Teoria musical/Intervalos/Inversão de intervalos
A inversão de intervalos é um conceito importante na teoria musical que se refere à alteração da ordem das notas em um intervalo, mantendo o mesmo nome do intervalo, mas mudando sua qualidade (maior, menor, aumentado ou diminuto). A inversão de intervalos é especialmente relevante ao construir acordes e arpejos, bem como na análise harmônica.
Para entender melhor, vamos considerar um exemplo de intervalo inicial:
- Intervalo: C para E (um intervalo de terça maior).
Agora, vamos inverter esse intervalo:
- Inversão: E para C (um intervalo de terça menor).
Observe que a nota mais baixa tornou-se a nota mais alta e vice-versa. No entanto, o nome do intervalo permanece o mesmo - terça - mas sua qualidade mudou de maior para menor.
Existem duas formas de inversão de intervalos: inversão ascendente e inversão descendente.
- Inversão Ascendente:
- Numa inversão ascendente, a nota mais baixa é movida uma oitava acima.
- O intervalo resultante tem o mesmo nome, mas sua qualidade é alterada.
- Exemplo: Uma terça maior (C para E) invertida ascendente se torna uma sexta menor (E para C).
- Inversão Descendente:
- Numa inversão descendente, a nota mais alta é movida uma oitava abaixo.
- O intervalo resultante também tem o mesmo nome, mas sua qualidade é alterada.
- Exemplo: Uma terça maior (C para E) invertida descendente se torna uma sexta maior (E para C).
Veja um resumo das inversões dos intervalos básicos:
- Intervalo original: C para E (terça maior)
- Inversão ascendente: E para C (sexta menor)
- Inversão descendente: E para C (sexta maior)
É importante notar que nem todos os intervalos podem ser invertidos, pois, em alguns casos, a inversão poderia resultar em um intervalo que não está dentro de uma oitava. Por exemplo, o intervalo de segunda aumentada (C para D#) não pode ser invertido, pois sua inversão (D# para C) resultaria em um intervalo de sétima menor, que é maior do que uma oitava.
A inversão de intervalos é uma ferramenta valiosa na construção de acordes e na compreensão das relações harmônicas dentro da música. Ao dominar esse conceito, os músicos podem ampliar suas habilidades de harmonização, arranjo e análise musical.