes ele(s) e ela(s), mantem-se distintos as formas de cada um.
Esteja com ele quando nos encontrarmos;
Com ela ninguém pode.
2. Em casos de exceção, a integração da preposição com nos pronomes comigo, conosco, convosco é desfeita se, após esses pronomes, vierem as palavras reforçativas outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou qualquer numeral.
Eles não poderão conosco (sem reforçativos) → Eles não poderão com nós três (acompanhado de numeral);
Resolveremos conosco esses problemas Resolveremos com nós mesmos esses problemas
  • Preposições acidentais afora, fora, exceto, menos, salvo (ou salvante, uso raro), segundo, conforme, tirante (e não tirando, uso informal), durante, consoante, mediante, visto, senão: após essas preposições, utiliza-se as formas eu, tu, ele(s), ela(s) que, nesse caso, são tratados como oblíquos e não como pronomes retos.
Puniram todos, exceto eu, que fui polpado;
Fora tu, ninguém mais pode.
  • Preposição entre: deve-se utilizar, obrigatoriamente, as formas tônicas após essa preposição.
Entre mim e você, não há mais nada. → portanto, desaconselha-se usar a forma entre eu e você...
Essas brincadeiras são entre eles.eles também é uma forma oblíqua da 3.ª pessoa.
  • Preposição até:
1. Usa-se as formas oblíquas mim, ti e si quando a preposição denotar que o pronome é o limite, a chegada ou o destino.
Venha até mim, pois eu sou a luz.
2. Usa-se as formas retas eu, ele, tu quando a preposição denotar que o pronome está incluso naquilo de que se fala, equivalente às palavras mesmo, também, inclusive, já que, nestes casos, o pronome exerce função de sujeito.
Até eu já beijei aquela garotainclusive eu já beijei aquela garota;
Como pode? Até tu me abandonastemesmo tu me abandonaste?.

Pronomes reflexivos e recíprocos

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Ver também: Conjugação Reflexiva

Os pronomes reflexivos são os que, no papel de objeto direto e ou indireto, representam a mesma pessoa que o sujeito da oração. O entendimento dos pronomes reflexivos está intimamente ligado ao entendimento dos verbos reflexivos. Quando se deseja expressar a reflexibilidade da ação verbal, indicando que o sujeito praticou a ação sobre si mesmo, o verbo fica na voz reflexiva.

Não é exclusivo o uso do pronome para indicar reflexibilidade, há casos em que o pronome indica também reciprocidade, que, apesar de menos ocorrentes, possui sentido diverso. Portanto, subdividi-se os pronome reflexivos quando na função reflexiva e na função recíproca, que diferenciam-se justamente por causa da ambiguidade que podem causar:

  • Pronomes reflexivos: por expressarem reflexibilidade (no singular ou no plural), pode-se normalmente complementar o sentido dessa oração com as expressões: a mim mesmo, a ti mesmo, a si mesmo. São eles: me, mim, tu, ti, nos, vos, se, si, consigo.

Na conjugação pronominal reflexiva, a ação reflete sobre o próprio sujeito.

Enganei-me → significa o mesmo que enganou a mim mesmo.
Iludiu-se → significa o mesmo que iludiu a si mesmo.
  • Pronomes recíprocos: por expressarem reciprocidade (com os pronomes na 3.ª pessoa, ou quando em sujeito plural), pode-se normalmente complementar o sentido dessa oração com as expressões: um ao outro, uns aos outros, entre si, ou os advérbios reciprocamente, mutuamente.

São eles: nos, vos, se.

Feriram-se → significa o mesmo que feriram entre si, mutuamente, uns aos outros.
Mataram-se → significa o mesmo que mataram-se reciprocamente.
Observação: Frequentemente, na presença do sujeito plural, as funções reflexivas e recíprocas se confundem, havendo risco de ambiguidade, não sendo possível diferenciar um do outro. Nesse caso, recomenda-se complementar essas orações com expressões de reforço. Todo pronome recíproco é um pronome reflexivo, mas nem todo pronome reflexivo é um pronome recíproco.:
  • João e Maria amaram-se → pode, reflexivamente, significar que João amou a si mesmo, enquanto, paralelamente, Maria também amou a si mesma; ou, reciprocamente, pode significar que João amou a Maria, enquanto, simultaneamente, Maria amou a João, pois eles amaram-se um ao outro.
  1. João e Maria amaram-se a si mesmos no fim do relacionamento → a expressão reforçativa a si mesmo indica reflexibilidade;
  2. João e Maria amaram-se um ao outro na noite de núpcias → a expressão reforçativa um ao outro indica reciprocidade, assim como outras expressões como entre si ou advérbios como reciprocamente ou mutuamente.

Função reflexiva

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A função dos pronomes reflexivos depende da natureza do verbo reflexivo com o qual se relaciona, portanto, perceber qual é a natureza do verbo é fundamental para entender qual a função do pronome. Os reflexivos podem exercer suas funções típicas (objeto ou complemento), ou não possuírem função alguma! Quando o pronome serve de recipiente da ação verbal (portanto, quando acompanham verbos transitivos) exerce a função de reflexibilidade pronunciada; quando o pronome indica reflexibilidade, mas não há transitividade na ação, exerce a função de reflexibilidade atenuada.

  • Reflexibilidade pronunciada: é a função que os pronomes reflexivos exercem quando são, normalmente, objeto direto da ação verbal (podendo também ser objeto indireto). Chama-se de reflexibilidade pronunciada pelo fato de que o pronome relaciona-se com verbos pronominais acidentas, ou seja, a ação verbal transita para um pronome reflexivo. Quando o pronome é aplicado dessa forma, a sua pronúncia ganha força, por exemplo, quando se diz: "Cortei-me", torna-se muito mais evidente a relação objetiva do pronome com o verbo. O pronome anuncia-se na força da sua pronúncia, indicando que há transitividade da ação verbal.
Atingi-me no peito;
Atirou-se pela janela.
  • Reflexibilidade atenuada: ocorre nos casos em que o pronome é parte integrante de verbos pronominais essenciais, pois o sentido do verbo não pode ser concebido de outra forma que não seja reflexivo. Nesse caso, os pronomes não possuem função nenhuma, apesar de aparentemente exercerem a função de objeto, não o são, pois não há transitividade. Não há uma pessoa passivamente recebendo a ação verbal, portanto, a pronuncia do pronome é atenuada (suavizada, enfraquecida); quando se diz: "Arrependi-me", o sentido do verbo já revela que a ação verbal ocorreu no próprio sujeito pelo o que o verbo é, e não porque o pronome indicou esse fato.
Espelhou-se em seu pai;
Observação: Pelo fato dos verbos reflexivos sempre necessitarem da presença de um pronome reflexivo para indicar-lhes a reflexibilidade, chama-os de verbos pronominais, pois, como se pode perceber facilmente, a reflexão não seria possível sem a presença do pronome oblíquo apropriado. Os verbos pronominais dividem-se em dois tipos: os pronominais essenciais e os pronominais acidentais.
  • Verbos pronominais essenciais: são os que possuem o pronome reflexivo como parte integrante do verbo, pois não é possível, para esses verbos, que a ação verbal seja praticada em um objeto que não o próprio sujeito, semelhantes aos verbos intransitivos, porque a ação não transita a um objeto, ela simplesmente acontece no âmago do próprio verbo. Por exemplo:
  1. Indignou-se com os políticos → não é possível alguém "indignar" outra pessoa. Pelo sentido inato do verbo, a ação é desenvolvida exclusivamente no interior do ser do sujeito do verbo, sendo impossível fazer essa mesma ação ocorrer fora desse ser por uma vontade impositiva.
  2. São exemplos de verbos pronominais essenciais: arrepende-se, indigna-se, abster-se, comportar-se.
  • Verbos pronominais acidentais: são os verbos que representam uma ação capaz de ser dirigida tanto para uma outra pessoa (diferente do ser que a pratica), como para o próprio ser que a pratica. Diferentemente do pronominal essencial, a ação reflexiva dos pronominais acidentais é possível de ocorrer se assim agir o sujeito da ação verbal; por isso os pronominais acidentais são, geralmente, verbos transitivos, pois é possível que a ação transite para um objeto, seja esse objeto uma outra pessoa do sujeito, ou o próprio sujeito.
  1. Atirou-se pela janela → o sujeito foi o agente da ação na sua iniciativa e, ao mesmo tempo, foi o paciente dessa ação nas suas consequências.
  2. Feri-me profundamente → ficaria incompleta a frase do tipo: eu feri profundamente, portanto, verbo exige a presença do objeto para ter sentido, pois a ação precisa, necessariamente, transitar; o que no exemplo (feri-me), foi o próprio sujeito o objeto da ação.

Função recíproca

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Ao contrário da função reflexiva, em alguns casos o pronome não está indicando que o objeto da ação é o mesmo que o sujeito que a praticou. Pode ocorrer casos onde o sujeito seja composto, ou o pronome indica uma pluralidade de pessoas, e a ação ocorre entre essas pessoas simultaneamente. Esse não é o caso reflexivo porque o objeto e o sujeito não são os mesmos.

Pedro e Caio abraçaram-se na despedida → nesse caso, Pedro abraçou Caio (sujeito = Pedro; objeto = Caio), e ao mesmo tempo, Caio abraçou Pedro (sujeito = Caio; objeto = Pedro), demonstrando que a ação foi recíproca.
Eles se atropelaram na saída → uma primeira pessoa foi agente da ação praticada na segunda pessoa e paciente da ação que essa segunda pessoa praticou, simultaneamente, ocorrendo o mesmo na segunda pessoa.

Pronome de tratamento

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Ver módulo: Pronomes de tratamento

Pronomes de tratamento são todas as palavras ou expressões que referem-se a alguém da 1ª ou da 2ª pessoa gramatical como se ela estivesse na 3ª pessoa, ou representam alguém que efetivamente está na 3ª pessoa gramatical. Para fins de concordância verbal, deve-se tratar esses elementos sempre como alguém da 3ª pessoa. São considerados pronomes pessoais, pois, seu uso equivale-se aos dos pronomes retos e pronomes oblíquos (função sintática de sujeito e objeto).

Vossa Majestade deseja algo? → o pronome de tratamento leva o verbo para a 3ª pessoa do singular (Ele deseja), apesar de referi-se a alguém que efetivamente está na 2ª pessoa do singular (a qual a forma verbal é: Tu desejas)
Você faria um favor para mim? → utiliza-se a forma verbal da 3ª pessoa (faria) ao invés da 2° pessoa (farias), apesar de efetivamente se referir a alguém da 2ª pessoa.
Observação: É importante enfatizar as circunstâncias em que se aplicam os pronomes de tratamento, pois, retomando o conceito inicial, os pronomes referem-se a alguém como se ela estivesse na 3° pessoa, ou representam alguém que já está na 3ª pessoa:
  • Quando se diz: Você fez isso? Nessa pergunta, há presença de dois personagens, alguém da 1° pessoa fazendo uma pergunta para alguém da 2ª pessoa, mas para referir-se a esse alguém da 2° pessoa, não se usa o pronome apropriado para esse fim (tu), usa-se uma palavra representativa (você, vossa excelência), tratando-a como um ser hipoteticamente situado na 3ª pessoa singular ou plural.
  • Quando se diz: A gente fez isso. O pronome a gente refere-se, de fato, a presença de duas ou mais pessoas, sendo uma delas alguém quem fala (1ª pessoa gramatical); esse termo equivale ao pronome reto nós, mas, para efeito de concordância, o verbo não concorda com sentido real do pronome (se não a frase seria Nós fizemos isso), concorda imaginariamente com o pronome da 3ª pessoa (Ele fez isso, nessa frase, a forma verbal não se alterou).
  • Quando se diz: Sua Alteza está em seus aposentos. Nessa forma, estamos nos referindo a alguém que não é quem fala, nem quem escuta, mas sim uma 3ª pessoa que não participa do diálogo, entretanto, por força do cargo ou da posição que ocupa, essa referência precisa ser feita de maneira cerimoniosa, por meio de um fórmula de cortesia específica para essa pessoa de elevada importância. Essa forma do pronome de tratamento é utilizada para referi-se a alguém que já se encontrava na posição de 3ª pessoa gramatical.

Os pronomes de tratamento possuem formas próprias quando representam a pessoa gramatical e a importância pessoal (por força do cargo ou da posição) que esse ser possui. A representação da pessoa gramatical é limitada, pois há formas específicas para cada caso, mas para representar uma pessoa de importância diferenciada, há uma lista de fórmulas de tratamento que convém saber para sua correta aplicação. Quando os pronomes de tratamento referem-se a alguém pela sua importância, também é possível abreviá-lo de forma própria, portanto, há tantas abreviações quanto há pronomes.

Pronomes de Tratamento
Forma Representação da Pessoa Gramatical
A gente 1ª pessoa gramatical do plural (nós)
Você(s) 2ª pessoa do singular (tu) ou plural (vós)
Senhor(es) e Senhora(s) 2ª pessoa do singular (tu) ou plural (vós)
Vossa + (fórmula de tratamento) 2ª pessoa do singular (tu) ou plural (vós)
Sua + (fórmula de tratamento) 3ª pessoa do singular (Ele/Ela) ou plural (Eles/Elas)
  • Uso do a gente: Esse pronome equivale a nós, não possui abreviação, e sua forma correta é o a e o gente separados, pois sua aplicação junta significa quem executa, é encarregada, ou age para algum fim:
A gente precisa partir → exerce função de pronome de tratamento; diferente de O agente de polícia, que é um substantivo com sentido diverso.
  • Uso do você(s): Aplica-se quando se quer expressar intimidade, como, por exemplo, entre amigos, colegas de trabalho, irmãos e semelhantes; evidenciando uma relação de igualdade, proximidade ou intimidade. Em algumas regiões do Brasil, usa-se o pronome Tu com função semelhante ao tratamento você, entretanto, apesar do uso do pronome na pessoa gramatical correta, o verbo que o acompanha concorda com o sujeito como se ele estivesse na 3° pessoa. Com isso, o pronome tu equivale a um pronome de tratamento e não a um pronome reto:
Tu entregou o relatório? → o tu com função de pronome de tratamento, pois se fosse um pronome reto, a forma verbal deveria ser conjugada na 2° pessoa, e ficaria: "Tu entregaste o relatório?"
  • Uso de senhor(a): Aplica-se quando se quer expressar respeito ou cortesia (abrevia-se sr. ou sra.), seu uso se dá nos casos opostos aos dos tratamentos você e tu; evidenciando distanciamento entre um ser superior para um ser inferior, ou seja, em uma relação desigual, ou simplesmente o uso às pessoas solteiras.

Fórmulas de tratamento

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Fórmulas de tratamento são palavras que representam um cargo ou uma posição diferenciada; portanto, não é, por si só, um pronome de tratamento. Para a fórmula de tratamento adquirir esse status, é preciso que ela seja antecedida dos pronomes vossa ou sua, formando, assim, uma locução. As formas nominais Alteza, Santidade, Majestade e etc são apenas fórmulas de tratamento designadas aos cargos de Príncipe, Papa e Rei; mas quando se diz as expressões Vossa Alteza, Vossa Santidade, Vossa Majestade, a fórmula de tratamento passa a ser um verdadeiro Pronome de Tratamento, pois está se referindo a um ser físico que ocupa este cargo.

  • Uso do pronome Vossa: Quando esse pronome antecede a fórmula de tratamento, formando uma locução pronominal, a pessoa com quem se refere se encontra na 2ª pessoa gramatical, ou seja, o interlocutor emite a mensagem diretamente para a pessoa ocupante do cargo ou da posição que a fórmula de tratamento se refere (apesar de fazer parecer que a pessoa se encontra na 3ª pessoa).
Vossa Excelência é uma pessoa digna → o pronome vossa indica que a pessoa a quem se refere o pronome de tratamento está na 2ª pessoa gramatical.
  • Uso do pronome Sua: Quando esse pronome antecede a fórmula de tratamento, a pessoa a quem se refere se encontra na 3º pessoa gramatical, ou seja, a pessoa não participa da conversa.
Sua Excelência é uma pessoa digna → o pronome sua indica que alguém da 1ª pessoa se dirige para alguém na 2ª pessoa, para referi-se a outra 3ª pessoa gramatical e, por força do cargo/posição que está possui, essa referência exige o uso da fórmula de tratamento após o possessivo sua.


Fórmulas de Tratamento
Fórmula Abreviação Refere-se ao Cargo/Posição
Excelência V. Ex.ª Presidente e Vice-Presidente da República; Ministros de Estado; Comandantes das Forças Armadas; Oficiais Militares; Presidentes e Membros das Assembléias Legislativas Estados e das Câmaras Legislativas Municipais; Governadores e Vice-Governadores dos estados e do Distrito Federal; Prefeitos Municipais; Juizes; Procuradores; Desembargadores.
Senhoria V. S.ª Funcionários graduados; Organizações comerciais e industriais; Particulares em geral; Diretores de Autarquias Federais, Estaduais e Municipais.
Eminência V. Em.ª Cardeais
Excelência Reverendíssima V. Ex.ª. Rev.ma Arcebispos e Bispos
Santidade V. S. Papa, Dalai Lama
Reverendo Rev.do Sacerdotes; Clérigos; Religiosos
Magnificência V. Mag.ª Reitores de Universidades e outras instituições de ensino superior
Alteza
  1. Real
  2. Imperial
  3. Sereníssima
V. A.
V. A. R.
V. A. I.
V. A. S.
Príncipes e Duques:
de Casas Reais
de Casas Imperiais
para Arquiduques
Majestade V. M. Reis e Imperadores

Invocação das fórmulas

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Utiliza-se uma invocação apropriada para cada fórmula de tratamento na sobrescrição de envelope ou no chamamento, quando na redação da comunicação oficial de órgãos públicos, ou na comunicação comercial. Não se deve confundir pronome com invocação, pois este tem uso específico, enquanto os pronomes (de tratamento ou não) são utilizados no corpo do texto. Por exemplo, ao se escrever uma carta para o presidente da república, deve-se começar com:

"Ao Exmo. Sr. Presidente da República" → invocação
Com orgulho escreve a Vossa Excelência confiante que serei ouvido..." → pronome de tratamento

Segue lista das formas das invocações mais usadas:

Fórmula Invocação Aplicação
Excelência Excelentíssimo(a) Senhor(a) Exmo(a). Sr.(a) Presidente...
Reverendo Reverendíssimo Revmo.... Sacerdote...
Alteza Sua Alteza A Sua Alteza Rei...
Senhoria Ilustríssimo(a) Senhor(a) Ilmo. Sr.(a)João...
Majestade Sua Majestade A Sua Majestade...
Santidade Sua Santidade A Sua Santidade...

Observe que em algumas fórmulas, há abreviações próprias para representá-las e, em outras fórmulas, não é possível a abreviação para fins de invocação; em qualquer, caso é necessário o conhecimento da aplicação das fórmulas. Há duas formas de se construir a invocação, dependendo da fórmula a ser usada, seguindo o esquema:

  • A primeira forma é o uso do esquema: (fórmula abreviada) + Sr(a) + (nome do cargo[se houver]) + (nome da pessoa) → a aplicação desse esquema é possível quando no uso das fórmulas excelência e senhoria, por exemplo, ao se encaminhar uma carta para um senador (cujo a fórmula apropriada é excelência):
Exmo. Sr. Senador Cristovam Buarque
Espero de Vossa Excelência mais dedicação para melhorar a educação do Brasil...
  • A segunda forma é o uso do esquema: A Sua + (fórmula do cargo)+ (nome do cargo) + (nome da pessoa) → aplica-se esse esquema quando no uso das fórmulas alteza, majestade e santidade, pois, nesse casos, não há abreviação para a invocação, e sua aplicação se dá na mesma forma que a fórmula:
A Sua Majestade Rainha Elizabeth
Observação: As abreviaturas podem ser aplicadas simultaneamente caso o cargo exija mais de uma fórmula de tratamento (ou uma fórmula de tratamento composta), como é dos bispos e arcebispos, cuja fórmula é " Excelência Reverendíssima":
Exmo. e Revmo. Bispo João
Em todos os casos, na invocação, o uso da vírgula é obrigatório, pois se trata de vocativo.
O wikilivro Introdução à língua portuguesa possui uma versão simplificada deste assunto: Pronomes possessivos

Os pronomes possessivos são palavras que trazem, principalmente, a ideia de posse ou de pertencimento, indicando a quem cabe ou a quem pertence alguma coisa. Os possessivos são, na maioria das vezes, pronomes adjetivos, mas podem assumir eventualmente a função substantiva:

Ele é meu amigo → nessa frase, o possessivo meu está determinando a relação da coisa com a pessoa gramatical, no caso, indica a quem pertence o amigo.
Não chame os seus amigos. Chame os meus → no 1° caso se observa o uso do possessivo na função adjetiva (pois está determinando um substantivo e concordando com ele em gênero e número, semelhante a um adjetivo). No 2° caso, o possessivo é um pronome substantivo (pois está substituindo um substantivo, não o acompanhando).

Vale observar que, muitas vezes estes substantivos não transmitem que é dono de algo, mas simplesmente algo muito próximo ao sujeito:

Esta é a minha cidade. → de fato, ninguém é dono de uma cidade, mas trata-se de um lugar em que é muito próximo ao sujeito.

Os pronomes possessivos podem variar em função do número e da pessoa gramatical do ser possuidor da coisa, e em função do número e do gênero do substantivo pertencente. Nessa relação, um único possessivo, pode, por si só, indicar se o objeto pertence a quem fala (1° pessoa), se pertence a pessoa com quem se fala (2° pessoa) ou se pertence a pessoa de quem se fala (3° pessoa) e mais ainda, se é uma ou mais pessoas possuidoras da coisa, se é uma ou várias coisas que essa pessoa (ou pessoas) possui e se essa coisa é do gênero masculino ou feminino; ou seja, é possível deduzir todas essas informações simplesmente observando a forma que o possessivo se apresenta. Para tanto, o possessivo apresenta várias formas, conforme abaixo:

Número Pessoa Equivalente
Pessoal
Objeto possuído
do gênero masculino
Objeto possuído
do gênero feminino
Um
Objeto
Vários
Objetos
Um
Objeto
Vários
Objetos
Singular Eu meu meus minha minhas
Tu teu teus tua tuas
Ele (Ela) seu seus sua suas
Plural Nós nosso nossos nossa nossas
Vós vosso vossos vossa vossas
Eles (Elas) seu seus sua suas
Para indicar que algo esta em posse da terceira pessoa, pode usar-se a preposição de posse (de) mais o pronome reto (ou seja, de + ele, de + eles, de + ela, de + elas) que resulta numa contração (dele, deles, dela, delas). Caso o sujeito não seja um pronome reto, mas sim um substantivo, utiliza-se a preposição de posse (de) mais o nome do sujeito (ou seja, de Pablo, de Cássia, de Lucio).
O wikilivro Introdução à língua portuguesa possui uma versão simplificada deste assunto: Pronomes demonstrativos

Os pronomes demonstrativos indicam a posição do ser no espaço (em relação às pessoas do discurso) ou no tempo são chamados de dêiticos. Os pronomes demonstrativos dêiticos são variáveis. Os pronomes demonstrativos podem ser usados no texto e no discurso, com a função de retomar um nome já dito.

Pronomes variáveis

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Masculinos Femininos
Singular Plural Singular Plural
Primeira pessoa este estes esta estas
Segunda pessoa esse esses essa essas
Terceira pessoa aquele aqueles aquela aquelas

Tendo a concordância nominal, já que o pronome demonstrativo flexiona-se em gênero e número, trata-se de um pronome adjetivo. As pessoas são classificadas de acordo com a posição do ser no tempo ou espaço:

  • Utiliza-se a primeira pessoa quando o ser do qual se fala está perto no tempo ou espaço de quem fala;
  • Utiliza-se a segunda pessoa quando o ser do qual se fala está próxima de quem ouve ou num passado próximo;
  • Utiliza-se a terceira pessoa quando o ser do qual se fala está distante de quem fala e de quem ouve ou está no passado distante.

Em um texto, podem ser usados para retomar um nome já citado para evitar repetição, seguindo as seguintes regras:

  • Quando o nome não foi citado, usa-se a primeira pessoa;
  • Quando o nome já foi citado, usa-se a segunda pessoa;
  • Quando o nome foi citado, havendo uma grande distância no texto, pode-se usar tanto a segunda quando a terceira pessoa.

Pode haver palavras que ganham papel de pronome demonstrativo, igualmente variáveis, porém, não seguem as regras das três pessoas do discurso:

Masculino Feminino
Singular mesmo, o, próprio, semelhante, tal a, mesma, própria, semelhante, tal
Plural mesmos, os, próprios, semelhantes, tais as, mesmas, próprias, semelhantes, tais
a, as, o, os

Acompanham o pronome relativo que ou qual (veja na próxima página) ou a conjunção integrante que:

É tudo mentira o que ele lhe falou.
As que tiveram sorte, não se molharam com a chuva.
mesma, mesmas, mesmo, mesmos

Retomam um nome já dito anteriormente (possuem sentindo de idêntico e flexões, em pessoa):

Estes mesmos sintomas eu senti novamente.
Era ela mesma que falou conosco ao telefone.
própria, próprias, próprio, próprios

Dá ênfase (possuem sentindo de idêntico e flexões, em pessoa):

A própria natureza se encarregou de tudo.
Nós próprios montaremos a barraca.
tal, tais

Dão sentido completo, retomando um nome anterior (possuem sentido de este e flexões, esse e flexões, aquele e flexões):

Tal foi o dinheiro gasto.
Tais pais, tais filhos.
semelhante, semelhantes

Possuem o mesmo sentido de tal e tais, porém incompleto, não possuindo sentido de parecido, similar, análogo:

Semelhante desespero senti.
Tais pais, semelhantes filhos.

Pronomes invariáveis

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Observe as seguintes frases:

Este jogo é divertido!
Isto é divertido!

Como podemos observar, o pronome este possui os mesmos valores morfossintáticos que isto, mas não semântico. Observe como seria estranho transformar isto em adjunto adnominal do núcleo do sujeito da primeira frase, jogo. Isto jogo é divertido., é um tanto estranho.

Os pronomes invariáveis, diferente dos variáveis, indefinem a classe do termo retomado, diferenciando-os semanticamente

Eles são:

  • Primeira pessoa - isto
  • Segunda pessoa - isso
  • Terceira pessoa - aquilo

Os pronomes demonstrativos podem aparecer na forma contraída (exceto mesmo, próprio, tal, semelhante e as flexões destes):

Contrações de pronomes demonstrativos com preposições
a de em
àquela, àquelas, àquele, àqueles, àquilo da, daquela, daquelas, daquele, daqueles, daquilo, das, dessa, dessas, desse, desses, desta, destas, deste, destes, disto, do, dos na, naquela, naquelas, naquele, naqueles, naquilo, nas, nessa, nessas, nesse, nesses, neste, nestas, neste, nestes, nisto, no, nos
Contrações de pronomes demonstrativos com outros pronomes
aqueloutra, aqueloutras, aqueloutro, aqueloutros, essoutra, essoutras, essoutro, essoutros, estoutra, estoutras, estoutro, estoutros
Contrações de pronomes demonstrativos com outros pronomes e preposições
a de em
àqueloutra, àqueloutras, àqueloutro, àqueloutros daqueloutra, daqueloutras, daqueloutro, daqueloutros, dessoutra, dessoutras, dessoutro, dessoutros, destoutra, destoutras, destoutro, destoutros naqueloutra, naqueloutras, naqueloutro, naqueloutros, nessoutra, nessoutras, nessoutro, nessoutros, nestoutra, nestoutras, nestoutro, nestoutros
O wikilivro Introdução à língua portuguesa possui uma versão simplificada deste assunto: Pronomes relativos

Pronomes Relativos são aqueles que representam nomes já referidos, com os quais estão relacionados. Retomam um nome anterior.

Uso dos variáveis

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Pronomes Relativos Variáveis
Masculino Feminino
Singular cujo, o qual, quanto cuja, a qual, quanta
Plural cujos, os quais, quantos cujas, as quais, quantas

Observe a frase:

  • Aquela é a cidade a qual eu nasci.

Sendo os pronomes relativos pronomes que retomam o nome anterior, observamos que a qual está retomando a cidade, possuindo todas as caracteristicas de concordância nominal. Observe que a frase não teria sentido caso fosse retirado eu nasci ou se fosse retirado aquela é a cidade. Já se retirarmos o pronome relativo a qual, com algumas alterações podemos fazê-la:

  • Àquela cidade eu nasci.

Veja mais exemplos:

  • Estas foram as pessoas as quais eu convidei.Estas pessoas eu convidei.
  • Este será o rio o qual navegarei.Este rio navegarei.

Morfossintaxe

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Note que em tais frases há a presença do verbo, antes e depois do pronome relativo, logo, estes pronomes sempre formaram a oração subordinada adjetiva:

Aquela é a cidade a qual eu nasci

Oração subordinada: a qual eu nasci
Oração principal: aquela é a cidade
Chamamos de antecedente o termo que o pronome relativo retoma, relaciona, o termo dependente, o qual é fixo, não podendo ter outra colocação na frase. Este termo será o sujeito da oração principal. O sujeito da oração subordinada chama-se consequente, o termo relacionado pelo pronome relativo. A parte da oração principal que não é o antecedente (o predicado da oração principal) pode mudar de posição na frase (estes em negrito, sublinhado o antecedente):

  • A cidade a qual eu nasci é aquela.
  • As pessoas as quais eu convidei foram estas.
  • O rio o qual navegarei será este.
Observações: Sempre haverá um verbo de ligação:

1. Antes ou depois do antecedente quando a frase iniciar com pronome adjetivo:

Aquela é a cidade a qual eu nasci
Será este o rio o qual navegarei

2. Antes do pronome adjetivo quando o predicado da oração principal é colocado depois da oração subordinada:

A cidade a qual eu nasci é aquela
O rio o qual navegarei será este

3. Após o pronome relativo quando não há verbo principal no núcleo da oração (haverá adjetivo que pode ser substituido com o verbo de ligação por um verbo ou locução) necessitando de complemento:

A cidade a qual sou nascido chama-se Cuiabá - necessita de complemento (chama-se Cuiabá)
O rio o qual será navegável nasce na Serra do Mar - necessita de complemento (nasce na Serra do Mar)

4. O complemento pode seguir as regras dos itens 1 e 2:

A cidade a qual sou nascido é aquela
Este é o rio o qual será navegável

Concordância pronominal

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Junto aos pronomes qual e quais haverá um pronome demonstrativo que concordará com o antecedente (os pronomes demonstrativos podem estar contraidos com preposição, nestes casos, o pronome é equivalente a cujo e flexões):

  • As pessoas as quais eu convidei foram estas.
  • Os meteoros os quais não se desintegram, agridem o planeta.

Não se põe artigo junto aos pronomes cujo, cujos, cuja e cujas, eles simplesmente concordam não com o antecedente, mas com o consequente. São equivalentes a ao/do qual, aos/dos quais, à/da qual, às/das quais:

  • As pessoas cujas eu falei não compareceram. = As pessoas às/das quais eu falei não compareceram.

Quanto e flexões

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Quanto, quantos, quanta e quantas somente são utilizados quando o antecedente é o pronome indefinido tudo, tanto, tantos, tanta, tantas, todos ou todas, formando as locuções pronominais tudo quanto, tanto quanto, tanta quanta, tantos quantos, tantas quantas, todos quantos e todas quantas. São usados com valor quantitativo, indicando quantidade. Podem aparecer sem antecedente, uso muito comum em documentos jurídicos.

Uso de pronomes invariáveis

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Os pronomes invariáveis possuem este nome por não obedecerem nenhuma das regras de concordância nominal. Eles são:

que → Refere-se a pessoas ou coisas. Equivalente a artigo + qual/quais. Junto à preposição, equivale a cujo e flexões e de/a + pronome demonstrativo + qual/quais.
quem → É colocado junto à preposição, se referindo a pessoas ou coisas personificadas.
onde → Indica um lugar fixo (real ou virtual), usado com verbos estáticos. A forma aonde é usada com verbos que indicam movimento em direção a algum lugar.
como → É pronome relativo quando há as palavras modo, maneira, forma ou jeito.
quando → É pronome relativo quando seu antecedente indica tempo.

Os pronomes interrogativos, como o próprio nome diz, são formadores das frases interrogativas.

Observe:

  • Foram estas as pessoas que compraram o bilhete premiado.
  • Foram estas as pessoas que compraram o bilhete premiado?

Na página anterior, aprendemos os pronomes relativos. Os pronomes interrogativos são os mesmos que os relativos, como no exemplo acima, porém só são classificados como tais em perguntas.

Observações:
  • O pronome relativo onde por expressar lugar, nas perguntas é classificado como advérbio.
  • O pronome relativo cujo e flexões, por ter definição indireta, já que se caracteriza pela preposição + pronome demonstrativo + qual, não possui valores interrogativos, pois a preposição não é necessária para a formação das perguntas, mas sim de afirmações. É sempre um pronome relativo.

Classificação

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Eles são:

Invariáveis

  • Quê? - A pergunta refere-se a algo.
  • Quem? - A pergunta refere-se a alguém.
  • Quando? - A pergunta refere-se ao tempo.

Variáveis

  • Qual? - Relativa algo entre vários da mesma classe.
  • Quais? - Relativa diversos entre vários da mesma classe.
  • Quanto? - Relativa a quantidade de algo de gênero masculino.
  • Quanta? - Relativa a quantidade de algo de gênero feminino.
  • Quantos? - Relativa uma quantidade maior de algo de gênero masculino.
  • Quantas? - Relativa uma quantidade maior de algo de gênero feminino.
Observações: O acento circunflexo somente é utilizado em quê antes do ponto interrogativo. Quê nem sempre será pronome interrogativo, pode também ser uma interjeição ou um substantivo.

Quanto à morfossemântica

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Estes pronomes dependendo do contexto podem ter função substantiva ou adjetiva:

Quantos anos tu tens?
Qual presente você quererá?

Nestes exemplos o pronome modifica, interrogativamente, anos, presente; tendo o papel adjetivo. Os pronomes variáveis geralmente possuem este papel.

Quando voltaremos?
Quem teve esta ideia?

Já nestes exemplos, o pronome não refere-se a nada, tendo referência a algo indefinido. Geralmente os pronome invariáveis possuem este papel, o papel substantivo.

Quanto à morfossintaxe

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A colocação pronominal destes altera a significação da frase. As classificamos de acordo com a posição destes pronomes:

  • Frase interrogativa direta → Começa por palavra interrogativa e termina com um ponto de interrogação:
Quem comprou o bilhete premiado?
Qual é o resultado?
  • Frase interrogativa indireta → A frase supõe a indagação, mas não começa com palavra interrogativa e termina com ponto final:
Gostaria de saber se foram estas as pessoas que compraram o bilhete premiado.
Queria saber qual é o resultado.

Os pronomes indefinidos não se referem a nada de específico. Apesar de isso caracterizá-los, eles podem variar quanto ao gênero e ao número; O pronome outro pode, excepcionalmente, contrair-se. (veja: Contrações)

  • algum (alguns)
  • alguma (algumas)
  • certa (certas)
  • certo (certos)
  • nenhum
  • nenhuma
  • muita (muitas)
  • muito (muitos)
  • outra (outras)
  • outro (outros)
  • pouca (poucas)
  • pouco (poucos)
  • quaisquer
  • qualquer
  • tanta (tantas)
  • tanto (tantos)
  • toda (todas)
  • todo (todos)
  • algo
  • alguém
  • cada
  • mais
  • menos
  • demais
  • fulano
  • sicrano
  • beltrano
  • nada
  • outrem
  • ninguém
  • tudo
  • quem
Observações: Por indefinirem seres, não são usados artigos antes dos seres que o pronome indefinido relaciona. O artigo indefinido pode substituir estes pronomes. Segundo muitos dicionários, as palavras fulano, sicrano e beltrano são substantivos, e não pronomes indefinidos. A palavra bastante (e seu plural bastantes) pode ser advérbio de intensidade, adjetivo, substantivo ou pronome indefinido.

Quanto à semântica

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Os pronomes substantivos são os que indefinem a quantidade de seres (são sempre substantivos: algo, alguém, nada, ninguém, outrem, quem, tudo, fulano, sicrano, beltrano). Os pronomes adjetivos indefinem a quantidade de seres já expressos (são sempre adjetivos: cada, certa, certas, certo, certos). Os demais podem ser adjetivos ou substantivos, dependendo do contexto.

O wikilivro Introdução à língua portuguesa possui uma versão simplificada deste assunto: Verbos

Verbos são palavras que expressam uma ação, um estado ou mudança de estado. Além disso, alguns verbos (chamados de relacionais) só formam um relação sintática na oração. A correta compreensão do papel do verbo obedece uma premissa lógica fundamental.

Toda ação ou estado tem uma causa e um causador e produz um efeito.

O verbo é o elemento que determina o acontecimento fundamental no qual todas as outras palavras de todas as outras classes gramaticais se relacionam. Por exemplo:

Marcos escreveu uma carta → ocorre nessa frase uma ação, pois as palavras Marcos, uma e carta, não formam uma estrutura com sentido próprio sem a presença do verbo escrever. Portanto, seguindo a sequência lógica: 1º Marcos é a causa de tudo; 2º escreveu é a ação, o elemento que liga a causa ao efeito; 3º a carta é o efeito, aquilo que resultou da ação promovida pela causa.

Percebe-se a importância do verbo no processo de comunicação, seja ela falada ou escrita. Devido a essa importância, o verbo é, sem dúvida, a parte da gramática mais importante de ser estudada.

Para a sintaxe, o verbo é o elemento que determina a divisão das orações, sendo assim, onde houver um verbo haverá uma oração, pois alguma coisa estará, de fato, acontecendo. Na oração, o que acontece é uma relação de causa e efeito, sendo o verbo o intermediador dessa relação.

Maria está doente → Qual é a causa? Qual é o efeito? Qual é a relação? Há uma relação de estado em que o sujeito Maria é o causador, não de uma ação, enquanto doente é o efeito. Seja como uma ação ou como um efeito, mantem-se a relação lógica em que Maria e doente nada tem em comum se não houver o verbo, definindo essa relação.
O pássaro voou → Nesta frase, ainda há a relação de causa e efeito, apesar de o verbo não exigir complemento. Nesse caso, o efeito se desenvolveu no próprio verbo, a ação, por si só, é o efeito, resultando em uma frase de sentido completo. Esse entendimento (do efeito se desenvolver por completo na ação ou não) é a base para o estudo da transitividade verbal, assunto fundamental para a sintaxe.

O verbo é a classe de palavras mais rica em flexões; assim sendo, o verbo reveste diferentes formas para indicar a pessoa do discurso, o número, o tempo, o modo e a voz. Também serve para formar outros tempos e ligar termos, veremos adiante.

O número e a pessoa

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O verbo sofre variações para indicar a pessoa e o número. A relação do verbo entre os substantivos e os pronomes chama-se concordância verbal.

Verbo pensar singular plural
1ª pessoa (aquela que fala) eu penso nós pensamos
2ª pessoa (aquela com quem se fala) tu pensas vós pensais
3ª pessoa (aquela de quem se fala) ele pensa eles pensam

Os verbos regulares no infinitivo podem ter até três desinências (-ar, -er e -ir). Chamam-se os verbos terminados em -ar, da primeira conjugação; em -er, da segunda conjugação; e, em -ir, da terceira conjugação. Em cada conjugação, o verbo flexiona-se diferentemente. Verbos que não seguem estas conjugações, são chamados de irregulares (ou anômalos), os que seguem, regulares (veja: verbos irregulares, terminação ar, er, ir e or). O verbo além de flexionar-se em número e pessoa, também flexiona-se em tempo e modo (seguindo as conjugações). Os modos são três: indicativo, subjuntivo (ou conjuntivo) e imperativo.

Indicativo

O modo indicativo apresenta seis tempos verbais, sendo um deles representando o presente do enunciado, três o passado do enunciado, que dividem-se em perfeitos (completos) e em imperfeito (incompleto), e dois representando o futuro, um o futuro do enunciado e outro o futuro do passado do enunciado. Este último (denominado futuro do pretérito) apresenta características especiais, muitas vezes semelhantes ao modo subjuntivo.

Eis as flexões deste modo, em tempos (verbo levar - 1ª conjugação):

  • Presente (eu levo, tu levas, ele leva, nós levamos, vós levais, eles levam)
  • Pretérito imperfeito (eu levava, tu levavas, ele levava, nós levávamos, vós leváveis, eles levavam)
  • Pretérito perfeito (eu levei, tu levaste, ele levou, nós levamos, vós levastes, eles levaram)
  • Pretérito mais-que-perfeito (Eu levara, tu levaras, ele levara, nós leváramos, vós leváreis, eles levaram)
  • Futuro do presente (eu levarei, tu levarás, ele levará, nós levaremos, vós levareis, eles levarão)
  • Futuro do pretérito (ou Condicional - eu levaria, tu levarias, ele levaria, nós levaríamos, vós levaríeis, eles levariam)

Subjuntivo ou Conjuntivo

O modo subjuntivo ou conjuntivo exprime dúvida, desejo. Apresenta três tempos bem distintos um dos outros. O passado deste tempo é o mais utilizado, junto à conjunção Se. O presente e o futuro não são tão utilizados na linguagem informal, utiliza-se Que e Quando, respectivamente.

Os tempos do modo subjuntivo são (verbo levar - 1ª conjugação):

  • Pretérito imperfeito (Se eu levasse, se tu levasses, se ele levasse, se nós levássemos, se vós levásseis, se eles levassem)
  • Presente (Que eu leve, que tu leves, que ele leve, que nós levemos, que vós leveis, que eles levem)
  • Futuro (Quando eu levar, quando tu levares, quando ele levar, quando nós levarmos, quando vós levardes, quando eles levarem)

Imperativo

O modo Imperativo é dividido em dois, nas formas afirmativas e nas negativas. Nenhum verbo pode ser flexionado na primeira pessoa do singular (eu) no afirmativo e no negativo, outros verbos possuem em apenas algumas pessoas e números (é o caso do verbo Adequar) e outros nem possuem (é o caso do verbo Caber)
  • Negativo (não leves tu, não leve você, não levemos nós, não leveis vós, não levem vocês)
  • Afirmativo (leva tu, leve você, levemos nós, levai vós, levam vocês)
Observações: Há verbos irregulares que não são flexionados em certos tempos. Chamam-se defectivos. Outros, possuem mais de uma forma de flexão no mesmo tempo do mesmo modo. Chamam-se abundantes.
Ver módulo: Vozes

Outras formas

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O Verbo apresenta mais algumas formas, chamadas de nominais. São elas:

Junto a essas formas nominais, surge outro tipo de verbo, o verbo auxiliar temporal (VA). Ele forma os tempos compostos, junto ao particípio e ao gerúndio:

  • Tinha decidido que iria sair. - VA ter + decidir no particípio
  • Havia mostrado a eles como foi que me programei. - VA haver + mostrar no particípio

Veja que nesses casos ocorrem as locuções verbais, não mudando a oração da frase. Os verbos auxiliares ainda podem ser modais e aspectivos, nestes últimos, a forma nominal é o infinitivo.

A sintaxe é a parte da língua que trata da colocação e da regência.

