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Português/Período composto/Orações coordenadas/Assindéticas

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O wikilivro Introdução à língua portuguesa possui uma versão simplificada deste assunto: Orações assindéticas

As orações assindéticas são orações coordenadas, ou seja, não possuem relação sintática com as demais orações. Estas, ao contrário das sindéticas, não são ligadas por conjunções (sindetos). Estas estão apenas justapostas, separadas por vírgulas. São formadas por um fenômeno chamado de assíndeto. Sua principal função é enumerar, sejam fatos, pessoas, ou qualquer outra coisa, e desta forma, não ocorre repetição dos termos. É comum encontrá-las dentro de outras orações. Exemplos de períodos:

Todos estavam com fome. Não comiam há horas. (Todos estavam com fome porque não comiam há horas.)
  • Oração 1 - Todos estavam com fome. (coordenada assindética);
  • Oração 2 - Não comiam há horas. (coordenada assindética).


Nos séculos XV, XVI, XVII e XVIII, a história viveu a Idade Moderna.
  • Oração - Nos séculos XV, XVI, XVII e XVIII, a história viveu a Idade Moderna. (absoluta);
  • Oração interna 1 - XVI, (coordenada assindética);
  • Oração interna 2 - XVII (coordenada assindética).


"Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
(...)"

- Luís Vaz de Camões

No soneto de Camões, as três primeiras estrofes classificam-se como uma oração absoluta. Entre o segundo e o décimo primeiro verso, cada verso representa uma oração coordenada assindética interna.

Não existe classificação, embora possamos perceber diferentes relações: chegue mais cedo, precisamos conversar (explicação); vim, vi, venci (adição); eles saíram, eu fiquei (adversidade).