Agora iremos iniciar o estudo da sintaxe do verbo. As estruturas sintáticas que o verbo compõe são:

  • Complemento verbal e regência verbal;
  • Concordância verbal;
  • Período e oração.
Ver módulos principais: Regência verbal e complemento verbal

Alguns verbos necessitam de complemento. Estes verbos chamam-se de transitivos. Subdividem-se em diretos (VTD), indiretos (VTI) e em circunstanciais. Seus complementos chamam-se objetos, que podem ser diretos (OD) ou indiretos (OI). Podem existir verbos que necessitam de mais de um complemento (VTDI), ou seja, possuem um objeto direto e outro indireto. Os verbos que não necessitam de complemento são chamados de Intransitivos (VI). A diferença entre o OI e o OD é que o OI é introduzido por preposição. Exemplo:

  • Quero que vá buscá-lo no trabalho. - OD
  • Gosto de peixes. - OI
  • Trouxe o presente /para você. - OD/OI

Quando a ação do verbo recai sobre a mesma pessoa que provoca a ação, o complemento tornar-se um pronome reflexivo, ocorrendo a conjugação reflexiva. Estes verbos chamam-se verbos reflexivos.

Ver módulo principal: Predicado

O predicado é a parte da frase que não pertence ao sujeito (apenas algumas partes da frase não são consideradas nem sujeito nem predicado, como exemplo o vocativo). O predicado divide-se em três tipos:

  • Predicado verbal
  • Predicado nominal (ou predicativo do sujeito)
  • Predicado verbo nominal

No predicado verbal o verbo é o núcleo do predicado, ele estabelece total relação à frase. Apesar de o nome predicado nominal parecer que não possui alguma relação ao verbo, possui. Acontece que o predicado nominal (ou predicativo do sujeito) é ligado ao sujeito por um verbo especial chamado de verbo de ligação (VL). Exemplo:

  • Ele ficou aborrecido.
  • É perigoso entrar aí.
  • Você irá permanecer calado?

No predicado verbo-nominal, o verbo transitivo ou o verbo reflexivo chama-se transobjetivo e forma o predicativo do objeto.

Ver módulo: Período
Período é uma sentença constituída por orações. Na oração existe uma estrutura sintática completa, ou quase completa.

O período é baseado quase por completo na estrutura que o verbo faz na oração. A relação entre o verbo e a oração é tão grande que para existir uma oração é necessário ao menos o verbo, explícito (notável) ou não (oculto).

Período composto

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Ver módulo: Período composto

Período composto é o período com mais de uma oração. No período composto a oração pode ser chamada basicamente de sete tipos:

Muitas vezes o período composto não passa de uma maneira alternativa de se empregar termos relacionados ou não ao verbo (geralmente com orações substantivas), como o OI, OD, predicativo, etc. A vantagem de ter mais de uma oração é a seguinte, quando há apenas uma, haverá concordância verbal, ou seja a ação do verbo obrigatoriamente ocorrerá no tempo que o verbo descrever e terá um sujeito, já no período composto, um verbo não precisa seguir a concordância verbal de outro verbo, fazendo com que a ação possa recair em outro tempo verbal e que o verbo subordinado tenha um sujeito diferente.

Concordância

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Ver módulo: Concordância verbal
Concordância é o que verbos, artigos, substantivos, pronomes, adjetivos e numerais alteram na frase quando flexionados ou alterados, sendo que devem obedecer regras de gênero, número, pessoa e modo/grau.

Segundo a concordância verbal, todo verbo flexionado em certo número (plural ou singular) deve concordar com nomes neste mesmo número. Verbo/Verbo (concordância do verbo com outro verbo) possuem regras especiais. Exemplo:

  • Todos nós faríamos/ o mesmo - aqui há dois tipos de concordância, a esquerda a verbal e a direita nominal.
  • Eles tiveram/ muita sorte - o mesmo ocorre aqui.
  • Lucas e Rafael foram jantar. - aqui apenas ocorre a concordância verbal.

Todos nós, Eles e Lucas e Rafael apresentam o mesmo tipo de número, o plural. Obrigatoriamente, fazer, ter e ir deverão ficar no plural. As pessoas do discurso também modificam o verbo, Todos nós faz com que fazer vá para a 1ª pessoa, Eles e Lucas e Rafael fazem com que ter e ir tornem-se verbos flexionados na 3ª pessoa.

A semântica é o estudo do significado das palavras.

O verbo tem, como os demais vocábulos, sinônimos, antônimos, homógrafos, homófonos, parônimos e homônimos. Porém, os verbos possuem uma estrutura semântica atribuída somente a eles: os verbos auxiliares, verbos ativos e verbos relacionais.

Ver também: Verbos irregulares ((-AR), (-ER), (-IR) e (-OR)

O presente indica um fato que ocorre no momento do enunciado, não necessariamente no momento cronológico. (Um exemplo de verbo flexionado no presente não indicando momento cronológico: Dom Pedro recebeu uma carta, logo ele diz: Independência ou Morte! ). Para não ter outro verbo flexionado no pretérito ou no futuro pode se utilizar o presente. Isso só ocorrerá quando houver um verbo flexionado no momento cronológico (que é o período em que o enunciado está ocorrendo).

Verbos falar comer abrir
Eu falo como abro
tu falas comes abres
você, ele, ela fala come abre
nós falamos comemos abrimos
vós falais comeis abris
vocês, eles, elas falam comem abrem

O passado, ou mais conhecido como Pretérito, que significa um ato que ocorreu um tempo antes do presente, ou seja, que passou, existem para o pretérito (passado) alguns tipos de classificações: Pretérito Perfeito, Pretérito Simples, composto; mais-que-perfeito e Pretérito Imperfeito.

O pretérito perfeito indica uma ação totalmente realizada, que iniciou e terminou no passado.

Verbos falar comer abrir
Eu falei comi abri
Tu falaste comeste abriste
você, ele, ela falou comeu abriu
nós falamos comemos abrimos
vós falastes comestes abristes
vocês, eles, elas falaram comeram abriram

O pretérito imperfeito indica uma ação que iniciou no passado e que ainda não terminou. O pretérito imperfeito pode também indicar algo rotineiro que ocorreu no passado (podendo ser descrito como sempre + pretérito perfeito. Ex.: Ele falava com ela desesperadamente = Ele sempre falou com ela desesperadamente).

Verbos falar comer abrir
Eu falava comia abria
tu falavas comias abrias
você, ele, ela falava comia abria
nós falávamos comíamos abríamos
vós faláveis comíeis abríeis
vocês, eles, elas falavam comiam abriam

Mais-que-perfeito

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O pretérito mais-que-perfeito indica uma ação passada que começou no passado distante e terminou no passado. Geralmente na oração existe um outro verbo que esta flexionado no passado, para saber de qual pretérito (perfeito ou imperfeito) que é o passado, senão, não há necessidade do uso (já que não haveria um passado do passado).

Verbos falar comer abrir
Eu falara comera abrira
tu falaras comeras abriras
você, ele, ela falara comera abrira
nós faláramos comêramos abríramos
vós faláreis comêreis abríreis
vocês, eles, elas falaram comeram abriram

Futuro do presente

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O futuro do presente indica ações que acontecerão em relação ao presente.

Verbos falar comer abrir
Eu falarei comerei abrirei
tu falarás comerás abrirás
você, ele, ela falará comerá abrirá
nós falaremos comeremos abriremos
vós falareis comereis abrireis
vocês, eles, elas falarão comerão abrirão

Futuro do pretérito

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O futuro do pretérito (nome atual do antigo condicional) indica ações futuras em relação ao passado (mas que também podem conter uma condição para a ação ser feita). É acompanhado com um verbo flexionado no passado. (Ex.: Ontem eu tinha dito que amanhã falaria com você). Também serve para indicar ações hipotéticas ou irreais. (Ex.: Eu não teria tanta certeza de que ele não falaria isso!).

Verbos falar comer abrir
Eu falaria comeria abriria
Tu falarias comerias abririas
Ele , Ela falaria comeria abriria
nós falaríamos comeríamos abriríamos
vós falaríeis comeríeis abriríeis
vocês, eles, elas falariam comeriam abririam

Ligações externas

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Ver também: Verbos irregulares ((-AR), (-ER), (-IR) e (-OR))

O modo subjuntivo/conjuntivo apresenta o fato ou ação representada pelo verbo, como duvidosa, pendente de condição, ou um pedido, ordem.


Pretérito imperfeito

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No pretérito imperfeito do subjuntivo utiliza-se a conjunção se (se eu falasse, se tu falasses, se ele falasse, se nós falássemos, se vós falásseis, se eles falassem).

falar comer abrir sair
eu falasse comesse abrisse saisse
tu falasses comesses abrisses saisses
você, ele, ela falasse comesse abrisse saisse
nós falássemos comêssemos abríssemos saíssemos
vós falásseis comêsseis abrísseis saísseis
vocês, eles, elas falassem comessem abrissem saissem

No presente do subjuntivo se utiliza a conjunção que (que eu fale, que tu fales, que ele fale, que nós falemos, que vós faleis, que eles falem). Este é o tempo usado na formação do imperativo (com exceção da segunda pessoa do plural e do singular do imperativo positivo, que derivam do indicativo).

falar comer abrir sair
eu fale coma abra saia
tu fales comas abras saias
você, ele, ela fale coma abra saia
nós falemos comamos abramos saiamos
vós faleis comais abrais saiais
vocês, eles, elas falem comam abram saiam

No futuro do subjuntivo se utiliza a conjunção quando(quando eu falar, quando tu falares, quando ele falar, quando nós falarmos, quando vós falares, quando eles falarem) e também se (se nós falarmos). Este é idêntico ao infinitivo pessoal para verbos regulares.

falar comer abrir sair
eu falar comer abrir sair
tu falares comeres abrires saires
você, ele, ela falar comer abrir sair
nós falarmos comermos abrirmos sairmos
vós falardes comerdes abrirdes sairdes
vocês, eles, elas falarem comerem abrirem sairem
Ver também: Verbos irregulares ((-AR), (-ER), (-IR) e (-OR))

O Modo imperativo é o modo verbal que exprime ordem, proibição, conselho, pedido ou interação com o leitor.

O imperativo afirmativo se forma da seguinte maneira:

  1. A segunda pessoa do singular (tu) e a segunda pessoa do plural (vós) derivam das pessoas correspondentes do presente do indicativo, suprimindo-se o s do final;
  2. As demais pessoas (ele, nós, eles) derivam do presente do subjuntivo (que ele..., que nós..., que eles...), não sofrendo alterações;
  3. Não existe flexão da primeira pessoa do singular (eu);
  4. No verbo ser, excepcionalmente, a 2ª pessoa flexiona-se em no singular e em sede no plural.
  5. Os verbos dizer, fazer e trazer admitem duas formas na 2ª pessoa do singular, devido ao desuso das formas oficiais na variante brasileira do português: dize / diz, traze / traz, faze / faz.

Veja a conjugação do verbo falar:

Pronome
reto
Presente
indicativo
Imperativo
afirmativo
Presente
subjuntivo
que...
eu falo não existe fale
tu falas fala fales
ele fala fale fale
nós falamos falemos falemos
vós falais falai faleis
eles falam falem falem

Veja agora, como ficam as demais conjugações:

falar comer abrir sair
eu - - - -
tu fala come abre sai
você fale coma abra saia
nós falemos comamos abramos saiamos
vós falai comei abri saí
vocês falem comam abram saiam

O imperativo negativo não possui formas especiais. Suas pessoas são idênticas às correspondentes do presente do subjuntivo, porém, não existe flexão a primeira pessoa do singular (eu). Veja a conjugação do imperativo negativo do verbo falar:

Pronome
reto
Presente
subjuntivo
que...
Imperativo
negativo
eu fale não existe
tu fales fales
ele fale fale
nós falemos falemos
vós faleis faleis
eles falem falem

Agora veja como ficam as demais conjugações:

falar comer abrir sair
eu - - - -
tu fales comas abras saias
você, ele, ela fale coma abra saia
nós falemos comamos abramos saiamos
vós faleis comais abrais saiais
vocês, eles, elas falem comam abram saiam
  • Não é possível a flexão da primeira pessoa do singular por motivo de bom senso.
  • Diferente do indicativo e do subjuntivo, em que os pronomes aparecem antes do verbo, no imperativo normalmente eles aparecem depois do verbo.
  • Diferente do indicativo e do subjuntivo, em que a terceira pessoa é representada pelos pronomes ele, ela, eles e elas, no imperativo é representada pelos pronomes você e vocês ou qualquer outro pronome de tratamento.
  • No imperativo não se usa o QUE do subjuntivo.
  • Os pronomes pessoais retos podem ser usados tanto antes quanto depois de verbo no modo imperativo.
  • O imperativo negativo é caracterizado pela presença de advérbio de negação antes do verbo.
O wikilivro Introdução à língua portuguesa possui uma versão simplificada deste assunto: Vozes

O sujeito pode ser considerado o termo de maior ênfase na oração, por ter um local exclusivo, o início, e pelo fato de o predicado referir-se inteiramente a ele. A construção deste processo é importantíssimo, pois remete a visão do eu-lírico sobre a declaração, isto é, a visão da história. Veja:

Aquelas pessoas venceram a doença.
A doença foi vencida por aquelas pessoas.

No primeiro caso, o processo sintático (a ação realizada no decorrer do corpus e a visão textual) é dada ao sujeito - aquelas pessoas; é transmitida a ideia de que se não houvesse aquelas pessoas não haveria aquela doença. No segundo caso, a visão textual recai sobre o sujeito a doença e é transmitida a ideia de que se não houvesse aquela doença, aquelas pessoas não teriam a menor importância ao contexto.

Esta alteração enfática é dada às vozes verbais, que fazem com que um simples complemento verbal transforme-se no sujeito:

Aquelas pessoas venceram a doença. → voz ativa
A doença foi vencida por aquelas pessoas. → voz passiva

Como você pode notar, ambas as frases estão no mesmo tempo verbal, o pretérito perfeito. Porém, no primeiro exemplo, a frase está relacionada à ação que aquelas pessoas exercem sobre a doença, no segundo, ocorre o contrário. Numa, a ação do verbo ocorre em relação ao tempo enunciado (voz ativa) e noutra, ocorre o tempo enunciado em relação à ação do verbo (voz passiva), isto é, que já passou. Fazendo análise nas orações, temos:

Termo 1 Termo 2 Termo 3
Voz ativa Aquelas pessoas venceram a doença
Voz passiva A doença foi vencida por aquelas pessoas

Veja que os termos são os mesmos, mas a ordem deles, da voz ativa para a passiva, alterou-se (as mesmas cores mostram os mesmos termos). Em sintaxe, cada um destes termos tem a seguinte nomenclatura, uma para voz ativa e outra para a voz passiva:

Termo 1 Termo 2 Termo 3
Voz ativa
Sujeito ativo
Verbo ativo
Objeto direto
Voz passiva
Sujeito passivo
Verbo passivo
Agente passivo

Concluímos que:

  • O sujeito da voz ativa (ou sujeito ativo) é o agente da voz passiva (ou agente passivo - neste caso, Aquelas pessoas);
  • O objeto direto na voz ativa é o sujeito paciente da voz passiva (ou sujeito passivo - neste caso, A doença).
O verbo de uma oração está na voz ativa quando a ação é praticada pelo sujeito, ou seja, o sujeito é o agente da ação verbal.

Exemplo:

O diretor da escola maltratou Alice. (O diretor da escola é o agente da ação verbal, ou seja, a ação maltratar é praticada por ele);
Os funcionários da empresa resolveriam os problemas na reunião. (A ação resolver é exercida pelo sujeito Os funcionários da empresa).
Ver também: Agente da passiva
O verbo de uma oração está na voz passiva quando a ação é sofrida pelo sujeito, que não é o mesmo que pratica a ação verbal. O agente da passiva é aquele que pratica o ato. A palavra passivo possui a mesma raiz latina de paixão (latim passio, passionis) e ambas se relacionam com o significado de sofrimento (Paixão de Cristo). Daí vem o significado de voz passiva como sendo a voz que expressa a ação sofrida pelo sujeito. Na voz passiva, temos dois elementos que nem sempre aparecem: sujeito paciente e agente da passiva.

Exemplo:

Alice foi maltratada pelo diretor da escola.
Os problemas seriam resolvidos pelos funcionários da empresa na reunião.

Alice e Os problemas são sujeitos pacientes porque recebem a ação praticada pelo agente da ação verbal, diretor da escola e funcionários da empresa, respectivamente. O agente da passiva também pode ser indeterminado, como no seguinte exemplo:

Meu carro foi roubado ontem na minha rua. - Meu carro foi roubado por quem?

Como não se sabe quem roubou o carro, o agente da passiva é indeterminado.

A língua culta só aceita a voz passiva com um verbo que tenha objeto direto, ou seja, verbo transitivo direto, salvo raras exceções, com os verbos obedecer e desobedecer: A lei deve ser obedecida por todos. Por força do hábito, os verbos obedecer e desobedecer aceitam a passiva, porque antigamente eram transitivos diretos.

O emprego era visado pelo funcionário.
A missa deve ser assistida por nós em silêncio.

Tais frases estão em linguagem coloquial, porque os verbos obedecer e assistir precisam de um complemento, o sujeito obedece a alguém e assistem a algo. Portanto, o correto seria a frase na voz ativa ou a substituição por um verbo transitivo direto na voz passiva:

O funcionário visava ao emprego. / O emprego era desejado pelo funcionário.
Devemos assistir à missa em silêncio. / A missa deve ser vista por nós em silêncio.
Observações: O agente da passiva sempre é introduzido pela preposição por, contraída ou não. Eventualmente, usa-se a preposição de.

Passiva analítica

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É formada pelo uso dos verbo auxiliar ser e o particípio de certos verbos ativos, como: ser visto (sou visto, és visto, é visto...); estar abatido (estou abatido, estava abatido....). Alguns gramáticos consideram que a passiva analítica pode ser formada a partir de quaisquer verbos auxiliares temporais.

Exemplo:

Alice era conduzida pelo namorado. - Voz passiva analítica
O namorado conduzia Alice. - Voz ativa

É importante observar que o tempo verbal da voz ativa deverá ser seguido pelo verbo auxiliar da voz passiva. No exemplo acima, o verbo auxiliar (ser) está no mesmo tempo que o verbo principal da voz ativa (conduzir), o pretérito imperfeito. Exemplo:

O caçador matou a raposa. - Verbo principal no pretérito perfeito
A raposa foi morta pelo caçador. - Verbo auxiliar no pretérito perfeito.
Aos verbos que não são ativos nem passivos nem reflexivos, são chamados neutros. Esses não admitem voz ativa nem passiva nem reflexiva, pois o sujeito não pode ser visto como agente nem paciente nem agente-paciente.

Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos, logo o sujeito é paciente. Excepcionalmente, o pronome apassivador assume formas de 1ª e 2ª pessoa.

Voz passiva é uma forma verbal, enquanto passividade é ideia. Em 'Ele levou um tiro' há voz ativa, embora o sujeito tenha sofrido a ação.
Observações: Na língua portuguesa há muitas estruturas similares à voz passiva. Deve-se ter em mente que esta ocorre somente com um verbo. Casos como o predicativo do sujeito (ser + adjetivo) não são considerados como tais.

Passiva sintética ou pronominal

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É formada mediante o uso do pronome apassivador se (ou partícula apassivadora). Neste caso, o sujeito agente desaparece, porque não interessa ao narrador mencioná-lo, sendo o sujeito indeterminado.

Exemplo:

Vendem-se joias.

No exemplo acima, joias não pratica a ação de vender, mas sim, sofre essa ação. Portanto, joias não é o agente da ação verbal, mas o sujeito paciente. O verbo é passivo, sendo essa passividade indicada pelo pronome se. Essa mesma oração pode ser expressa por outras vozes:

Joias são vendidas. (passiva analítica)
Vendem as joias. (ativa)

O sujeito continua a ser jóias, que, por estar no plural, levará o verbo também para o plural.

Ativo-Passiva

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A voz ativo-passiva recebe este nome pelo fato de o sujeito da oração receber a ação (ou seja, voz passiva), mas ao mesmo tempo, este não ser o sujeito real, estando o verbo em sua forma simples (e não em locução). Nestes casos o sujeito é indeterminado e a frase pode ser passada para a voz ativa e às vozes passivas:

Pedra preciosa vende a preço justo. - voz ativo-passiva
Pedra preciosa é vendida a preço justo. - voz passiva analítica
Vende-se pedra preciosa a preço justo. - voz passiva sintética
Vendem pedra preciosa a preço justo. - voz ativa

É notável que seu uso não é constante na língua e que muitas vezes é considerada coloquial.

Ver módulo: Conjugação reflexiva
Ver também: Semântica verbal

Verbo auxiliar é todo verbo que forma locução verbal com outro verbo (denominado verbo principal) e que formam apenas uma oração. Veja:

Estou dizendo o que vi.

Podemos encontrar duas orações, uma principal (Estou dizendo) e uma subordinada (o que vi), porém, três verbos (estar, dizer e ver). Quando ocorrem com verbos ativos ou relacionais (verbos que não são auxiliares), o número de verbos é igual ao número de orações, mas neste caso temos apenas dois verbos que não são auxiliares, logo, duas orações.

Classificação

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Os verbos auxiliares são dividos em três grupos distintos:

  • Temporais (VAT);
  • Modais (VAM);
  • Aspectivos (VAA).

É importante saber que todos os verbos que veremos são considerados auxiliares porque estes formam um locução com outro verbo chamado de verbo principal.

Verbos auxiliares temporais servem para indicar algo de modo alternativo.

Os verbos auxiliares temporais podem ser identificados na locução verbal ou junto a verbos no infinitivo impessoal (flexão do verbo quando terminado em -ar, -er, -ir, -or), particípio (flexão do verbo quando terminado em -ido(s), -ida(s), -ado(s), -ada(s)) ou gerúndio (flexão do verbo quando terminado em -ndo). De acordo com o verbo auxiliar e a forma nominal que o acompanha (infinitivo, particípio ou gerúndio), classificamos os tempos e as locuções (veja na próxima página). A seguir, os verbos auxiliares temporais:

O verbo ser além de empregado com verbo auxilar, pode também ser empregado como verbo de ligação. O uso deste verbo como auxiliar, é o seguinte:

A casa foi construída com tijolos por eles.
A comida será esquentada por ela.
A nossa pele era queimada pelo sol.
A laranja é descascada pelo garoto.

O verbo estar também pode ser de ligação e auxiliar.

  • Na voz passiva, colocado antes do verbo ser no gerúndio, indica ações pouco duradouras, momentâneas:
A casa esteve sendo construída com tijolos por eles.
A comida estará sendo esquentada por ela.
A nossa pele estava sendo queimada pelo sol.
A laranja está sendo descascada pelo garoto.
  • Indica progressividade com o gerúndio ou com a preposição a com verbo no infinitivo (o agente da passiva torna-se sujeito paciente) - formando os tempos perifrásticos:
Eles estiveram construindo a casa com tijolos.
Ela estará esquentando a comida.
O sol estava queimando a nossa pele.
O garoto está descascando a laranja.
  • Possuem os mesmos valores e concordâncias que o verbo ser estabelece na voz passiva (o pretérito perfeito e o mais-que-perfeito não são admitidos, já que estes verbos quando auxiliares já indicam a perfeição):
A casa tinha sido construída com tijolos por eles.
A comida terá sido esquentada por ela.
A nossa pele tinha sido queimada pelo sol.
A laranja tem sido descascada pelo garoto.
  • Também são considerados auxiliares se o verbo principal não for ser (formando os tempos compostos):
Eles tinham construído a casa com tijolos.
Ela tinha esquentado a comida.
O sol havia queimado a nossa pele.
O garoto tinha descascado a laranja.
  • Pode ser acompanhado por um verbo no infinitivo ou no gerúndio, formando o futuro breve (infinitivo) e progressividade (gerúndio):
Eles iam construindo/construir a casa com tijolos.
Ela irá esquentando/esquentar a comida.
O sol foi queimando/queimar a nossa pele.
O garoto vai descascando/descascar a laranja.

Os verbos modais, diferente dos temporais, atribuem certa característica ao verbo principal. Nestes casos, o verbo principal flexiona-se no infinitivo impessoal. Eles podem ser:

  • Deônticos - São verbos que exprimem obrigação (dever, necessitar, obrigar, precisar, ter de, etc):
Para passarmos de ano, precisamos estudar.
  • Epistêmicos - São verbos que exprimem possiblidades. Quando estes verbos se flexionam no futuro do pretérito (condicional), a ênfase à modalidade epistêmica é ainda maior (dever, poder, etc):
Podemos estudar hoje.
Observações:
  • Pelo fato de estes verbos atribuirem característica ao verbo principal, suas funções são idênticas às dos advérbios de modo (possivelmente, provavelmente, etc);
  • Se o verbo principal for substituido por complemento verbal, o verbo não trata-se mais de auxiliar, mas sim de transitivo. Exemplo:
Para passarmos de ano, precisamos de estudo. (verbo transitivo)

São semelhantes aos verbos modais, dão característica ao verbo principal, que estará no infinitivo impessoal. A característica que esses atribuem são de estado da ação em relação ao tempo do enunciado, podendo ser:

  • de iniciação (colocar-se a, começar a, pôr-se a, etc):
Muitas pessoas puseram-se a sair de casa para viajar.
  • de continuação (andar, continuar a, ficar a, ir, permanecer a, seguir, vir a, etc):
Muitas pessoas permaneceram a sair de casa à noite.
  • de finalização (acabar, deixar de, terminar de, etc):
Muitas pessoas deixaram de sair de casa pela violência.
Observações: A preposição a + verbo no infinitivo impessoal pode ser substituida por verbo no gerúndio.

Semi-auxiliares

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Alguns gramáticos consideram certos verbos como semi-auxiliares, outros, utilizam a classificação que é apresentada neste livro. Veja semântica verbal para ver a nossa classificação.

Ver também: verbos irregulares ((-AR), (-ER), (-IR) e (-OR))

Os verbos podem se apresentar em várias formas: na forma de composição, locução verbal (que constitui a conjugação perifrástica) e as formas simples. Essas formas são formadas a partir dos verbos auxiliares, de acordo com a forma nominal expressa pelo verbo principal. Chamamos de forma nominal, o gerúndio, o particípio e o infinitivo.

Conjugação perifrástica

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Veja estas tabelas:

Usando o gerúndio

Usando o Presente
Forma Perifrástica Forma Simples
Estou Encaminhando Encaminho
Estás Encaminhando Encaminhas
Está Encaminhando Encaminha
Estamos Encaminhando Encaminhamos
Estais Encaminhando Encaminhais
Estão Encaminhando Encaminham
Usando o Pretérito Imperfeito
Forma Perifrástica Forma Simples
Estava Encaminhando Encaminhava
Estavas Encaminhando Encaminhavas
Estava Encaminhando Encaminhava
Estávamos Encaminhando Encaminhávamos
Estáveis Encaminhando Encaminháveis
Estavam Encaminhando Encaminhavam
Usando o Pretérito Mais-que-Perfeito
Forma Perifrástica Forma Simples
Estivera Encaminhando Encaminhara
Estiveras Encaminhando Encaminharas
Estivera Encaminhando Encaminhara
Estivéramos Encaminhando Encaminháramos
Estivéreis Encaminhando Encaminháreis
Estiveram Encaminhando Encaminharam
Usando o Futuro do Presente
Forma Perifrástica Forma Simples
Estarei Encaminhando Encaminharei
Estarás Encaminhando Encaminharás
Estará Encaminhando Encaminhará
Estaremos Encaminhando Encaminharemos
Estareis Encaminhando Encaminhareis
Estarão Encaminhando Encaminharão
Usando o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
Forma Perifrástica Forma Simples
Estivesse Encaminhando Encaminhasse
Estivesses Encaminhando Encaminhasses
Estivesse Encncaminhando Encncaminhasse
Estivéssemos Encaminhando Encaminhássemos
Estivésseis Encaminhando Encaminhásseis
Estivessem Encaminhando Encaminhassem
Usando o Afirmativo
Forma Perifrástica Forma Simples
- -
Está Encaminhando Encaminha
Esteja Encaminhando Encaminhe
Estejamos Encaminhando Encaminhemos
Estai Encaminhando Encaminhai
Estejam Encaminhando Encaminhem
O wikilivro Introdução à língua portuguesa possui uma versão simplificada deste assunto: Particípio e gerúndio

Analisando estas tabelas podemos concluir que:

  • Apesar do verbo estar estar flexionado, o verbo encaminhar permaneceu na mesma forma (ocorrendo um tipo especial de concordância verbal).
  • Mesmo estas locuções estarem relacionadas à pessoas e números diferentes, o verbo encaminhar flexionou-se em outra forma.
Isto ocorre porque encaminhando nunca flexionar-se-á. É necessário indicar um tempo verbal com o verbo auxiliar estar, já estudado. Trata-se de um verbo no gerúndio, uma forma nominal do verbo.

Voz passiva perifrástica

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Como vimos na página anterior, o verbo estar pode se apresentar na voz passiva, mas o verbo auxiliar ser deve estar no gerúndio (a mesma flexão usada nas tabelas anteriores), a morfossintaxe da voz passiva permanece a mesma (+ particípio). Veja:

Usando a voz passiva

Usando o Presente
Forma Perifrástica Forma Simples
Estou sendo Encaminhado Sou Encaminhado
Estás sendo Encaminhado És Encaminhado
Está sendo Encaminhado É Encaminhado
Estamos sendo Encaminhados Somos Encaminhados
Estais sendo Encaminhados Sois Encaminhados
Estão sendo Encaminhados São Encaminhados
Usando o Pretérito Imperfeito
Forma Perifrástica Forma Simples
Estava sendo Encaminhado Era Encaminhado
Estavas sendo Encaminhado Eras Encaminhado
Estava sendo Encaminhado Era Encaminhado
Estávamos sendo Encaminhados Éramos Encaminhados
Estáveis sendo Encaminhados Éreis Encaminhados
Estavam sendo Encaminhados Erão Encaminhados

Analisando estas tabelas, podemos concluir que:

  • O que acontecia com gerúndio nos casos anteriores, ocorrem agora nestes
  • O verbo principal, encaminhar, desta vez flexionou-se
Isto ocorre porque sendo está tendo o mesmo papel de encaminhando, e do mesmo jeito, é inflexível. Já encaminhado(s) segue regras comuns de concordância verbal, mas do mesmo jeito que o gerúndio, não flexiona-se no tempo, tendo relação de dependência ao verbo auxiliar. Esta forma nominal chama-se particípio.
Gerúndio Particípio
Amando Amado
Encaminhando Encaminhado
Mexendo Mexido
Sabendo Sabido
Saindo Saido
Tossindo Tossido

O gerúndio e o particípio

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Uma maneira fácil de diferenciar o particípio do gerúndio é simples: Assim como na palavra Gerúndio existe um n, os verbos flexionados no gerúndio também vão ter um n, nos verbos regulares do particípio, basta retirar o n e se obtem o particípio masculino do singular (só não ocorre na segunda conjugação). Veja na tabela ao lado:
A Flexão dos verbos regulares para formar o gerúndio é a seguinte:

  • Acrescenta-se -ando ao radical;

A Flexão dos verbos regulares para formar o particípio é a seguinte:

  • Na primeira e terceira conjugação, coloca-se -ad após o radical, e em seguida a desinência nominal;
  • Na segunda conjugação, coloca-se -id após o radical, e em seguida a desinência nominal.

A desinência (flexão) do particípio é, para o feminino: a (singular), as (plural); e masculino: o (singular), os (plural). Exemplo:

Largar Singular Plural
Masculino Largado Largados
Feminino Largada Largadas
Perder Singular Plural
Masculino Perdido Perdidos
Feminino Perdida Perdidas
Dormir Singular Plural
Masculino Dormido Dormidos
Feminino Dormida Dormidas
Ver Singular Plural
Masculino Visto Vistos
Feminino Vista Vistas
O particípio é usado para designar uma ação sofrida e completa ou uma ação realizada por outro ser em relação ao sujeito, ou seja, no passado do tempo enunciado (no passado do passado, no passado do presente ou no passado do futuro). Já o gerúndio serve para designar uma ação incompleta feita pelo sujeito, ou seja, que teve o inicio no presente do tempo enunciado (no passado, no presente ou no futuro) e ainda não teve um fim.

Nomenclaturas

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Se nomeia a formação verbo auxiliar + verbo principal de acordo com o verbo auxiliar e a forma nominal do verbo principal:

Verbo Forma composta Nome da forma
habitual
Exemplos
Ter, Haver Particípio Tempo composto Tinha recebido
Havia levado
Ser Particípio Voz passiva Era recebido
Era levado
Estar Infinitivo (junto a preposição a)
ou gerúndio
Gerundismo ou
Forma perifrástica
Estava a receber
Estava levando
Ir Infinitivo ou gerúndio Complemento verbal comum
ou gerundismo (oração reduzida)
Ia receber
Ia levando

Tempos compostos

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Como pode ser visto na tabela acima, os tempos compostos são formados por ter/haver + particípio. Veja:

Usando o Presente
Forma Composta Forma Simples
Tenho/Hei encaminhado Encaminho
Tens/Hás Encaminhado Encaminhas
Tem/Há Encaminhado Encaminha
Temos/Hemos Encaminhado Encaminhamos
Tendes/Heis Encaminhado Encaminhais
Têm/Hão Encaminhando Encaminham
Usando o Pretérito Imperfeito
Forma Composta Forma Simples
Tinha/Havia Encaminhado Encaminhava
Tinhas/Havias Encaminhado Encaminhavas
Tinha/Havia Encaminhado Encaminhava
Tínhamos/Havíamos Encaminhado Encaminhávamos
Tínheis/Havíeis Encaminhado Encaminháveis
Tinham/Haviam Encaminhado Encaminhavam
Usando o Afirmativo
Forma Composta Forma Simples
- -
Tem/Há Encaminhado Encaminha
Tenha/Haja Encaminhado Encaminhe
Tenhamos/Hajamos Encaminhado Encaminhemos
Tende/Havei Encaminhado Encaminhai
Tenham/Hajam Encaminhado Encaminhem
Observações: Ao contrário da conjugação perifrástica, os tempos compostos não admitem o pretérito perfeito e mais-que-perfeito do indicativo, pois os tempos compostos no pretérito imperfeito do indicativo já indicam tal perfeição.

Tempo composto perifrástico

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Podemos utilizar as regras da conjugação perifrástica junto às do tempo composto. Ocorre quando se coloca ter/haver + estado(s) + gerúndio. Ocorre porque o verbo principal do tempo composto torna-se estar que por consequência do verbo auxiliar, fica no particípio (estado(s)), mas, pelas regras da conjugação perifrástica, o verbo principal da locução verbal flexiona-se no gerúndio:

Usando o Presente
Forma Composta-Perifrástica Forma Composta
Tenho/Hei estado Encaminhando Tenho/Hei Encaminhado
Tens/Hás estado Encaminhando Tens/Hás Encaminhado
Tem/Há estado Encaminhando Tem/Há Encaminhado
Temos/Hemos estados Encaminhando Temos/Hemos Encaminhados
Tende/Heis estados Encaminhando Tende/Heis Encaminhados
Tão/Hão estados Encaminhando Tão/Hão Encaminhados
Usando o Pretérito Imperfeito
Forma Composta-Perifrástica Forma Composta
Tinha/Havia estado Encaminhado Tinha/Havia Encaminhado
Tinhas/Havias estado Encaminhado Tinhas/Havias Encaminhado
Tinha/Havia estado Encaminhado Tinha/Havia Encaminhado
Tínhamos/Havíamos estados Encaminhados Tínhamos/Havíamos Encaminhados
Havíeis/Tínheis estados Encaminhados Havíeis/Tínheis Encaminhados
Tinham/Haviam estados Encaminhados Tinham/Haviam Encaminhados

O verbo ir e o infinito

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O verbo ir também pode ter papel de auxiliar (geralmente informalmente). Ele possui as mesmas características do verbo estar quando auxiliar. Junto à preposção a, o verbo estar tem relação perifrástica com o verbo principal no infinitivo. O mesmo ocorre com o verbo ir. Chamamos o tempo formado com verbo ir com verbo principal no infinitivo de futuro breve, assim como estar + a.

Observações: Muitas vezes o verbo ir pode ter sentido de andar, mover, movimentar, somente nestes casos o tempo composto pode fazê-lo com o gerúndio (exceto se o verbo estar introduz o principal, que por consequência haverá a preposição a e verbo no infinito):
  • Irei encaminhando. → Com sentindo de mover
  • Irei estar a encaminhar.

Os tempos compostos e os verbos que utilizam o infinitivo possuem valores especiais (lembrando que os tempos compostos - ter e haver - são formados pelo particípio e a conjugação perifrástica - estar e ir - pelo gerúndio):

  • Passado com estar e ir = passado progressivo, semanticamente
Estive lendo as notícias recentes.
Fui lendo as notícias recentes.
  • Passado com ter e haver = passado mais-que-perfeito, semanticamente
Tinha lido as notícias recentes.
Havia lido as notícias recentes.
  • Presente com estar e ir = presente progressivo, semanticamente
Estou lendo as notícias recentes.
Vou lendo as notícias recentes.
  • Presente com ter e haver = passado próximo, semanticamente
Tenho lido as notícias recentes.
Hei lido as notícias recentes.
  • Futuro com estar e ir = futuro (que será) progressivo, semanticamente
Estarei lendo as notícias recentes.
Irei lendo as notícias recentes.
  • Futuro com ter e haver = futuro (que será) mais-que-perfeito, semanticamente
Terei lido as notícias recentes.
Haverei lido as notícias recentes.

O modo composto sempre será o verbo auxiliar + particípio/gerúndio. Se o verbo auxiliar estiver no pretérito perfeito, o modo simples também estará no pretérito perfeito (você pode conferir nas tabelas já apresentadas). Exemplificando:

Fomos
 
andando
 
=
 
Andamos
 
 
 
Verbo Auxiliar, 1ª p. do plural do pret. perf. do ind.
 
Gerúndio
 
 
1ª p. do plural do pret. perf. do ind.
Estiveras
 
posto
 
=
 
Puseras
 
 
 
Verbo Auxiliar, 2ª p. do sing. do pret. mais-que-perf. do ind.
 
Particípio
 
 
2ª p. do sing. do pret. mais-que-perf. do ind.
(Quando) Forem
 
dançando
 
=
 
Dançarem
 
 
 
Verbo Auxiliar, 3ª p. do plural do fut. do subj.
 
Gerúndio
 
 
3ª p. do plural do fut. do subj.
Havia
 
pulado
 
=
 
Pulava
 
 
 
Verbo Auxiliar, 3ª p. do sing. do pret. imperf.
 
Particípio
 
 
3ª p. do sing. do pret. imperf.
 
vendendo
 
=
 
Venda
 
 
 
Verbo Auxiliar, 3ª p. do sing. do afirm. do ind.
 
Gerúndio
 
 
3ª p. do sing. do afirm. do ind.
Tereis
 
ficado
 
=
 
Ficareis
 
 
 
Verbo Auxiliar, 2ª p. do plural do fut. do pres. do ind.
 
Particípio
 
 
2ª p. do plural do fut. do pres. do ind.

O particípio com função de substantivo e adjetivo

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Existem casos em que o particípio possui função de substantivo ou de adjetivo. Estes substantivos e adjetivos são denomínados derivados de verbos. Os substantivos irão aparecer no feminino, os adjetivos concordarão com o nome. Exemplos:

Cruzei por primeiro a chegada
Verbo Preposição Numeral Artigo Substantivo derivado de Chegar
Dormia sobre a calada da noite
Verbo Preposição Artigo Substantivo derivado de Calar Preposição Substantivo
Ela é uma garota     iluminada
Pronome Verbo Artigo substantivo Adjetivo derivado de Iluminar

Existem derivados que se modificaram com o tempo, ocorrendo variados processos de formação, e assim a língua vai se transformando.

Orações Reduzidas

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Ver módulo principal: Orações Reduzidas
No Período Composto, oração subordinada é toda oração que depende sintaticamente da outra. Orações coordenadas são as que exercem mínima relação sintática.

Em certas orações subordinadas (e em uma coordenada), podemos anular a conjunção e acrescentar o particípio, o gerúndio ou o infinitivo, dependendo da função que a oração subordinada exerce à oração principal, tendo como significação desta oração o mesmo da oração desenvolvida, podemos classificá-las de acordo com o verbo nominal:

Particípio

  • Adjetivo
  • Advérbio (circunstâncias:)
Causa
Condição
Concessão
Tempo

Gerúndio

  • Adjetivo
  • Advérbio (circunstâncias:)
Causa
Condição
Concessão
Tempo
  • Adição
Observações: O significado destes verbos é o mesmo que exercem na oração absoluta, ou seja, pelo fato de estarem na oração reduzida, não perdem suas características já mencionadas.

Complete os itens a seguir com o gerúndio de cada verbo:

1 Caber

2 Haver

3 Fazer

4 Mentir

5 Calar

Agora, escreva o particípio dos seguintes verbos:

6 Crer

7 Poder

8 Ir

10 Dar



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O infinitivo é a parte "natural" do verbo. Ele é dividido em dois, em infinitivo pessoal e infinitivo impessoal. O infinitivo pessoal, como o próprio nome diz, remete a uma pessoa, enquanto o impessoal, não remete a ninguém.

Infinitivo impessoal

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O wikilivro Introdução à língua portuguesa possui uma versão simplificada deste assunto: Infinitivo impessoal

O infinitivo impessoal é aquele com as desinências -ar, -er, -ir e -or. Ele ocorre:

  • Quando a ação do verbo é remetida ao pronome todos mas ele não está explicito:
É bom sempre ir ao médico.É bom sempre todos irmos ao médico
Proíbido andar de bicicleta.Proíbido a todos andarem de bicicleta.
Não deveríamos fazer esse tipo de coisa!
Ricardo precisou se arrumar para o casamento.
Ele estava a fazer o almoço.
Nós estaremos a caminhar amanhã.
  • Com verbos volitivos (que exprimem desejo):
Ele queria ter ido ao cinema com você.
O amanhecer é belo.
O falar dela era lento.

Infinitivo pessoal

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A conjugação do infinitivo pessoal é a seguinte (nos verbos regulares, idêntica a conjugação do futuro do subjuntivo):

Singular Plural
1ª pessoa infinitivo impessoal infinitivo impessoal + mos
2ª pessoa infinitivo impessoal + es infinitivo impessoal + des
3ª pessoa infinitivo impessoal infinitivo impessoal + em

Exemplo:

  • Estar, Estares, Estar, Estarmos, Estardes, Estarem
  • Levar, Levares, Levar, Levarmos, Levardes, Levarem
  • Ser, Seres, Ser, Sermos, Serdes, Serem
  • Ver, Veres, Ver, Vermos, Verdes, Verem


Ele aparece nas orações reduzidas (do infinitivo):

É bom tu sempre ires ao médico. (É bom que tu sempre vás ao médico.)
Faz bem mantermos sempre bem o nosso corpo. (Faz bem que mantenhamos sempre bem o nosso corpo.)
Nós casamos por amarmos um ao outro. (Nós casamos porque amamos um ao outro.)
Pronomes reflexivos
Número Pessoa Pronome
Singular 1ª pessoa me
2ª pessoa te
3ª pessoa se
Plural 1ª pessoa nos
2ª pessoa vos
3ª pessoa se

Observe as seguintes frases:

  • Ele lembrou-se de tudo.
  • João feriu-se.

Ao observarmos os verbos, notamos que eles são transitivos, sendo os seus objetos, o pronome se. Como já vimos, os pronomes sempre estão relacionados a outros termos, nestes casos, o sujeito. Ou seja, o sujeito pratica e sofre a ação ao mesmo tempo. Veja que a ação do verbo é refletida no sujeito. Chamamos isto de conjugação reflexiva. Ela é feita pelo uso de um verbo reflexivo + pronome reflexivo que é correspondente à pessoa e número gramatical do sujeito.

Função recíproca

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Podemos ter um verbo em diferentes formas para indicar a mesma frase, veja:

  • João e Paulo feriram-se a si próprios. (verbo com função reflexiva)
  • João e Paulo foram feridos. (verbo com função passiva)
  • João feriu a Paulo e Paulo feriu a João. (verbo com função recíproca)

Quando na conjugação reflexiva o sujeito é composto, o verbo tem função recíproca, visto que um núcleo do sujeito estabelece ação do verbo sobre o outro núcleo e este sobre o primeiro.

Classificação

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Nos verbos reflexivos, sempre aparecerá um pronome reflexivo, da mesma pessoa que o sujeito, sem o qual o verbo não poderá indicar reflexibilidade. Por essa razão, os verbos reflexivos chamam-se também pronominais, dividindo-se em dois grupos: pronominais essenciais e pronominais acidentais.

Pronominais essenciais - são aqueles que vêm sempre acompanhados de pronome reflexivo, já que sempre o sujeito pratica e sofre a ação. O pronome oblíquo que os acompanha nunca terá uma função sintática. Quanto a fonação possuem reflexibilidade atenuada, pelo fato do pronome não destacar-se (já que é constante o seu uso com tais verbos): arrepender-se, queixar-se, indignar-se, abster-se, etc.
  • Ele queixa-se sempre.
  • Eu queixo-me sempre.
  • Tu queixas-te sempre.
Pronominais acidentais - são os verbos transitivos diretos que, para indicar reflexibilidade da ação, vêm acompanhados do pronome reflexivo. Quanto a fonação possuem reflexibilidade pronunciada, pelo fato do pronome destacar-se (já que não são obrigatórios).
  • O bandido escondeu o dinheiro. (verbo transitivo)
  • O bandido escondeu-se. (verbo reflexivo - escondeu a si próprio)
Observações: Os verbos reflexos são indiretos, pelo fato de o objeto direto ser o próprio pronome. Nunca serão reflexos os intransitivos, já que indicam uma simples ação.

Casos facultativos

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Há verbos com os quais é facultativo o uso do pronome, a maioria trata-se de palavras homônimas, mas há casos em que é independente da semântica, como o verbo lembrar (-se).

Colocação do pronome

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Ver módulo: Colocação pronominal

Os verbos de ligação (copulativos ou designativos) são verbos que não possuem valor grande semântico na frase, apenas sintático, sendo classificados como verbos relacionais.

Observações: Verbos de ligação são diferentes de verbos auxiliares! Os auxiliares formam os tempos compostos, diferente dos de ligação!

Os verbos de ligação (VL)

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Cada verbo de ligação representa certo período de tempo, representando características que podem ser duradouras ou momentâneas:

  • Ser: É o verbo de ligação que apresenta caracterítica mais duradoura, pode ser usado para estabelecer caracteríticas permanentes, desde a criação do ser ou objeto, ou características que estão presentes há alguns meses, dependendo do contexto. Pode também dar uma característica comum a todos seres ou objetos daquela espécie.
Ele é português.
Desde então elas são alegres.
Um dia eu serei famoso.
Era uma vez uma princesa...
Que tudo apartir daqui seja bom.
  • Estar: É o verbo de ligação que apresenta características momentâneas (às vezes estas características podem ter o significado de tender a ser duradouras, a partir do tempo do enunciado, nesses casos o verbo estar pode ser substituído por ser).
Desde então elas estão alegres.
Um dia eu estarei famoso.
Pensei se isso estará bom.
Amanhã estarei em casa.
Estamos no mês de maio.
  • Permanecer: É o verbo de ligação que apresenta características que surgiram no passado (próximo ou não) e que duram até o tempo do enunciado, tem sentido de continuar.
Elas permaneceram calmas durante o ensaio.
Ele permanece famoso.
Amanhã permanecerei em casa.
Tudo permaneceu tranquilo.
Pensei se isso permanecerá bom a partir de então.
  • Ficar: É o verbo de ligação que apresenta características que derrepente surgiram. É o que possui característica mais momentânea de todos.
Fiquei bravo quando descobri tudo.
Amanhã ficarei em casa.
Ficarei famoso um dia.
Ficamos com muito frio naquele inverno.
Depois do julgamento ele ficará preso.
  • Tornar-se, Transformar-se ou Virar: Iguais ao verbo ficar, porém a característica é duradoura.
Ele tornou-se rico.
Viramos pais.
Tornar-me-ei um vencedor.
Talvez tu virarás o diretor da empresa.
A menina Elen tornava-se uma mulher.

Predicado nominal (predicativo)

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O Predicado é a parte da frase em que declara-se ações do sujeito. O Predicado nominal (ou predicativo) esclarece modificações e qualidades que ocorreram naquele período com o sujeito ou em um longo período. Uma frase com predicado nominal é formada por Sujeito + Verbo de Ligação + Adjetivo:

  • A água é quente.
  • A água está quente.
  • A água permanece quente.
  • A água fica quente.
  • A água torna-se quente.
  • A água vira quente.

Orações subordinadas

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Além disso, existem as orações subordinadas que necessitam de verbos de ligação. É o caso da oração subordinada adjetiva restritiva. Também acrescenta-se verbo de ligação na oração principal das frases que possuem orações subordinadas substantivas predicativas e em algumas subjetivas (depende do contexto):

  • As cores que são escuras refletem menos luz. → Restritiva
  • Os garotos que ficaram envergonhados foram para casa. → Restritiva
  • As coisas mais engraçadas da vida são as que ocorrem inesperadamente. → Predicativa
  • Os maiores guerreiros eram os que nos amavam. → Predicativa
  • É justo que ele ganhe o campeonato. → Subjetiva
  • Melhor permanecerá se todos forem conosco. → Subjetiva
O wikilivro Introdução à língua portuguesa possui uma versão simplificada deste assunto: Advérbios
Ver também: Oração Subordinada Adverbial e Adjunto Adverbial

Advérbio é a classe gramatical das palavras que modifica um verbo, um adjetivo, um outro advérbio, ou uma oração inteira.

Na linguagem publicitária e jornalística atual, os advérbios se relacionam a substantivos.

Isso é simplesmente futebol.
Isso é orgulhosamente Brasil.

Primordialmente, os advérbios visam modificar, de alguma forma, a circunstância no qual ocorre a ação expressa pelo verbo; porém, na evolução da língua, essa função de "modificar a circunstância" se estendeu aos adjetivos, ao advérbio e aos substantivos. Essa ampliação do uso do advérbio chega a atingir até mesmo os pronomes na linguagem informal, pois na norma culta, tais usos configuram-se graves erros (Ex.: - Quem fez isso? - Euzinha! = Eu mesma). Exemplos:

  • Chegaram tarde para o Jantar; Queremos agora → Observe que o verbo define a ação, mas o advérbio modifica as circunstâncias em que essa ação ocorre. O uso do advérbio aprimora a mensagem, pois torna mais precisa a ocorrência dos fatos.
  • Era a moça mais bonita da festa → Nesse caso o advérbio altera a circunstância em que é expressa a qualidade da moça; lhe dá uma intensidade diferenciada, pois, entre todas as moças belas da festa, aquela em especial apresentava essa qualidade de maneira mais elevada.
  • Partiram ontem apressadamente → observe que é dada duas circunstância para o fato expresso na ação (partir): 1° - que foi ontem (o tempo da partida) e 2° - sendo ontem, foi apressadamente (o modo como partiram); observe que o advérbio restringiu ainda mais a circunstância da ação utilizando o termo apressadamente para modificar o próprio advérbio ontem.

Não há sinais morfológicos definidores de advérbios. O único consenso nesse respeito é que eles são invariáveis. Isto é, advérbios não flexionam em gênero e número. Os autores que defendem a existência de flexões de grau, afirmam que alguns advérbios passam por esse processo. Contudo, os estudos mais modernos indicam que não existe flexão de grau, mas derivação de grau.

Os advérbios são analisados sob três aspectos: função, forma e circunstância.

A respeito da função do advérbio, pode ser tanto a de modificar um verbo, como também um adjetivo ou um outro advérbio. Quando modificando um verbo ele será considerado, sintaticamente, um adjunto adverbial. Se modificar um adjetivo ou outro advérbio, ele será classificado como adjunto adnominal, por fazer parte de um sintagma nominal e não exercer papel de núcleo deste. De acordo com a mudança do sentido ou da sintaxe do verbo, o advérbio também será modificado. Ele aplica circunstâncias ao verbo, e não necessariamente elas são obrigatórias para que a informação tenha sentido.

Os advérbios, por serem invariáveis, possuem formas bem restritas. Na verdade, podem assumir apenas 2 (duas) formas: ou é uma palavra sendo ela o próprio advérbio; ou são duas palavras, formando uma locução adverbial.

Os advérbio propriamente ditos (que se identificam como tal por uma só palavra: ontem, hoje, junto, perto, apenas, não, sim etc.) são basicamente os que compõem as listas das classificações de lugar, tempo, negação, dúvida, intensidade, afirmação e modo. Contudo existe uma lista imensa das locução adverbiais, pois na linguagem popular inventa-se novas palavras ou modifica-se o uso normal das antigas quase diariamente, para expressar circunstâncias especiais. As locuções adverbiais também assumem uma posição na classificação dos advérbios propriamente dito, dependendo da ideia (ou do significado) que encerram.

Eu cumpri minhas obrigações → Advérbio de exclusão, significando que somente cumpriu
Tudo aconteceu às claras → A locução explica a circunstância em que os fatos aconteceram, indicando que foi de maneira transparente, à vista de todos, sendo necessário ter conhecimento do "sentido" da locução.

Locução Adverbial

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Quando várias palavras exercem uma função, são chamadas de locução. Se a função da locução for a de advérbio, este grupo de palavras é chamado de locução adverbial. Normalmente, é um grupo de duas palavras, sendo a primeira uma preposição e a segunda um substantivo: de noite, em casa, por perto, ao contrário, de bom grado, à direita, etc.

Circunstância

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Costuma-se classificar o advérbio pela circunstância que indica, isto é, pela modificação do significado inerente a um verbo, adjetivo e outro advérbio. É importante que se diga que isto já não faz parte do campo de estudo da morfologia, mas da semântica. Se esse estudo é feito, tradicionalmente, na área morfológica, isso se deve evidentemente a uma confusão da nomenclatura gramatical tradicional.

O advérbio pode assim ser classificados quanto as circunstâncias que encerram:

Assim, bem, mal, acinte (de propósito, deliberadamente), adrede (de caso pensado, de propósito, para esse fim), debalde (inutilmente), como, depressa, de repente, devagar, melhor, pior, bondosamente, generosamente e outros terminados em -mente.

Locuções adverbiais

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Às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão, em geral, em silêncio, sem medo, ao vivo.

Abaixo,de/em acima, adentro, adiante, afora, aí, além, algures (em algum lugar), alhures (em outro lugar), nenhures (em nenhum lugar), ali, aquém, atrás, cá, dentro, embaixo, externamente, lá, longe, perto, etc.

Locuções adverbiais

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A distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta, em baixo, aqui, etc.

Afinal, agora, amanhã, amiúde (com frequência), ontem, breve, cedo, constantemente, depois, enfim, entrementes (enquanto isso), hoje, imediatamente, jamais, nunca, outrora, primeiramente, tarde, provisoriamente, sempre, sucessivamente, já, etc.

Locuções adverbiais

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Às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia, etc.

Jamais, não, nunca, tampouco.

Locuções adverbiais

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De forma nenhuma, de jeito nenhum, de modo algum, em hipótese alguma.

Talvez, quiçá, acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, casualmente.

Locuções adverbiais

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Quem sabe, por certo.

Assaz (bastante, suficientemente), bastante, como, demais, mais, menos, muito, quanto, quão, quase, que, tanto, tão, pouco.

Locuções adverbiais

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Em excesso, de todo, de muito, por completo, às pressas, tão pouco quanto, à mão, à beça, à saciedade.

Sim, certamente, certo, claro, decididamente, deveras (realmente), decerto, efetivamente, indubitavelmente, realmente, evidentemente.

Locuções adverbiais

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Com certeza, sem dúvida, de fato, com efeito, na verdade.

Interrogativos

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Onde (lugar), quando (tempo), como (modo), por que (causa), quanto (preço e intensidade), para que? (finalidade).

Palavras denotativas

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São palavras e locuções, das quais, na gramática tradicional, são classificadas como advérbios, mas, conforme a nomenclatura gramatical brasileira, não possuem uma classe morfológica. Em alguns casos, estas palavras podem ter uma classificação. São elas, e suas circunstâncias:

  • Adição: ademais, ainda, além disso, e ainda por cima, além de tudo, quando acaba;
  • Afastamento: embora;
  • Afetividade: ainda bem, felizmente, infelizmente;
  • Aproximação: aproximadamente, cerca de, por volta de, quase, lá por, uns, bem, mais ou menos;
  • Adversidade: ainda, mesmo, mesmo assim;
  • Afirmação: é fato, sim, com certeza, evidentemente, de fato, é certo, é verdade, mesmo, positivamente, sem dúvida, indubitavelmente, pois não, perfeitamente
  • Coincidência: logo, bem, justamente, por cúmulo;
  • Conclusão: em fim, em suma, em síntese, em resumo;
  • Continuação: bem, ora, ademais;
  • Designação: eis, vede, aqui está;
  • Distribuição: a princípio, em seguida, finalmente, depois, primeiro, segundo;
  • Exclusão / Limitação: apenas, salvo, senão, exclusive, menos, exceto, fora, tirante, sequer, exclusivamente, só, somente, unicamente, etc.;
  • Explicação: isto é, por exemplo, quer dizer, a saber, ou seja, na verdade, com efeito, digo, por assim dizer, etc.;
  • Frequência: sempre, toda a hora
  • Negação: qual nada, nada, que esperança, qual o quê, em hipótese alguma, não, absolutamente, tampouco, pois sim, de modo algum, de jeito nenhum
  • Precisão: justamente, precisamente, em ponto, etc.
  • Realce / Expletiva: cá, lá, só, é que, ainda, mas, etc.;
  • Retificação: aliás, ou melhor, ou antes, etc.;
  • Restrição: em parte, relativamente, em termos;
  • Situação: afinal, agora, então, etc.;
  • Seleção: principalmente, sobretudo, especialmente, mormente, máxime

O advérbio pode estar nos graus comparativo e superlativo absoluto:

O grau comparativo é formador da oração subordinada adverbial comparativa. Como o próprio nome diz, compara seres e/ou objetos. Pode ser classificado:

  • Comparativo de superioridade: compara dois seres ou objetos afirmando a superioridade de um dos dois. Exemplo:
Ela é mais bonita que você.
Ele chegou mais cedo que o colega.
Tu agistes mais generosamente que ele.
  • Comparativo de igualdade: compara dois seres ou objetos afirmando uma igualdade entre os elementos. Exemplo:
Ela é tão bonita quanto você.
Ele chegou tão cedo quanto o colega.
Tu agistes tão generosamente quanto ele.
  • Comparativo de inferioridade: compara dois seres ou objetos afirmando a inferioridade de um dos dois. Exemplo:
Ela é menos bonita que você.
Ele chegou menos cedo que o colega.
Tu agistes menos generosamente que ele.

Superlativo absoluto

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O grau superlativo absoluto expressa uma grandeza, nesses casos algo será comparado com todos os seres ou objetos daquela espécie. Classificam-se:

  • Superlativo absoluto sintético: O adjetivo, substantivo ou advérbio flexionam-se por meio dos sufixos -issimamente (para advérbios), -íssimo(s), -íssima(s), -inho(s) ou -inha(s) (estes outros para substantivos e adjetivo), que os dão papel intensificador.
Ela é bonitíssima.
Ele chegou cedíssimo.
Tu agistes generosissimamente.
  • Superlativo absoluto analítico: O advérbio flexiona-se por meio de um advérbio de intensidade (veja a lista acima).
Ela é a mais bonita.
Ele chegou mais cedo.
Tu agistes mais generosamente.

Emprego dos advérbios

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  • Certos advérbios podem se apresentar no diminutivo ou repetidos, mas ambos com valor de superlativo.
Cheguei cedinho. = muito cedo
Saí agorinha. = agora
Minha irmã mora perto, perto. = muito perto
O cinema fica longe, longe. = muito longe
  • Quando se coordenam dois ou mais advérbios terminados em -mente, pode-se usar o sufixo apenas no último advérbio ou em todos, para enfatizar.
O cliente falou calma e respeitosamente.
O cliente falou calmamente e respeitosamente.
  • Antes de particípios usam-se as formas analíticas 'mais bem' e 'mais mal', em vez das formas sintéticas 'melhor' e 'pior'
Este projeto está mais mal elaborado que aquele.
Aquela casa está mais bem construída que esta.
  • 'Tampouco' equivale a 'nem', 'também não'. É usado após uma oração declarativa.
Ele não veio, tampouco avisou.
Observações:
  • No predicado nominal no grau comparativo, basta ser colocado o artigo (determinante) após o verbo de ligação para formar o superlativo absoluto.
  • O uso de que todos no superlativo absoluto analítico implica com o comparativo, isto é, acaba tornando-se o grau comparativo.
  • O uso de advérbio intensificador + superlativo absoluto sintético forma o superlativo absoluto analítico, isto é, o superlativo absoluto sintético pode estar dentro do superlativo absoluto analítico.
  • O uso de advérbio intensificador + superlativo absoluto + que... forma o grau comparativo, isto é, o superlativo absoluto sintético pode estar dentro do comparativo.

Alguns advérbios podem estar na forma de contração. Eles são formados pela junção da preposição a e da preposição de. Contração de advérbio na norma culta restringe-se ao advérbio onde. Veja:

Onde você nasceu?
Donde você é?
Aonde você foi?

A contração donde, é formada por aglutinação pelo advérbio onde e a preposição de, admitindo na norma padrão a forma expressa de onde. Já a contração aonde, é formada a partir do advérbio onde e a preposição a, não admitindo a forma expressa, formada por justaposição.

Observações: onde, no período composto, é um pronome relativo.

Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos duma oração, subordinando-os entre si próprios (substantivo a substantivo, verbo a substantivo, substantivo a verbo, adjetivo a substantivo, advérbio a substantivo etc.), podendo também exercer papel conjuntivo a subordinar um tipo especial de oração, a oração reduzida.

Tipos de preposições

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Duas são as classes em que as preposições dividem-se:

Estas sempre desempenham função prepositiva. Isto é, são as preposições propriamente ditas:

  • a
  • ante
  • após
  • até
  • com
  • contra
  • de
  • desde
  • em
  • entre
  • para
  • por
  • perante
  • sem
  • sob
  • sobre
  • trás
O wikilivro Introdução à língua portuguesa possui uma versão simplificada deste assunto: Preposições

Palavras doutras classes gramaticais que eventualmente são empregadas como preposições, sendo resultantes de uma derivação imprópria:

  • afora (além de);
  • fora (exclusive);
  • exceto (exclusive);
  • salvo (exclusive);
  • malgrado (embora);
  • durante (quando);
  • mediante (por meio de);
  • segundo (conforme);
  • menos (exclusive);
  • conforme (de acordo com);
  • consoante (conforme);
  • tirante (exclusive);
  • passante (afora);
  • posto (embora);
  • suposto [arcaico (embora)];
  • dado (visto);
  • atento [arcaico (mediante)];
  • visto (devido a);
  • não obstante (embora);
  • mesmo (inclusive);
  • enquanto (quando);
  • via (mediante);
  • senão (exclusive);
  • como (na qualidade de);
  • que (afora);
  • embora (apesar de);
  • exclusive (com exceção de);
  • feito (assim como).
Observações: As acidentais são igualmente invariáveis.
Ver módulo: Contrações

Circunstâncias

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Preposições que indicam situações e circunstâncias tais:

  • afastamento
  • assunto
  • autoria
  • característica limitativa
  • causa
  • causador
  • companhia
  • componente
  • conformidade
  • constituição
  • conteúdo
  • denominação especial
  • destino
  • dimensão
  • duração
  • época
  • estado final
  • estado inicial
  • fim
  • inclusão
  • instrumento
  • lugar
  • matéria
  • meio
  • Modo
  • Oposição
  • Origem
  • Ponto
  • Posição
  • Posse
  • Preço
  • Produtor
  • Profissão
  • Quantidade
  • Tema
  • Tempo

Locuções prepositivas

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Conjunto de duas ou mais palavras (locução) que exerce função prepositiva:

  • acerca de
  • a fim de
  • apesar de
  • através de
  • de acordo com
  • em vez de
  • junto de
  • para com
  • à procura de
  • à busca de
  • à distância de
  • além de
  • antes de
  • depois de
  • à maneira de
  • junto a
  • a par de
Observações: Locuções prepositivas têm sempre como último componente uma preposição.

Quanto à semântica

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A maioria das preposições nada significam, a e de são as que menos procedem-no:

Eu preciso de ti.
Eu só tenho a ti.

Algumas preposições apresentam um significado por sua singularidade de uso: até, em, para e por (nalguns casos a preposição para está indefinida). Outras parecem ter um significado, o que deve-se às circunstâncias que elas estabelecem, como as preposições com, perante, segundo e sem. Após, contra, desde, sob e sobre são as únicas que podem apresentar algum significado, relativamente ao contexto que situam-nas. É considerável tomar nota de que preposições constituídas de mais letras tendem mais a ter significado, juntas às que possuem certa relação adverbial, porque elas indicam circunstâncias tais como ponto e companhia (com, sem, sob e sobre). As preposições de pouco uso (a exemplo de ante, trás) são frequentemente classificadas como arcaicas; o mesmo sucede à preposição per.

Ver módulo principal: Uso de Preposições

Como pôde-se observar, cada preposição é usada segundo a circunstância frasal, o que significa que inseri-las em qualquer frase e em qualquer lugar desta possivelmente induz a erros; pois raro o lugar em que usa-se uma preposição é facultativo, e, muitas vezes, deslocando a preposição, acaba-se por mudar o sentido da frase.

Funções sintáticas

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As preposições em suas funções sintáticas:

Ele precisa de nós.
Ela ama a ele.
Eu medi a altura de mim mesmo.
O mel é feito por abelhas.
Em algum lugar do mundo, vive-se melhor.
Eu já sei o texto de cor.
O ingresso estava caro por ser de um circo tão famoso.
O wikilivro Introdução à língua portuguesa possui uma versão simplificada deste assunto: Contrações
Contrações compreendem o que palavras sofrem para facilitar sua pronúncia.

As contrações são formadas por aglutinação. Um tipo especial de contração, a combinação, é formada por justaposição. As palavras que podem sofrer contração, são:

  • Preposições essenciais
  • Artigos definidos
  • Artigos indefinidos
  • Pronomes indefinidos
  • Pronomes pessoais
  • Pronomes demonstrativos
  • Conjunções
  • Advérbios

As contrações podem ser obrigatórias ou facultativas:

Contrações obrigatórias

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São as formadas por preposição + artigo definido (exceção a preposição de, que pode ser obrigatória ou expressa, dependendo do caso) e por preposição + pronomes demonstrativo:

  • Pelos (por + os);
  • Neste (em + este);
  • À (a + a).

À e flexões é um tipo especial de contração, denominado crase (fusão de vogais idênticas).

Contrações facultativas

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Assim como na língua inglesa, é facultativo o uso de certas contrações e das formas expressas (isto é, as formas "naturais"). É o caso de:
  • Em um = Num
  • Em uns = Nuns
  • Em uma = Numa
  • Em umas = Numas
  • De um = Dum
  • De uns = Duns
  • De uma = Duma
  • De umas = Dumas
  • Em algum = Nalgum
  • Em alguma = Nalguma
  • Em alguns = Nalguns
  • Em algumas = Nalgumas
  • De algum = Dalgum
  • De alguma = Dalguma
  • De alguns = Dalguns
  • De algumas = Dalgumas
  • Aquele outro = Aqueloutro
  • Aqueles outros = Aqueloutros
  • Aquela outra = Aqueloutra
  • Aquelas outras = Aqueloutras
  • Àquele outro = Àqueloutro
  • Àqueles outros = Àqueloutros
  • Àquela outra = Àqueloutra
  • Àquelas outras = Àqueloutras
  • Naquele outro = Naqueloutro
  • Naqueles outros = Naqueloutros
  • Naquela outra = Naqueloutra
  • Naquelas outras = Naqueloutras
  • Daquele outro = Daqueloutro
  • Dequeles outros = Daqueloutros
  • Daquela outra = Daqueloutra
  • Daquelas outras = Daqueloutras
  • Nesse outro = Nessoutro
  • Nesses outros = Nessoutros
  • Nessa outra = Nessoutra
  • Nessas outras = Nessoutras
  • Desse outro = Dessoutro
  • Desses outros = Dessoutros
  • Dessa outra = Dessoutra
  • Dessas outras = Dessoutras
  • Esse outro = Essoutro
  • Esses outros = Essoutros
  • Essa outra = Essoutra
  • Essas outras = Essoutras
  • Neste outro = Nestoutro
  • Nestes outros = Nestoutros
  • Nesta outra = Nestoutra
  • Nestas outras = Nestoutras
  • Deste outro = Destoutro
  • Destes outros = Destoutros
  • Desta outra = Destoutra
  • Destas outras = Destoutras
  • Este outro = Estoutro
  • Estes outros = Estoutros
  • Esta outra = Estoutra
  • Estas outras = Estoutras
  • Em outro = Noutro
  • Em outros = Noutros
  • Em outra = Noutra
  • Em outras = Noutras
  • De outro = Doutro
  • De outros = Doutros
  • De outra = Doutra
  • De outras = Doutras
  • De onde = Donde

Contrações proibidas

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É incorreto contrair a preposição de com o artigo que inicia o sujeito de um verbo, bem como com o pronome ele(s), ela(s), quando estes funcionarem como sujeito de uma oração. A preposição com deve ser obrigatoriamente contraída com pronomes pessoais oblíquos, exceto na terceira pessoa (comigo, contigo, conosco e convosco). Conosco e convosco são exceções, sendo proibidos quando anteriores a um numeral cardinal (exemplo: com nós cinco).


Não se usa o artigo nas locuções adverbiais a meu ver e semelhantes, não ocorrendo a contração.

Combinações

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Combinação é a junção de algumas preposições com outras palavras, quando não há alteração fonética, como já dito antes, pela justaposição. Exemplo:
  • aonde (a + onde)
  • desde (des + de)
  • porque (por + que)

Sobre o uso do apóstrofo

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Deixa-se as palavras da contração expressas (apenas o substantivo se a preposição for de ou por), separando-as com o apóstrofo, o artigo ou o pronome relacionados ao termo de destaque em letra maiúscula. Isto ocorre quando queremos dar ênfase ou quando o nome de uma obra começa com um artigo e a frase exige preposição. Exemplo:

No céu, todos serão felizes. - frase sem ênfase
Em O Céu, todos serão felizes. - frase com ênfase
Gosto d' Os Lusíadas. - com nomes de obras

Sobre a linguagem inapropriada

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Na linguagem própria (isto é, a informal) podemos encontrar todo o tipo de contração, não admitidas na norma padrão (algumas delas):

  • cadê ou quedê (onde + está)
  • pra (para + a; ou simplesmente para)
  • pro (para + o)

Elas podem ser evitadas e nunca tevem ser usadas em documentos formais, redações, etc.

Sobre a preposição per

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A preposição per era utilizada antigamente na língua portuguesa. Talvez o caso mais conhecido do uso desta preposição se tem na expressão latina per capita, em português, por cabeça. Analisando esta expressão podemos concluir que a preposição latina (que também já fora portuguesa) tem as mesmas funções sintáticas que a preposição portuguesa por. Logo, se pode concluir que, por grande semelhança eufônica e escrita destas preposições, podemos considerar que ambas formam as contrações pelo, pela, pelos, pelas junto a artigos definidos (nas contrações o e pode ser breve e pode haver declinação na pronúncia da última vogal, dependendo da região).


Aqui poderemos ver quando e qual preposição devemos usar relacionando a circunstância.

Circunstâncias

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  1. Afastamento
  2. Assunto
  3. Autoria
  4. Característica limitativa
  5. Causa
  6. Causador
  7. Companhia
  8. Componente
  9. Conformidade
  10. Constituição
  11. Conteúdo
  12. Denominação especial
  13. Destino
  14. Dimensão
  15. Duração de tempo
  16. Época
  17. Estado final
  18. Estado inicial
  19. Fim
  20. Inclusão
  21. Instrumento
  22. Lugar
  23. Matéria
  24. Meio
  25. Modo
  26. Oposição
  27. Origem
  28. Ponto
  29. Posição
  30. Posse
  31. Preço
  32. Produtor
  33. Profissão
  34. Quantidade
  35. Tema
  36. Tempo

As Preposições

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Alguns usos de preposições:

  • Destino (O mesmo que para)
Irei a escola.
Entregou o bebê ao pai.
  • Estado final (O mesmo que para)
Depois da chegada delas a comida passou de ruim a péssima.
Após cinco vitórias seguidas, passou de quarto colocado a líder do torneio.
  • Fim (Ocorrendo formação perifrástica com verbo no infinitivo substituindo o tempo composto)
Correu a ver quem ganhara.
Ficou a ver navios.
  • Introduz o objeto indireto (O mesmo que para)
Ela obedeceu às ordens.
Falei a eles como eu estava feliz.
  • Modo
Vou a pé.
  • Posição (O mesmo que para)
Este lado a cima.
  • Posse
A minha vida não pertence a você.
  • Tempo
Ao meio-dia.
  • Lugar (O mesmo que perante, de frente a)
Agrada-te o logro mas ante o labor hesitas?
  • Lugar (O mesmo que depois de)
Após a pequena cidade há um riacho.
  • Tempo (O mesmo que depois de)
Após falar a verdade sobre os fatos, eu fui para casa.
  • Característica limitativa
Encontrei tudo por até cem euros.
  • Duração de tempo
Dos dias passados até os atuais, muito mudou.
  • Inclusão
Todo mundo chegou a tempo, até nós.
  • Lugar (O mesmo que daqui a)
Viajei até Portugal.
  • Tempo
Ficarei aqui até as 20 horas.
  • Companhia (O mesmo que em companhia de)
Estou com sorte!
  • Componente
O bolo com chocolate e morango estava delicioso.
  • Conteúdo
Ele está com o vírus.
O copo está com água.
  • Constituição
Os castelos são construídos com pedras.
  • Instrumento
Corto com tesoura.
  • Matéria
Como ameixa com casca.
  • Modo
Tudo foi comprado com moeda estrangeira.
  • Posse
Estou com dinheiro.
  • Oposição
Ele é contra o comunismo.
O Peixe nada contracorrente.
  • Afastamento
Foi separado dos pais.
  • Assume a função de partitivo
Alguns dos alunos sequer sabiam escrever o próprio nome.
  • Assunto
Pôs-se a falar de amor.
  • Autoria
A Monalisa é um quadro de Leonardo da Vinci.
  • Característica limitativa
Preferes moças de olhos claros?
  • Causa
Com certeza morrerão de fome.
  • Causador
O vírus da SIDA parece ser invulnerável.
  • Compõe formas perifrásticas com certos verbos
Hei de vencer a competição!
  • Compõe o superlativo relativo de adjetivos, introduzindo o segundo termo da comparação
Ele certamente foi um dos piores ditadores da História.
Considerado pela crítica como o canto dos cantores.
  • Componente
Ela anda tão magra que parece um cabo de vassoura.
  • Constituição
O sindicato dos professores rejeitou a contra-proposta.
  • Conteúdo
Pedimos uma xícara de café cada.
  • Denominação especial
O Prefeito de São Paulo estava presente.
  • Dimensão
Pescaram um bagre de 20 quilos.
  • Duração de tempo
Passarão um período de 6 meses.
  • Em combinação com certas palavras, forma locuções adverbiais ou prepositivas
Já conheço esse discurso de cor. (modo)
De acordo com o jornal, a situação econômica só tende a piorar. (conformidade)
  • Época
Não havia mais jornal de hoje no mercado.
Nasci no dia dezesseis de maio.
  • Estado inicial
Após cinco vitórias seguidas, passou de quarto colocado a líder do torneio.
Depois da chegada delas a comida passou de ruim para péssima.
  • Fim
Onde terei guardado minha capa de chuva?
E não é que o danado do remédio funciona?
  • Inclusão
Quase todos os membros do partido se opuseram.
  • Instrumento
Meu tio, quando criança, adorava seus brinquedos de corda.
  • Introduz complementos verbais e nominais
Gostaram do filme?
Infelizmente possuía o vício de dizer mentiras.
  • Lugar
O Carnaval do Rio de Janeiro é uma festa belíssima.
  • Matéria
Preciso levar roupas de lã.
  • Meio
Mudou-se para o interior e passou a viver de rendas.
  • Modo
O frio chegou de surpresa.
  • Origem
Essas maçãs vieram do Japão.
  • Preço
Compramos uma camisa de 50 reais.
  • Profissão
Trabalhou de cozinheira a vida inteira.
  • Ponto
Andávamos de um lado a outro, imaginando o que poderia ter acontecido com as crianças.
  • Posse
Ela pegou o da irmã.
  • Posição
Testemunhou da janela o crime.
  • Quantidade
Um público de 15 mil espectadores compareceu ao espetáculo.
  • Tema
Nossos cadernos de matemática ainda estão em branco.
  • Tempo
Choveu de tarde.
  • Época (o mesmo que a partir de)
Desde ontem não saio de casa.

- Preposição pronominal

  • Causa (O mesmo que perante)
Diante dos depoimentos das vítimas ele foi preso.
  • Duração de tempo.
De hoje em diante voltaremos a ser amigos.
  • Época
Estamos no inverno.
  • Estado inicial
O oxigênio está no estado gasoso.
  • Fim (O mesmo que sob a)
Estou aqui em ordem do governo.
  • Lugar
Ela estava em um bar.
  • Modo
Tudo está em ordem.
  • Ponto (o mesmo que por)
Eles queriam passar no Centro da cidade.
  • Quantidade (o mesmo que por)
Os ovos foram comprados em duzias.
  • Tempo
Iremos em uma festa em 15 de março.
  • Duração de tempo
Dormimos entre as 19 horas e a madrugada.
  • Posição (O mesmo que no meio de)
Entre as montanhas existia um vale.
  • Destino (O mesmo que a)
Irei para Belo Horizonte.
  • Estado final (O mesmo que a)
Depois da chegada delas a comida passou de ruim para péssima.
Após cinco vitórias seguidas, passou de quarto colocado para líder do torneio.
  • Fim (O mesmo que a)
Falei a verdade para ver a reação de cada um.
  • Introduz o objeto indireto (O mesmo que a)
Falei para eles como eu estava feliz.
  • Lugar (o mesmo que a)
Todos foram para minha casa.
  • Posição (O mesmo que a)
Este lado para cima.
  • Causa (O mesmo que diante)
Perante a tudo que aconteceu ele foi julgado.
  • Lugar (O mesmo que ante, de frente a)
Ele não estava perante o tribunal
  • Causa
Ele fez isso por sua causa.
  • Constituição
O Reino Animal é formado por diversos filos.
  • Introduz o agente da passiva
Os doces foram comprados por nós.
  • Modo
Minha vida estava por um fio.
  • Ponto (o mesmo que em)
Eles passaram pelo bairro em que eu morava.
  • Preço
Comprei o carro por trinta mil reais.
  • Produtor
O bolo foi feito pelas mulheres.
  • Quantidade (o mesmo que em)
Os ovos foram comprados por duzias.
  • Tempo
O carro estava a mais de 100 quilômetros por hora.
  • Conformidade (O mesmo que de acordo com)
Segundo o jornal, aquilo foi um suicídio.
  • Companhia (forma negação à companhia, o mesmo que não acompanhado de)
Ele veio à praia sem mim.
  • Componente (forma negação ao componente, o mesmo que não acompanhado de)
Não gosto de torradas sem queijo.
  • Posse (forma negação à posse, o mesmo que não acompanhado de)
Estou sem dinheiro.
  • Fim (O mesmo que em)
Estava lá sob claras ordens.
  • Modo
Ela gritava sob o medo que sentiu tantas vezes.
  • Posição (O mesmo que abaixo de)
Deitei sob uma árvore.
  • Assunto
Falávamos sobre você.
  • Posição (O mesmo que acima de)
Voava sobre as nuvens.
Ver também: Oração Subordinada e Oração Coordenada

Conjunções são palavras usadas para ligar duas orações na mesma frase.

Coordenativas

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As conjunções coordenativas ligam duas orações independentes (coordenadas) ou dois termos que exercem a mesma função sintática dentro da oração.

Aditivas (ou copulativas)

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Dão a ideia de adição, acréscimo. São utilizadas em orações coordenadas aditivas.

e, nem, mas também, como também, bem como, mas ainda, não só... mas também, não só... como também, não só... bem como, não só... mas ainda,que(=e), mas (=e), outrossim, tampouco, também,não só ...senão também, bem assim, além disso. ademais , demais,etc.
Ele batia na porta e gritava alto.
Elas escutavam música como também riam.
Faremos as compras bem como a comida.

Demonstram adversidade, oposição. São utilizadas em orações coordenadas adversativas.

mas, porém, todavia, contudo, antes (no sentido de pelo contrário), não obstante, entretanto, no entanto, entanto, sem embargo, ao passo que , quando(=mas), que(=mas), nada obstante, senão(=mas), entrementes, e(=mas), de outra forma, em todo caso, aliás(=de outro modo),...
Todos a consideram amiga, você, entretanto, não.
Tudo estava perfeito para nossa viagem, no entanto o Marquinhos se atrasou e perdemos o voo.
Ele sobreviveu ao terrível acidente, mas inspira muitos cuidados.

Alternativas (ou disjuntivas)

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Indicam alternância, exclusão, escolha. São utilizadas em orações coordenadas alternativas.

ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja, nem...nem, já...já, logo...logo,talvez...talvez, quando...quando,que...que,senão, umas vezes...outras vezes, se...se, etc...
Faremos novamente ou não?
Ora era amigável, ora maligno.
Iremos quer faça chuva, quer faça sol.

Expressam conclusão. São utilizadas em orações coordenadas conclusivas.

logo, portanto, pois (quando vem após o verbo), por conseguinte (em consequência de algo), por isso, então, por consequência, consequentemente, conseguintemente, dessarte, destarte,isso posto, pelo que, daí, de modo que, de maneira que , de forma que , em vista disso,donde , por onde,agora, etc.
Fizemos o trabalho rapidamente, logo, tivemos mais tempo para nos divertirmos.
Ela estudou com muita garra, portanto passou facilmente na prova.
Estavam desperdiçando eletricidade, por isso a conta de luz ficou alta.

Indicam justificação, pedido, explicação, conselho. São utilizadas em orações coordenadas explicativas.

pois (quando vem antes do verbo), porque, que, porquanto,posto que, isto é, por exemplo, ou seja , ademais , demais,outrossim, senão, etc...
Escolha-o para ajudar na festa porque ele sabe cozinhar.
Virei amanhã pois tenho muita ocupação agora.
Faça tudo logo que não quero me atrasar

Subordinativas

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Já as conjunções subordinativas ligam duas orações de forma que cada oração, individualmente, não fariam sentido. Dentre as orações uma é a subordinante e a outra é a subordinada (adverbial ou substantiva).

São no total dez tipos:

Justificam uma ação. São utilizadas em orações subordinadas adverbiais causais.

porque, visto que, já que, uma vez que, como, desde que, pois, porquanto,dado que,posto que, visto como, vez que, de vez que, de modo que,pois que, por isso que, na medida em que , sendo que,quando(=porque), como quer que, como que, eis que, se, etc...
Estava no hospital já que sofrera um acidente.
Levaremos tempo até chegar lá uma vez que o carro teve problemas.
Recebemos a mais no salário porque fizemos horas extras.

Indicam comparação. São utilizadas em orações subordinadas adverbiais comparativas.

como, (tal) qual, assim como, (tanto) quanto, (mais ou menos) que, (tão)...quão, feito, que nem, qual, se, etc...
Ele é tão interessante quanto você. - tão quanto
O bolo estava tão doce assim como açúcar puro.
As flores eram mais belas que o azul do mar. - mais que

Mostram insistência. São utilizadas em orações subordinadas adverbiais concessivas.

embora, conquanto, posto que, por muito que, se bem que, ainda que, mesmo que, apesar de que, dado que, suposto que, ainda quando, quando mesmo, a despeito de, posto, suposto, conquanto que, malgrado, em que pese, sem embargo de que, não embargante que (arcaica), se bem, bem que, mas que, sobre que (arcaica), quando (embora), e (=embora), que (embora), pese embora, muito embora, em que, inclusive se, por mais que, por menos que, por pouco que, em que pese em que, não obstante que, não obstante, com que (em desuso), empero (arcaico), pero que (arcaico), se, etc...
Mesmo que jogasse um balde de água fria nele, ele não acordaria.
Ele não ficaria triste ainda que nós morrêssemos.
Ficaria sossegado ainda se o incomodassem.

Denotam condição. São utilizadas em orações subordinadas adverbiais condicionais.

se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (= senão), a menos que, uma vez que, a menos que, a não ser que, dado que, com a condição de que, quando, como(arcaico), que, na medida em que, no caso que, com tal que , caso que.que,etc...
Contarei a teus pais, salvo se você me prometer uma coisa.
Denunciarei você caso você faça isso novamente.
Não me manifestarei se você não me quiser.

Conformativas

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Indica conformidade, opinião. São utilizadas em orações subordinadas adverbiais conformativas.

conforme, segundo, consoante, como, de acordo com que, que, etc...
De acordo com o que o professor nos disse, estas conjunções são as mais fáceis.
Segundo o noticiário, diminuiu o desemprego.
Conforme o panfleto, o Brasil tornou-se um país de elevado IDH.

Expressam consequência. São utilizadas em orações subordinadas adverbiais consecutivas.

que (precedido de tal, tanto, tão, etc. — indicadores de intensidade), de modo que, de sorte que, de maneira que, sem que,para que,e ,senão, etc.
Nadou de maneira que chegara lá rapidamente
Demorou muito, tanto que chegara atrasado.
Foi se afastando tanto que quase caíra no lago logo atrás.

Denotam a finalidade do fato. São utilizadas em orações subordinadas adverbiais finais.

a fim de que, para que, que (após ter),porque(=para que), de modo que, de sorte que de maneira que, de forma que, com o escopo de que, etc.
Corremos a fim de que alcançássemos todos.
Empurrou-a para longe para que não ouvisse a conversa.
Sairia para ter que trabalhar.

Introduzem orações subordinadas substantivas.

que, se, como.
Lembre-se de que te avisei!
Seria bom se tivesse lembrado.
Queria que você não estivesse aqui.

Aposto como você ainda não estudou a lição.

Proporcionais

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Indicam proporção e concomitância. São utilizadas em orações subordinadas adverbiais proporcionais.

à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais (tanto menos), conforme, enquanto, etc
Quanto mais o sol ia se pondo, mais ia nevando.
Mais quente quanto menos nos aproximarmos dos polos terrestres.
Isso é feio tanto quanto um crime.

Indicam tempo. São utilizadas em orações subordinadas adverbiais temporais.

quando, enquanto, logo que, desde que, assim que, mal (= logo que), até que, depois que, sem que, cada vez que, que, primeiro que, eis que, eis senão que, eis senão quando, como, assim, tão logo, tão depressa, apenas, antes que, toda vez que, nem bem, uma vez que, entretanto que, no entretanto que, tanto que, logo como, se, etc...
Antes que anoiteça já terei ido à minha casa.
Enquanto houver paz, todos serão felizes.
Todos os atletas correram assim que a largada foi dada.

Não fomos a festa, porém trazemos o presente


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Fiz-lhe um sinal que começasse o discurso

Português/Classificação das palavras/Conjunções/Regência temporal

Interjeição é a palavra exclamativa que traduz a espontaneidade de nossas emoções.

São exemplos de interjeições: Ui! - Puxa! - Epa! - Nossa! - Hein! - Poxa! ...


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Todas as palavras possuem, além duma classificação, uma função:

Função de substantivo

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Ver também: Substantivo

Palavras equivalentes a substantivos desempenham tal função (a de nome):

A casa é antiga.
Nós compramos um quebra-nozes.
Seu olhar encantava-me.
Ela avisou.
Nós constituímos uma dupla.
Observações: quando o advérbio refere-se a uma palavra funcionalmente substantiva, ele constitui a mesma.

Função de adjetivo

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Ver também: Adjetivo

Palavras equivalentes a adjetivos funcionam como eles. Elas são termos acessórios, mais precisamente, adjuntos adnominais. Têm esta função:

Eu comprei uma roupa azul.
Havia água azul-esverdeada.
Os problemas são seus.
Minhas lembranças ficaram no passado.
Eu precisei de três coisas.
Observações: quando o advérbio refere-se a uma palavra de função adjetiva, ele constitui a mesma.

Determinantes

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Ver módulo principal: Determinantes

Determinantes são um tipo especial de palavras que funcionam como adjetivo e modificam (determinam) este, sempre acompanhando-o.

Função de verbo

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Ver também: Verbo

Verbos e locuções verbais são palavras que têm função de verbo. Advérbios que modificam verbos, constituem-no.

Função de preposição

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Ver também: Preposição

A função de preposição constitui-se de preposições, locuções prepositivas, contrações de preposições, conjunções e locuções conjuntivas.

Funções dos termos

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Ver módulo principal: Sintagma

Os termos sintáticos exercem a função correspondente a seu núcleo.

A análise sintática encarrega-se de examinar, classificar e reconhecer as estruturas da sintaxe, isto é, os períodos, as orações e os termos das orações.

A análise sintática segue uma sequência lógica: a frase é composta de períodos, o período é decomposto em orações, as orações em sintagmas, onde podemos definir os termos e estes são analisados. Você pode fazer exercícios sobre sintaxe, depois confira as respostas.

Divisão das sentenças

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Cada estrutura do corpus possui uma classificação diferente - a sentença.

Uma frase é todo trecho que possui sentido. Oração é uma frase, ou parte de uma frase que possui estrutura sintática completa ou quase completa. Em uma frase podem existir uma ou mais orações. Existem vários tipos de orações, são classificadas de acordo com sua função sintática na frase. Se uma oração depende da outra chamamos uma de principal e a outra de subordinada. Se uma não depender da outra, chamamos de coordenada. O período é classificado de acordo com a quantidade de orações que há na frase. Se houver apenas uma oração, o período é simples, se houver mais, ele é composto. Chamamos de núcleo a palavra que exerce maior função em um termo. Caso houver relação de subordinação de termos com o núcleo, haverá o sintagma.

A palavra principal de um termo que encerra a essência de sua significação chama-se núcleo.

Em geral, o núcleo é uma palavra com função substantiva (geralmente o substantivo, a locução substantiva e o pronome substantivo) ou um verbo. Abaixo, os núcleos dos termos sintáticos:


Núcleo de substantivo, locução substantiva ou pronome substantivo:
Observações:
Ver também: Função das palavras

Sintagma é o conjunto de palavras subordinadas aos núcleos das orações. Como toda oração é formada pelo sujeito + predicado, o estudo do sintagma é uma análise do sentido e da função das palavras que acompanham justamente o núcleo desse sujeito e o núcleo desse predicado. Há dois tipos de conjuntos de sintagmas: 1° o conjunto de palavras que compõe o sujeito e 2° o conjunto de palavras que compõe o predicado. Essa relação de subordinação se dá nos vocábulos que determinam ou modificam o sentido dos núcleos do sujeito e do predicado. Por exemplo:

Uma polícia honesta despertaria a confiança da população
  1. O sintagma nominal é composto pelo grupo de palavras que compõe o sujeito, ou seja, "Uma polícia honesta", o que corresponde ao sujeito da oração, sendo que o substantivo "polícia" é o núcleo do sintagma nominal;
  2. O sintagma verbal é composto pelo grupo de palavras que formam o predicado, ou seja, "despertaria a confiança da população", o que corresponde ao predicado da oração, sendo o núcleo do sintagma verbal o próprio verbo "despertaria".

Nesse primeiro exemplo, faz-se necessário deixar clara a seguinte conclusão: SEMPRE o núcleo do sintagma nominal será um vocábulo com função nominal (substantivos, pronomes substantivos, numerais); entretanto, o núcleo do sintagma verbal será apenas o verbo, nenhuma outra palavra de outra classe pode assumir essa posição. Ainda no mesmo exemplo, faz-se outra observação:

Uma polícia honesta despertaria a confiança da população
  1. Ao redor do núcleo do sintagma nominal há a presença do artigo ("Uma") e do adjetivo ("honesta"). Esses termos alteram o sentido do núcleo determinando ou modificando esse sentido. No 1° caso o artigo determina o sujeito, expressa o grau de precisão do núcleo, com o sentido de polícia no geral; no 2° caso o adjetivo modifica uma qualidade desse núcleo, evidência um atributo do núcleo.
Modificar significa moderar, restringir, alterar ou dar forma nova. Determinar significa demarcar termos ou limites; fixar, indicar com precisão, diferençar, ocasionar, distinguir.

Os sintagmas quando mudados de posição, tomam a colocação irregular, sendo admitida na norma padrão. O estudo dos sintagmas é de fundamental importância para a compreensão das relações sintáticas entre as orações.

Sintagma nominal

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Ver também: Sujeito e Complemento verbal
É formado por um nome e seus determinantes, adjuntos adnominais e a oração subordinada adjetiva. Forma o sujeito e os complementos verbais:
Nós dois salvamos tua vida.
A espécie daquela árvore corre risco de extinção.
Os que possuem mais dinheiro vivem mais.

Sintagma adjetivo

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Ver também: Predicativo e complemento nominal
É formado pelo complemento nominal e seus respectivos advérbios modificadores e o predicativo, introduzido por verbo de ligação expresso:
A espécie daquela árvore é fascinante.
Somos todos muito culpados pelos recentes acontecimentos.
O sangue é um tecido do corpo humano.

Sintagma adverbial

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Ver também: Adjunto adverbial
É formado pelo advérbio e seus modificadores. Forma o adjunto adverbial:
Nunca viajei de avião.
Os países cessaram a guerra só agora.
Elas mencionaram rapidamente sobre nós.

Sintagma preposicional

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É formado pela locução prepositiva, podendo servir como modificador de qualquer outro sintagma:
A espécie daquela árvore corre risco de extinção.
Somos todos muito culpados pelos recentes acontecimentos.
Elas mencionaram rapidamente sobre nós.

Sintagma verbal

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Ver também: Verbos
É formado pelo verbo, seguido ou não do sintagma preposicional (objeto indireto), do sintagma nominal (objeto direto), do sintagma adverbial (adjunto adverbial) ou do sintagma adjetivo (predicativo):
Nós dois salvamos tua vida.
A espécie daquela árvore é fascinante.
Elas mencionaram rapidamente sobre nós.

O sintagma na construção da frase

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Ver módulos: Frase e Colocação irregular

A oração é a sentença em que a sintaxe é completa ou quase completa.

Na oração, as palavras relacionam-se como partes de um conjunto harmônico: são seus termos (ou unidades sintáticas); cada um desses termos desempenha uma função sintática.

O núcleo da oração é o verbo ou a locução verbal (podendo estar expressos ou ocultos). O número de verbos e locuções verbais da frase, representa o número de orações, ou seja, se uma frase possui um verbo, tem uma oração, se tem dois verbos, tem duas orações, se tem três verbos, tem três orações, e assim por diante. Um conjunto de orações semelhantes denomina-se período. Abaixo, veja a quantidade de orações de cada frase, de acordo com a quantidade de verbos e locuções verbais:

Subiu de novo o preço da gasolina. - frase com um verbo (uma oração)
O hospital exigia que houvesse silêncio. - frase com dois verbos (duas orações)
Nós notamos que ele havia desaparecido. - frase com um verbo e uma locução verbal (duas orações)
Antes de morar no exterior, terá de aprender outro idioma. - frase com três verbos (três orações)
Note que todos pareciam confusos e estavam perplexos depois de ocorridos os acontecimentos. - frase com quatro verbos (quatro orações)

Termos da oração

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A sintaxe da oração é dividida em termos:

Observações: Logo, por não haver termos essenciais em certas sentenças, elas não denominam-se orações - são frases nominais - tais como:
  • Alô?
  • Que rapaz inteligente!

Perceba que, em um período composto, aquele que possui mais de uma oração, cada oração possui seus termos essenciais, integrantes e acessórios. Exemplo:

Nós notamos que ele havia desaparecido.
  • 1ª oração: nós notamos
sujeito: nós
predicado: notamos
  • 2ª oração: que ele havia desaparecido.
sujeito: ele
predicado: que/havia aparecido

Classificação

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As orações são classificadas de acordo com a função delas na frase, bem como os períodos:

  • Período simples: a oração possui estrutura sintática completa e é chamada de absoluta por ser uma oração independente;
  • Período composto por coordenação: as orações deste período podem possuir estrutura sintática completa ou quase completa e servem para sequênciar os fatos atráves de uma função;
  • Período composto por subordinação: as orações deste período possuem uma estrutura sintática quase completa, e quando juntas, se completam;
  • Período misto: é formado tanto por coordenação quanto subordinação.

Coordenanação

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Ver módulo principal: Oração Coordenada

As orações que exprimem coordenação são as orações coordenadas. Elas formam o período composto por coordenação e podem formar o período misto. São conectadas às demais orações por conjunções coordenativas, expressas ou não.

Subordinação

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Ver módulos principais: Orações principais, Orações subordinadas e Orações reduzidas
Em um período composto por subordinação, há essencialmente duas orações: uma principal e outra subordinada. A oração subordinada completa o sentido da principal.

Elas se conectam por conjunções subordinativas (que podem ser pronomes relativos), expressas ou não.

Em algumas orações subordinadas, o núcleo destas orações (o verbo, como já vimos antes) é transmutado a partir de outra palavra (substantivo, adjetivo ou advérbio) que obrigatoriamente é o núcleo de outro termo. Ou seja, se transforma o núcleo de um termo qualquer (do qual partirá a função desta oração) em núcleo de oração. Este método será utilizado por nós para explicarmos estas orações.

Além disso, também existem as orações reduzidas. Elas são formadas quando o verbo é transformado em uma locução.

Chama-se período a sentença constituída de uma ou mais orações. Classifica-se em:

Período simples

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No período simples, uma frase é constituída por uma só oração (um só verbo ou locução verbal, expresso ou não). Exemplos (em negrito estão os verbos):

Minha vida é boa.
A discussão alongava-se bastante.
Disse-nos a verdade.
Realmente isto não era necessário.
Observações:
  • A oração do período simples é chamada absoluta;
  • Os tempos compostos (locuções verbais) são considerados como um verbo - por possuírem uma sintaxe, e não duas -, ou seja, orações com mais de um verbo em certos casos podem ter período simples:
  • Eles haviam recebido um e-mail.
  • Tem tido respostas dele ultimamente?

Período composto

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Palavras que introduzem orações no período composto são chamadas de conjunções.

No período composto a sentença é constituída por duas ou mais orações (mais de um só verbo ou locução verbal, expressos ou não). Exemplos:

Ela escreveu a história e ele riu.
Quem sabe se fizéssemos uma festa poderíamos animar a galera?
Fez tudo que pedi.
A música era romântica, porém era de curta duração.

Além disso, o período composto pode ser dividido em:

Composto por coordenação

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As conjunções (ou quaisquer palavras com função conjuntiva) que introduzem orações coordenadas são chamadas de coordenativas.

O período composto por coordenação é formado por orações coordenadas, quer dizer, uma independente sintaticamente da outra:

O dinheiro está acabando e precisarei fazer um empréstimo. - Composto por oração coordenada sindética aditiva
Ou irei à festa, ou ao cinema. - Composto por oração coordenada sindética alternativa
A China é um país com grande extensão, no entanto, muito povoado. - Composto por oração coordenada sindética adversativa
O derretimento das calotas polares aumentou, por isso o nível do mar subiu. - Composto por oração coordenada sindética conclusiva

Composto por subordinação

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As conjunções (ou quaisquer palavras com função conjuntiva) que introduzem orações subordinadas são chamadas de subordinativas.

O período composto por subordinação é formado por uma oração subordinada e uma principal, em que uma oração desempanha um papel sintático em relação a outra, fazendo-as dependerem sintaticamente. O papel sintático que a oração subordinada exerce sobre a principal pode ser de sujeito, complemento verbal, complemento nominal, predicativo, aposto, adjundo adverbial ou adjunto adnominal. Exemplos:

Pessoas que trabalharam na infância possuem, quase sempre, maior dificuldade escolar. - Composto por oração subordinada adjetiva restritiva
Ele via que ela tinha piedade de todos - Composto por oração subordinada substantiva objetiva direta
É tua a responsabilidade de ninguém se machucar. - Composto por oração subordinada reduzida substantiva completiva nominal
Demoraremos demais se você não se apressar. - Composto por oração subordinada adverbial condicional

Classifica-se como frase toda sentença capaz de nos transmitir idéias, sentimentos, pensamentos, desejos. A estrutura de uma frase escrita varia, desde uma simples palavra isolada a um complexo período.

É frase toda sentença com sentido.

Exemplos de frases:

  • Obrigado.
  • Ajude-me, por favor.
  • O caçador aproximou-se e disparou no lobo, salvando Chapeuzinho Vermelho.
  • Roraima será um grande império no futuro.
  • Eles estão se aproximando, fujam!
  • O sopro de vento empurrou lentamente a velha porta entre-aberta.
Ver também: Formação Irregular

As frases simples na língua portuguesa possuem a seguinte formação:

(Artigo) + (Adjetivo) + Núcleo
    do
Sujeito
+ Verbo + (Preposição/Artigo) + (Complemento) + (Advérbio)

Classificação

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As frases variam em seu sentido, podendo ser:

  1. Declarativas: declaração sobre algo ou alguém.
    Exemplo: Arthur não gostou da sopa.
  2. Interrogativas: questionamento, pergunta, interrogação.
    Exemplo: Quantos anos tu tens?
  3. Imperativas: representam ordens, pedidos, proibições.
    Exemplos: Estude, meu filho; Não abras a porta; Cale-se e vá trabalhar!
  4. Exclamativas: admiração, susto, demonstra ênfase.
    Exemplo: Uma criança a falar palavrões!; Elas voltaram muito tarde!
  5. Optativas: desejo.
    Exemplo: Deus te ouça!
  6. Imprecativas: imprecação.
    Exemplo: Não encontres amor nas mulheres! — Gonçalves Dias.

Frases ainda podem ser afirmativas [por exemplo, Gostei da escola] ou negativas [por exemplo, Não gostei da escola].

Observações:
  1. As frases, quando proferidas, possuem pausas especiais e entonação (ora ascendente ora descendente), que são indicadas pelos sinais de pontuação (na escrita). Compare:
    • Vanessa viajou.
    • Vanessa viajou?
    • Vanessa viajou!
    • Vanessa viajou?!
  2. Frases sem verbos são chamadas frases nominais
  3. Frases podem possuir no máximo 60 palavras.

Orações possuem dois termos essenciais (ou termos fundamentais): sujeito e predicado. Eles possuem este nome porque sem eles a sentença não poderia ser denominada oração, são então, essenciais para existir a oração.

O wikilivro Introdução à língua portuguesa possui uma versão simplificada deste assunto: Sujeito

O sujeito, numa oração, é o ser que pratica a ação ou corresponde a determinado estado. É um dos dois termos essenciais da oração. Veja a análise sintática das frases:

O menino usa boné.
  • Ação (verbo): usa
  • Causa da ação (sujeito): o menino
O menino é genial.
  • Estado (predicativo): é genial
  • Correspondente de estado (sujeito): o menino

Fazendo as perguntas quem?/o quê? faz a ação ou corresponde ao estado, descobre-se o sujeito: quem usa boné? - o menino; quem é genial? - o menino.

Constituição

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O sujeito é representado por um substantivo (nome), ou ainda por uma palavra ou expressão substantivada. Abaixo alguns exemplos.

  • Tu és divina e graciosa.
  • Ana e Lúcia são crianças.
  • (Tu) Foste a sonoridade que acabou. (sujeito oculto)
  • Morrer pela pátria é glorioso.
  • Vossa Santidade é um exemplo de bondade.
  • Eles acalmaram-se.
  • A bandeira é o símbolo da pátria
Núcleo é a palavra mais significativa e importante do sujeito; é o centro do termo, ao redor do qual podem existir outras palavras. Essas palavras, as que estão ao redor do sujeito, são os termos acessórios, que podem ser adjuntos adnominais ou apostos.

O núcleo do sujeito pode ser representado por palavras que têm função substantiva, são elas:

  • Substantivo
    O ventilador de Ricardo foi ao conserto. (núcleo do sujeito: ventilador)
  • Pronome substantivo
    Ele foi passear no parque. (núcleo do sujeito: ele)
  • Numeral substantivo
    Um é pouco. (núcleo do sujeito: um)
  • Palavra substantivada
    O amar é belo. (núcleo do sujeito: amar)

O sujeito ainda pode ser representado por uma oração subordinada substantiva subjetiva:

É necessário que você me ajude. (sujeito: que você me ajude)

Classificação

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Em língua portuguesa, o sujeito pode ser classificado por:

  • Simples: quando o sujeito da oração possui somente um núcleo
O ventilador pifou.
  • Composto: quando o sujeito possui mais de um núcleo
Pink Floyd e Super-tramp são ótimos conjuntos musicais.
Maria e João riam.
Assim, quando é possível identificar que existe um sujeito e é possível identificar quem é esse sujeito, este se classifica como sujeito determinado.
Observações: É comum que confunda-se um sujeito simples no plural com um sujeito composto. O fato de o núcleo estar no plural não o faz ser "mais que um". Exemplos:
  • Carros poluem a atmosfera.
No exemplo acima, carro não deve ser interpretado como mais de um núcleo (mais de um carro, carro e carro), ele é apenas uma palavra principal (ou expressão), portanto um só núcleo.

Determinação

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  • Expresso (ou determinado): aquele que está óbvio, claro, identificável presente na oração
O macaco faz poses para as fotos.
  • Oculto (elíptico ou desinencial): quando o sujeito não foi deixado explícito (está implícito), mas pode ser deduzido a partir do contexto (observa-se o verbo), por isso, também chamado de sujeito determinado implícito na desinência verbal.
Viajaste anteontem. → o verbo viajaste está conjugado na 2ª pessoa do singular (tu), este é o sujeito oculto.
Sou inteligente. → o sujeito da oração está pode ser deduzido a partir do verbo sou (o sujeito é eu).
  • Indeterminado: quando o agente da ação verbal não é indicado.
Roubaram um banco. [Não sabe-se quem o roubou]
Almoça-se bem no porão.
Observações: Sujeito indeterminado e oculto são classificações distintas; não devem ser confundidas.
Portanto, quando através do contexto da oração é possível identificar que existe um sujeito, porém não se pode identificar quem é esse sujeito, nem quantos são, o sujeito chama-se indeterminado.

Indeterminação

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Existem três formas de indicar-se a indeterminação do sujeito:

  • Quando o verbo é utilizado na 3ª pessoa do plural (eles), não havendo indicação a nenhum agente que tenha sido citado em orações anteriores (nestes casos, o sujeito pode ser indeterminado e oculto ao mesmo tempo):
Eles cometeram um crime. → analisando a oração não sabe-se quem praticou a ação (não se sabe quem são eles);
  • Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular (verbo transitivo indireto, intransitivo, de ligação e transitivo direto com objeto direto preposicionado, junto ao índice de indeterminação do sujeito se, quando puder ser substituida pelo pronome eles:
Em Roraima vive-se com saúde.eles vivem com saúde;
É bom ler um livro sobre a cultura do povo amazónio/amazônio.

Classificação quanto à voz verbal

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O sujeito ainda pode ser classificado de acordo a voz verbal:

  • Sujeito agente: aquele que pratica a ação verbal (voz ativa).
O carpinteiro serra a madeira.
  • Sujeito paciente: aquele que sofre a ação verbal (voz passiva).
A madeira é serrada pelo carpinteiro.
  • Sujeito agente e paciente: aquele que pratica e ao mesmo tempo sofre a ação verbal (voz reflexiva).
O menino se machucou com a faca.
Observações:
  • Quando o predicado é nominal, não existe voz verbal já que o predicado nominal não indica uma ação, mas sim um estado ou uma qualidade; assim, o sujeito de um predicado nominal não pode ser classificado como agente, paciente ou agente-paciente.
  • Embora seja mais comum que o sujeito venha antes do predicado, em algumas orações ele acaba por vir após o verbo.

Orações sem sujeito, sujeito inexistente ou sujeito zero

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Existem palavras com uma estrutura que contam somente com o predicado, sem sujeito. Nestes casos, os verbos chamam-se impessoais e são flexionados na 3ª pessoa do singular.

Nas orações sem sujeito, o verbo impessoal substitui o sujeito, fazendo com que a frase tenha sentido completo apenas com o predicado. São verbos impessoais:

  • fazer, passar, estar e ser, numa referência ao tempo:
Era a hora do jantar.
Fazia calor de matar.
  • fenômenos meteorológicos, quando usados em sentido literal: chover, gear, amanhecer, ventar, etc:
Nevou forte.
Amanheceu tarde.
Observações: Quando usados de forma figurada, passam a ter sujeito:
  • (Ele) Trovejava de raiva.
  • Amanheci. Enchi-me de luz.
  • haver quando empregado nos sentidos de existir, realizar-se, acontecer, decorrer:
Houve algo de anormal?
Onde houvesse festas e danças, ali se achava ele.
O wikilivro Introdução à língua portuguesa possui uma versão simplificada deste assunto: Predicado

Como já vimos, predicado é a parte (termo) que contém declarações acerca do sujeito; aquilo que se declara sobre ele. O núcleo do predicado é sempre um verbo. Divide-se em dois tipos:

  • Predicado nominal: quando a declaração é uma característica;
  • Predicado verbal: quando a declaração é uma ação.

Predicado nominal

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O núcleo do predicado nominal é um verbo de ligação, que liga um nome a um adjetivo, substantivo, pronome ou numeral (predicativo) ou a outro nome (metáfora). Exemplo:

As moças eram encantadoras.
  • Sujeito: As moças
  • Predicado nominal: eram encantadoras.
    • Verbo de ligação: eram
    • Predicativo: encantadoras
Os bombeiros pareciam cansados.
  • Sujeito: Os bombeiros
  • Predicado nominal: pareciam cansados.
    • Verbo de ligação: pareciam
    • Predicativo: cansados

Predicado verbal

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Ver módulo principal: Regência verbal

O núcleo do predicado verbal é um verbo ou locução verbal transitivo ou intransitivo. No predicado verbal vemos que o verbo exprime ação. Pode apresentar-se sobre cinco estruturas, divididas conforme a regência verbal:

  • Verbo intransitivo:
O predicado verbal possui sentido completo, não precisando de complemento para formá-lo:
As crianças cresceram.
O bebê nasceu.
  • Verbo transitivo direto:
Aqueles predicados verbais que não têm sentido completo, precisando de um complemento, chamamos verbo transitivo direto, e esse complemento é chamado objeto direto:
A criança chamou a mãe. (A criança chamou, chamou quem?) — o objeto direto — que no caso é a mãe.
Nós tivemos azar. (Nós tivemos, tivemos o quê?) — o objeto direto — que no caso é azar.
  • Verbo transitivo indireto:
É pequena a diferença entre verbo transitivo direto e o indireto. Ambos pedem complemento, mas o segundo pede que este complemento venha acompanhado de preposição (o que se chama objeto indireto).
As crianças brincam de esconde-esconde. (As crianças brincam, brincam de quê?) — o objeto indireto — que no caso é de esconde-esconde.
Nós precisamos de sorte. (Nós precisamos, precisamos de quê?) — o objeto indireto — que no caso é de sorte.
  • Verbo transitivo direto e indireto:
Esse tipo pede dois complementos, o objeto direto e o indireto:
A vendedora anunciou o brinquedo à criança. (objeto direto: o brinquedo; objeto indireto: à criança)
Ela entregou uma lembrança para mim. (objeto direto: uma lembrança; objeto indireto: para mim)
  • Verbo transitivo circunstancial:
Neste caso, o verbo exige um adjunto adverbial:
Nós viemos da escola. - o verbo exige um adjunto adverbial de origem — a circunstância — que no caso é da escola.

Predicado verbo-nominal

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São dois núcleos significativos, sendo um deles um nome e o outro um verbo. Pode haver quatro organizações (a barra separa o sujeito do predicado):

Verbo intransitivo + predicativo do sujeito
  • O homem / rolou [v. intrans.] morto [predicat. suj.].
    [= O homem rolou e estava morto.]
Verbo transitivo direto + predicativo do sujeito
  • A criança / entrou [v. trans. direto] no quarto feliz [predicat. suj.].
    [= A criança entrou no quarto e estava feliz.]
Verbo transitivo indireto + predicativo do sujeito
  • Ela / presenciou à cena impressionada
    [= Ela presenciou à cena e estava impressionada.]
Verbo transitivo direto + predicativo do objeto
  • Eu acho [v. trans. direto] Patrícia inteligente [predicat. objeto].
    Nesse caso inteligente será predicativo do objeto, uma vez que está a referir-se ao objeto (Patrícia).
Observações: O verbo é indispensável para os predicados. Ocasionalmente ele aparecerá oculto.
  • Eu fui à loja e tu [foste] ao supermercado.
  • Ele comprou uma bolsa e [comprou] uma mala.
Observações: Quando o verbo é de ligação ou intransitivo, o predicativo é sempre do sujeito.

Quando o verbo é transitivo, pode haver predicativo do sujeito ou do objeto.

Se não houver predicativo, o predicado é sempre verbal. Se houver predicativo do sujeito, o predicado pode ser nominal ou verbo-nominal.

Se houver predicativo do objeto, o predicado é sempre verbo-nominal.
O wikilivro Introdução à língua portuguesa possui uma versão simplificada deste assunto: Predicativo

Predicativo é o termo sintático formado por verbo + modificador, estabelencendo um estado ou forma. Divide-se em:

  • Predicativo do sujeito: o predicado é nominal e o verbo de ligação;
  • Predicativo do objeto: o predicado é verbo-nominal e o verbo transobjetivo.

Predicativo do sujeito

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Observe:

  • A garota magra come tudo que gosta. → predicado verbal
  • A garota é magra. → predicado nominal

Quando a função da oração é indicar uma ação feita pelo sujeito, utiliza-se o predicado verbal. Nesses casos, o sujeito pode ou não vir com adjuntos adnominais. Já quando o objetivo da oração é indicar o estado, característica ou forma do sujeito, usa-se o predicado nominal. O predicativo do sujeito é o núcleo do predicado nominal.

Morfossintaxe

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O verbo que constitui o predicativo do sujeito é um verbo de estado, chamado verbo de ligação. O predicativo pode ser (destacado o predicado nominal):

Aquelas crianças são crueis.
O céu era azul escuro.
O corpo humano é uma máquina.
A diferença é nós.
Observações:
  • O predicativo pode anteceder o verbo ou o sujeito;
  • O predicativo subjetivo pode aparecer preposicionado.

Predicativo do sujeito no período composto

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O predicativo do sujeito pode aparecer em diversos casos no período composto. Caracteriza, a oração subordinada substantiva predicativa, propriamente dita, em certos casos a oração subordinada substantiva subjetiva e a oração subordinada adjetiva.

Predicativo do objeto

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O predicativo do objeto é uma espécie de "complemento nominal do objeto". Nesse caso é um termo que refere-se ao objeto de um verbo transitivo. Fazem parte do predicativo do objeto um substantivo ou adjetivo. Só haverá predicativo do objeto com verbo transitivo direto ou reflexo (a exceção é o verbo chamar, que admite predicativo do objeto indireto). Estes verbos chamam-se transobjetivos. Exemplos:

Sujeito Verbo e objeto Predicativo do objeto
Beatriz acha-se gorda.
Os condenados tinham as mãos presas.
A população elegeu-o governador.
Observações:
  • O predicativo pode vir antes do objeto;
  • O predicativo do objeto pode vir com preposição;
  • O predicativo do objeto forma o predicado verbo-nominal.

Recebem o nome de termos integrantes das orações aqueles termos que completam a significação transitiva dos verbos e nomes. Eles completam o sentido da oração, sendo, pois, essenciais para o entendimento da sentença. Eis:

  • Complemento verbal - Existem verbos que necessitam de complemento, são chamados de transitivos. Sem este complemento o sentido do verbo não estaria completo. Há uma fígura línguistica chamada Pleonasmo que são erros e vícios cometidos quanto ao complemento verbal:
Gostaria de que pintassem de branco.
Ele fez o impossível.
Sentiu vergonha demasiadamente.
  • Complemento nominal - Assim como os verbos, nomes podem ser transitivos e necessitar de complementos:
Tinha vontade de sair correndo.
Eu possuia razão de tudo.
Temos necessidade de sair deste lugar.
O livro era narrado pela personagem principal.
O filme será feito no Rio de Janeiro por um ótimo diretor.
Os desenhos estavam sendo pintados pela artista.
Ver também: Regência Verbal

O complemento verbal é o termo da oração que completa o sentido de um verbo. Há verbos que não necessitam de complemento, eles são chamados de intransitivos (verbos que não possuem complemento e nem sujeito são chamados de impessoais). Agora iremos estudar não o verbo, mas sim o complemento verbal. Observe as frases:

  • Eu queria comer um bolo de chocolate com morango.
  • O urânio ficava brilhando intensamente.
  • Eu perguntei por você na semana passada.
  • Ela já esteve com aquele jogador de futebol.

Os vocábulos em destaques são os verbos e a parte sublinhada o complemento. Tais verbos não teriam total sentido se este não houvesse, por este fato, o complemento verbal é um termo integrante da oração. O complemento verbal pode ser:

  1. Objeto direto;
    1. Objeto direto preposicionado;
    2. Objeto direto pleonástico;
    3. Objeto direto cognato;
  2. Objeto indireto;
    1. Objeto indireto pleonástico;
  3. Circunstâncias de:
    1. Estado inicial;
    2. Estado final;
    3. Origem;
    4. Destino.
Ver também: Regência Verbal

Como também já vimos, os objetos diretos são complementos verbais de predicação incompleta — geralmente sem preposição.

Constituição

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Objetos diretos podem ser constituídos por:

  • Substantivo ou expressão substantivada
Exemplo: O rapaz faz o pão.
  • Pronomes oblíquos: a, as, o, os, me, ti, se, nos, vos
Exemplo: Vos convidas?
  • Pronome substantivo
Exemplo: Vi alguém no parque.
Observações: Só fazem parte do objeto direto e indireto palavras referentes a seres animados ou inanimados (fazem-se as perguntas ao verbo: O que? e Quem?), as palavras referentes ao tempo ou lugar são chamadas de termos acessórios que normalmente são advérbios/locuções adverbiais.

Objeto direto preposicionado

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O complemento de verbos transitivos diretos — objeto diretos — pode vir acompanhado de preposição (normalmente a e eventualmente outra preposição). Ocorre nos seguintes casos, especialmente:

  • Objeto direto é um pronome pessoal tônico — preposição obrigatória
Assim és tolerante a nós e a ele.
  • Em expressões de reciprocidade, dando euforia e entendimento à frase — preposição obrigatória
Os homens matam-se uns aos outros.
  • Objeto é o pronome relativo quempreposição obrigatória
Tu tinhas uma vaca a quem amavas.
  • Para evitar que o objeto seja entendido como sujeito — preposição obrigatória
Preferes mar ao rio.
  • Em construções enfáticas: cumprir com o dever, pegar da pena, arrancar da escada etc., e com a ideia de parte, porção.
Arrancam das espadas de aço fino... — Luís Vaz de Camões.
Bebi de seu vinho.
  • Em nomes referentes a pessoas e com o nome próprio Deus
Jéssica ama a João.
A Igreja orienta que todos amem a Deus.
  • Quando antecipamos o objeto para deixá-lo em destaque
A ele guardam rancor!
  • Com determinados pronomes indefinidos (geralmente com referência a pessoas)
A quantos a SIDA/AIDS mata anualmente.
  • Quando o objeto é o numeral ambo(a)s'
O traficante disparou a ambos.
Observações:
  1. Nos pontos onde vê-se "preposição obrigatória", como facilmente deduz-se, é de rigor a utilização de uma preposição. Nos demais casos a mesma é facultativa.
  2. Também obviamente, só há objeto direto preposicionado com verbo transitivo direto.
  3. A substituição de objetos diretos preposicionados para um pronome oblíquo átono só ocorre — quando possível — sob as fomas o(s) e a(s); jamais com lhe(s), pois este pronome só substitui objetos indiretos.

Objeto direto pleonástico

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Ver módulo: Pleonasmo

Objeto direto cognato

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São objetos diretos pleonásticos viciosos colocados com verbo intransitivo. Vale lembrar que nem todo pleonasmo vicioso é objeto direto cognato, mas todo objeto direto cognato é pleonasmo vicioso. Na linguagem literária, sempre há um adjetivo ou locução adjetiva, caso contrário se incorre em uma redundância. Veja:

  • Viver a vida. → o verbo viver é intransitivo e seu objeto direto cognato está totalmente relacionado a viver;
Ver também: Regência Verbal

Objeto indireto é o termo que tem o propósito de complementar um verbo transitivo indireto.

Caracteriza-se pela precedência de preposição quando essencial para o entendimento, seja expressa ou não, podendo ainda estar contraída, formando o sintagma preposicional dentro do sintagma verbal. São os pronomes oblíquos tônicos que referem-se às pessoas do discurso nestes. Assim como o objeto direto, o objeto indireto pode ser pleonástico. Exemplos:

  • Todos precisam de afeto.
  • Refiro-me a ela.
Observações: Só fazem parte do objeto direto e indireto palavras referentes a seres animados ou inanimados (fazem-se as perguntas ao verbo: O quê? e Quem?), as palavras referentes ao tempo ou lugar são chamadas de termos acessórios, que normalmente são advérbios/locuções adverbiais.

Pleonasmo é quando ocorre a redundância de termos, ou seja, ele está duplo na frase, porém apresentado de formas diferentes. Também é considerado pleonasmo quando o verbo está totalmente relacionado ao complemento verbal:

  • Termos redundantes:
À minha casa lá irei.

Observe na frase acima que o verbo irei está apresentando dois complementos verbais, à minha casa e . e à minha casa indicam o mesmo lugar que irei. Ou seja, não é necessário apresentar esses dois complementos.

  • Verbo relacionado:
Agora subirei para cima.
O pôr-do-sol entardece.
Moro em uma moradia.
Caminharei por um caminho.
A dor é dolorosa.

Como você obviamente sabe, sempre se sobe para cima, sempre o pôr-do-sol irá entardecer, por mais precária que seja onde moramos sempre será uma moradia, sempre por onde caminhamos consideramos caminho e para algo ser doloroso sempre sentiremos dor. Esse tipo de pleonasmo é chamado de pleonasmo vicioso, ou seja, achamos que é uma necessidade complementar o verbo com algo óbvio. Veja agora o que não é pleonasmo:

A lâmpada iluminou. (mas sim, a luz iluminou)
O fogo queimou. (mas sim, a queimadura havia queimado)
A água molhou. (mas sim, a água é molhada)

Pois você sabe que não é sempre que a lâmpada iluminará, que o fogo queimará e que a água molhará. Quando o pleonasmo vicioso ocorre com um verbo intransitivo, o termo referente chama-se objeto direto cognato.

Em certas orações pode ocorrer o fato de um nome não ter significação completa, necessitando assim de um termo que complete o seu sentido. Em outras palavras, o nome possui sentido incompleto. Este termo que completa o sentido deste nome é chamado complemento nominal.

Complemento nominal é o termo da oração que completa o sentido de um nome (substantivo, adjetivo, advérbio, locução ou oração) de caráter transitivo (que precisa de complemento).

O complemento nominal é parecido com o complemento verbal, fazem se as perguntas ao nome de quê? ou de quem:

  • Roberto tem medo do cachorro. - Medo de quê? do cachorro
  • A vantagem do aumento dos preços é que lucramos mais. - A vantagem de quê? do aumento dos preços.

É possivel existir um complemento nominal dentro de um outro complemento nominal:

  • do aumento dos preços - O aumento de quê? dos preços

O complemento nominal pode estar sendo referido a uma palavra substantivada:

  • O aumentar dos preços chocou a todos. - O aumentar de quê? dos preços

Pode fazer parte do complemento nominal um pronome pessoal oblíquo:

  • Os pertences dele foram deixados. - Os pertences de quem? dele

Regência Nominal

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Ver módulo: Regência Nominal
Todo complemento nominal é indireto, isto é, necessita de preposição.

Período Simples e Composto

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Os nomes que necessitam de complemento são chamados de Transitivos. Eles podem ser substituídos por verbos transitivos (VT's), logo o complemento nominal passa a ser o complemento verbal:

  • O aumento dos preços chocou a todos - aumento → Nome; dos preços → CN

é igual a

  • Aumentar os preços chocou a todos - Aumentar → VTD; os preços → OD
Oração Subordinada é toda oração que depende de outra sintaticamente.
Ver módulo principal: Oração Subordinada Substantiva

OSSCN (Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal) é uma oração que possui a função sintática de Complemento Nominal:

  • Chocou a todos o aumento que houve dos preços. - aumento → Nome; que houve dos preços → CN
  • Roberto tem medo de que cachorros o mordam. - medo → Nome; de que cachorros o mordam → CN

Na língua portuguesa, o verbo pode ser de voz ativa, voz passiva ou voz reflexiva.

Na voz passiva, o sujeito sofre a ação verbal. Esta mesma oração geralmente possui um termo que exerce a ação verbal. Esse termo se classifica como agente da passiva.

Agente da passiva é o termo na oração que exerce a ação verbal na voz passiva, só aparece na voz passiva analítica.

Morfossintaxe

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Ver módulo principal: Voz passiva

As orações estruturadas em voz passiva analítica possuem a seguinte morfossintaxe:

sujeito + verbo ser + verbo principal no particípio + agente da passiva

O agente da passiva é introduzida pela preposição por, do qual pode contrair com artigo formando as contrações pelo(s), pela(s). Exemplo:

A arca foi construída por Noé.
  • Sujeito passivo: A arca
  • Verbo transitivo direto: foi construída
  • Agente da passiva: por Noé
  • lembrando que na voz passiva,o agente pratica a ação.

O núcleo do agente da passiva é uma palavra ou termo com função substantiva:

  • Substantivo: O vidro foi quebrado pelo garoto.
  • Pronome substantivo: A bola foi arremessada por ela.
  • Numeral substantivo: O trabalho foi feito pelos dois.
  • Oração subordinada substantiva: A menina foi socorrida por quem passava por perto.

Embora seja um termo integrante, pode ser omitido: O deputado era respeitado.

Na voz passiva sintética, o agente não vem expresso: Vendeu-se a casa.

Mudança preposicional

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Dependendo da circunstância que o verbo pode ter sobre o agente da passiva, a preposição pode ser alternada, um exemplo claro é a circunstância de constituição, admite-se, as três preposições constitucionais (com, de e por):

O corpo humano é formado com/de/por diversos órgãos.

Os termos acessórios da oração possuem uma função secundária na mesma, podendo ser de indicar substantivos, exprimir algo ou caracterizar alguém. São eles:

Aqueles estranhos insetos estão por toda parte.
A elegante igreja ficava no alto da colina.
Sábado à noite o garoto sairá.
Os seus primos foram legais comigo.
Ele não acertou a questão.
Nas megacidades há grande movimento econômico.
As frutas estavam muito gostosas.
Ocorreu um acidente às nove horas de hoje.
  • Aposto: Palavra ou palavras que exprimem valor de especificação ou simplificação;
Falo-te em poucas palavras: que saia daqui!
Nascer, crescer, reproduzir e morrer: a vida.
Vocês todos, Mariana, Roberto e Paula, estão despedidos.
Ela, a mulher inteligente e gentil, foi viver em Porto.
  • Vocativo: Palavra ou palavras que exprimem valor de destinatário ao assunto, ao enunciado;
Deixe-me ajudá-la a atravessar a rua, Senhora.
Excelentíssimo Senhor Juíz, chegou na hora correta.
Eduardo, entregue o dinheiro e confira o troco.
Querida, onde está meu sapato?
O Adjunto adnominal se define como um termo sintático de valor de adjetivo na classe gramatical. É um termo que caracteriza o nome sem intermediação de um verbo, uma expressão que acompanha um ou mais nomes ou pronomes conferindo-lhe um atributo.

Podem ser adjunto adnominais os adjetivos, a locução adjetiva, os pronomes adjetivos (possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e o relativo cujo) os numerais adjetivos e os artigos (função adjetiva). Eles podem ser colocados antes os depois do nome ou pronome (exceto o artigo, só pode ser colocado antes do substantivo e não pode ser colocado com pronomes), nestes casos sendo um hipérbato. Exemplo:

Aquela moça alta comprou um carro novo.
Aquela alta moça comprou um novo carro.

Aquela é um pronome adjetivo, por caracterizar a moça (não é um moça qualquer, é aquela moça), e por tanto, é um adjunto adnominal, assim como alta. O mesmo ocorre com as palavras um (artigo) e novo (adjetivo), referentes a carro.

Os pronomes pessoais retos e oblíquos têm valor de substantivo e exercem funções de sujeito ou complemento verbal, portanto não podem ser adjuntos adnominais. Os demais pronomes relativos exercem as funções do substantivo, não são adjuntos.

Determinante é um tipo de adjunto adnominal. O determinante acompanha um substantivo, o qual é chamado de nome. Observe:

As cozinheiras já possuem vários anos de experiência.

Como já estudamos, os artigos são palavras que acompanham o substantivo, são os determinantes mais comuns. Veja que existem outras palavras com a mesma função sintática que o artigo:

Aquelas cozinheiras já possuem vários anos de experiência.
Muitas cozinheiras já possuem vários anos de experiência.
Duas cozinheiras já possuem vários anos de experiência.
As cozinheiras já possuem vários anos de experiência.
Nestas frases temos dois nomes: cozinheiras e anos. A flexão destes determinantes tem conformidade aos nomes, chamamos de concordância nominal.

Os determinantes que sempre acompanham o substantivo são:

Alguns determinantes é facultativo o uso, estes são colocados após os determinantes já citados acima:

Observações:
  • Quando não se tem um determinante antes de um nome, se diz que o determinante está em elipse;
  • Os pronomes indeterminados substantivos são nomes e não possuem determinantes, bem como os pronomes retos (que substituem um nome já citado).

O Adjunto adverbial (ad = próximo, isto é, próximo ao verbo) é um termo que modifica um verbo, um adjetivo um advérbio ou um substantivo, indicando a circunstância em que se desenvolve o processo verbal (dando ideia de tempo, lugar, modo, causa, finalidade, etc.). Não sendo obrigatório seu uso na oração, é um termo acessório, já que a oração teria o mesmo sentido sem este. É representado por um advérbio, locução adverbial, oração subordinada adverbial ou uma circunstância de um verbo circunstancial. O advérbio é a palavra mais significativa do adjunto adverbial (núcleo). As locução adverbiais sempre são iniciadas por preposição, contraídas ou expressas. Pode aparecer com qualquer tipo de verbo, inclusive o de ligação. Exemplos:

Ontem fomos à praia.
Levamos muito tempo para chegar.
Na nossa rua há muitos prédios.

Classificação

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Para comparar: Classificação dos advérbios

Sendo todo advérbio um adjunto adverbial, a classificação é a mesma. Algumas classificações listadas abaixo só possuem tal valor na forma de locução, não admitindo apenas o advérbio (então, na classificação abaixo estarão além das dos advérbios, algumas excepcionais às locuções). As preposições também seguem uma norma circunstâncial própria das preposições. Abaixo de cada classificação, você pode conferir alguns exemplos:

Afirmação
Certamente ele voltará.
Com certeza fará sol amanhã.
Assunto
Falavam de futebol.
O aquecimento global foi o assunto da reportagem.
Causa
Ela tremia de medo.
Morreram por asfixia.
Companhia
Passeava com os irmãos.
Limpava tudo sem vontade.
Comparação
Seus livros são tão bons quanto os de Assis Brasil.
Aqui faz mais calor que no Reino Unido.
Concessão
Foi à praia apesar do mau tempo.
Ainda que você tente de tudo, nada vai me fazer mudar de ideia.
Condição
Sem estudo, não passarás.
Apresse-se senão atrasar-se-á.
Conformidade
Agimos conforme a lei.
O Haiti foi devastado por mais abalos sísmicos, de acordo com o jornal.
Consequência
Estavam tão entusiasmados com a festa que nem perceberam escurecer.
Destino
Viajamos para Luanda.
O prêmio do sorteio vai para o número 55.
Dúvida
Irei provavelmente às dez horas.
Talvez façamos hoje.
Estado
O oxigênio está no estado gasoso.
Finalidade
Vivia para comer.
Irei para Açores a fim de descansar.
Intensidade
Estava muito pálida.
Tivemos azar demasiadamente.
Instrumento
Cortou-se com a navalha.
Lugar
Deixamos o carro naquela praça.
Morei em Porto Alegre.
Meio
Só viajavam de trem.
Modo
Maria sai apressadamente.
Lentamente a luz do sol avançava sobre a relva.
Negação
Não quero você aqui.
Ele nunca o viu.
Origem
Sou de Pernambuco.
Tempo
Nós discutimos ontem.
Nasceu no ano passado.

Aposto (a = próximo; posto próximo) é o termo acessório da oração que se anexa a um substantivo ou pronome substantivo para esclarecer, desenvolver, resumir ou especificar a ideia expressa. Basicamente, em cada caso em que é utilizado, assemelha-se a uma expressão sinônima (termo apositivo). Classifica-se em:

Aposto explicativo

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Explica ou esclarece o substantivo ao qual se refere. Vem sempre isolado na frase. Pode ser isolado por vírgulas, travessões, dois-pontos ou parênteses. Exemplos:

  • Tiradentes, líder da Inconfidência Mineira, morreu enforcado.
  • A pele dele, muito clara, foi queimada pelo sol.
  • Nosso dia, demasiadamente cansativo, foi bem aproveitado.

Aposto enumerativo

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Enumera os elementos citados anteriormente. Exemplos:

  • Comprei tudo: arroz, feijão, batata e cenoura.
  • Introdução, desenvolvimento, clímax e desfecho: a história.
  • Irei a vários lugares: Macau, Galíza, Brasil e Timor-Leste.

Aposto resumitivo

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Resume em um substantivo ou pronome substantivo os elementos citados anteriormente. Exemplos:

  • Comprei arroz, feijão, batata, e cenoura, tudo em promoção.
  • Irei a Macau, Galíza, Brasil e Timor-Leste, lugares onde se fala português.

Aposto especificativo

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Especifica ou individualiza um substantivo de uso genérico. Normalmente é um nome próprio de pessoa ou lugar. Não é isolado por vírgulas. Exemplos:

  • Visitei a cidade de São Paulo.
  • Gosto do poeta Carlos Drummond de Andrade.
  • Andei lendo mais histórias de terror.
Oração Subordinada é toda oração que depende de outra sintaticamente.
Ver módulo principal: Oração Subordinada Substantiva

OSSA (Oração Subordinada Substantiva Apositiva) é uma oração que possui valor apositivo, isto é, de aposto:

  • Te digo francamente: que tua matéria do jornal não é de bom grado.
  • Falarei mais uma vez: que vá visitá-la no hospital.
  • Peço-lhe apenas uma coisa: que tenha dó de todos!

O vocativo é um termo acessório da oração que tem valor exclamativo, servindo para interpelar alguém ou alguma coisa. O vocativo não pertence nem ao sujeito, nem ao predicado, é sempre separado com vírgulas. Podem pertencer ao vocativo, substantivos, adjuntos adnominais (artigos, adjetivos e pronomes adjetivos) e pronomes retos da segunda pessoa. Pela colocação do vocativo, na frase ele pode ser posto:

No final ou início da frase (pode estar posterior ou anterior ao adjunto adverbial)
Agora, Marcelo, pode emprestar-me seu telefone?
Não brinque com fogo, garoto.
Após ou antes a verbo no imperativo
Veja, meu filho, que linda moça.
Lembre-se, mamãe, de deixar a luz acesa.
Entre o nome/verbo e o complemento
Tivemos sorte, garoto, de ninguém nos ver.
Amanhã haverá, senhor prefeito, uma inauguração.
O wikilivro Introdução à língua portuguesa possui uma versão simplificada deste assunto: Período composto

Período composto é aquele período que possui mais de uma oração. No período composto, as orações podem se estruturar de duas maneiras diferentes o que vem ocasionar em dois tipos de período composto: o período composto por coordenação e o período composto por subordinação.

Por coordenação

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Apresenta as orações sintaticamente independentes entre si, ou seja, uma oração não exerce função sintática em relação à outra. Exemplos (em negrito as conjunções, sublinhado os verbos):

  • Dito e feito.
  • Todos riram, mas eu não achei engraçado.
  • Nasci, cresci, casei, tive filhos.
  • Veja que tudo saiu errado.
  • Saiu de casa, porém voltou tarde.

As orações do período podem ser separadas e continuam com sentido. Exemplo: Saiu de casa. / Voltou tarde. As orações estão com sentido completo.

Por subordinação

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Apresenta orações sintaticamente dependentes entre si, ou seja, uma oração exerce função sintática em relação à outra. Há ainda na língua portuguesa período misto ou período composto por coordenação e subordinação, que é um período que possui tanto oração coordenada como subordinada. Exemplos (em negrito as conjunções, sublinhado os verbos):

  • Falei todos os dias que hoje iriamos viajar.
  • Vi tudo que é de ruim.
  • Seria melhor se tu não tivesses mentido.
  • Não teria ido caso você não tivesse cantado e dançado.
  • Sabias que ele estava mal mas nada fez.

Classificação das orações

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As orações podem ser:

  1. Absolutas
  2. Principais
  3. Coordenadas
    1. Assindéticas
    2. Sindéticas
      1. Aditivas
      2. Adversativas
      3. Alternativas
      4. Conclusivas
      5. Explicativas
  4. Subordinadas
    1. Adjetivas
      1. Explicativas
      2. Restritivas
    2. Adverbiais
      1. Causais
      2. Concessivas
      3. Condicionais
      4. Conformativas
      5. Consecutivas
      6. Comparativas
      7. Finais
      8. Proporcionais
      9. Temporais
    3. Substantivas
      1. Apositivas
      2. Completivas nominais
      3. Objetivas diretas
      4. Objetivas indiretas
      5. Predicativas
      6. Subjetivas
  5. Reduzidas
    1. Substantivas
      1. Reduzidas de infinitivo
        1. Apositivas
        2. Completivas nominais
        3. Objetivas diretas
        4. Objetivas indiretas
        5. Predicativas
        6. Subjetivas
    2. Adverbiais
      1. Reduzidas de infinitivo
        1. Causais
        2. Concessivas
        3. Condicionais
        4. Consecutivas
        5. Finais
        6. Temporais
      2. Reduzidas de particípio
        1. Causais
        2. Concessivas
        3. Condicionais
        4. Temporais
      3. Reduzidas de gerúndio
        1. Causais
        2. Concessivas
        3. Condicionais
        4. Temporais
    3. Adjetivas
      1. Reduzidas de infinitivo
      2. Reduzidas de particípio
      3. Reduzidas de gerúndio
    4. Coordenadas
      1. Reduzidas de gerúndio
  6. Correlacionadas

As orações principais ou subordinantes são as que sofrem alterações quando dispostas a outras orações chamadas subordinadas. Possuem uma estrutura sintática quase completa, e por isso necessitam de outro termo para completá-las. São do período composto, pois o termo subordinado possui um verbo (oração). Elas podem ser subordinantes de uma oração adjetiva, adverbial, substantiva ou reduzida. Exemplos de períodos:

A língua portuguesa é muito mais complicada que a inglesa.
  • Oração principal/subordinante: A língua portuguesa é muito mais complicada
  • Oração subordinada: que a inglesa → oração subordinada adverbial comparativa
As mortes que a doença causou provocou desespero em todos.
  • Oração principal/subordinante (na forma regular): Provocou desespero em todos as mortes
  • Oração subordinada: que a doença causou → oração subordinada adjetiva restritiva
Todos odiavam-no porque ele já roubara.
  • Oração principal/subordinante: Todos odiavam-no
  • Oração subordinada: porque ele já roubara → oração subordinada adverbial causal
Fizeram-no revelar tudo.
  • Oração principal/subordinante: Fizeram
  • Oração subordinada: -no revelar tudo → oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida
Observações: As orações principais podem tanto estarem no início, meio, fim ou ainda dividas no período.

No período composto por subordinação, há oração principal (subordinante) e oração(ões) subordinada(s). A oração principal é um termo que depende de sentença que possui verbo, sendo sua estrutura sintática quase completa, necessitando da complementação, que pode ser de substantivo, adjetivo ou advérbio. Pelo fato de o termo complementar ter verbo, será uma oração, e justamente pelo fato de complementar, são dependentes, são subordinados.

Morfossíntaxe

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As orações subordinadas, bem diferentes das coordenadas, possuem uma formação.

Orações infixas

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Quando ocorre a transformação do período (característica comum das orações subordinadas substantivas e adjetivas), ocorre a transmutação do núcleo do termo, de substantivo, adjetivo ou advérbio, para verbo. Veja (o termo/sentença está sublinhado e o núcleo em negrito):

  • Período simples: Eu percebi o nosso erro. (termo= objeto direto; núcleo= substantivo)
  • Período composto: Eu percebi o que erramos. (sentença= oração objetiva direta; núcleo= verbo)

Ocorreu a transformação de período simples para composto, e a transmutação de núcleo do termo, de substantivo (erro) para verbo (erramos). Sendo o termo no período simples o objeto direto (o nosso erro), no período composto será uma oração objetiva direta (o que erramos), e por seu núcleo transmutado ser um substantivo, é substantiva objetiva direta. Este foi um caso clássico de oração. Estas orações recebem a classificação morfossintática de infixas, justamente por apresentarem mais de uma forma. Mas há exceções: nem todas as orações são infixas.

Orações fixas

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As orações fixas ocorrem quando não há nem palavra primitiva e derivada (radical) do núcleo do termo que seja verbo. O substantivo erro possui o radical err, e o verbo errar. Ao tratarmos de advérbio, é difícil de encontrar o radical com verbo. Exemplo:

Certamente este será um grande desafio.

Não há verbo com o mesmo radical do advérbio certamente, logo, é impossível haver a transformação de períodos, pois não teríamos a transmutação do núcleo do termo.

O advérbio à tarde possui o verbo entardecer, nesse caso ocorre a transformação: Ele chegará à tarde. / Ele chegará ao entardecer.

As orações subordinadas podem possuir várias funções, bem diferentes das orações coordenadas. Podem restringir e específicar qualidades, explicar, ter função de advérbio e denotar causa e fatos futuros, procedentes, além de poder ter função de termo acessório (mas não ser um termo acessório), termo integrante (mas não ser um termo integrante) e termo essencial (mas não ser um termo essencial):

  • As orações que são subordinadas exercem relação sintática à principal - Função qualificativa
  • Não durmi, até que chegou a noite e adormeci - Função adverbial
  • São todas sindéticas porque possuem sindeto, que é a conjunção - Função causal e qualificativa
  • Fizeram tudo que nem perceberam que a chuva cessara - Denota consequência e termo integrante
Observações: Tanto as orações fixas quanto as infixas possuem função.

Classificação

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Ver módulo principal: Classificação das orações subordinadas

As orações subordinadas infixas são classificadas de acordo com o termo e o núcleo deste termo transmutados. Já as orações fixas são classificas de acordo com sua função. É fácil de identificá-las, pois cada uma acontece em casos diferentes, com conjunções diferentes e diferentes estruras sintáticas. Nas páginas de cada tipo de oração, você encontrará estas informações.

A oração subordinada é aquela que exerce função sintática em relação à outra. Se a função sintática que a oração subordinada exerce for própria de substantivo, então a oração se classifica como oração subordinada substantiva. Se a função sintática que a oração subordinada exerce for própria de adjetivo, então a oração se classifica como oração subordinada adjetiva. Se a função sintática que a oração subordinada exerce for própria de advérbio, então a oração se classifica como oração subordinada adverbial.

É descoberta a função das orações no momento em que a oração absoluta (período simples) é transformada em subordinada ou reduzida (período composto). A mudança que ocorre no núcleo das orações do período composto em relação ao vocábulo transmutado, determina se a oração é substantiva, adjetiva ou adverbial. Sabido disto, conclui-se que se não há palavra para se transmutar (nestes casos, o núcleo), não pode ocorrer a transformação oracional. Exemplo, o verbo haver possui sua raiz apenas no verbo, no verbo haver, logo, não se tem transformação oracional (a mesma sentença pode apenas ser subordinada). Já o verbo receber apresenta em diferentes classificações de palavras a sua raiz, em substantivo (recibo) e em adjetivo (recebido), então, pode-se ocorrer a transformação de períodos. Tradicionalmente, quando não há transformação das orações elas são chamadas de fixas, e quando se pode transformá-las, elas são infixas. Elas se dividem em dois tipos, desenvolvidas e reduzidas:

Orações desenvolvidas

Ver também: Adjetivo e Conjunção

As orações subordinadas adjetivas são as que exercem função de adjetivo sobre a oração principal. São as orações que modificam a outra. Essas orações são sempre indroduzidas por pronomes relativos [que, quem, qual (is), cujo (a), cujos (as), quanto (a), quantos (as) e onde], seguidos por pronome demonstrativo nos casos em que o sujeito da frase já foi citado anteriormente. É muito comum vermos frases com esse tipo de oração na colocação irregular. São adjetivas pois quando está em forma de oração absoluta transformam-se em adjetivo, sendo a maioria orações infixas:

  • Entre aqueles, apenas os que possuem educação deveriam ter privilégios. (período composto - oração subordinada)
  • Entre aqueles, apenas os educados deveriam ter privilégios. (período simples - oração absoluta)

Elas também podem ser precedidas de preposição se a regência determinar: Este é o pintor de cuja obra gosto. / Este é o autor contra cuja obra luto.

Veja que o adjetivo da oração absoluta pode ser trocado pela oração adjetiva. Elas são classificadas:

Oração subordinada adjetiva explicativa

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As orações subordinadas adjetivas explicativas entre as subordinadas adjetivas são as menos comuns de serem encontradas. É fácil identificá-las, elas sempre estarão isoladas por pontuação (vírgula, travessão ou parênteses), elas apresentam uma informação adicional sobre seu antecedente, generalizam, universalizam. São formadas pelo aposto explicativo:

A bela mulher, a que foi a praia com Rodrigo, está agora nos Estados Unidos.
  • Oração principal: A bela mulher, — está agora nos Estados Unidos
  • Oração subordinada: a que foi a praia com Rodrigo,
Os três rapazes, cujos nomes são Felipe, Gabriel e Eduardo, ficaram em casa nas férias.
  • Oração Principal Os três rapazes, — ficaram em casa nas férias
  • Oração subordinada: cujos nomes são Felipe, Gabriel e Eduardo,
A capital da Bahia, que já foi também a capital do Brasil, chama-se Salvador.
  • Oração principal: A capital da Bahia, — chama-se Salvador
  • Oração subordinada: que já foi também a capital do Brasil,
Aquela garota, a qual chama-se Larissa, mora em Lisboa.
  • Oração principal: Aquela garota, — mora em Lisboa.
  • Oração subordinada: a qual chama-se Larissa,

Morfossintaxe

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Em frases com período composto por oração subordinada adjetiva explicativa, o sujeito da oração principal (chamado de antecedente) permanece no início da frase, enquanto o predicado no final, entre estes está a oração subordinada:

A bela mulher, a que foi a praia com Rodrigo, está agora nos Estados Unidos.
  • Antecedente: A bela mulher,
  • Oração subordinada: a que foi a praia com Rodrigo,
  • Predicado da oração principal: está agora nos Estados Unidos

Oração subordinada adjetiva restritiva

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As orações subordinadas adjetivas restritivas entre as subordinadas adjetivas são as mais comuns de serem encontradas. Elas não estarão isoladas por pontuação. Elas possuem a função de restringir, particularizar e delimitar o sentido do seu antecedente. Ex.: Apenas ao grupo de pessoas honestas, e não a todas as pessoas. Apenas aos alunos que possuem respeito, e não a todos alunos. Apenas aos educados daquele grupo, e não ao grupo. Isso significa que essas orações agem como superlativas relativas, entre todos de um grupo (Antecedente) apenas os com tal qualidade (Oração subordinada) merecem algo (Predicado da oração principal).

Das pessoas de todo mundo, as que são honestas merecem descansar em paz.
  • Oração principal: Das pessoas de todo mundo — merecem descansar em paz
  • Oração subordinada: que são honestas
Todos os alunos das escolas, os que são respeitosos deveriam tirar nota máxima.
  • Oração principal: Todos os alunos das escolas — deveriam tirar nota máxima
  • Oração subordinada: que são respeitosos
Entre aqueles, apenas os que possuem educação deveriam ter privilégios.
  • Oração principal: Entre aqueles, — deveriam ter privilégios
  • Oração subordinada: apenas os que possuem educação

Morfossintaxe

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Em frases com período formado por estas orações, admite-se a mesma regra morfossintática:

As pessoas que são honestas merecem descansar em paz.
  • Antecedente: As pessoas
  • Oração subordinada: que são honestas
  • Predicado da oração principal: merecem descansar em paz

Pelas regras de colocação, é admitido a forma predicado da OP + antecedente + OSAdj:

Merecem descansar em paz as pessoas que são honestas.

Sobre o verbo de ligação

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Pelo fato de estas orações possuirem papel adjetivo, e que no predicado nominal, o predicado que exerce função de adjunto adnominal existir o verbo de ligação, nestas orações em certos casos há tal verbo:

  • 1. Antes ou depois do antecedente quando a frase iniciar com pronome adjetivo:
Aquela é a cidade a qual eu nasci.
É aquela a cidade a qual eu nasci.
  • 2. Antes do pronome adjetivo quando o predicado da oração principal é colocado depois da oração subordinada:
A cidade a qual eu nasci é aquela.
  • 3. Após o pronome relativo quando não há verbo principal no núcleo da oração (haverá adjetivo que pode ser substituido com o verbo de ligação por um verbo ou locução) necessitando de complemento:
A cidade a qual sou nascido chama-se Cuiabá - necessita de complemento (chama-se Cuiabá) - sou nascido = nasci
  • 4. O complemento pode seguir as regras dos itens 1 e 2:
Cuiabá é a cidade a qual eu nasci.
A cidade a qual eu nasci é Cuiabá.
Ver também: Advérbio e Conjunção
O wikilivro Introdução à língua portuguesa possui uma versão simplificada deste assunto: Orações adverbiais

As orações subordinadas adverbiais são as orações que exercem função de advérbio em relação à oração principal. É muito comum haver verbos e outros termos elípticos nestes e em outros tipos de oração. São orações do período composto sindéticas (possuem conjunção). São ligadas à oração principal através da conjunção subordinativa, com exceção das integrantes.

Por estas orações atribuírem uma circunstância à oração principal, são adverbiais. É raro encontrar períodos que podem ser transformados em compostos por orações adverbiais, porque são poucos verbos que possuem o mesmo radical que o advérbio (orações fixas). Por exemplo, não há verbo relacionado ao advérbio ontem, logo, não se tem oração subordinada com este advérbio. Já o advérbio de manhã, possui o verbo amanhecer, logo, é clara a transformação:

Faço tudo de manhã. - Período simples
Faço tudo quando amanhecer. - Período composto

O oposto também ocorre, em certas orações é impossível haver advérbio ou locução adverbial que tenha o mesmo significado que a oração subordinada. Por estes fatos, a oração subordinada adverbial é a menos característica, mas a mais significativa. De acordo com a circunstância estabelecida, elas são divididas:

Oração subordinada adverbial causal

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Indicam a circunstância da causa. Ex.: a causa de faltar ao trabalho, a causa do choro, a causa da visita. Conjunções causais: porque, porquanto, como, já que, uma vez que, visto que, por isso que, pois, etc.

Não fui trabalhar, já que peguei gripe.
  • Oração Principal: Não fui trabalhar
  • Oração Sub. Adv. Causal: já que peguei gripe
A menina chorava porque havia caído da bicicleta.
  • Oração Principal: A menina chorava
  • Oração Sub. Adv. Causal: porque havia caído da bicicleta
Ele foi visitar a prima visto que ela estava com hipertensão.
  • Oração Principal: Ele foi visitar a prima
  • Oração Sub. Adv. Causal: visto que ela estava com hipertensão

Oração subordinada adverbial comparativa

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Compara com a oração principal (veja: grau). Conjunções comparativas: como, bem como, assim como, mais./menos... (do) que, tão/tanto... quanto/como, tal qual, etc. São as mesmas estruturas do grau comparativo dos adjetivos e dos advérbios.

Os olhos dela eram tão lindos quanto era o céu.
  • Oração Principal: Os olhos dela eram tão lindos
  • Oração Sub. Adv. Comparativa: quanto era o céu
Ele fazia as coisas mais lentamente que o andar de uma tartaruga.
  • Oração Principal: Ele fazia as coisas mais lentamente
  • Oração Sub. Adv. Comparativa: que o andar de uma tartaruga
A multidão gritava mais alto que o som feito pelas caixas de som.
  • Oração Principal: A multidão gritava mais alto
  • Oração Sub. Adv. Comparativa: que o som feito pelas caixas de som

É comum a omissão do verbo nessas orações.

Em 'Ela fala como se fosse especialista no assunto', há apenas duas orações, chama-se comparativa 'hipotética'. Antigamente se fazia o desdobramento, e teríamos uma oração a mais: Ela fala como falaria se fosse especialista no assunto.

Oração subordinada adverbial concessiva

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Indicam uma ideia ou um fato insistente. O verbo destas orações estará no subjuntivo (no pretérito imperfeito, presente ou futuro), mas por tanto utilizado o modo indicativo nestas orações, também é admitido (assim como no português arcaico). Conjunções concessivas: embora, conquanto, ainda que, mesmo que, mesmo quando, apesar de que, se bem que, nem que, posto que, por mais/menos que, malgrado, não obstante, inobstante, em que pese, etc.

Ele não se mexia por mais que eu tentasse mexê-lo.
  • Oração Principal: Ele não se mexia
  • Oração Sub. Adv. Concessiva: por mais que eu tentasse mexê-lo
Ainda que você tente de tudo, nada vai me fazer mudar de ideia.
  • Oração Principal: nada vai me fazer mudar de ideia
  • Oração Sub. Adv. Concessiva: Ainda que você tente de tudo
Nem quando eu me atirar de um desfiladeiro ele fará algo assim.
  • Oração Principal: ele fará algo assim
  • Oração Sub. Adv. Concessiva: Nem quando eu me atirar de um desfiladeiro

Oração subordinada adverbial condicional

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Indicam a condição, que aquilo só ocorreria se algo estivesse de tal modo. Conjunções condicionais: se, caso, desde que, contanto que, a menos que, a não ser que, sem que, exceto se, salvo se, uma vez que, etc.

Não farão nada, exceto se me prometerem uma coisa.
  • Oração Principal: Não farão nada
  • Oração Sub. Adv. Condicional: exceto se me prometerem uma coisa
Não serão expulsos caso cumpram as nossas regras.
  • Oração Principal: Não serão expulsos
  • Oração Sub. Adv. Condicional: caso cumpram as nossas regras
Encomendarei comida a não ser que você não esteja com fome.
  • Oração Principal: Encomendarei comida
  • Oração Sub. Adv. Condicional: a não ser que você não esteja com fome

Oração subordinada adverbial conformativa

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Indicam a conformidade. É separada com vírgula. Conjunções conformativas: conforme, segundo, consoante, como, de acordo com, etc.

Conforme o que o médico dizia, o câncer é uma modificação celular.
  • Oração Principal: o câncer é uma modificação celular
  • Oração Sub. Adv. Conformativa: Conforme o que o médico dizia
Segundo o que estava escrito na revista, o cantor casou-se com a atriz.
  • Oração Principal: o cantor casou-se com a atriz
  • Oração Sub. Adv. Conformativa: Segundo o que estava escrito na revista
O Haiti foi devastado por mais abalos sísmicos, de acordo com o que estava escrito no jornal.
  • Oração Principal: O Haiti foi devastado por mais abalos sísmicos
  • Oração Sub. Adv. Conformativa: de acordo com o que estava escrito no jornal

Oração subordinada adverbial consecutiva

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Indicam a consequência do fato, o que ocorreu após o fato. Conjunções consecutivas: que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho), de maneira que, de modo que, de forma que, de sorte que, tanto que, etc

Ela assustava os outros de modo que todos acabavam se apavorando.
  • Oração Principal: Ela assustava os outros
  • Oração Sub. Adv. Consecutiva: de modo que todos acabavam se apavorando
Estavam tão entusiasmados com a festa que nem perceberam escurecer.
  • Oração Principal: Estavam tão entusiasmados com a festa
  • Oração Sub. Adv. Consecutiva: que nem perceberam escurecer
Falavam tão baixo de forma que todos precisavam se aproximar para ouvir.
  • Oração Principal: Falavam tão baixo
  • Oração Sub. Adv. Consecutiva: de forma que todos precisavam se aproximar para ouvir

Oração subordinada adverbial final

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Indicam a circunstância de fim, a finalidade de tal fato. Conjunções finais: para que, a fim de que, que, porque, etc.

Queria ir para casa para que pudesse acabar meus deveres.
  • Oração Principal: Queria ir para casa
  • Oração Sub. Adv. Final: para que pudesse acabar meus deveres
Largaria meu emprego a fim de que houvesse mais tempo livre.
  • Oração Principal: Largaria meu emprego
  • Oração Sub. Adv. Final: a fim de que houvesse mais tempo livre
Gostaria de voltar no tempo para que eu pudesse consertar meus erros.
  • Oração Principal: Gostaria de voltar no tempo
  • Oração Sub. Adv. Final: para que eu pudesse consertar meus erros

Oração subordinada adverbial proporcional

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Indicam proporcionalidade. Não confunda estas com as comparativas, a proporção indica que se tal fato ocorresse com tal intensidade, outro fato ocorreria com a mesma intensidade. São separadas das orações principais com vírgula. Conjunções proporcionais: à medida que, assim que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto menos, tanto mais, tanto menos, enquanto, etc. É importante lembrar que essas conjunções iniciam as orações subordinadas adverbiais proporcionais.

Quanto mais chuva cair, mais enchente haverá.
  • Oração Principal: mais enchente haverá
  • Oração Sub. Adv. Proporcional: Quanto mais chuva cair
À medida que aumentar mais a renda per capita, diminuirá assim também o número de pessoas com fome.
  • Oração Principal: diminuirá assim também o número de pessoas com fome
  • Oração Sub. Adv. Proporcional: À medida que aumentar a renda per capita
Quanto mais o tempo passava, com mais remorsos do acidente ele ficava.
  • Oração Principal: com mais remorsos do acidente ele ficava
  • Oração Sub. Adv. Proporcional: Quanto mais o tempo passava

Oração subordinada adverbial temporal

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Indicam o período do tempo em que ocorre a oração principal. Conjunções temporais: quando, enquanto, logo que, assim que, sempre que, antes que, depois que, mal, até que, desde que, etc...

Isto me ocorre sempre quando estou com raiva.
  • Oração Principal: Isto me ocorre
  • Oração Sub. Adv. Temporal: sempre quando estou com raiva
Desde que ele faleceu ela vive tristemente.
  • Oração Principal: ela vive tristemente
  • Oração Sub. Adv. Temporal: Desde que ele faleceu
Eu ouvia cochichos na hora em que eu falava.
  • Oração Principal: Eu ouvia cochichos
  • Oração Sub. Adv. Temporal: na hora em que eu falava.
Ver também: Substantivo e Conjunção integrante

As orações subordinadas substantivas são classificadas de acordo com a função sintática que elas exercem. , os verbos, são postos a partir de um núcleo de um termo de função substantiva, que são os seguintes: sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito, aposto.

São sindéticas (possuem conjunção) e introduzidas pelas conjunções integrantes que e se. Quase sempre são orações infixas.

Oração subordinada substantiva subjetiva

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É aquela que exerce a função de sujeito em relação ao verbo da oração principal. Vem introduzida pela conjunção subordinativa integrante que ou se. Possui função de sujeito, por possuir na oração principal apenas o predicado, ou ainda por não se saber ao certo quem é o sujeito se tomarmos em base apenas a oração principal (sujeito indeterminado).

É necessário que todos colaborem.
  • 1ª oração: É necessário → oração principal.
  • 2ª oração: que todos colaborem. → oração subordinada substantiva subjetiva.

A oração subordinada substantiva subjetiva ocorre quando, na oração principal, são encontrados verbos nas seguintes condições:

  • Verbo unipessoal e intransitivo:
Verbos unipessoais são aqueles conjugados apenas na terceira pessoa - convir, urgir, ocorrer, acontecer, importar, cumprir, parecer, constar, suceder
Acontece que ele é alérgico.
É pouco provável que exista vida em outro planeta.
Foi exigido que se apresentassem as carteiras de identidade.
Sabe-se que esta é a melhor solução.

Oração subordinada substantiva objetiva direta

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É aquela que exerce a função de objeto direto em relação ao verbo da oração principal. Nesse caso, o verbo da oração principal é transitivo direto, porém, também pode ser um verbo transitivo direto e indireto. Vem introduzida pelas conjunções subordinativas integrantes que - se. É objetiva direta porque no período simples possui função de objeto direto. Veja:

  • Período composto: Nós queremos que ele participe da nossa equipe.
  • Período simples: Nós queremos o participante na nossa equipe.

Nota-se que os termos que ele participe da nossa equipe é idêntico quanto ao significado do objeto direto do verbo querer, o participante da nossa equipe (quem quer, quer algo). Sendo o núcleo do objeto direto um substantivo, participante, a oração é substantiva, e por ser objeto direto, substantiva objetiva direta.

  • 1ª oração: Nós queremos → oração principal.
  • 2ª oração: que ele participe da nossa equipe. → oração subordinada substantiva objetiva direta.
Ninguém podia dizer que acertara o teste.
  • 1ª oração: Ninguém podia dizer → oração principal
  • 2ª oração: que acertara o teste. → oração subordinada substantiva objetiva direta

Quando a oração subordinada refere-se a coisas, utiliza-se antes da conjunção integrante um pronome demonstrativo:

Todos esperavam o que era de melhor.
  • 1ª oração: Todos esperavam → oração principal.
  • 2ª oração: o que era de melhor. → oração subordinada substantiva objetiva direta.

Nas frases interrogativas indiretas, pode ser introduzida por pronomes ou advérbios interrogativos.

Ninguém sabe onde fica o teatro / como a máquina funciona / quanto custa o remédio / quando entra em vigor a nova lei / qual é o assunto da palestra.

Oração subordinada substantiva objetiva indireta

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É aquela que exerce a função de objeto indireto em relação ao verbo da oração principal. Nesse caso, o verbo da oração principal é transitivo indireto e a conjunção subordinativa vem precedida de preposição, expressa ou não. Vem introduzida pelas conjunções subordinativas integrantes que — se. É objetiva indireta porque no período simples possui função de objeto indireto. Veja:

  • Período composto: Eu me esqueci que ele buscaria.
  • Período simples: Eu me esqueci de que busca.

Nota-se a igualdade sintática dos termos em destaques, são idênticos, ambos exercem a função de objeto indireto, no período composto, sobre a oração principal, e no período simples, sobre o verbo esquecer (quem se esquece, se esquece de algo). Sendo o núcleo do objeto indireto o substantivo busca, a oração é substantiva objetiva indireta.

  • 1ª oração: Eu me esqueci → oração principal.
  • 2ª oração: de que ele buscaria. → oração subordinada substantiva objetiva indireta.
Não gosto de que você saia à noite.
  • 1ª oração: Não gosto → oração principal.
  • 2ª oração: de que você saia à noite. → oração subordinada substantiva objetiva indireta.
Estamos a nos lembrar de que o incêndio foi acidental.
  • 1ª oração: Estamos a nos lembrar → oração principal.
  • 2ª oração: de que o incêndio foi acidental. → oração subordinada substantiva objetiva indireta.

Oração subordinada substantiva completiva nominal

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É aquela que exerce a função de complemento nominal. Nesse caso a oração completa o sentido de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) da oração principal, e a conjunção subordinativa vem precedida de preposição, expressa ou não. Quando completa o sentido de um substantivo, este será sempre um substantivo abstrato. Vem introduzida pelas conjunções subordinativas integrantes que — se. É completiva nominal porque no período simples possui função de complemento nominal. Veja:

  • Período composto: Há esperanças de que comemoremos nesta semana.
  • Período simples: Há esperanças de comemoração nesta semana.

Veja que os termos destacados possuem o mesmo sentido e ambos estão relacionados ao nome esperanças. Sendo o núcleo do complemento nominal o substantivo comemoração, a oração subordinada é substantiva e é completiva nominal porque exerce esta função.

  • 1ª oração: Há esperanças → oração principal.
  • 2ª oração: de que comemoremos nesta semana. → oração subordinada substantiva completiva nominal.
Às vezes você tem dúvida de que seus amigos sejam boas companhias.
  • 1ª oração: Às vezes você tem dúvida → oração principal.
  • 2ª oração: de que seus amigos sejam boas companhias. → oração subordinada substantiva completiva nominal.
Tenho conclusões de que haverá paz no futuro.
  • 1ª oração: Tenho conclusões → oração principal.
  • 2ª oração: de que haverá paz no futuro. → oração subordinada substantiva completiva nominal.

Completa o sentido de um NOME por meio de PREPOSIÇÃO.

   EX:Tenho amor/ao trabalho 
      Nome.    / c.n

Oração subordinada substantiva predicativa

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É aquela que exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal. Nesse caso, o verbo que antecede a conjunção subordinativa é um verbo de ligação. O sujeito da oração principal nunca é concreto, sempre abstrato, visto que a função destas orações é especificar a realidade de algo imaginário. Vêm introduzidas pelas conjunções subordinativas integrantes que — se. É predicativa porque no período simples possui função de predicativo do sujeito. Veja:

  • Período composto: Minha teoria foi que tudo formou-se há bilhões de anos.
  • Período simples: Minha teoria foi a formação de tudo há bilhões de anos.

Os termos destacados são essenciais para o entendimento da frase, pois a morfossíntexe desses períodos exige uma especificação que é atribuída no predicativo do sujeito. Sendo o núcleo do predicativo do sujeito o substantivo formação, a oração é substantiva, e por apresentar-se em oração o predicativo, a oração é substantiva predicativa.

  • 1ª oração: Minha teoria foi → oração principal.
  • 2ª oração: que tudo formou-se há bilhões de anos. → oração subordinada substantiva predicativa.
Minha sugestão seria que convocasse a todos.
  • 1ª oração: Minha sugestão seria → oração principal.
  • 2ª oração: que convocasse a todos. → oração subordinada substantiva predicativa.
Meu desejo era que me dessem uma camisa.
  • 1ª oração: Meu desejo era → oração principal.
  • 2ª oração: que me dessem uma camisa → oração subordinada substantiva predicativa.

Oração subordinada substantiva apositiva

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É aquela que exerce a função de aposto em relação a um termo da oração principal. Quando o aposto representar enumeração, a oração é separada por dois-pontos ou travessão, eventualmente pode ser separada por vírgula. Quando representar resumo da oração principal, haverá o pronome substantivo tudo. Vem introduzida pela conjunção subordinativa integrante que — se, podendo vir expressa ou não. É apositiva porque no período simples possui função de aposto. Veja:

  • Período composto: Nos disseram isto em poucas palavras: que suporiam os fatos.
  • Período simples: Nos disseram isto em poucas palavras: haveria suposições dos fatos.

A oração é subordinada apositiva porque no período simples, exerce função de aposto especificativo sobre o termo isto. No período composto, a função de aposto é atribuída à oração principal. É considerada substantiva porque seu núcleo, suposições, é substantivo.

  • 1ª oração: Nos disseram isto em poucas palavras → oração principal.
  • 2ª oração: que suporiam os fatos. → oração subordinada substantiva apositiva.

Nos casos de aposto enumerativo, temos, por exemplo, este caso:

Faço tudo que me pedes.
  • 1ª oração: Faço tudo → oração principal.
  • 2ª oração: que me pedes. → oração subordinada substantiva apositiva.

E com aposto resumitivo:

A decisão do ministério é a seguinte: que todos se unam contra o mosquito transmissor da dengue.
  • 1ª oração: A decisão do ministério é a seguinte → oração principal.
  • 2ª oração: que todos se unam contra o mosquito transmissor da dengue. → oração subordinativa substantiva apositiva.

Apesar de a Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) não registrar, existem orações subordinadas substantivas com função de agente da passiva: O quadro foi elogiado por quantos o viram.

As orações coordenadas são orações sintaticamente independentes entre si, mas semanticamente dependentes, ou seja, geralmente têm alguma relação de significado no contexto em que se encontram. Elas são ligadas pelas conjunções coordenativas ou através de sinais de pontuação, como a vírgula:

Não queria sair, nem ficar em casa; e, muito menos, ir ao parque com minha sobrinha

O período anterior possui três orações: Não queria sair/ nem ficar em casa/ e muito menos ir ao parque com minha sobrinha. Veja que é clara a relação de independência, pois as orações possuem sentido completo:

  • Não queria sair.
  • Não queria ficar em casa.
  • Não queria ir ao parque com a minha sobrinha.

Veja que as orações não dependem uma da outra, apenas dependem do núcleo da oração, o verbo queria. Classificamo-as, então, como coordenadas. Estas orações dividem-se em dois tipos: sindéticas e assindéticas.

As orações coordenadas possuem a função de enumerar fatos e consequências, denotar certa imperfeição, alternar, explicar, concluir:

  • Fiz tudo, fui à loja, paguei as contas, fui à farmacia e ao supermercado - Enumeração de fatos (Assindéticas e Sindética aditiva)
  • Fiz tudo rápido, mas cansei bastante - Denotação de imperfeição (Sindética adversativa)
  • Ou primeiro iria à loja ou à farmácia - Denotação de alternância (Sindética alternativa)

Veremos isso nas próximas páginas.

O wikilivro Introdução à língua portuguesa possui uma versão simplificada deste assunto: Orações sindéticas

As orações coordenadas sindéticas recebem o nome das conjunções coordenadas que as introduzem, portanto, as orações coordenadas sindéticas podem ser:

Oração coordenada sindética aditiva

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As orações aditivas expressam ideia de acréscimo ou adição à oração anterior. Nunca são usadas as vírgulas antes destas quando o sujeito da oração anterior e o da oração coordenada é o mesmo, nos demais casos é opcional seu uso. Conjunções coordenativas aditivas: e, nem, bem como, mas também, como também, bem como, mas ainda (depois de não só).

Peguei a mochila e fui para a escola.
  • Oração coordenada aditiva: e fui para a escola
Não só teve esta ideia, mas também a faz.
  • Oração coordenada aditiva: mas também a faz.

Oração coordenada sindética adversativa

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As orações adversativas expressam ideia de oposição ou contraste à oração anterior. Antes da conjunção adversativa sempre haverá vírgula. Conjunções coordenativas adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, senão (no sentido de mas sim), não obstante, antes (no sentido de pelo contrário).

Ele preparou-se bem, mas não passou no teste.
  • Oração coordenada adversativa: mas não passou no teste
Chegamos adiantados, todavia não os convidados.
  • Oração coordenada adversativa: todavia não os convidados

Oração coordenada sindética alternativa

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As orações alternativas expressam ideia de escolha ou alternativa com referência à oração anterior. Entre uma oração alternativa e outra, é obrigatório o uso da vírgula, nos demais casos é opcional usá-la. Conjunções coordenativas alternativas: ou (repetida ou não), ora, quer, já, seja (repetidas).

Entre já na sala ou perderá o exame.
  • Oração coordenada alternativa: ou perderá o exame
Ora ele é tímido, ora não é.
  • Oração coordenada alternativa: Ora ele é tímido,
  • Oração coordenada alternativa: ora não é

Oração coordenada sindética conclusiva

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As orações conclusivas expressam ideia de conclusão de algo enunciado na oração anterior. São sempre colocadas após a vírgula. Conjunções coordenativas conclusivas: portanto, logo, por isso, por consequência, por conseguinte, então, pois (após o verbo da oração coordenada e entre elementos articuladores - vírgula e ponto e vírgula).

Ele fez um ótimo trabalho, portanto merece a nota máxima.
  • Oração coordenada conclusiva: portanto merece a nota máxima
Não pactua com a ordem; é, pois, um rebelde.
  • Oração coordenada conclusiva: é, pois, um rebelde

Oração coordenada sindética explicativa

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As orações explicativas expressam ideia de explicação, conselho ou justificativa em relação à oração anterior. O verbo geralmente estará no imperativo, e sempre haverá vírgula para introduzi-las. Conjunções coordenativas explicativas: que, porque, porquanto, pois (antes do verbo).

Não corra, já que você pode tropeçar.
  • Oração coordenada explicativa: já que você pode tropeçar
Dê o melhor de si, que você conseguirá vencer seus desafios.
  • Oração coordenada explicativa: que você conseguirá vencer seus desafios
O wikilivro Introdução à língua portuguesa possui uma versão simplificada deste assunto: Orações assindéticas

As orações assindéticas são orações coordenadas, ou seja, não possuem relação sintática com as demais orações. Estas, ao contrário das sindéticas, não são ligadas por conjunções (sindetos). Estas estão apenas justapostas, separadas por vírgulas. São formadas por um fenômeno chamado de assíndeto. Sua principal função é enumerar, sejam fatos, pessoas, ou qualquer outra coisa, e desta forma, não ocorre repetição dos termos. É comum encontrá-las dentro de outras orações. Exemplos de períodos:

Todos estavam com fome. Não comiam há horas. (Todos estavam com fome porque não comiam há horas.)
  • Oração 1 - Todos estavam com fome. (coordenada assindética);
  • Oração 2 - Não comiam há horas. (coordenada assindética).


Nos séculos XV, XVI, XVII e XVIII, a história viveu a Idade Moderna.
  • Oração - Nos séculos XV, XVI, XVII e XVIII, a história viveu a Idade Moderna. (absoluta);
  • Oração interna 1 - XVI, (coordenada assindética);
  • Oração interna 2 - XVII (coordenada assindética).


"Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
(...)"

- Luís Vaz de Camões

No soneto de Camões, as três primeiras estrofes classificam-se como uma oração absoluta. Entre o segundo e o décimo primeiro verso, cada verso representa uma oração coordenada assindética interna.

Não existe classificação, embora possamos perceber diferentes relações: chegue mais cedo, precisamos conversar (explicação); vim, vi, venci (adição); eles saíram, eu fiquei (adversidade).

São denominadas orações reduzidas aquelas que apresentam o verbo numa das formas nominais (infinitivo pessoal, gerúndio e particípio).

Ao contrário das demais orações subordinadas, as desenvolvidas, as reduzidas não são ligadas através de conectivo, basicamente o nome já diz tudo, são orações ao pé da letra, "reduzidas". Normalmente, podem ser transformadas em sua forma desenvolvida. As orações adverbiais consecutivas e finais só podem ser reduzidas na forma infinitiva. As comparativas, conformativas e proporcionais são sempre desenvolvidas.

O quadro abaixo mostra a transformação de orações, e em negrito o termo sintático transmutado e entre parênteses a classificação do termo:

Oração absoluta Oração desenvolvida Oração reduzida
A minha vontade é a dança a todos. (predicativo) A minha vontade é que todos dançem. (oração des. predicativa) A minha vontade é todos dançarem. (oração red. predicativa)
Ele acordou na manhã. (adjunto adv. de tempo) Ele acordou quando amanheceu. (oração des. temporal) Ele acordou ao amanhecer. (oração red. temporal)
Apostei os números pedidos. (adjunto adnominal) Apostei os números que pediste. (oração des. adjetiva) Apostei os números pedidos. (oração red. adjetiva)
Observações:
  • Algumas orações adjetivas reduzidas de particípio são idênticas às absolutas, fato que ocorre pelo adjetivo muitas vezes ser derivado do particípio, ou seja, são iguais.
  • A semântica preposicinal algumas vezes torna impossível manter a mesma preposição da locução conjuntiva, visto que na maioria das preposições é inaceitável a junção com o advérbio não (apenas as preposições com/sem possuem antônimo). Um exemplo é a locução a não ser que.

Algumas orações reduzidas, especialmente as adverbiais, permitem mais de uma interpretação: Terminada a reunião, todos se retiraram. (temporal / causal)


A oração reduzida é classificada de acordo com a sua função e o verbo nominal:

Oração substantiva reduzida

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Ver também: Oração Subordinada Substantiva

Oração Subordinada Substantiva Reduzida do Infinitivo

Subjetiva
É necessário todos colaborarem. (É necessário que todos colaborem.)
É pouco provável existir vida em outro planeta. (É pouco provável que exista vida em outro planeta.)
Objetiva direta
Ninguém podia dizer acertar o teste.(Ninguém podia dizer que acertara o teste.)
Lembramos ser seu aniversário. (Lembramos que era seu aniversário.)
Objetiva indireta
Não gosto de você sair à noite. (Não gosto de que você saia à noite.)
Estamos a nos lembrar de o incêndio ser acidental. (Estamos a nos lembrar de que o incêndio foi acidental.)
Predicativa
Minha sugestão seria convocar a todos. (Minha sugestão seria que convocasse a todos.)
Meu desejo era me darem uma camisa. (Meu desejo era que me dessem uma camisa.)
Completiva nominal
Há esperanças de comemorarmos nesta semana. (Há esperanças de que comemoremos nesta semana.)
Tenho conclusões de haver paz no futuro. (Tenho conclusões de que haverá paz no futuro.)
Apositiva
Pediram aos alunos uma coisa: eles comparecerem ao desfile. (Pediram aos alunos uma coisa: que eles comparecessem ao desfile.)
A decisão é a seguinte: se unirem contra o mosquito da dengue. (A decisão é a seguinte: que se unam contra o mosquito da dengue.)

Oração adverbial reduzida

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Ver também: Oração Subordinada Adverbial

Nas orações reduzidas adverbiais, muitas vezes a conjunção é substituida por preposição, devido à circunstância indicada da preposição à oração. Algumas, não possuem se quer valor semântico, como a preposição a, na locução de maneira quede maneira a.

Oração Subordinada Adverbial Reduzida do Infinitivo

Causal
Não fui trabalhar por pegar gripe . (Não fui trabalhar já que peguei gripe.)
O anel é caríssimo por ser feito de ouro. (O anel é caríssimo porque é feito de ouro.)
Concessiva
Ele não se mexia por mais eu tentar mexê-lo. (Ele não se mexia por mais que eu tentasse mexê-lo.)
Apesar de ele ter descoberto a surpresa, a festa o agradou. (Apesar de que ele descobriu a surpresa, a festa o agradou.)
Condicional
Não serão expulsos ao cumprirem as nossas regras. (Não serão expulsos caso cumpram as nossas regras.)
Não sentiremos tanta sede ao chover ainda neste mês. (Não sentiremos tanta sede caso chova ainda neste mês.)
Consecutiva
Falavam baixo de forma a todos precisarem se aproximar para ouvir. (Falavam baixo de forma que todos precisavam se aproximar para ouvir.)
Estavam tão entusiasmados com a festa a ponto de nem perceberem escurecer. (Estavam tão entusiasmados com a festa que nem perceberam escurecer.)
Final
Gostaria de voltar no tempo para consertar meus erros. (Gostaria de voltar no tempo para ter que consertar meus erros.)
Faria tudo para eu voltar a ser feliz. (Faria tudo para que eu voltasse a ser feliz)
Temporal
Só farão isso ao me prometerem uma coisa. (Só farão isso quando me prometerem uma coisa.)
Rimos depois de descobrirmos a verdade. (Rimos depois que descobrimos a verdade.)

Oração subordinada adverbial reduzida do Gerúndio

Causal
Sendo feito de ouro, o anel é caro. (O anel é caríssimo porque é feito de ouro.)
Com a cidade crescendo a tal ponto, a poluíção aumentará. (Já que a cidade cresce a tal ponto, a poluíção aumentará.)
Concessiva
Mesmo você tentando de tudo, nada vai me fazer mudar de ideia. (Mesmo que você tente de tudo, nada vai me fazer mudar de ideia.)
Mesmo tendo um curso superior, ele continuará desempregado. (Mesmo que ele tenha um curso superior, ele continuará desemprgado.)
Condicional
Cumprindo as nossas regras, não serão expulsos. (Não serão expulsos caso cumpram as nossas regras.)
Chovendo ainda neste mês, não sentiremos tanta sede. (Não sentiremos tanta sede caso chova ainda neste mês.)
Temporal
Só farão isso me prometendo uma coisa. (Só farão isso quando me prometerem uma coisa.)
Olhando as fotografias, lembro-me de minha infância. (Quando olho as fotografias, lembro-me de minha infância.)

Oração Subordinada Adverbial Reduzida do Particípio

Causal
Pegada a gripe, não fui trabalhar. (Não fui trabalhar já que peguei gripe.)
Com todas as tarefas acabadas, agora poderei descansar. (Como todas as tarefas estão acabadas, agora poderei descansar.)
Concessiva
Mesmo com os presentes já entregues, ninguém havia se cumprimentado. (Mesmo que os presentes já estivessem sido entregues, ninguém haviia se cumprimentado.)
Condicional
Cumpridas as nossas regras, não serão expulsos. (Não serão expulsos caso cumpram as nossas regras.)
Temporal
Dada a largada, a corrida inicia-se. (Após ser dada a largada, a corrida inicia-se.)
Rimos depois de descoberta a verdade. (Rimos depois que descobrimos a verdade.)

Oração adjetiva reduzida

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Ver também: Oração Subordinada Adjetiva

As adjetivas podem ser introduzidas por preposição.

Oração Subordinada Adjetiva Reduzida do Infinitivo

Jornais a compreender o leitor são os melhores. (Jornais que compreendem o leitor são os melhores.)
Vi uma senhora a tricotar. (Vi uma senhora que tricotava)

Oração Subordinada Adjetiva Reduzida do Gerúndio

Elas estando a visitá-lo se admiraram. (Elas que estavam a visitá-lo se admiraram.)
Reparei numa criança chorando. (Reparei numa criança que chorava)

Oração Subordinada Adjetiva Reduzida do Particípio

Os garotos desaparecidos foram encontrados. (Os garotos que desapareceram foram encontrados.)
Os animais mandados para o zoológico são da África. (Os animais que estávamos a mandar para o zoológico são da África.)

Oração coordenada reduzida

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Ver também: Oração Coordenada Sindética

Oração Coordenada Sindética Reduzida do Gerúndio

Aditiva
Peguei a mochila indo para a escola. (Peguei a mochila e fui para a escola.)
Falarei contigo tomando a decisão. (Falarei contigo e tomarei a decisão.)
Observação:
Não existe oração coordenada sindética aditiva reduzida de infinitivo e particípio e adversativa, alternativa, conclusiva e explicativa reduzida de infinitivo, gerúndio ou particípio.

Resumo das orações reduzidas

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Tipo de oração Elemento coesivo (conectivo) e verbo Forma verbal reduzida
Subordinada substantiva Iniciada por conjunção integrante, pronome ou advérbio interrogativo e verbo conjugado Verbo expresso no infinitivo
Subordinada adjetiva Iniciada por pronome relativo e verbo conjugado Verbo expresso no infinitivo, gerúndio ou particípio
Subordinada adverbial Iniciada por qualquer tipo de conjunção subordinativa (exceto a integrante) e verbo conjugado Verbo expresso no infinitivo, gerúndio ou particípio

As orações correlacionadas são orações coordenadas que possuem uma relação sintática maior que as demais coordenadas, ou orações subordinadas que possuem relação sintática menor que as demais subordinadas. Possuem então, uma relação sintática média em relação a uma oração principal, a outra oração subordinada ou a outra oração coordenada. Esta classificação é criticada pelos gramáticos mais conservadores, e muitas vezes não são admitidas como tais, por isso não entraremos em muitos detalhes sobre estas.

Tendo orações correlacionadas, podemos reconhecê-las pela conjunção correlacional.

A Concordância é o modo em que se organiza uma frase conforme os demais termos. A concordância é muito complexa, já que no português uma unica palavra pode modificar a frase inteira. Iremos estudar a concordância separadamente, em nominal e verbal sendo que a nominal também concorda com a verbal (verbo-nominal). Observe alguns exemplos:

  • Nós não estivemos querendo mais sair de casa.

Observe que o Sujeito, Nós concorda com o verbo estar em número (ambos na 1ª pessoa do plural). Como você já viu e provavelmente observou, existe nessa frase um verbo no gerúndio, ocorrendo a forma composta, logo estivemos querendo concorda com quisemos. Nesse exemplo ocorre a concordância verbal e a verbo-nominal. Agora observe:

  • Os garotos eram felizes.

Observe que no Sujeito Os garotos o artigo concorda com o substantivo em número e gênero. O adjetivo felizes concorda com o sujeito em número, já que este adjetivo não se flexiona em gênero. O verbo eram também concorda com o Sujeito em número. Neste caso ocorre a concordância nominal e a verbo-nominal.

A concordância verbal é como um verbo se comporta com as demais palavras quando alteramos ou construímos uma frase. O verbo pode concordar com a maioria das palavras, mas como sempre existem as exceções.

Pela regra geral, o verbo deve concordar:

  • Em número. Quando o sujeito está no singular, o verbo está no singular. Se o sujeito está no plural, o verbo também deve estar.
Eles vestiram uma fantasia. - ambos estão no plural
  • Em pessoa. A pessoa que o sujeito representa deve ser a mesma que o verbo flexiona.
A estrada estava interditada. - ambos estão na terceira pessoa
  • Em gênero. Os particípios devem estar no mesmo gênero do sujeito.
Pessoas são confrontadas pelo destino. - ambos estão no feminino.
Ver também: plural
Número - Por definição, o plural deve ser utilizado quando se tem duas ou mais coisas, então, para qualquer outra quantidade, utiliza-se o singular, inclusive se esta for aproximada:
Ninguém veio à festa.
Sua fortuna acumulou-se em 1,5 milhão de reais.
Um ou outro é desejado.
Grandeza - As expressões que representam uma grandeza devem estar no singular:
A maior parte teve dificuldades em decifrar o enigma.
A maioria das pessoas concordou com a decisão do juiz.
Quase todo mundo permaneceu calado durante a reunião.
Parte do todo - Quando o sujeito é uma expressão que indica parte de um todo, o verbo pode ir para o singular caso se queira destacar a noção de um todo, ou para o plural, caso se queira realçar a ação de cada elemento:
A maior parte das pessoas teve dificuldades em decifrar o enigma.
A maior parte das pessoas tiveram dificuldades em decifrar o enigma.
50% da população aprova as medidas do prefeito.
50% da população aprovam as medidas do prefeito.
Substantivo coletivo - Apesar de um substantivo coletivo representar vários seres com certa caracteristica, quando este estiver no singular, o verbo também deverá estar. Com substantivo no plural, verbo no plural:
Um grupo passou dançando. - há apenas um grupo, assim, ocorre o singular;
Um grupo de foliões passou dançando. - a locução adjetiva não altera o número do núcleo do sujeito, portanto, nada muda;
Vários grupos passaram dançando. - o adjetivo altera o núcleo do sujeito, desta forma, o verbo deve concordar;
Vários grupos de foliões passaram dançando. - com sujeito no plural, verbo no plural.
Comparação - Quando fazemos comparação de um com os demais com certas expressões, o verbo vai para o plural:
Esse aluno é um dos que venceram o concurso.
Ela é uma das que foram.
Um dos meninos fala francês.
Locução substantiva própria - Quando o sujeito é constituído de nomes de lugar ou títulos de obras que se apresentam no plural, o verbo fica no singular, já que é apenas um lugar ou uma obra. Se os nomes vierem acompanhados de um artigo no plural, o verbo vai para o plural, exceto se o artigo integrar a locução.
Santos é uma bela cidade. - pela ausência de artigo, o verbo está no singular;
Os E.U.A. dominam muitos países. - pela presença de artigo, o verbo está no plural;
Os Sertões foi escrito por Euclides da Cunha. - o artigo integra a locução, então, o verbo é flexionado no plural.
Predicado nominal - O verbo de ligação deve concordar com o predicativo do sujeito, a não ser que sujeito e predicativo sejam pronomes:
Aquela cachoeira eram mil maravilhas.
Se eu fosse tu, acabaria logo com isso.
Verbo impessoal - Os verbos impessoais têm flexão unipessoal - sempre estão na terceira pessoa do singular:
Faz dias que ninguém compareceu.
pessoas que fazem o bem.
Sujeito composto por pronomes - Se o sujeito é formado por mais de um pronome, o verbo vai para o plural. O verbo deve ser flexionado na primeira pessoa se os pronomes eu ou nós estarem presentes. Caso não haja um pronome na primeira pessoa, mas um da segunda pessoa, o verbo é flexionado na segunda pessoa, senão na terceira.
Nós e elas viajaremos. - Como há pronome da primeira pessoa, o verbo deve estar na primeira pessoa;
Tu e ele voltareis aqui? - Já que há pronome da segunda pessoa, e não há da primeira, o verbo deve estar na segunda pessoa.
Eles e elas nunca mais se verão. - Posto que há pronome da terceira pessoa, e não há da primeira nem da segunda, o verbo deve estar na terceira pessoa.

Os verbos na forma composta

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Ver módulo: Particípio, Gerúndio e tempos compostos

Quando há verbo auxiliar o verbo assume uma forma especial: as formas nominais. O particípio é a unica forma verbal que concorda com o gênero.

Concordância irregular

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Ver módulo: Silepse

Os debates analisaram a proposta de um co-facilitador e por fim decidiram rejeitá-la pelo facto de o facilitador ter sido designado pela Assembleia da União Africana e estar a exercer as funções que lhe fora atribuída.

As seguintes recomendações foram propostas:

Envolver as organizações da sociedade civil de base nas reuniões de alto nível;

Definir modalidades práticas para o desarmamento simultâneo dos grupos armados na RDC, no Ruanda e no Burundi;

Criar estruturas de apoio psicológico para as pessoas atingidas pelo trauma da guerra;

Criar um fundo de paz e segurança para as mulheres vítimas dos efeitos da guerra.

Métodos para reforçar a participação das mulheres nos processos de paz.

Intercâmbio de experiências na região.

Ver também: Substantivos

A concordância nominal é a forma em que os artigos, adjetivos e todas as outras palavras concordam com o substantivo. Os termos concordam com o substantivo em gênero e número, diferente da concordância verbal que é em pessoa e número. Os termos que integram e modificam o substantivo podem ser chamados, na maioria das vezes, de adjuntos adnominais e por modificarem em gênero e número, possuem papel adjetivo.

Concordância Artigo-Substantivo

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Ver também: Artigos

Como já foi visto antes, os artigos concordam com o substantivo em número e gênero. Veja alguns exemplos:

  • O garoto - Ambos masculino do singular
  • A garota - Ambos feminino do singular
  • Os garotos - Ambos masculino do plural
  • As garotas - Ambos feminino do plural
  • Um garoto - Ambos masculino do singular
  • Uma garota - Ambos feminino do singular
  • Uns garotos - Ambos masculino do plural
  • Umas garotas - Ambos feminino do plural

Como você viu, em geral, os substantivos possuem o mesmo final que os artigos, exceção do artigo um, já que um significa qualquer. Isso ocorrerá na maioria dos casos, apenas não ocorrera quando o substantivo for de dois gêneros ou dois números:

A dentista
O dentista
As dentistas
Os dentistas

Nesses casos o artigo determina o gênero ou número.

Concordância Artigo-Adjetivo-Substantivo

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Ver também: Adjetivos
O belo garoto - Ambos masculino do singular
A bela garota - Ambos feminino do singular
Os belos garotos - Ambos masculino do plural
As belas garotas - Ambos feminino do plural
Um belo garoto - Ambos masculino do singular
A bela garota - Ambos feminino do singular
Uma bela garota - Ambos feminino do singular
Uns belos garotos - Ambos masculino do plural
Umas belas garotas - Ambos feminino do plural

Veja que o adjetivo concorda com o substantivo do mesmo modo em que o artigo concorda, em gênero e número. Mas como no primeiro caso, também existem exceções, é quando o adjetivo é de dois gêneros ou número:

A gentil garota
O gentil garoto
As gentis garotas
Os gentis garotos

Nesses casos o artigo e o substantivo determina o gênero ou número.

Concordância Pronome-Substantivo

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Ver também: Pronomes

Diversos pronomes podem concordar com o substantivo, os chamamos de variáveis, os que não concordam, invariáveis:

Variáveis Invariáveis
Gênero e número Apenas gênero Apenas número
a, algum, alguma, algumas, alguns, aquela, aquelas, aquele, aqueles, as, certa, certas, certo, certos, cuja, cujas, cujo, cujos, ela, elas, ele, eles, essa, essas, esse, esses, esta, estas, este, estes, mesma, mesmas, mesmo, mesmos, meu, meus, minha, minhas, muita, muitas, muito, muitos, nossa, nossas, nosso, nossos, o, os, outra, outras, outro, outros, pouca, poucas, pouco, poucos, própria, próprias, próprio, próprios, quanta, quantas, quanto, quantos, seu, seus, sua, suas, tanta, tantas, tanto, tantos, teu, teus, toda, todas, todo, todos, tua, tuas, vossa, vossas, vosso, vossos nenhum, nenhuma alteza, altezas, eminência, eminências, eu, excelência, excelências,lhe, lhes, magnificência, magnificências, majestade, majestades, nós, quais, quaisquer, qual, qualquer, semelhante, semelhantes, tal, tais, tu, você, vocês vós a gente, alguém, cada, comigo, conosco, consigo, contigo, convosco, me, menos, mim, nada, ninguém, nos, onde, outrem, quando, que, quê, quem, reverendo, santidade, se, senhoria, si, te, ti, tudo, vos

Concordância Contração-Substantivo

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Ver também: Preposições

Como você sabe, as contrações são nada mais do que a junção de palavras. Quando nestas junções existir um artigo, novamente haverá concordância:

No parque (Em + o)
Nos parques (Em + os)
Num parque (Em + um)
Nuns parques (Em + uns)
Na fazenda (Em + a)
Nas fazendas (Em + as)
Numa fazenda (Em + uma)
Numas fazendas (Em + umas)

Aplicação da concordância com mais de um vocábulo

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Com vocábulos no singular

No caso de existirem vocábulos de gêneros diferentes, quando certo adjetivo concorda com ambos, tal adjetivo deverá estar no gênero masculino e no plural:

Eu tinha um carro e uma casa lindos.
Eu tinha uma casa e um carro lindos.

Quando o adjetivo que concorda com ambos vocábulos está ante de tais vocábulos, o mesmo ocorre, porém, é obrigatório que o vocábulo masculino esteja antes do feminino:

Eu tinha lindos carro e casa.

Se o adjetivo referir-se a apenas um vocábulo, tal vocábulo deverá estar o mais próximo possível do adjetivo e concordar com tal em número:

Eu tinha um carro e uma casa linda.
Eu tinha um carro e uma linda casa.
Com ao menos um vocábulo no plural

Com um vocábulo no plural e gêneros diferentes, o adjetivo vai ao plural e ao masculino. Para se evitar ambiguidade, deixa-se depois do vocábulo feminino:

Eu tinha carros e casa lindos.

Se o vocábulo masculino estiver no singular e o feminino no plural, o adjetivo estará no masculino e no plural. Nestes casos, é impossível haver ambiguidade:

Eu tinha lindos carro e casas.
Eu tinha casas e carro lindos.

Com todos vocábulos no plural e gêneros diferentes, o adjetivo deve estar o mais próximo possível do vocábulo masculino. O adjetivo flexionar-se-á no plural masculino. Nestes casos, é impossível não haver ambiguidade:

Eu tinha lindos carros e casas.
Eu tinha casas e carros lindos.

Com dois vocábulos no feminino e no plural, o adjetivo estará no feminino e no plural. É impossível não haver ambiguidade nestes casos:

Eu tinha lindas casas e árvores.
Eu tinha casas e árvores lindas.

Se existir um vocábulo feminino no plural e outro no singular, o adjetivo deverá ser flexionado no plural feminino. Para evitar ambiguidade, o adjetivo deve ser posto depois do vocábulo no singular:

Eu tinha árvores e casa lindas.

Se o adjetivo concordar com apenas um vocábulo, o adjetivo deverá ser posto o mais próximo possível de tal vocábulo. Existem diversos casos de ambiguidade, e para evitá-la, o adjetivo deve ser posto entre os vocábulos, separando-os com conjunção aditiva:

Eu tinha carros lindos e casas.
Eu tinha casas lindas e carros.
Observações: Em casos muito restritos o adjetivo já faz parte de tal vocábulo, por isso, automaticamente, o adjetivo concorda com um vocábulo, senão, trataria-se de pleonasmo. Veja:
A previsão foi de existirem geadas e ventanias frias. → O adjetivo frias não poderia concordar com geadas porque não existe geada quente.

Silepse de gêneros

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Ver módulo principal: Silepse

Há casos que não ocorre a concordância, chamamos esses casos de silepse:

Morava na bela São Paulo.

Observe que na e bela não concordam com São Paulo em gênero, mas concordam com cidade de São Paulo.

Ver módulo: Plural

Para que substantivos, artigos, pronomes e adjetivos concordem em si em número, é necessário flexioná-los. O Resultado desta flexão é o Plural.

Plural é a flexão em número de uma palavra — ela pode ser nominal (a de nomes) ou verbal (a de verbos) - as demais palavras não se flexionam. A variação de uma palavra ao singular consiste em unificá-la, tornar o significado da palavra um único elemento, enquanto o plural, para mais de um elemento.

Concordância nominal em número

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Plural -s

A regra do plural em muitas palavras na língua portuguesa consiste apenas em acrescentar o sufixo -s. Os nomes e palavras dos adjuntos adnominais e verbais que recebem o -s são:

  • terminados em vogal: laranja(s), vela(s), barco(s), gato(s), etc.
  • terminados em ditongo oral: pai(s), heroi(s), trofeu(s), etc.
  • terminados em n, ãe ou ã: hífen(s), mãe(s), lã(s), etc.
  • algumas palavras terminadas em ão: mão(s), cidadão(s), etc.
  • algumas palavras terminadas em l (nesses casos retira-se a letra l): fuzil (fuzis), barril (barris), etc.


Plural -es

Esta regra é bem comum, mas nem tanto quando a do plural -s. Essa desinência é aplicada em:

  • terminados em r ou z: lar(es), mar(es), paz(es), etc.
  • algumas palavras terminadas em ão (nesse caso retira-se a letra o e acrescenta-se s): cão (cães), pão (pães), etc.
  • algumas palavras terminadas em l: mal(es)


Plural -is

Aplica-se o sufixo -is em:

  • algumas palavras terminadas em al, el, ol ou ul (nesse caso, retira-se a letra l e acrescenta-se is): plural (plurais), tal (tais), pastel (pastéis), atol (atóis), azul (azuis), etc.
  • algumas palavras terminadas em il (nesses casos, retira-se o sufixo il, acrescentando-se o sufixo is após a letra de ligação e): réptil (répteis), etc.


Plural -ns

Existem poucas palavras que seguem essas regras:

  • palavras terminadas em m: um -o artigo (uns), algum (alguns), atum (atuns), afim (afins), som (sons), tom (tons), fim (fins), álbum (álbuns), tótem (totens ou tótemes), etc.


Plural -ões
  • em algumas palavras terminadas em ão, retira-se o sufixo ão e acrescenta-se ões: feijão (feijões), limão (limões), acordeão (acordeões), etc.


Plural -'s

São em substantivos que representam:

  • letras: S's, A's, L's, O's, etc.
  • em numerais cardinais: 7's, 0's, 4's, etc.
  • em siglas e abreviaturas, estrangeiras ou não: HD's, GPS's, CD's, TV's, etc.


Palavras anômalas quanto ao número

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Algumas palavras não seguem nenhuma regra:

  • pronomes retos da 1ª e 2ª pessoa: eu (nós), tu (vós);
  • pronome qualquer (quaisquer).

Existem também, palavras que possuem os dois números, não tendo alteração na palavra. É o caso de:

  • terminadas em x: box, tórax, etc.
  • terminadas em ps: triceps, biceps etc.

Além de existirem palavras que não mudam quando passam de um número ao outro, há palavras que possuem mais de um plural. É o caso de anão (anões/anãos).

Plural em palavras compostas

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Em palavras compostas, o plural é:

  • se na composição existir um substantivo e um adjetivo, ocorre a concordância: cachorros-quentes, assembléias legislativas, amarelos claros, etc
  • se a composição for uma locução substantiva, o núcleo vai ao plural: noites de núpcias, pores-do-sol, trens-bala, arcos-íris, jardins de infância, etc.

Lembre-se! Palavras simples com hífen de prefixação possuem as regras de palavras simples (anglo-saxões, micro-ondas, etc).

Valores especiais

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Ver módulo: Valores especiais do plural

Os pronomes retos, em certos casos, possuem valores especiais quanto ao plural (plural de majestade e plural de modéstia).

Concordância verbal em número

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São verbos que seguem as regras conjugais (formas dos modos indicativo, subjuntivo e imperativo). Assim como existem nomes anômalos, existem verbos anômalos.

Regência é o campo da língua portuguesa que estuda as relações de dependência entre dois termos, analisando se um serve de complemento para o outro, e assim fazer o emprego correto de certos termos. Conforme a categoria gramatical da palavra regente, podemos considerar dois tipos de regência: regência nominal - se for um substantivo, adjetivo ou advérbio e regência verbal - se for um verbo.

Um exemplo da importância do estudo de regência é no caso da palavra assistir que possui dois significados, de forma que reconhecer qual dos sentidos está expresso numa oração depende da análise do contexto. Exemplo:

  • Assistir ao jogo - Nesse caso assistir tem o sentido de ver, observar algo, no caso o jogo.
  • A enfermeira está assistindo o paciente - Já nessa situação, assistir possui um novo significado, ajudar, socorrer.

Alguns verbos cuja regência pode variar dependendo do contexto:

  • Aspirar. Pode significar: sugar o ar ou desejar, almejar.
  • Visar. Pode dizer: desejar ou apontar.
  • Assistir Pode expressar: ajuda ou o ato de observar.
Ver também: Complemento Nominal
Todo complemento nominal é indireto, isto é, necessita de preposição.

Alguns nomes que necessitam de complemento nominal:

  • verdade (e flexões)
  • necessidade (e flexões)
  • esperança e demais substantivos abstratos (e flexões)
  • notícia (e flexões)
  • pagamento (e flexões)
  • convicção (e flexões)

Também pode se referir a um adjetivo ou advérbio: O equipamento era resistente ao fogo. / Ele agiu contrariamente aos princípios familiares.

O complemento na forma de oração

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Oração Subordinada é toda oração que depende de outra sintaticamente.
Ver também: Oração Subordinada Substantiva

Todo complemento nominal é regido de preposição. Acontece que quando esta preposição estiver contraída, as regras são um pouco diferentes. Exemplo:

  • Chocou a todos o aumento dos preços → Período Simples
  • Chocou a todos o aumento que houve dos preçosPeríodo Composto
  • Chocou a todos o aumento de que houve os preços → Período Composto
  • Chocou a todos o aumento de que houve dos preços → Período Composto

No período composto, a preposição pode estar junto ao artigo, ou separada, ou duplicada ao artigo. Veja mais exemplos:

  • Tivemos a mesma coragem no medo → Período Simples
  • Tivemos a mesma coragem que hemos no medo → Período Composto
  • Tivemos a mesma coragem em que hemos o medo → Período Composto
  • Tivemos a mesma coragem em que hemos no medo → Período Composto

A regência verbal é a forma sintática que analisa a relação entre o verbo e o complemento verbal. O verbo é chamado de regente (ou subordinante) e o complemento é chamado de regido (ou subordinado), pois um depende do outro sintáticamente.

Intransitividade

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Verbos que exprimem ações em que o sujeito não depende de nenhuma coisa ou pessoa, são intransitivos. Exemplo:

Os animais feridos morreram. → a ação morrer exercida pelo sujeito animais não depende de nada, ou seja, o verbo é intransitivo;
Todos suspiraram profundamente. → a ação suspirar exercida pelo sujeito todos não depende de nada, ou seja, o verbo é intransitivo;
Choverá amanhã. → o verbo chover é impessoal (não possui sujeito) e não depende de ninguém para acontecer.

Transitividade

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Os verbos que dependem de alguém ou alguma coisa para ocorrerem, que necessitam de uma condição para existirem, são transitivos:

Eu pensei em uma viagem. → a ação pensar exercida pelo sujeito eu depende de uma coisa: uma viagem;
O mundo precisa de ti. → a ação precisar exercida pelo sujeito o mundo depende de alguém: tu;
Eles querem o aumento dos salários. → a ação querer exercida pelo sujeito eles depende do aumento dos salários.

Podem ser transitivos diretos, quando o termo regido é direto (objeto direto), ou transitivos indiretos, quando o termo régido é indireto (objeto indireto).

Observações:
  • O complemento pode ser descoberto fazendo-se as perguntas o quê? ou a quem? ao verbo;
  • Alguns verbos que não necessitam de complemento são transitivos, somente quando o complemento é existente (veja objeto direto cognato);
  • O complemento pode aparecer antes do verbo;
  • Se o verbo exigir complemento, mas não em um determinado caso, ele é classificado conforme ele se apresenta naquela frase;
  • Na língua portuguesa, alguns verbos transitivos podem apresentar tanto o objeto direto quanto o indireto (verbos transitivos diretos e indiretos).

Circunstâncias

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Ver módulo principal: Valência

O complemento ainda pode aparecer na forma de circunstâncias, nestes casos, o verbo é transitivo circunstancial.

É muito comum existirem mudanças semânticas em um verbo ao se alterar sua transitividade, o que pode provocar constantes deslizes semânticos. Veja alguns exemplos, na tabela abaixo:

Verbos Trans. Significação Exemplo
aspirar vtd respirar Aspiramos oxigênio a cada minuto.
vti desejar Aqueles funcionários aspiram à chefia.
assistir vtd ajudar O médico jamais deixou de assistir o enfermo.
vti ver Assistamos às apresentações em silêncio.
querer vtd desejar Queremos muito a despoluição do rio.
vti amar À minha pátria quero muito.
visar vtd mirar No jogo de dardos, deve-se visar o centro de um alvo.
vti ter em vista Visava a sua obra nunca ser esquecida.
Existem outros exemplos: o verbo assistir pode ter os sentidos de morar (VI) e pertencer (VTI), o verbo visar pode ter o sentido de dar visto (VTI), chamar pode ter os sentidos de convocar (VTD), invocar (VTI) e apelidar (VTD ou VTI), implicar pode ter os sentidos de acarretar (VTD), ter implicância (VTI) e envolver-se (VTDI), proceder pode ter os sentidos de realizar (VTI), ter fundamento, originar-se e agir (VI), reparar pode ter os sentidos de consertar (VTD), indenizar (VTD) e observar (VTI), precisar pode ter os sentidos de indicar com precisão (VTD), necessitar (VTI) e ser necessitado (VI), agradar pode ter os sentidos de fazer carinho (VTD) e satisfazer (VTI)

Alguns apresentam diferenças entre o uso popular e o uso culto:

preferir - é sempre VTDI, não aceita a locução conjuntiva do que nem advérbios de intensidade como mais, muito mais e mil vezes

ir e chegar - são VTI, regendo a preposição a, e não em, que só se usa na indicação de tempo

obedecer - é VTI, regendo a preposição a, o antônimo desobedecer segue a mesma regência, são muito usados como VTD

namorar - é VTD, não aceita a preposição com

simpatizar - é VTI, regendo a preposição com, mas não é pronominal, o antônimo antipatizar segue a mesma regência

custar - no sentido de ser custoso, difícil, é VTI, regendo a preposição a, só se usa na terceira pessoa; no sentido de ter valor, preço é VI

ser - não aceita a preposição em, por isso a novela é Éramos Seis

Alguns não mudam de sentido, mas podem ser transitivos diretos ou indiretos:

esquecer e lembrar - sem pronome são VTD, e com pronome são VTI, regendo a preposição de

pagar e perdoar - quando se referem a coisa são VTD, quando se referem a pessoa ou instituição são VTI, regendo a preposição a, podem ter os dois objetos

informar - pede dois complementos: quando o objeto direto refere-se a coisa, a pessoa será objeto indireto regido pela preposição a e quando o objeto direto refere-se a pessoa , a coisa será objeto indireto regido da preposição de ou sobre, os verbos avisar, notificar, certificar, cientificar e prevenir seguem a mesma regência

Valência é uma classificação que verbos recebem dependendo de sua regência verbal, ou ainda, uma circunstância que é atribuida como estado inicial/estado final e origem/destino ao verbo. É importante lembrar que diferente da transitividade verbal, a valência trata de quantas possibilidades se pode fazer, e não quantos termos se tem. O verbo é classificado quanto à valência:

  • Valência zero - são os verbos que não possuem sujeito nem complemento;
  • Valência um - são verbos que não possuem sujeito (intransitivos) ou que não possuem complemento;
  • Valência dois - são verbos com sujeito e com um complemento (transitivos);

É importante notar que conta-se como valência:

  1. O sujeito;
  2. O objeto direto;
  3. O objeto indireto;
  4. A circunstância atribuída a cada objeto.

Considera-se valência qualquer termo que depende do verbo (qualquer termo regido). Em certos verbos, os adjuntos adverbiais são necessários, e por isso, não são considerados acessórios. Estes verbos chamam-se transitivos diretos circunstanciais. Veja:

Aviões transportam milhares de pessoas de um lugar ao outro todos os dias.

Aqui podemos identificar as valências aviões (sujeito), milhares de pessoas (objeto direto) e os adjuntos adverbiais de um lugar e ao outro, logo, o verbo transportar é de valência quatro. Note que sem as circunstâncias o sentido do verbo estaria incompleto, pois é um verbo que representa deslocamento, necessitando de um lugar.

Percebemos então que a semântica do verbo muda a sintaxe da frase. As preposições são indicadas de acordo com a circunstância que o verbo estabelece e que são postas nos adjuntos adverbiais.

Os verbos de valência três podem ser chamados de bitransitivos e os verbos de valência quatro de tritransitivos. Os verbos transitivos diretos e indiretos estão na valência três.

Português/Regência/Deslocamento de preposições

Colocação pronominal é o emprego do pronome oblíquo átono em relação ao verbo. Todos os pronomes (me, te, se, lhe, o, a, nos, vos, os, as, lhes) ocupam três posições em relação ao verbo. Estas colocações denominam-se:


Ver módulo: Ênclise
Ver módulo: Mesóclise
Ver módulo: Próclise

Colocação pronominal nas locuções verbais

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Ver módulo: Colocação pronominal nas locuções verbais

Caso especial: particípio

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Com os particípios não se deve empregar a próclise nem a ênclise. Utiliza-se a forma oblíqua preposicionada dos pronomes pessoais. Exemplo:

  • Devolvida a mim a pergunta, saiu da sala.

Ênclise é o emprego do pronome oblíquo depois do verbo. Segundo o Acordo Ortográfico de 1990, o pronome nestes casos sempre vem com hífen. Pode ocorrer:

Verbo iniciando período ou oração

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Sabe-se que o aquecimento global está aumentando.
Leve-nos para longe deste lugar.

Verbo no Imperativo Afirmativo

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Menino, levante-se.
Você, traga-o!

Verbo no gerúndio - sem preposição em

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Para tratar o enfermo psíquico, não basta ter pena dele, consolando-o e ouvindo com interesse.
Foi levando-a com cuidado.

Verbo no infinitivo impessoal

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Não sou desumano, não traria o bicho aqui para maltratá-lo.

Mesóclise (ou tmese) é o emprego do pronome oblíquo átono no meio do verbo. Para formar a mesóclise, separa-se o infinitivo do verbo de sua desinência e encaixa-se o pronome, semelhante a uma operação cirúrgica. A mesóclise só ocorre com verbo no futuro do presente ou no futuro do pretérito do modo Indicativo, desde que não haja a palavra que exija a próclise. As modificações do pronome oblíquo na terceira pessoa é idêntica às que ocorrem na ênclise (isto é, transformação de a em la/na, as em las/nas, o em lo/no e os em los/nos). Só se usa em situações específicas, como na linguagem formal e na modalidade literária. Exemplo:

  • Perguntar (perguntarão, perguntariam)
Perguntar-lhe-ão sobre a festa.
Perguntar-lhe-iam sobre a festa.
  • Vender (venderemos, venderíamos)
Vender-te-emos aos Senhores de Engenho.
Vender-te-íamos aos Senhores de Engenho.
  • Sentir (sentirá, sentiria)
Sentir-se-á a pessoa mais feliz do mundo.
Sentir-se-ia a pessoa mais feliz do mundo.

Para vários falantes da língua portuguesa (principalmente para os do Brasil), a mesóclise é só um fenômeno estritamente formal, culto, cerimonioso e literário. não ocorrendo na fala espontânea em contexto informal de nenhum falante nativo, a não ser que seja intencional. Geralmente substituída pela próclise ou por uma locução verbal formada pelo verbo auxiliar ir:

Vamos vender-te aos Senhores de Engenho.
Vai sentir-se a pessoa mais feliz do mundo.
Por conferir um tom cerimonioso ao discurso, deve ser evitada em textos argumentativos.

Próclise é a colocação do pronome antes do verbo. Geralmente ocorre a próclise:

Sentido negativo

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  • Em orações que contenham palavras de sentido negativo (não, nada, nunca, ninguém, jamais, de modo algum, de jeito nenhum, em hipótese alguma, ...):
Nada te amedronta naquela casa.
Nunca nos divertimos tanto.

Advérbios, pronomes indefinidos e pronomes relativos

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Sempre te contei tudo.
Alguém lhe falou isso?
Você aceitou a sugestão que te dei.


Pronomes e advérbios interrogativos

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  • Nas orações iniciadas por pronomes e advérbios interrogativos.
Quem me resolve isso?
Onde vos encontrareis amanhã?

Palavras exclamativas e nas orações optativas

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  • Nas orações iniciadas por palavras exclamativas e nas orações optativas (aquelas que expressam desejo):
Deus te ajude!
Que ele nos receba bem.

Orações subordinadas

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Quando me comunico com criança, é fácil porque sou muito natural.
Embora o mantivesse preso, a polícia mantinha certo cuidado.

Gerúndio precedido da preposição

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  • Com o gerúndio precedido da preposição em:
Em se tratando de finanças, dirija-se ao tesoureiro.
Em se plantando tudo dá.

Orações coordenadas sindéticas alternativas

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"Ou se calça luva e não se põe o anel, ou se põe o anel e não se calça luva." (Trecho do poema 'Ou isto ou aquilo', de Cecília Meireles)
Observação: As conjunções coordenativas e, nem, mas, porém, todavia, contudo, logo e portanto não atraem obrigatoriamente o pronome.

Casos opcionais

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Pronomes demonstrativos

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  • Em orações que contenham pronomes demonstrativos (este, esse, aquele, esta, essa, aquela, isto, isso, aquilo, ...):
Isso me deixou / deixou-me feliz.

Pronomes pessoais retos, de tratamento, substantivos e numerais

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Ele lhe ofereceu / ofereceu-lhe uma rosa.
Vossa Senhoria se queixou / queixou-se do recurso.
Lucas te ajudou / ajudou-te na elaboração do slide.
Os quatro se conhecem / conhecem-se.

As locuções verbais podem ter o verbo principal no infinitivo, no gerúndio e no particípio.

Verbo principal no infinitivo ou gerúndio

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  • Sem palavra que exija a próclise: Neste caso, o pronome é geralmente empregado após a locução, mas aceita-se o emprego no meio da locução.
Exemplo:
  • Vou confessar-lhe um segredo.
  • Vou-lhe confessar um segredo.
  • Vou lhe confessar um segredo.
  • Estou confessando-lhe um segredo.
  • Estou-lhe confessando um segredo.
  • Estou lhe confessando um segredo.
  • Com palavra que exija a próclise: Neste caso, todas as colocações são possíveis.
Exemplo:
  • Ela não me deixou falar.
  • Ela não deixou-me falar.
  • Ela não deixou me falar.
  • Ela não estava me deixando falar.
  • Ela não estava deixando-me falar.
  • Ela não estava deixando me falar.
  • Nunca vou confessar-lhe.
  • Nunca vou lhe confessar.
  • Nunca lhe vou confessar.

Verbo principal no particípio - Tempos compostos

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Neste caso é facultativo o uso de próclise ou da colocação no meio da locução:

Exemplo:
  • O fato tem-me desagradado.
  • O fato tem me desagradado.
  • O fato me tem desagradado.
  • Ninguém havia-se lembrado de fazer reservas.
  • Ninguém havia se lembrado de fazer reservas.
  • Ninguém se havia lembrado de fazer reservas.

Lembre-se de que não é permitido o uso de ênclise nos verbos flexionados no particípio. Nem mesmo é permitido o uso de próclise no início da frase.

Havia-me oferecido. (correto) / Havia me oferecido. (correto)

Havia oferecido-me. (errado) / Me havia oferecido. (errado)

Verbo auxiliar no futuro

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Quando não houver palavra que exija a próclise e o verbo auxiliar está no futuro do presente ou futuro do pretérito, ocorre a mesóclise:

  • Eles haver-me-iam falado sobre aquilo.
  • Eles haver-me-ão falado sobre aquilo.

As Figuras Linguísticas são espécies de "casos" (alguns destes mais precisamente considerados tropos e outros vícios) que ocorrem na língua. Elas podem ser:

Sintáticas ou Semânticas

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Estes casos, apesar de influenciaram na sintaxe, podem ser divididos em Figuras sintáticas e Figuras semânticas:

  • Figuras sintáticas - Influenciam no modo em que os termos estão posicionados e das tais irregularidades e erros, além de modificar termos de modo que a frase possa ser ainda considerada correta gramaticamente. Exemplo: Zeugma, Hipérbato e Pleonasmo.
  • Figuras semânticas - Influenciam na ênfase e numa forma alternada de significação, mas não na colocação, também no pensamento e não nas regras. Exemplo: Sínquise, Catacrese e Pleonasmo.

Palavras ou Pensamento

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  • Figuras de palavras - É quando na frase ocorre relação entre palavras, substituindo-as ou comparando-as. Exemplo: Sinestesia, Perífrase, Anáfora, Sínquise, Metonímia.
  • Figuras de pensamento - É quando na frase há características não lógicas, expressando opinião ou forma de escrita - o jeito de pensar e escrever. Podem ser sintáticas ou semânticas, dependendo da figura. Exemplo: Eufemismo e Hipérbole.

São Figuras Sintáticas, algumas consideradas incorretas na língua padrão. Outras são permitidas, a fim de provocar um jogo de palavras, outras foram sendo admitidas na língua padrão com o tempo. Exemplo: Solecismo, Cacofonia, Ambiguidade e Rima.

São recursos de ênfase, utilizados para seduzir o leitor, explicar uma palavra, finalizar/iniciar uma conversa, informar, expressar sentimentos, perguntar. Exemplo: Função Referencial e Função Fática.

Alteração Semântica

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Mudança de sentido de uma palavra por sintaxe ou fonética. Exemplos: Catar = pegar, Legal = muito bom.

Ver módulo: Classificação das Figuras Linguísticas

As Figuras Linguísticas são dividas de acordo com sua relação ao resto da frase. As figuras que iremos estudar são:

  • Silepsicos - Trata-se da designação de algo por outra coisa, sendo esta uma designação sobre a outra - Silepse;
  • Metafóricos - Trata-se da substituição de uma característica normal por outra que tem característica semelhante, sensações, estados e opiniões surreais - Metáfora, Catacrese, Sinestesia, Símile;
  • Repetitivos - Trata-se da repetição de termos que podem ser anulados através dos casos elipticos, estes casos ajudam na construção de uma música ou poema - Anáfora, Anadiplose, Aliteração, Assonância, Diácope, Epístrofe, Epizêuxiz (ou Epizeuxe), Hiato, Paranomásia, Rima;
  • Figuras Sindéticas - Trata-se das figuras relacionadas às conjunções - Assíndeto, Polissíndeto;
  • Metonímicos - Trata-se da designação de algo por outra coisa, sendo esta com certa relação sobre a outra - Metonímia, Sinédoque, Metalepse;
  • Elipticos - Trata-se da anulação de termos - Elipse, Zeugma;
  • Errôneos - Trata-se dos erros sintáticos - Anacoluto, Solecismo;
  • Colocação Irregular - Trata-se da formação sintática irregular numa frase - Hipérbato, Prolepse, Sínquise.
Ver também: Concordância

A Silepse é a Figura Linguística em que palavras são substituidas por outras sendo que estas possuem uma certa designação sobre a outra. Estas palavras podem sofrer alteração numérica, de gênero ou de pessoa sobre a outra, alterando a concordância. A Silepse também é conhecida como Concordância Irregular. Observe as frases:

  • Vossa Senhoria é bastante generoso.

Esta frase trata de uma Silepse de gênero, o adjetivo não esta concordando regularmente com o Pronome.

  • Um grande número de garotas não queriam sair.

Esta frase trata de uma Silepse de número, o verbo não esta concordando regularmente com o sujeito.

  • Todo mundo aqui de casa possuimos respeito.

Esta frase trata de uma Silepse de pessoa, o núcleo do sujeito não esta concordando regularmente com a pessoa do verbo.

A comparação metafórica é a figura linguística que trata de diversos tipos de metáforas. Observe esse poema de Cruz e Sousa:


"Como esta luz é serena,
Como esta luz é sincera;
Como eu vejo a primavera
Num lápis e numa pena.

Que prismas de luz ardente,
Que prismas de luz suave;
Como eu sinto um canto de ave
Em cada boca inocente.

Sim! Que o estudo é como a aurora
Que nos entra pela casa,
Num vivo fulgor de brasa,
Vibrante, alegre, sonora."

...

Neste poema podemos perceber vários tipos de metáforas:

  • A metáfora simples:
"Sim! Que o estudo é como a aurora
Que nos entra pela casa,"
  • Catacrese:
"Sim! Que o estudo é como a aurora"
  • Sinestesia:
"Como eu vejo a primavera"
"Como eu sinto um canto de ave"

A metáfora é a figura linguística que comparam seres e objetos, formada por um verbo comparativo ou equativo, podendo ainda formar o predicado nominal:

  • Sim! Que o estudo é como a aurora que nos entra pela casa.
  • Ela era um avestruz.

Veja que ocorre a metáfora, o estudo é aurora que nos entra pela casa. Também podem ocorrer metáforas surreais como no segundo exemplo. Quando há presença da conjunção como, a metáfora denomina-se comparação.

A catacrese é um tipo de metáfora, geralmente surreal, que exprime um sentimento pessoal e estranho se dito a outras pessoas. Observe esse poema de Álvares de Azevedo:

...

"Como em noite do caos, os elementos
incandescentes lutam.
Negra — a terra, o céu — rubro, o mar — vozeia
— E as florestas escutam..."

...

Para muitos os elementos incandescentes lutam não faz o menor sentido, trata-se da opinião do autor sobre tal coisa, por isso causa estranheza.

A sinestesia é o tipo de metáfora relacionada aos sentidos, às sensações:

  • "Sinto hoje a alma cheia de tristeza!..." (Florbela Espanca)
  • "Se escuto ao longe a timida harmonia..." (Ernesto Pires)
  • "...Retab'los, onde o toque da mão mestra..." (Gonçalves de Magalhães)
  • "...Como eu vejo a primavera..." (Cruz e Sousa)
  • "...Como eu sinto um canto de ave..." (Cruz e Sousa)

A Símile é a metáfora que compara apenas certa característa em comum aos seres. Obviamente terá um adjetivo na Metáfora:

  • Os desenhos dela eram tão lindos quanto a realidade.
  • Ela era comilona como um avestruz.

Observe que na Metáfora não é uma característica em comum, e sim, várias.

Os casos repetitivos, são os que um conjunto de palavras, uma palavra, uma letra ou simplesmente uma parte da palavra se repetem, continuadamente ou não.

Anáfora

É a repetição de uma ou mais palavras no inicio de frases ou orações:

Levaremos um tempo para crescer, levaremos um tempo para amadurecer, levaremos um tempo para entender, levaremos um tempo para envelhecer, levaremos um tempo para morrer.

Amar é sonhar, amar é viver, amar é curtir.

Anadiplose

É quando uma palavra ou conjunto de palavras do final de uma frase ou oração repetem-se no inicio da seguinte frase ou oração e assim sucessivamente:

Amar é sonhar, sonhar é viver, viver é curtir, curtir é amar.

Aliteração

É a repetição de fonemas, especificamente fonemas que formam consoantes. Os trava-línguas são formados por vários destes.

Amar é sonhar, sonhar é viver, viver é curtir, curtir é amar.

Assonância

É a repetição de fonemas, especificamente fonemas que formam vogais.

A áspera lavadeira trabalhava na calma lavanderia.

Diácope

É a repetição de uma palavra ou de um conjunto de palavras, porém, uma das repetições possui uma característica que serve para definir algo, dando ênfase.

O Alfaiate, o mal educado alfaiate nem me cumprimentou.

Epístrofe

É a repetição de uma palavra ou palavras no final de uma oração ou frase.

Cada um terá uma escolha, cada um fará a escolha, cada um escolhe a sua escolha.

Epizêuxiz

É a repetição de uma palavra, sendo esta repetida continuadamente.

A lavadeira trabalhava, trabalhava, trabalhava e trabalhava.

Hiato

É o encontro vocálico em palavras diferentes (diferente do hiato comum).

O Peixe nadava na água.

Paranomásia

É a repetição de palavras diferentes, porém, parônimas. Os trava-línguas também utilizam esse recurso linguístico.

O Alfaiate não me cumprimentou, só mediu o meu comprimento.

Rima

Rima é a repetição fonética ou simplesmente escrita de palavras:

Levaremos um tempo para crescer, levaremos um tempo para amadurecer, levaremos um tempo para entender, levaremos um tempo para envelhecer, levaremos um tempo para morrer.

Os casos sindéticos tratam da colocação da conjunção:

Assíndeto ocorre quando:

Sigamos, lutemos e vençamos a batalha.Sigamos, lutemos, vençamos a batalha.
Tudo ocorrera bem. Mas houve exceções.Tudo ocorrera bem. Houve exceções.

Polissíndeto

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Políssindeto ocorre quando:

  • Há repetição demasiada da conjunção:
O lugar era lindo. Mas estava frio. Mas estava escuro. Mas eu fiquei pouco tempo lá.
E foi isso que aconteceu. E mais nada. E agora estou aqui. E falo contigo. E foi isso que aconteceu.

Trata-se da designação de algo por outra coisa, sendo esta com certa relação sobre a outra

Sinédoque

Emprego de uma palavra por outra, baseando-se nas suas relações de dependência (parte pelo todo, autor pela obra, efeito pela causa, etc. Obs: a reciprocidade também é valida).

Senhora, partem tão tristes meus olhos por vós, meu bem.[1]

No exemplo acima, a parte(olhos) representa o todo (a pessoa que parte).

Referências

  1. Cantiga "Sua Partindo-se", João Ruiz de Castelo Branco.

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A Elipse é a Figura Linguística que anula certa palavra da frase, ocorre quando um termo não é realmente necessário. Existe um caso especial de Elipse chamado de Zeugma, que é bastante comum. Pode também ser considerada um termo não expresso.

Elipse do Sujeito

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Ver também: Sujeito

A Elípse do Sujeito ocorre quando já existe um verbo flexionado na 1ª, 2ª ou 3ª pessoa do plural ou singular :

  • Estava feliz em ir viajar.
  • Não queremos jantar agora!
  • Farei de tudo para você não adoecer.

No primeiro e terceiro exemplo podemos concluir que o Sujeito é Eu, pela analise dos verbos Estava e Farei. No segundo exemplo podemos concluir que o Sujeito é Nós, pela analise do verbo Queremos.

Observações: Não confunda a elipse com a classificação do sujeito, quando o verbo esta na 3ª pessoa e não há sujeito segundo a classificação o sujeito será indeterminado.

Outras Elipses

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A elipse também pode ocorrer com palavras de várias classificações como verbos, advérbios e conjunções (nas conjunções a elipse é chamada de Sindética):

  • Ontem, nebulosidade, hoje, sol e amanhã, chuva.
Ontem tinha nebulosidade, hoje tem sol e amanhã terá chuva.
  • Na árvore, flores e frutos.
Na árvore existe flores e frutos.
  • Ela fazia anos de idade.
Ela fazia muitos anos de idade.
  • Fizesse frio eu colocava um agasalho.
Se fizesse frio eu colocava um agasalho.
  • Irei ao cinema, à loja, ao mercado, ao bar.
Irei ao cinema, à loja, ao mercado e ao bar.

A Zeugma que é muito comum é a elipse de um termo já expresso:

  • Daniele queria balas e também doces.
Daniele queria balas e também queria doces.
  • Contratam-se funcionários, de preferência com experiência.
Contratam-se funcionários, de preferência funcionários com experiência.
  • O Amigo-secreto começou com Silvana, foi para Pedro, depois para Gabriel, Geovana, Beatriz, e seguiu.
O Amigo-secreto começou com Silvana, foi para Pedro, depois foi para Gabriel, depois foi para Geovana, depois foi para Beatriz, e seguiu.

O que não é Elipse

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Observe este trecho do hino do Brasil:

"...
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada
..."

Como podemos observar, o sujeito nada mais é do que Terra adorada. Observe que não ocorre nenhum tipo de elipse, pois não podemos colocar o termo Terra adorada em nenhum dos versos, a não ser que colocassemos outros termos. Exemplo:

...
A Terra adorada é gigante pela própria natureza,
A Terra adorada és bela, a Terra adorada és forte, impávido colosso,
E o tseu futuro, Terra adorada, espelha essa grandeza.
...

Teríamos que anexar vírgulas, artigos, verbos de ligação, alterar a flexão verbal e ainda alterar o gênero do adjetivo, pois na versão original ocorre a Silepse, ou seja, isso não se trata de elipse.

Podemos dividir os erros sintáticos em dois, os mais simples que são chamados de Solecismo e os mais complexos chamados de Anacoluto.

Anacoluto é a colocação de termos que fazem a frase ficar de forma errônea, sendo estes desnecessários - não confunda com pleonasmo. As vezes, na colocação irregular, pode aparecer na forma de um hipérbato formando uma sínquise. Também pode ocorrer da frase não possuir um sentido. Ainda pode ocorrer uma forma de pleonasmo cujo um termo se associa ao complemento verbal e outro ao sujeito, mas lembre-se, anacoluto não é pleonasmo! Veja:

Frase simples:

  • Amo as garotas!

Anacoluto:

  • As garotas, amo-as!

Hipérbato:

  • As garotas amo!

Pleonasmo:

  • Amo-as garotas!

Como você já sabe, não é necessário o pronome as depois de amo, o objeto direto antecede o verbo, as garotas, ou seja, ou se usa o pronome as ou as garotas.

Solecismo são erros gramaticais. São considerados solecismo os erros:

  • de concordância verbal;
  • de concordância nominal;
  • de sentido semântico - uso de um termo semelhante ao invés de outro;
  • de sentido complementativo circunstancial - uso de uma preposição ao invés de outra.

Os erros que não são considerados solecismo:

  • fonéticos;
  • ortográficos;
  • colocacionais - na colocação de palavras e de partículas articuladoras (ponto, vírgula e ponto e vírgula).

Aqui iremos estudar a colocação irregular, ou seja, a ordem das palavras é diferente a ordem tradicional. É comum separar os trechos regulares dos irregulares com uma partícula articuladora (ponto, vírgula e ponto e vírgula).

Colocação Regular e Irregular Gramatical - Hipérbato

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A Colocação Regular, a tradicional como você já sabe, é quando uma frase é composta por Sujeito, seus adjuntos adnominais, verbos, complementos verbais, adjuntos adverbiais. Além disso como você já sabe a frase pode ter uma conjunção ou ter uma estrutura sintática diferente. Acontece que quando uma frase apresenta uma certa estrutura sintática (contendo pelo menos sujeito e verbo) ela pode ter termos (sintagmas) colocados de forma irregular. Chamamos isso de Hipérbato. Observe as frases:

Colocação na forma Regular Um exemplo de Hipérbato
Eu estava sonolento em um dia. Sonolento em um dia eu estava.
Ele e ela não queriam estudar. Não queriam estudar ele e ela.
Quem sabe teremos que fazer tudo na próxima semana? Tudo, quem sabe, teremos que fazer na próxima semana?
Seria algo ultrajante ir vestido assim. Ultrajante algo seria ir assim vestido.

Lembre-se, tais frases ditas a cima poderiam ter várias formas de Hipérbato, apenas uma forma foi listada. Veja vários hipérbatos nesta frase:

Colocação Regular:

  • Quem diria que algo de pouca grandeza, forma e estilo estaria na moda?
  • Quem diria estar na moda algo de pouca grandeza, forma e estilo?

Hipérbatos:

  • Algo de pouca grandeza, quem diria, de forma e estilo na moda estaria?
  • Na moda, quem diria, algo de pouca grandeza, forma e estilo estaria?
  • Estaria na moda quem diria, algo de pouca grandeza, forma e estilo?
  • Pouca grandeza, forma e estilo, algo na moda estaria, quem diria?
  • Entre outros
Não importa se hipérbato não faça sentido quando usado, importa se ele faz sentido sintáticamente. Os hipérbatos que não fazem sentido sintáticamente são chamados de Anacoluto

O Hipérbato é muito bom para produzir rimas, já que há um enorme número de palavras que podem ser colocados no final de uma estrofe.

O Uso de variadas Figuras Linguísticas na Colocação Irregular - Sínquise

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A Sínquise é um hipérbato quando ele está na forma que não há algum entendimento na frase, mas sim, na forma sintática. Exemplo:

Colocação Regular Outrora ele e ela foram na floricultura, na sapataria e na farmácia de Juliano.
Hipérbato Simples Ele e ela foram outrora na floricultura, na sapataria e na farmácia de Juliano.
Sínquise Na floricultura foram outrora, na sapataria, ele e ela, e na de Juliano, farmácia.

Colocação Regular e Irregular Gramatical Cronológica - Prolépse

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A Prolépse é a colocação irregular sintática, mas, diferente do hipérbato, esta colocação é relacionada a morfossintaxe, cronologicamente. Alguns livros e filmes apresentam a prolépse, ou seja, do futuro os personagens vivem o passado e depois novamente o futuro, ou vice versa, fazendo com que uma pequena parte do climax seja revelado, deixando quem vê ou lê com curiosidade. É o deslocamente cronológico, deslocamento de pensamento. A colocação regular apresenta fatos que começam no passado ou no presente e vão em direção ao futuro.

As palavras homógrafas são aquelas que têm igual grafia (alguns consideram que os acentos não têm valor, por exemplo: avó e avo são palavras homógrafas), mas a pronúncia e o significado diferentes.

Exemplo: dúvida vs duvida. Estas palavras escrevem-se da mesma maneira, porém têm acentuação, pronúncia e significados distintos:

  • Ela duvida que o carnaval seja divertido.
  • Aquela dúvida não me sai da cabeça.

Ou ainda:

  • Aquela garota é muito sábia.
  • Eu não sabia isso!
  • Eu não me molho. (/mólho/)
  • O molho estava muito bom. (/môlho/)


Semântica
Escrita Pronúncia Significação
Homógrafos igual diferente diferente
Homófonos diferente igual diferente
Homônimos igual igual diferente
Parônimos semelhante semelhante diferente
Sinônimos diferente diferente igual ou semelhante
Antônimos diferente diferente oposto

Palavras homófonas são aquelas que têm a mesma pronúncia mas que diferem na maneira como se escrevem e no seu significado.

Exemplos:
Homófona 1 Significado Homófona 2 Significado
concerto convenção,
acordo
conserto reparo
conselho sugestão concelho subdivisão
territorial
caça busca cassa invalidar


Semântica
Escrita Pronúncia Significação
Homógrafos igual diferente diferente
Homófonos diferente igual diferente
Homônimos igual igual diferente
Parônimos semelhante semelhante diferente
Sinônimos diferente diferente igual ou semelhante
Antônimos diferente diferente oposto


Esta página é um esboço de línguas. Ampliando-a você ajudará a melhorar o Wikilivros.

Homônimas (Brasil)/ Homónimas (Portugal) são palavras que possuem a mesma grafia e a mesma pronúncia, mas significados diferentes. Exemplos:

  • O canto do pássaro é maravilhoso.
  • O canto da casa está pintado de novo.
  • Agora vou colocar extrato de tomate para o molho.
  • Agora tenho que ir ao banco pegar o extrato.
  • Eu rio tanto.
  • O rio está límpido.
  • Estou são e salvo.
  • Eles são trabalhadores.
  • O ser humano é um primata.
  • Aqui podemos ser felizes.
  • A manga da blusa rasgou-se.
  • A manga que comprei ainda não está muito madura.
  • Ele adora desenhar, especialmente manga.[1]

Quando a classe gramatical do vocábulo altera-se de um palavra homônima a outra, elas chamam-se homônimas perfeitas (geralmente verbos e substantivos):

Eu rio tanto. - (verbo)
O rio está límpido. - (substantivo)
Estou são e salvo. - (adjetivo)
Eles são trabalhadores. - (verbo)
O ser humano é um primata. - (substantivo)
Aqui podemos ser felizes. - (verbo)
Semântica
Escrita Pronúncia Significação
Homógrafos igual diferente diferente
Homófonos diferente igual diferente
Homônimos igual igual diferente
Parônimos semelhante semelhante diferente
Sinônimos diferente diferente igual ou semelhante
Antônimos diferente diferente oposto
  1. Em Portugual, os quadrinhos japoneses são chamados manga, diferentemente do Brasil onde fala-se mangá

Os parônimos são palavras de sentido diferente e forma semelhante, que provocam, com alguma frequência, confusão. Essas palavras apresentam grafia e pronúncia parecida, mas com significados diferentes.

Os parônimos pode ser também palavras homófonas, ou seja, a pronúncia de palavras parônimas pode ser a mesma.

Exemplos:

  • cumprimento (saudação), comprimento (extensão)
O alfaiate não me cumprimentou, não disse nem "oi".
O alfaiate mediu o meu comprimento.
  • tráfego (trânsito), tráfico (comércio ilícito)
O tráfego de carros está intenso em São Paulo.
O tráfico de drogas está intenso na Colômbia.
  • soar (emitir som), suar (transpirar)
O sino soou fortemente.
Estou suando desde a edução física.
  • sortir (misturar, abastecer), surtir (produzir, ter como consequência)
Em tempos de crise, é necessário sortir a despensa de alimentos.
Em 2009 ocorreu um surto de gripe H1N1.
  • assento (para sentar), acento (sinal gráfico)
O assento do cinema era macio.
Antes "ideia" tinha acento.
  • calda (cobertura), cauda (rabo)
Gosto de calda de chocolate.
O lagarto possui cauda.

Veja uma lista dessas palavras aqui

Semântica
Escrita Pronúncia Significação
Homógrafos igual diferente diferente
Homófonos diferente igual diferente
Homônimos igual igual diferente
Parônimos semelhante semelhante diferente
Sinônimos diferente diferente igual ou semelhante
Antônimos diferente diferente oposto
Ver módulo: Paranomásia

A paranomásia é a figura linguística que trata da repetição de palavras parônimas.

Ver módulo: Par mínimo

Pelo fato de estas letras se diferenciarem nas palavras tendo significados diferentes, elas representam o par mínimo.

Conforme a forma e o significado das palavras, é possível classificá-las como sendo:

Semântica
Escrita Pronúncia Significação
Homógrafos igual diferente diferente
Homófonos diferente igual diferente
Homônimos igual igual diferente
Parônimos semelhante semelhante diferente
Sinônimos diferente diferente igual ou semelhante
Antônimos diferente diferente oposto

Antónimos (antônimos)

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curto alto rápido nunca amar triste preto grande morto noite
comprido baixo lento sempre odiar alegre branco pequeno vivo dia

Sinónimos (sinônimos)

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São palavras que possuem significados iguais ou semelhantes.

Leia essas frases:

  • A bruxa foi passear.
  • A feiticeira foi passear.

As palavras bruxa e feiticeira são sinônimas (sinónimas), isto é tem o mesmo significado. Assim, denominamos sinônimos as palavras que têm o mesmo sentido.

No entanto, os sinônimos (sinónimos) podem ser classificados em perfeitos e imperfeitos:

Observações: O fato linguístico de existirem sinônimos chama-se sinonímia.

Palavras cujo significado é absolutamente igual. Não é muito frequente.

Exemplos de sinônimos perfeitos
morte achar léxico idoso
falecimento encontrar vocabulário ancião

Quando o significado das palavras é apenas semelhante e não idêntico. É o mais comum.

Exemplos de sinônimos imperfeitos
córrego belo bonito adorar receio
riacho formoso lindo amar medo

Figuras de Linguagem

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Ver também: Figuras Linguísticas

As figuras linguísticas com base na sinonímia são figuras semânticas e de palavras.

Os sinônimos são também utilizados para minimizar a significação da palavra, normalmente negativo. Chamamos esta figura linguística de eufemismo.

Exemplos de eufemismo
falecer
morrer

Exercícios de fixação

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Indique nos campos abaixo o antônimo das palavras apresentadas, depois clique em "enviar" para saber se você acertou tudo.

1 grande

2 escuro

3 cima

4 dentro

5 não

6 gordo

7 muito

8 fraco

9 bonito

11 Escolha a alternativa que apresenta o sinônimo imperfeito de "bonito":

lindo
feio
legal
horroroso

12 Escolha a alternativa que apresenta o sinônimo perfeito de "idioma":

valor
língua
frase
fala

13 Marque V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas.

V F
"Gordo" é sinônimo de "magro".
O antônimo representa o contrário de uma palavra.
O antônimo classifica-se em perfeito e imperfeito.
Casa é antônimo de lar.
A palavra "homem" não possui antônimo.

14 Indique A para antônimo, SP para sinônimo perfeito e SI para sinônimo imperfeito de acordo com o par de palavras nas lacunas abaixo:

A SP SI
Amigo, inimigo
Salto, pulo
Casa, imóvel
Extrovertido, tímido
Aluno, estudante
Dor, sofrimento
Problema, solução
Grande, amplo

15 Relacione os números das palavras (entre parênteses) com seus antônimos (nas quadrículas).

(1) - Bom ————

Feliz
(2) - Bem ————

Quente
(3) - Triste ————

Ruim
(4) - Preto ————

Baixo
(5) - Dia —————

Mal
(6) - Frio ————

Branco
(7) - Alto _______

Noite

A relação de uma palavra com seu conjunto possui uma relação de hiponímia. Diferente da sinonímia, a hiperonímia consiste em temas que possuem seus subtemas. Exemplo:

Laranjas, limões, limas e tangerinas possuem acidez.

As palavras laranjas, limões, limas e tangerinas possuem uma relação em comum: a acidez, logo, estas frutas possuem uma relação de hiponímia, pois pertencem ao conjunto frutas ácidas. Por sua vez, frutas ácidas possui uma relação de hiperonímia com as coisas desse conjunto (laranjas, limões, limas e tangerinas), e ao mesmo tempo uma relação de hiponímia com o conjunto frutas, já que dentro do conjunto frutas existem os subconjuntos frutas ácidas, frutas básicas, etc.

Além de os verbos serem classificados de acordo com sua sintaxe e sua morfologia, eles também são classificados pela sua semântica. Veja estas frases:

Eu fiquei melhor naquele dia.
Eu fiquei em casa no domingo.

Como podemos observar, o verbo fiquei na primeira frase, liga o sujeito ao predicativo, sendo um verbo de ligação, representando um estado. Na segunda frase, o verbo fiquei representa uma ação. Esta diferença semântica, como vemos, faz toda diferença na frase, por isso, a semântica pode ser considerada tão importante quanto a sintaxe na organização de uma frase. De acordo com sua semântica, os verbos são classificados:

  • Verbos auxiliares;
  • Verbos ativos;
  • Verbos relacionais.

Verbos auxiliares

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Ver módulo: Verbos auxiliares

Verbos ativos

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São verbos que possuem um significado concreto, representando algo que existe ou imaginário, ações, efeitos. Eles são:

  1. Causais
  2. Descritivos
  3. Efetivos
  4. Factivos
  5. Incoativos
  6. Meteorológicos
  7. Operativos
  8. Transmutativos

Abaixo, a descrição de cada um deles:

Causais: são verbos que possuem uma relação de metonímia em causa e efeito.

Os verbos causais são: causar, derivar, fazer, motivar, ocasionar, originar, provir, provocar, resultar, etc.

Cada hora perdida no trânsito provoca mais perda de dinheiro.
As tempestades causaram enormes estragos.
Descritivos: são verbos que descrevem ações de seres vivos. São muito numerosos.

Os verbos descritivos são: andar, crescer, dormir, falar, morder, morrer, nadar, olhar, respirar, sonhar, voar, etc.

Ele nunca falou comigo.
Dormi como um anjo.

Os verbos descritivos que ocorrem em um certo espaço, são chamados de descritivos-relacionais (só se voa no ar, só se nada na água, só se anda na terra, etc).

Efetivos:
Factivos: verbos que ligam um agente a um produto.

Os verbos factivos são: criar, construir, fabricar, fazer, gerar, inventar, originar, preparar, produzir, etc.

A população gera muito lixo.
O artista fez um lindo quadro.
Incoativos: são verbos que representam uma mudança de estado, coisas que eram de um jeito e tranformaram-se. Também são muito numerosos.

Os verbos incoativos são: adoecer, aumentar, esquentar, legalizar, melhorar, piorar, salgar, tornar-se, virar, etc.

Melissa melhorou de vida.
Quanto mais ele falava, mais a situação piorava.
Meteorológicos: são verbos que representam efeitos climáticos.

Os verbos meteorológicos são: amanhecer, chover, ensolarar, entardecer, esfriar, nevar, nublar, trovejar, etc.

Choverá o dia inteiro.
Antes de nevar, os ursos já hibernaram.
Operativos:
Transmutativos: são verbos tritransitivos (que exercem as circunstâncias de origem e de destino ou estado inicial e estado final).

Eles podem ser:

  • transformativos: são os verbos em que algo deixa de ser de um jeito e transforma-se em outra coisa. Exemplo: mudar, passar, transformar-se, variar, virar, etc.
Os cientistas mudaram o ramo das pesquisas de viral para bacteriológico.
  • translocativos: a mudança ocorre no espaço em que algo está. Exemplo: chegar, entrar, enviar, ir, levar, mudar-se, trazer, etc.
Aquelas pessoas mudaram-se da atual casa para uma nova.
  • transpossessivos: nestes verbos a posse é o que varia. Exemplo: dar, devolver, ganhar, mandar, trocar, etc.
O homem deu o dinheiro da loteria para um instituto filantrópico.

Verbos relacionais

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São verbos que representam o estado, sensações, relações e quaisquer outros verbos que não se encaixam em nenhuma classificação dos verbos ativos. Eles são:

  1. Afetivos
  2. Comparativos
  3. Comunicativos
  4. Condicionais
  5. Delimitativos
  6. Designativos
  7. Equativos
  8. Existenciais
  9. Locativos
  10. Partitivos
  11. Possessivos

Abaixo, a descrição de cada um deles:

Afetivos: estes verbos, afetam algo de alguma maneira, seja uma emoção, estado, juízo, etc.

Eles são:

  • cognitivos: indicam entendimento. Exemplo: entender, explicar, saber, etc.
Eu entendi a lição.
Os peixes sabem nadar.
  • emotivos: indicam emoção. Exemplo: confundir, entristecer, magoar, etc.
O paciente entristeceu-se por estar donte.
  • sensoriais: indicam sinestesia. Exemplo: cheirar, sentir, ver, etc.
Ninguém viu o gol contra.
Muitos ouviram aquelas mentiras.
  • volitivos: indicam desejo. Exemplo: desejar, querer, etc.
Você pretende viajar?
O professor nos desejou muita sorte na prova.
Comparativos: são verbos que comparam algo, igualando-o a outra coisa.

Os verbos comparativos são: comparar, equivaler, igualar, parecer, etc.

Isto não me parece familiar.
Sua alegria equivalia-se ao tamanho do universo.
Comunicativos: como o próprio nome diz, representa a comunicação.

Os verbos comunicativos são: dizer, falar, ler, negar, perguntar, responder, etc

Ninguém nos disse o que deveria ser feito.
Respondeu logo após a pergunta.
Condicionais: indicam a condição.

Os verbos condicionais são: precisar, etc.

As frutas precisavam de amadurecimento.
Delimitativos: transmitem uma ideia de limite, duração, máximo.

Os verbos delimitativos são: durar, medir, perdurar, prolongar-se, valer, etc

Prolongou-se do século passado até os dias de hoje.
Depois de tanta caça, já medem estraorinários números os animais mortos.
Designativos

Também são conhecidos como verbos de ligação.

Equativos: são os verbos que equivalem dois termos, dando uma ideia de comparação metafórica.

Os verbos equativos são: ser, significar, representar, etc.

Tudo isto que me oferece não representa nada para mim.
Pensar em nós é pensar em todos.
Existenciais: determinam uma existência.

Os verbos existenciais são: existir, haver, ter, etc.

vezes que não desobre-se os fatos reais.
Entre os continentes, existem oceanos.
Locativos: verbos que obrigatoriamente indicam um lugar.

Os verbos locativos são: afastar, circular, cruzar, oscilar, unir, stc.

Elas cruzaram a rua na faixa de pedestres.
Nós nos afastamos do centro de convenções.
Partitivos: indicam constituição, componente.

Os verbos partitivos são: compor, constituir, formar, participar, etc.

O gás carbônico é constituído por átomos de carbono e oxigênio.
O cerrado compõe os biomas do Brasil.
Possessivos: são os verbos que indicam posse ou quaisquer circunstâncias semelhantes, como conteúdo, constituição e componente.

Eles podem ser:

  • estativos: tais circunstâncias são duradouras. Exemplo: pertencer, possuir, ter, etc.
Eu tenho medo de voar de avião.
Possuimos lembranças de você.
  • eventivos: algo é adquirido. Exemplo adquirir, conseguir, ganhar, obter, etc.
Obtivemos os melhores resultados.
De presente ela ganhou a felicidade.

Português/História do Português

Português/História do Português/Do grego ao galaico-português

Português/História do Português/A partir do galego-português

Locução é um conjunto de palavras que exerce uma certa função morfológica. Elas podem ser:

Tive de comprar farinha de trigo.
Negaram o habeas corpus.
Ela é a décima segunda pessoa a perguntar.
A caneta possui tinta laranja fluorescente.
Temos oitenta e cinco convidados.
Compramos uma duzia e meia de ovos.
Todo mundo viu o que aconteceu.
Entre todos os presentes, cada um por si só custou mais de cinquenta reais.
  • Verbais (papel de verbo):
Realmente poderíamos estar feridos!
Estávamos viajando na semana passada.
Sairá no final de semana?
Hoje eu estou muito bem.
Não comprei as roupas a fim de guardar mais dinheiro.
Estou a par de tudo.
Terá coragem desde que se acalme.
Logo que amanheceu, começou a chover.
Meu Deus! Levei um grande susto!
Sua história está ótima! Muito bem!
Observações:
  • Muitas vezes a locução numérica não é interpretada como esta, mas como simples numeral.
  • Os artigos (determinantes) nunca estão na forma de locução por eles mesmos já determinarem o nome (podem determinar junto ao advérbio, mas um é independente do outro). Por isso, não existe uma locução articular.
  • A locução verbal pode também ser chamada de conjugação perifrástica.

As siglas e abreviaturas são maneiras de encurtar uma palavra ou varias palavras uma vez que estas são repetidas inúmeras vezes em textos, documentos, etc.

As siglas são letras (iniciais ou não) de uma instituição com um nome extenso. Alguns exemplos:

  • AFI - Alfabeto Fonético Internacional
  • APA - Área de Proteção Ambiental
  • EUA - Estados Unidos da América
  • FMI - Fundo Monetário Internacional
  • IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
  • INSS - Instituto Nacional de Seguro Social
  • IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados
  • ONU - Organização das Nações Unidas
  • PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
  • POA - Porto Alegre
  • SP - São Paulo

As Abreviaturas

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As abreviaturas são letras geralmente iniciais de alguma palavras geralmente seguidas de pontos. Alguns exemplos:

  • Ass. - Assimilação
  • Av. - Avenida
  • P. - Padre
  • Rod. - Rodovia
  • U - Urânio


Veja a lista completa aqui.

Ver também: Verbos regulares do Indicativo, Subjuntivo (conjuntivo), Imperativo, Particípio e Gerúndio
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU Estou Estava Esteja -
TU Estás Estavas Estejas Está
ELE(A) Está Estava Esteja Esteja
NÓS Estamos Estávamos Estejamos Estejamos
VÓS Estais Estáveis Estejais Estai
ELES(AS) Estão Estavam Estejam Estejam
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU Estive Estivera Estivesse -
TU Estiveste Estiveras Estivesses Estejas
ELE(A) Esteve Estivera Estivesse Esteja
NÓS Estivemos Estivéramos Estivéssemos Estejamos
VÓS Estivestes Estivéreis Estivésseis Estejais
ELES(AS) Estiveram Estiveram Estivessem Estejam
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU Estarei Estaria Estiver Estando
TU Estarás Estarias Estiveres
ELE(A) Estará Estaria Estiver
NÓS Estaremos Estaríamos Estivermos Particípio
VÓS Estareis Estaríeis Estiverdes Estado
ELES(AS) Estarão Estariam Estiverem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU (TRAN)co (TRAN)cava (TRAN)que -
TU (TRAN)cas (TRAN)cavas (TRAN)ques (TRAN)ca
ELE(A) (TRAN)ca (TRAN)cava (TRAN)que (TRAN)que
NÓS (TRAN)camos (TRAN)cávamos (TRAN)quemos (TRAN)quemos
VÓS (TRAN)cais (TRAN)cáveis (TRAN)queis (TRAN)cai
ELES(AS) (TRAN)cam (TRAN)cavam (TRAN)quem (TRAN)quem
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU (TRAN)quei (TRAN)cara (TRAN)casse -
TU (TRAN)caste (TRAN)caras (TRAN)casses (TRAN)ques
ELE(A) (TRAN)cou (TRAN)cara (TRAN)casse (TRAN)que
NÓS (TRAN)camos (TRAN)cáramos (TRAN)cássemos (TRAN)quemos
VÓS (TRAN)castes (TRAN)cáreis (TRAN)cásseis (TRAN)queis
ELES(AS) (TRAN)caram (TRAN)caram (TRAN)cassem (TRAN)quem
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU (TRAN)carei (TRAN)caria (TRAN)car (TRAN)cando
TU (TRAN)carás (TRAN)carias (TRAN)cares
ELE(A) (TRAN)cará (TRAN)caria (TRAN)car
NÓS (TRAN)caremos (TRAN)caríamos (TRAN)carmos Particípio
VÓS (TRAN)careis (TRAN)caréis (TRAN)cardes (TRAN)cado
ELES(AS) (TRAN)carão (TRAN)cariam (TRAN)carem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU (LA)ço (LA)çava (LA)ce -
TU (LA)ças (LA)çavas (LA)ces (LA)ça
ELE(A) (LA)ça (LA)çava (LA)ce (LA)ce
NÓS (LA)çamos (LA)çávamos (LA)çássemos (LA)cemos
VÓS (LA)çais (LA)çáveis (LA)ceis (LA)çai
ELES(AS) (LA)çam (LA)çavam (LA)cem (LA)cem
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU (LA)cei (LA)çara (LA)çasse -
TU (LA)çaste (LA)çaras (LA)çasses (LA)ces
ELE(A) (LA)çou (LA)çara (LA)çasse (LA)ce
NÓS (LA)çamos (LA)çáramos (LA)çássemos (LA)cemos
VÓS (LA)çastes (LA)çáreis (LA)çásseis (LA)ceis
ELES(AS) (LA)çeram (LA)çaram (LA)çassem (LA)cem
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU (LA)çarei (LA)çaria (LA)çar (LA)çando
TU (LA)çarás (LA)çarias (LA)çares
ELE(A) (LA)çará (LA)çaria (LA)çar
NÓS (LA)çaremos (LA)çaríamos (LA)çarmos Particípio
VÓS (LA)çareis (LA)çaríeis (LA)çardes (LA)çado
ELES(AS) (LA)çarão (LA)çariam (LA)çarem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU (FR)eio (FR)eava (FR)eie -
TU (FR)eias (FR)eavas (FR)eies (FR)eia
ELE(A) (FR)eia (FR)eava (FR)eie (FR)eie
NÓS (FR)eamos (FR)eávamos (FR)eemos (FR)eemos
VÓS (FR)eais (FR)eáveis (FR)eeis (FR)eai
ELES(AS) (FR)eiam (FR)eavam (FR)eiem (FR)eiem
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU (FR)eei (FR)eara (FR)easse -
TU (FR)easte (FR)earas (FR)easses (FR)eies
ELE(A) (FR)eou (FR)eara (FR)easse (FR)eie
NÓS (FR)eamos (FR)eáramos (FR)eássemos (FR)eemos
VÓS (FR)eastes (FR)eáreis (FR)eásseis (FR)eeis
ELES(AS) (FR)earam (FR)earam (FR)eassem (FR)eiem
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU (FR)earei (FR)earia (FR)ear (FR)eando
TU (FR)earás (FR)earias (FR)eares
ELE(A) (FR)eará (FR)earia (FR)ear
NÓS (FR)earemos (FR)earíamos (FR)earmos Particípio
VÓS (FR)eareis (FR)earíeis (FR)eardes (FR)eado
ELES(AS) (FR)earão (FR)eariam (FR)earem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU (LAR)go (LAR)gava (LAR)gue -
TU (LAR)gas (LAR)gavas (LAR)gues (LAR)ga
ELE(A) (LAR)ga (LAR)gava (LAR)gue (LAR)gue
NÓS (LAR)gamos (LAR)gávamos (LAR)gueis (LAR)gai
VÓS (LAR)gam (LAR)gavam (LAR)guem (LAR)guem
ELES(AS) (LAR)gam (LAR)gavam (LAR)guem (LAR)guem
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU (LAR)guei (LAR)gara (LAR)gasse -
TU (LAR)gaste (LAR)garas (LAR)gasses (LAR)gues
ELE(A) (LAR)gou (LAR)gara (LAR)gasse (LAR)gue
NÓS (LAR)gamos (LAR)gáramos (LAR)gássemos (LAR)guemos
VÓS (LAR)gastes (LAR)gáreis (LAR)gásseis (LAR)gueis
ELES(AS) (LAR)garam (LAR)garam (LAR)gassem (LAR)guem
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU (LAR)garei (LAR)garia (LAR)gar (LAR)gando
TU (LAR)garás (LAR)garias (LAR)gares
ELE(A) (LAR)gará (LAR)garia (LAR)gar
NÓS (LAR)garemos (LAR)garámos (LAR)garmos Particípio
VÓS (LAR)gareis (LAR)garíeis (LAR)gardes (LAR)gado
ELES(AS) (LAR)garão (LAR)gariam (LAR)garem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU (OD)eio (OD)iava (OD)eie -
TU (OD)eias (OD)iavas (OD)eies (OD)eia
ELE(A) (OD)eia (OD)iava (OD)eie (OD)eie
NÓS (OD)iamos (OD)iávamos (OD)iemos (OD)iemos
VÓS (OD)iais (OD)iáveis (OD)ieis (OD)iai
ELES(AS) (OD)eiam (OD)iavam (OD)eiem (OD)eiem
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU (OD)iei (OD)iara (OD)iasse -
TU (OD)iaste (OD)iaras (OD)iasses (OD)eies
ELE(A) (OD)iou (OD)iara (OD)iasse (OD)eie
NÓS (OD)iamos (OD)iarámos (OD)iássemos (OD)iemos
VÓS (OD)iastes (OD)iáreis (OD)iásseis (OD)ieis
ELES(AS) (OD)iaram (OD)iaram (OD)iassem (OD)eiem
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU (OD)iarei (OD)iaria (OD)iar (OD)iando
TU (OD)iarás (OD)iarias (OD)iares
ELE(A) (OD)iará (OD)iaria (OD)iar
NÓS (OD)iaremos (OD)iaríamos (OD)iarmos Particípio
VÓS (OD)iareis (OD)iaríeis (OD)iardes (OD)iado
ELES(AS) (OD)iarão (OD)iariam (OD)iarem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU (COR)oo (COR)oava (COR)or -
TU (COR)oas (COR)oavas (COR)oes (COR)oa
ELE(A) (COR)oa (COR)oava (COR)oe (COR)oe
NÓS (COR)oamos (COR)oávamos (COR)oemos (COR)oemos
VÓS (COR)oais (COR)oáveis (COR)oeis (COR)oai
ELES(AS) (COR)oam (COR)oavam (COR)oem (COR)oem
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU (COR)oei (COR)oara (COR)oasse -
TU (COR)oaste (COR)oaras (COR)oasses (COR)oes
ELE(A) (COR)oou (COR)oara (COR)oasse (COR)oe
NÓS (COR)oamos (COR)oáramos (COR)oássemos (COR)oemos
VÓS (COR)oastes (COR)oáreis (COR)oásseis (COR)oeis
ELES(AS) (COR)oaram (COR)oaram (COR)oassem (COR)oem
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU (COR)oarei (COR)oaria (COR)oar (COR)oando
TU (COR)oarás (COR)oarias (COR)oares
ELE(A) (COR)oará (COR)oaria (COR)oares
NÓS (COR)oaremos (COR)oaríamos (COR)oarmos Particípio
VÓS (COR)oareis (COR)oaríeis (COR)oardes (COR)oado
ELES(AS) (COR)oarão (COR)oariam (COR)oarem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU Dou Dava -
TU Dás Davas Dês
ELE(A) Dava
NÓS Damos Dávamos Demos Demos
VÓS Dais Dáveis Deis Dai
ELES(AS) Dão Davam Dêem Dêem
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU Dei Dera Desse -
TU Deste Deras Desses Dês
ELE(A) Deu Dera Desse
NÓS Demos Déramos Déssemos Demos
VÓS Destes Déreis Désseis Deis
ELES(AS) Deram Deram Dessem Dêem
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU Darei Daria Der Dando
TU Darás Darias Deres
ELE(A) Dará Daria Der
NÓS Daremos Daríamos Dermos Particípio
VÓS Dareis Daríeis Derdes Dado
ELES(AS) Darão Dariam Derem
Observações: Segundo o novo acordo ortográfico essa conjugação é regular, se encaixando na 1ª. A única diferença entre esta e a 1ª conjugação é o acento gráfico sobre a letra u, que nas normas do novo acordo ficaria sem o acento.
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU (SA)ú(D)o (SA)u(D)avas (SA)ú(D)e -
TU (SA)ú(D)as (SA)u(D)avas (SA)ú(D)es (SA)ú(D)a
ELE(A) (SA)ú(D)a (SA)u(D)ava (SA)ú(D)e (SA)ú(D)e
NÓS (SA)u(D)amos (SA)u(D)ávamos (SA)u(D)emos (SA)u(D)emos
VÓS (SA)u(D)ais (SA)u(D)áveis (SA)u(D)eis (SA)u(D)ai
ELES(AS) (SA)ú(D)am (SA)u(D)avam (SA)ú(D)em (SA)ú(D)em
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU (SA)u(D)ei (SA)u(D)ara (SA)u(D)asse -
TU (SA)u(D)aste (SA)u(D)aras (SA)u(D)asses (SA)ú(D)es
ELE(A) (SA)u(D)ou (SA)u(D)ara (SA)u(D)asse (SA)ú(D)e
NÓS (SA)u(D)amos (SA)u(D)áramos (SA)u(D)ássemos (SA)u(D)emos
VÓS (SA)u(D)astes (SA)u(D)áreis (SA)u(D)ásseis (SA)u(D)eis
ELES(AS) (SA)u(D)aram (SA)u(D)aram (SA)u(D)assem (SA)ú(D)em
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU (SA)u(D)arei (SA)u(D)aria (SA)u(D)ar (SA)u(D)ando
TU (SA)u(D)arás (SA)u(D)arias (SA)u(D)ares
ELE(A) (SA)u(D)ará (SA)u(D)aria (SA)u(D)ar
NÓS (SA)u(D)aremos (SA)u(D)aríamos (SA)u(D)armos Particípio
VÓS (SA)u(D)areis (SA)u(D)aríeis (SA)u(D)ardes (SA)u(D)ado
ELES(AS) (SA)u(D)arão (SA)u(D)ariam (SA)u(D)arem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU á(GU)o a(GU)ava á(GU/GÜ)e -
TU á(GU)as a(GU)avas á(GU/GÜ)es á(GU)a
ELE(A) á(GU)a a(GU)ava á(GU/GÜ)e á(GU/GÜ)e
NÓS a(GU)amos a(GU)ávamos a(GU/GÜ)emos a(GU/GÜ)emos
VÓS a(GU)ais a(GU)áveis a(GU/GÜ)eis a(GU)ai
ELES(AS) á(GU)am a(GU)avam á(GU/GÜ)em á(GU/GÜ)em
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU a(GU/GÜ)ei a(GU)ara a(GU)asse -
TU a(GU)aste a(GU)aras a(GU)asses á(GU/GÜ)es
ELE(A) a(GU)ou a(GU)ara a(GU)asse á(GU/GÜ)e
NÓS a(GU)amos a(GU)áramos a(GU)ássemos a(GU/GÜ)emos
VÓS a(GU)astes a(GU)áreis a(GU)ásseis a(GU/GÜ)eis
ELES(AS) a(GU)aram a(GU)aram a(GU)assem á(GU/GÜ)em
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU a(GU)arão a(GU)aria a(GU)ar a(GU)ando
TU a(GU)áras a(GU)arias a(GU)ares
ELE(A) a(GU)ara a(GU)aria a(GU)ar
NÓS a(GU)aremos a(GU)aríamos a(GU)armos Particípio
VÓS a(GU)areis a(GU)aríeis a(GU)ardes a(GU)ado
ELES(AS) a(GU)arão a(GU)ariam a(GU)arem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU (AVERIGU)o (AVERIGU)ava (AVERIGÚ)e -
TU (AVERIGU)as (AVERIGU)avas (AVERIGÚ)es (AVERIGU)a
ELE(A) (AVERIGU)a (AVERIGU)ava (AVERIGÚ)e (AVERIGÚ)e
NÓS (AVERIGU)amos (AVERIGU)ávamos (AVERIGU/AVERIGÜ)emos (AVERIGU/AVERIGÜ)emos
VÓS (AVERIGU)ais (AVERIGU)áveis (AVERIGU/AVERIGÜ)eis (AVERIGU)ai
ELES(AS) (AVERIGU)am (AVERIGU)avam (AVERIGÚ)em (AVERIGÚ)em
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU (AVERIGU)ei (AVERIGU)ara (AVERIGU)asse -
TU (AVERIGU)aste (AVERIGU)aras (AVERIGU)asses (AVERIGÚ)es
ELE(A) (AVERIGU)ou (AVERIGU)ara (AVERIGU)asse (AVERIGÚ)e
NÓS (AVERIGU)amos (AVERIGU)áramos (AVERIGU)ássemos (AVERIGU/AVERIGÜ)emos
VÓS (AVERIGU)astes (AVERIGU/AVERIGÜ)áreis (AVERIGU)ásseis (AVERIGU)eis
ELES(AS) (AVERIGU)aram (AVERIGU)aram (AVERIGU)assem (AVERIGÚ)em
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU (AVERIGU)arei (AVERIGU)aria (AVERIGU)ar (AVERIGU)ando
TU (AVERIGU)arás (AVERIGU)arias (AVERIGU)ares
ELE(A) (AVERIGU)ará (AVERIGU)aria (AVERIGU)ar
NÓS (AVERIGU)aremos (AVERIGU)aríamos (AVERIGU)armos Particípio
VÓS (AVERIGU)areis (AVERIGU)aríeis (AVERIGU)ardes (AVERIGU)ado
ELES(AS) (AVERIGU)arão (AVERIGU)ariam (AVERIGU)arem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU - (ADEQU)ava - -
TU - (ADEQU)avas - -
ELE(A) - (ADEQU)ava - -
NÓS (ADEQU)amos (ADEQU)ávamos (ADEQU/ADEQÜ)emos (ADEQU/ADEQÜ)emos
VÓS (ADEQU)ais (ADEQU)áveis (ADEQU/ADEQÜ)eis (ADEQU)ai
ELES(AS) - (ADEQU)avam - -
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU (ADEQU/ADEQÜ)ei (ADEQU)ara (ADEQU)asse -
TU (ADEQU)aste (ADEQU)aras (ADEQU)asses -
ELE (ADEQU)ou (ADEQU)ara (ADEQU)asse -
NÓS (ADEQU)amos (ADEQU)áramos (ADEQU)ássemos (ADEQU/ADEQÜ)emos
VÓS (ADEQU)astes (ADEQU)áreis (ADEQU)ásseis (ADEQU/ADEQÜ)eis
ELES(AS) (ADEQU)aram (ADEQU)aram (ADEQU)assem -
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU (ADEQU)arei (ADEQU)aria (ADEQU)ar (ADEQU)ando
TU (ADEQU)arás (ADEQU)arias (ADEQU)ares
ELE(A) (ADEQU)ará (ADEQU)aria (ADEQU)ar
NÓS (ADEQU)aremos (ADEQU)aríamos (ADEQU)armos Particípio
VÓS (ADEQU)areis (ADEQU)aríeis (ADEQU)ardes (ADEQU)ado
ELES(AS) (ADEQU)arão (ADEQU)ariam (ADEQU)arem
Ver também: Verbos regulares do Indicativo, Subjuntivo (conjuntivo), Imperativo, Particípio e Gerúndio
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperfeito Presente Positivo
EU Sou Era Seja -
TU És Eras Sejas
ELE(A) É Era Seja Seja
NÓS Somos Éramos Sejamos Sejamos
VÓS Sois Éreis Sejais Sede
ELES(AS) São Eram Sejam Sejam
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU Fui Fora Fosse -
TU Foste Foras Fosses Sejas
ELE(A) Foi Fora Fosse Seja
NÓS Fomos Fôramos Fôssemos Sejamos
VÓS Fostes Fôreis Fôsseis Sejais
ELES(AS) Foram Foram Fossem Sejam
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU Serei Seria For Sendo
TU Serás Serias Fores
ELE(A) Será Seria For
NÓS Seremos Seriamos Formos Particípio
VÓS Sereis Serieis Fordes Sido
ELES(AS) Serão Seriam Forem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU Tenho Tinha Tenha -
TU Tens Tinhas Tenhas Tem
ELE(A) Tem Tinha Tenha Tenha
NÓS Temos Tínhamos Tenhamos Tenhamos
VÓS Tendes Tínheis Tenhais Tende
ELES(AS) Têm Tinham Tenham Tenham
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU Tive Tivera Tivesse -
TU Tiveste Tiveras Tivesses Tenhas
ELE(A) Teve Tivera Tivesse Tenha
NÓS Tivemos Tivéramos Tivéssemos Tenhamos
VÓS Tivestes Tivéreis Tivésseis Tenhais
ELES(AS) Tiveram Tiveram Tivessem Tenham
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU Terei Teria Tiver Tendo
TU Terás Terias Tiveres
ELE(A) Terá Teria Tiver
NÓS Teremos Teríamos Tivermos Particípio
VÓS Tereis Teríeis Tiverdes Tido
ELES(AS) Terão Teriam Tiverem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU Hei Havia Haja -
TU Hás Havias Hajas
ELE(A) Havia Haja Haja
NÓS Havemos/Hemos Havíamos Hajamos Hajamos
VÓS Haveis/Heis Havíeis Hajais Haveis
ELES(AS) Hão Haviam Hajam Hajam
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU Houve Houvera Houvesse -
TU Houveste Houveras Houvesses Hajas
ELE(A) Houve Houvera Houvesse Haja
NÓS Houvemos Houvéramos Houvéssemos Hajamos
VÓS Houvestes Houvéreis Houvésseis Hajais
ELES(AS) Houveram Houveram Houvessem Hajam
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU Haverei Haveria Houver Havendo
TU Haverás Haverias Houveres
ELE(A) Haverá Haveria Houver
NÓS Haveremos Haveríamos Houvermos Particípio
VÓS Havereis Haveríeis Houverdes Havido
ELES(AS) Haverão Haveriam Houverem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU Digo Dizia Diga -
TU Dizes Dizias Digas Diz/Dize
ELE(A) Diz Dizia Diga Diga
NÓS Dizemos Dizíamos Digamos Digamos
VÓS Dizeis Dizíeis Digais Dizei
ELES(AS) Dizem Diziam Digam Digam
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU Disse Dissera Dissesse -
TU Disseste Disseras Dissesses Diga
ELE(A) Disse Dissera Dissesse Digas
NÓS Dissemos Disséramos Disséssemos Digamos
VÓS Dissestes Disséreis Dissésseis Digais
ELES(AS) Disseram Disseram Dissessem Digam
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU Direi Diria Disser Dizendo
TU Dirás Dirias Disseres
ELE(A) Dirá Diria Disser
NÓS Diremos Diríamos Dissermos Particípio
VÓS Direis Diríeis Disserdes Dito
ELES(AS) Dirão Diriam Disserem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU Faço Fazia Faça
TU Fazes Fazias Faças Faz
ELE(A) Faz Fazia Faça Faça
NÓS Fazemos Fazíamos Façamos Façamos
VÓS Fazeis Fazíeis Façais Fazeis
ELES(AS) Fazem Faziam Façam Façam
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU Fiz Fizera Fizesse -
TU Fizeste Fizeras Fizesses Faças
ELE(A) Fez Fizera Fizesse Faça
NÓS Fizemos Fizéramos Fizéssemos Façamos
VÓS Fizestes Fizéreis Fizésseis Façais
ELES(AS) Fizeram Fizeram Fizessem Façam
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU Farei Faria Fizer Fazendo
TU Farás Faria Fizeres
ELE(A) Fará Faria Fizer
NÓS Faremos Faríamos Fizermos Particípio
VÓS Farei Faríeis Fizerdes Feito
ELES(AS) Farão Fariam Fizerem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU Trago Trazia Traga -
TU Trazes Trazias Tragas Traz
ELE(A) Traz Trazia Traga Traga
NÓS Trazemos Trazíamos Tragamos Tragamos
VÓS Trazeis Trazíeis Tragais Trazei
ELES(AS) Trazem Traziam Tragam Tragam
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU Trouxe Trouxera Trouxesse -
TU Trouxeste Trouxeras Trouxesses Traga
ELE(A) Trouxe Trouxera Trouxesse Traga
NÓS Trouxemos Trouxéramos Trouxéssemos Tragamos
VÓS Trouxestes Trouxéreis Trouxésseis Tragais
ELES(AS) Trouxeram Trouxeram Trouxessem Tragam
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU Trarei Traria Trouxer Trazendo
TU Trarás Trarias Trouxeres
ELE(A) Trará Traria Trouxer
NÓS Traremos Traríamos Trouxermos Particípio
VÓS Trareis Traríeis Trouxerdes Trazido
ELES(AS) Trarão Trariam Trouxerem
Indicativo Subjuntivo
Presente Pretérito imperf. Presente
EU Caibo Cabia Caiba
TU Cabes Cabias Caibas
ELE(A) Cabe Cabia Cabia
NÓS Cabemos Cabíamos Caibamos
VÓS Cabeis Cabíeis Caibais
ELES(AS) Cabem Cabiam Caibam
Pretérito perfeito pretérito mais que perfeito Pretérito imperfeito
EU Coube Coubera Coubesse
TU Coubeste Couberas Coubesses
ELE(A) Coube Coubera Coubesse
NÓS Coubemos Coubéramos Coubéssemos
VÓS Coubestes Coubéreis Coubésseis
ELES(AS) Couberam Couberam Coubessem
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro
EU Caberei Caberia Couber
TU Caberás Caberias Couberes
ELE(A) Caberá Caberia Couber
NÓS Cabermos Caberíamos Coubermos
VÓS Cabereis Caberíeis Couberdes
ELES(AS) Caberão Caberiam Couberem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU Sei Sabia Saiba -
TU Sabes Sabias Saibas Sabe
ELE(A) Sabe Sabia Saiba Saiba
NÓS Sabemos Sabíamos Saibamos Saibamos
VÓS Sabeis Sabíeis Saibais Sabei
ELES(AS) Sabem Sabiam Saibam Saibam
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU Soube Soubera Soubesse -
TU Soubeste Souberas Soubesses Saibas
ELE(A) Soube Soubera Soubesse Saiba
NÓS Soubemos Soubéramos Soubéssemos Saibamos
VÓS Soubestes Soubéreis Soubésseis Saibais
ELES(AS) Souberam Souberam Soubessem Saibam
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU Saberei Saberia Souber Sabendo
TU Saberás Saberias Souberes
ELE(A) Saberá Saberia Souber
NÓS Saberemos Saberíamos Soubermos Particípio
VÓS Sabereis Saberíeis Souberdes Sabido
ELES(AS) Saberão Saberiam Souberem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU Vejo Via Veja -
TU Vês Vias Vejas
ELE(A) Via Veja Veja
NÓS Vemos Víamos Vejamos Vejamos
VÓS Vedes Víeis Vejais Vede
ELES(AS) Veem Viam Vejam Vejam
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU Vi Vira Visse -
TU Viste Viras Visses Vejas
ELE(A) Viu Vira Visse Veja
NÓS Vimos Víramos Víssemos Vejamos
VÓS Vistes Víreis Vísseis Vejais
ELES(AS) Viram Viram Vissem Vejam
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU Verei Veria Vir Vendo
TU Verás Verias Vires
ELE(A) Verá Veria Vir
NÓS Vermos Veríamos Virmos Particípio
VÓS Vereis Veríeis Virdes Visto
ELES(AS) Verão Veriam Virem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU provejo provia proveja
TU provês provias provejas provê tu
ELE(A) provê provia proveja proveja você
NÓS provemos províamos provejamos provejamos nós
VÓS provedes províeis provejais provede vós
ELES(AS) proveem proviam provejam provejam vocês
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU provejei TU provejaste +
ELE(A) provejou + + +
NÓS provejamos + + +
VÓS provejastes + + +
ELES(AS) provejaram + + +
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU proverei + + +
TU proverás + + +
ELE(A) proverá + + +
NÓS proveremos + + Particípio
VÓS provêreis + + +
ELES(AS) proveram + + +
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU Posso Podia Possa -
TU Podes Podias Possas Pode
ELE(A) Pode Podia Possa Possa
NÓS Podemos Podíamos Possamos Possamos
VÓS Podeis Podíeis Possais Podei
ELES(AS) Podem Podiam Possam Possam
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU Pude Pudera Pudesse -
TU Pudeste Puderas Pudesses Possas
ELE(A) Pôde Pudera Pudesse Possa
NÓS Pudemos Pudéramos Pudéssemos Possamos
VÓS Pudestes Pudéreis Pudésseis Possais
ELES(AS) Puderam Puderam Pudessem Possam
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU Poderei Poderia Puder Podendo
TU Poderás Poderias Puderes
ELE(A) Poderá Poderia Puder
NÓS Poderemos Poderíamos Pudermos Particípio
VÓS Podereis Poderíeis Puderdes Podido
ELES(AS) Poderão Poderiam Puderem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU creio cria creia
TU crês crias creias crê
ELE(A) crê cria creia creia
NÓS cremos críamos creiamos creiamos
VÓS credes críeis creiais crede
ELES(AS) creem criam creiam creiam
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU cri crera cresse
TU creste creras cresses creias
ELE(A) creu crera cresse creia
NÓS cremos crêramos crêssemos creiamos
VÓS crestes crêreis crêsseis creiais
ELES(AS) creram creram cressem creiam
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU crerei creria crer crendo
TU crerás crerias creres
ELE(A) crerá creria crer
NÓS creremos creríamos crermos Particípio
VÓS crereis creríeis crerdes crido
ELES(AS) crerão creriam crerem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU Quero Queria Queira -
TU Queres Querias Queiras Quer
ELE(A) Quer Queria Queira Queira
NÓS Queremos Queríamos Queiramos Queiramos
VÓS Quereis Queríeis Queirais Querei
ELES(AS) Querem Queriam Queiram Queiram
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU Quis Quisera Quisesse -
TU Quiseste Quiseras Quisesses Queiras
ELE(A) Quis Quisera Quisesse Queira
NÓS Quisemos Quiséramos Quiséssemos Queiramos
VÓS Quisestes Quiséreis Quisésseis Queirais
ELES(AS) Quiseram Quiseram Quisessem Queiram
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU Quererei Quereria Quiser Querendo
TU Quererás Quererias Quiseres
ELE(A) Quererá Quereria Quiser
NÓS Quereremos Quereríamos Quisermos Particípio
VÓS Querereis Quereríeis Quiserdes Querido
ELES(AS) Quererão Quereriam Quiserem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU Requeiro Requeria Requeira -
TU Requeres Requerias Requeira Requer/Requere
ELE(A) Requer Requeria Requeira Requeira
NÓS Requeremos Requeríamos Requeiramos Requeiramos
VÓS Requereis Requeríeis Requeirais Requerei
ELES(AS) Requerem requeriam Requeiram Requeiram
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU Requeri Requerera Requeresse -
TU Requereste Requereras Requeresses Requeira
ELE(A) Requereu Requerera Requeresse Requeira
NÓS Requeremos Requerêramos Requerêssemos Requeiramos
VÓS Requerestes Requerêreis Requerêsseis Requeirais
ELES(AS) Requereram Requereram Requeressem Requeiram
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU Requererei Requereria Requerer Requerendo
TU Requererás Requererias Requereres
ELE(A) Requererá Requereria Requerer
NÓS Requereremos Requereríamos Requererermos Particípio
VÓS Requerereis Requereríeis Requerererdes Requerido
ELES(AS) Requererão Requereriam Requererem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU valho valia valha
TU vales valias valhas vale
ELE(A) vale valia valha valha
NÓS valemos valíamos valhamos valhemos
VÓS valeis valíeis valhais valei
ELES(AS) valem valiam valham valhem
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU valhei valera valesse
TU valhaste valeras valesses valhas
ELE(A) valhou valera valesse valha
NÓS valhiamos valêramos valêssemos valhamos
VÓS valhieis valêreis valêsseis valhais
ELES(AS) valhiam valeram valessem valham
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU valerei valeria valer valendo
TU valerás valerias valeres
ELE(A) valerá valeria valer
NÓS valeremos valeríamos valermos Particípio
VÓS valerais valeríeis valerdes valido
ELES(AS) valerão valeriam velerem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU Perco Perdia Perca -
TU Perdes Perdias Percas Perde
ELE(A) Perde Perdia Perca Perca
NÓS Perdemos Perdíamos Percamos Percamos
VÓS Perdeis Perdíeis Percais Perdei
ELES(AS) Perdem Perdiam Percam Percam
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU Perdi Perdera Perdesse -
TU Perdeste Perderas Perdesses Percas
ELE(A) Perdeu Perdera Perdesse Perca
NÓS Perdemos Perdêramos Perdêssemos Percamos
VÓS Perdestes Perdêreis Perdêsseis Percais
ELES(AS) Perderam Perderam Perdessem Percam
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU Perderei Perderia Perder Perdendo
TU Perderás Perderias Perderes
ELE(A) Perderá Perderia Perder
NÓS Perderemos Perderíamos Perdermos Particípio
VÓS Perdereis Perderíeis Perderdes Perdido
ELES(AS) Perderão Perderiam Perderem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU (A)prazo (A)prazia (A)praza -
TU (A)prazes (A)prazias (A)prazas (A)praz
ELE(A) (A)praz (A)prazia (A)praza (A)praza
NÓS (A)prazemos (A)prazíamos (A)prazamos (A)prazamos
VÓS (A)prazeis (A)prazíeis (A)prazais (A)prazei
ELES(AS) (A)prazem (A)praziam (A)prazam (A)prazam
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU (A)prouve (A)prouvera (A)prouvesse -
TU (A)prouveste (A)prouveras (A)prouvesses (A)prazas
ELE(A) (A)prouve (A)prouvera (A)prouvesse (A)praza
NÓS (A)prouvemos (A)prouvéramos (A)prouvéssemos (A)prazamos
VÓS (A)prouvestes (A)prouvéreis (A)prouvésseis (A)prazais
ELES(AS) (A)prouveram (A)prouveram (A)prouvessem (A)prazam
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU (A)prazerei (A)prazeria (A)prouver (A)prazendo
TU (A)prazerás (A)prazerias (A)prouveres
ELE(A) (A)prazerá (A)prazeria (A)prouver
NÓS (A)prazeremos (A)prazeríamos (A)prouvermos Particípio
VÓS (A)prazereis (A)prazeríeis (A)prouverdes (A)prazido
ELES(AS) (A)prazerão (A)prazeriam (A)prouverem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU ergo erguia erga
TU ergues erguias ergas ergue
ELE(A) ergue erguia erga erga
NÓS erguemos erguiamos ergamos ergamos
VÓS erguéis erguiéis ergais erguei
ELES(AS) ergem erguem ergam ergam
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Preterito Imperf. Negativo
EU ergui erguera erguesse
TU ergueste ergueras erguesses ergas
ELE(A) ergueu erguera erguesse ergas
NÓS erguemos erguêramos erguêssemos ergamos
VÓS erguestes erguêreis erguêsseis ergais
ELES(AS) ergueram ergueram erguessem ergam
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU erguerei ergueria erguer erguendo
TU erguerias erguerias ergueres
ELE(A) ergueria ergueria erguer
NÓS ergueríamos ergueríamos erguermos Particípio
VÓS ergueríeis ergueíeis erguerdes erguido
ELES(AS) ergueriam ergueriam erguerem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU aqueço aquecia aqueça -
TU aqueces aquecias aqueças aquece
ELE(A) aquece aquecia aqueça aqueça
NÓS aquecemos aquecíamos aqueçamos aqueçamos
VÓS aqueceis aquecíeis aqueçais aquecei
ELES(AS) aquecem aqueciam aqueçam aqueçam
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU aqueci aquecera aquecesse
TU aqueceste aqueceras aquecesses
ELE(A) aqueceu aquecera aquecesse
NÓS aquecemos aquecêramos aquecêssemos
VÓS aquecestes aquecêreis aquecêsseis
ELES(AS) aqueceram aqueceram aquecessem
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU aquecerei aqueceria aquecerei
TU aquecerás aquecerias aquecerás
ELE(A) aquecerá aqueceria aquecerá
NÓS aqueceremos aqueceríamos aqueceremos Particípio
VÓS aquecereis aqueceríeis aquecereis
ELES(AS) aquecerão aqueceriam aquecerão
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU Jazo Jazia Jaza -
TU Jazes Jazias Jazas Jaz
ELE(A) Jaz Jazia Jaza Jaza
NÓS Jazemos Jazíamos Jazamos Jazamos
VÓS Jazeis Jazíeis Jazais Jazei
ELES(AS) Jazem Jaziam Jazam Jazam
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU Jazi Jazera Jazesse -
TU Jazeste Jazeras Jazesses Jazas
ELE(A) Jazeu Jazera Jazesse Jaza
NÓS Jazemos Jazêramos Jazêssemos Jazamos
VÓS Jazestes Jazêreis Jazêsseis Jazais
ELES(AS) Jazeram Jazeram Jazessem Jazam
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU Jazerei Jazeria Jazer Jazendo
TU Jazerás Jazerias Jazeres
ELE(A) Jazerá Jazeria Jazer
NÓS Jazeremos Jazeríamos Jazermos Particípio
VÓS Jazereis Jazeríeis Jazerdes Jazido
ELES(AS) Jazerão Jazeriam Jazerem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU abranjo abrangia abranja
TU abranges abrangias abranjas
ELE(A) abrange abrangia abranja
NÓS abragemos abrangiamos abranjamos
VÓS abrangéis abrangiéis abranjáis
ELES(AS) abrangem abrangiam abranjam
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU
TU
ELE(A)
NÓS Particípio
VÓS
ELES(AS)
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU rôo roía roa
TU róis roías roas rói
ELE(A) rói roía roa roa
NÓS roemos roíamos roamos roamos
VÓS roeis roíeis roais roei
ELES(AS) roem roíam roam roam
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU roí roera roesse
TU roeste roeras roesses roas
ELE(A) roeu roera roesse roa
NÓS roemos roêramos roêssemos roamos
VÓS roestes roêreis roêsseis roais
ELES(AS) roeram roeram roessem roam
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU roerei roeria roer roendo
TU roerás roerias roeres
ELE(A) roerá roeria roer
NÓS roeremos roeríamos roermos Particípio
VÓS roereis roeríeis roerdes roído
ELES(AS) roerão roeriam roerem
Ver também: Verbos regulares do Indicativo, Subjuntivo (conjuntivo), Imperativo, Particípio e Gerúndio
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU (C)aio (C)aía (C)aia -
TU (C)ais (C)aías (C)aias (C)ai
ELE(A) (C)ai (C)aía (C)aia (C)aia
NÓS (C)aímos (C)aíamos (C)aiamos (C)aiamos
VÓS (C)aís (C)aíeis (C)aiais (C)aí
ELES(AS) (C)aem (C)aíam (C)aiam (C)aiam
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU (C)aí (C)aíra (C)aísse -
TU (C)aíste (C)aíras (C)asses (C)aias
ELE(A) (C)aiu (C)aíra (C)aísse (C)aia
NÓS (C)aímos (C)aíramos (C)aíssemos (C)aiamos
VÓS (C)aístes (C)aíreis (C)aísseis (C)aiais
ELES(AS) (C)aíram (C)aíram (C)aíssem (C)aiam
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU (C)airei (C)airia (C)air (C)aindo
TU (C)airás (C)airias (C)aíres
ELE(A) (C)airá (C)airia (C)air
NÓS (C)airemos (C)airíamos (C)airmos Particípio
VÓS (C)aireis (C)airíeis (C)airdes (C)aído
ELES(AS) (C)airão (C)airiam (C)aírem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU Vou ia -
TU Vais Ias Vás Vai
ELE(A) Vai ia
NÓS Vamos Íamos Vamos Vamos
VÓS Ides Íeis Vades Ide
ELES(AS) Vão iam Vão Vão
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU Fui Fora Fosse -
TU Foste Foras Fosses Vás
ELE(A) Foi Fora Fosse
NÓS Fomos Fôramos Fôssemos Vamos
VÓS Fostes Fôreis Fôsseis Vades
ELES(AS) Foram Foram Fossem Vão
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU Irei Iria For Indo
TU Irás Irias Fores
ELE(A) Irá Iria For
NÓS Iremos Iríamos Formos Particípio
VÓS Ireis Iríeis Fordes Ido
ELES(AS) Irão Iriam Forem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU Venho Vinha Venha
TU Vens Vinhas Venhas Vem
ELE(A) Vem Vinha Venha Venha
NÓS Vimos Vínhamos Venhamos Venhamos
VÓS Vindes Vínheis Venhais Vinde
ELES(AS) Vêm Vinham Venham Venham
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU Vim Viera Viesse
TU Vieste Vieras Viesses Não venhas
ELE(A) Veio Viera Viesse Não venha
NÓS Viemos Viéramos Viéssemos Não venhamos
VÓS Viestes Viéreis Viésseis Não venhais
ELES(AS) Vieram Vieram Viessem Não venham
Futuro do Pres. Condicional/Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU Virei Viria Vier Vindo
TU Virás Virias Vieres
ELE(A) Virá Viria Vier
NÓS Viremos Viríamos Viermos Particípio
VÓS Vireis Viríeis Vierdes Vindo
ELES(AS) Virão Viriam Vierem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU Rio Ria Ria
TU Ris Rias Rias Ri
ELE(A) Ri Ria Ria Ria
NÓS Rimos Ríamos Riamos Riamos
VÓS Rides Ríeis Riais Ride
ELES(AS) Riem Riam Riam Riam
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU Ri Rira Risse
TU Riste Riras Risses Não rias
ELE(A) Riu Rira Risse Não ria
NÓS Rimos Ríramos Ríssemos Não riamos
VÓS Ristes Ríreis Rísseis Não riais
ELES(AS) Riram Riram Rissem Não riam
Futuro do Pres. Condicional/Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU Rirei Riria Rir Rindo
TU Rirás Ririas Rires
ELE(A) Rirá Riria Rir
NÓS Riremos Riríamos Rirmos Particípio
VÓS Rireis Riríeis rirdes Rido
ELES(AS) Rirão Ririam rirem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU Ouço/oiço Ouvia Ouça/ouça -
TU Ouves Ouvias Ouças/oiças Ouve
ELE(A) Ouve Ouvia Ouça/oiça Ouça/oiça
NÓS Ouvimos Ouvíamos Ouçamos/oiçamos Ouçamos/oiçamos
VÓS Ouvis Ouvíeis Ouçais/oiçais Ouvi
ELES(AS) Ouvem Ouviam Ouçam/oiçam Ouçam/oiçam
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU Ouvi Ouvira Ouvisse
TU Ouviste Ouvira Ouvisses Não ouças/oiças
ELE(A) Ouviu Ouvira Ouvisse Não ouça/oiça
NÓS Ouvimos Ouvíramos Ouvíssemos Não ouçamos/oiçamos
VÓS Ouvistes Ouvíreis Ouvísseis Não Ouçais/oiçais
ELES(AS) Ouviram Ouviram Ouvissem Não Ouçam/oiçam
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU Ouvirei Ouviria Ouvir Ouvindo
TU Ouvirás Ouvirias Ouvires
ELE(A) Ouvirá Ouviria Ouvir
NÓS Ouviremos Ouviríamos Ouvirmos Particípio
VÓS Ouvireis Ouviríeis Ouvirdes Ouvido
ELES(AS) Ouvirão Ouviriam Ouvirem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU Meço Media Meça
TU Medes Medias Meças Mede
ELE(A) Mede Media Meça Meça
NÓS Medimos Medíamos Meçamos Meçamos
VÓS Medis Medíeis Meçais Medi
ELES(AS) Medem Mediam Meçam Meçam
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU Medi Medira Medisse
TU Mediste Mediras Medisses Não meças
ELE(A) Mediu Medira Medisse Não meça
NÓS Medimos Medíramos Medíssemos Não meçamos
VÓS Medistes Medíreis Medísseis Não meçais
ELES(AS) Mediram Mediram Medissem Não meçam
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU Medirei Mediria Medir Medindo
TU Medirás Medirias Medires
ELE(A) Medirá Mediria Medir
NÓS Mediremos Mediríamos Medirmos Particípio
VÓS Medireis Mediríeis Medires Medido
ELES(AS) Mediram Mediriam Medirem

(COND)u(-)zir

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Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU Conduzo
TU Conduzes
ELE(A) Conduz
NÓS Conduzimos
VÓS Conduzis
ELES(AS) Conduzem
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU
TU
ELE(A)
NÓS Particípio
VÓS
ELES(AS)
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU dirijo dirigia dirija
TU diriges dirigias dirijas dirige
ELE(A) dirige dirigia dirija dirija
NÓS dirigimos dirigíamos dirijamos dirijamos
VÓS dirigis dirigíeis dirijais dirigi
ELES(AS) dirigem dirigiam dirijam dirijam
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU dirigi dirigira dirigia
TU dirigiste dirigiras dirigias não dirijas
ELE(A) dirigiu dirigira dirigia não dirija
NÓS dirigimos dirigíramos dirigíamos não dirijamos
VÓS dirigistes dirigíreis dirigíeis não dirijais
ELES(AS) dirigiram dirigiram dirigiam não dirijam
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU dirigirei dirigiria dirigir dirigindo
TU dirigirás dirigirias dirigires
ELE(A) dirigirá dirigiria dirigir
NÓS dirigiremos dirigiríamos dirigirmos Particípio
VÓS dirigireis dirigiríeis dirigirdes dirigido
ELES(AS) dirigirão dirigiriam dirigirem
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU Extingo
TU Extingues
ELE(A) Extingue
NÓS Extinguimos
VÓS Extinguis
ELES(AS) Extinguem
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU
TU
ELE(A)
NÓS Particípio
VÓS
ELES(AS)
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU
TU
ELE(A)
NÓS Particípio
VÓS
ELES(AS)
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU
TU
ELE(A)
NÓS Particípio
VÓS
ELES(AS)
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU
TU
ELE(A)
NÓS Particípio
VÓS
ELES(AS)
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU
TU
ELE(A)
NÓS Particípio
VÓS
ELES(AS)
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU
TU
ELE(A)
NÓS Particípio
VÓS
ELES(AS)
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU
TU
ELE(A)
NÓS Particípio
VÓS
ELES(AS)
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU
TU
ELE(A)
NÓS Particípio
VÓS
ELES(AS)
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU
TU
ELE(A)
NÓS Particípio
VÓS
ELES(AS)
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU
TU
ELE(A)
NÓS Particípio
VÓS
ELES(AS)
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU
TU
ELE(A)
NÓS Particípio
VÓS
ELES(AS)
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU
TU
ELE(A)
NÓS Particípio
VÓS
ELES(AS)
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU
TU
ELE(A)
NÓS Particípio
VÓS
ELES(AS)
Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Preterito Imperf. Negativo
EU
TU
ELE(A)
NÓS
VÓS
ELES(AS)
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU
TU
ELE(A)
NÓS Particípio
VÓS
ELES(AS)
Ver também: Verbos regulares do Indicativo, Subjuntivo (conjuntivo), Imperativo, Particípio e Gerúndio

Existe apenas uma conjugação verbal com a terminação OR. Todos os verbos nessa categoria são derivados de PÔR e eles são pouquíssimos. Entre ele podemos citar PÔR, REPOR, SUPOR e COMPOR (antigamente -poer, anomalia da segunda conjugação):

Indicativo Subjuntivo Imperativo
Presente Pretérito imperf. Presente Afirmativo
EU Ponho Punha Ponha -
TU Pões Punhas Ponhas Põe
ELE(A) Põe Punha Ponha Ponha
NÓS Pomos Púnhamos Ponhamos Ponhamos
VÓS Pondes Púnheis Ponhais Ponde
ELES(AS) Põem Punham Ponham Ponham
Pretérito perf. Pretérito +q.perf. Pretérito Imperf. Negativo
EU Pus Pusera Pusesse -
TU Puseste Puseras Pusesses Ponhas
ELE(A) Pôs Pusera Pusesse Ponha
NÓS Pusemos Puséramos Puséssemos Ponhamos
VÓS Pusestes Puséreis Pusésseis Ponhais
ELES(AS) Puseram Puseram Pusessem Ponham
Futuro do Pres. Futuro do Pret. Futuro Gerúndio
EU Porei Poria Puser Pondo
TU Porás Porias Puseres
ELE(A) Porá Poria Puser
NÓS Poremos Poríamos Pusermos Particípio
VÓS Poreis Poríeis Puserdes Posto
ELES(AS) Porão Poriam Puserem

Exercícios de fonética

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Exercícios de morfologia

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Exercícios de sintaxe

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Prove que você sabe sobre a língua portuguesa e indique as classes das palavras, estrutura, formação, propriedades e flexão. Se precisar use uma cola!

Prove que você sabe sobre a língua portuguesa e indique o papel de cada palavra nas frases. Se precisar use uma cola!

Prove que você sabe sobre a língua portuguesa e indique por quê e como existe certa palvra em uma frase.

Português/Análise do discurso

Tipos de comunicação

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Elementos comunicativos

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As funções da linguagem são classificadas de acordo com a itenção comunicacional.

Gramática ou literatura?

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A abrangência que as duas grandes áreas de estudo da língua e seus usos, a gramática e a literatura, é grande. Tradicionalmente as funções linguísticas são classificadas como gramática, por serem nada mais que a função de um texto, o seu uso no dia, e a singularidade de cada tipo textual ali representado.

Neste wikilivro a função da linguagem será classificada como literatura, por expressar o papel do corpus, e seu modo de transformar a informação.

As funções da linguagem

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A itenção do emissor da linguagem em levar a informação pode ser:

  • Função referencial/informativa/denotativa/cognitiva: o centro do texto é a mensagem, o escritor tem como prioridade transmitir o assunto ao leitor, por isso esses textos são objetivos e claros com a informação. Exemplo, um artigo científico, um texto jornalístico;
  • Função poética/estética: a prioridade é a estilística, o visual;
  • Função emotiva/expressiva: destacar o eu-lírico é a intenção que tem o emissor;
  • Função conativa/apelativa: nestes casos, a preocupação do emissor é o leitor. A principal característica destes textos é o uso do modo imperativo, que é usado na maioria dos textos desta função, pois chama a atenção do leitor. Pronomes que remetem ao receptor também são bastante comuns, como seu(s) e sua(s);
  • Função fática/de contato: a prioridade do emissor é o canal, a transmissão da mensagem, o início de uma comunicação;
  • Função metalinguística/metalinguagem: sua função é informar sobre a própria comunicação, como uma explicação sobre a língua portuguesa, um verbete de dicionário, etc.

Português/Comunicação/Língua culta e própria

Português/Texto

A pragmática é o ramo da linguística que estuda as relações dos signos com os seus utilizadores ou interpretes em contextos reais.Consiste na análise das relações existentes entre as formas linguísticas e os participantes no processo comunicativo num contexto de interação.

Português/Texto/Coesão e coerência

Português/Texto/Pontuação

Português/Texto/Citação

Português/Elementos narrativos

Português/Elementos narrativos/Enredo e eixo

Português/Elementos narrativos/Personagem

Em português, os nomes como Valdemiro, Sonho e outros, não se podem traduzir.

Valdmiro Sonhi

Português/Elementos narrativos/Tempo e espaço

Português/Literária

Português/Literária e não-literária

Português/Forma

Português/Forma/Poesia

Português/Forma/Teatro

Português/Forma/Ficção em prosa

Português/Gênero

Português/Gênero/Conto

Português/Gênero/Novela

Português/Gênero/Romance

Português/Gênero/Fábula

Português/Gênero/Épico

Português/Gênero/Crônica

Português/Gênero/Drama

Português/Gênero/Ensaio