Suazilândia/História
Suazilândia |
Os primeiros seres humanos a ocuparem o atual território suazilandês foram caçadores-coletores falantes de línguas do ramo khoisan, há 200 000 anos atrás.
A expansão banta, a partir do início da era cristã, atingiu o território suazilandês alguns séculos depois, expulsando os povos de línguas khoisan e introduzindo na região o ferro e a agricultura. No século XIX, os ancestrais bantos do atual povo suazi chegaram à região, procedentes do sul do atual Moçambique, fugindo de conflitos com o também banto reino zulu da região da atual província sul-africana de KwaZulu-Natal. Na época, os suazis eram liderados pelo rei Sobhuza I, que faleceu em 1836. Seu filho, Mswati II, fez com que o nome de seu povo passasse a ser suazi. No final do século XIX e início do século XX, os britânicos assumiram paulatinamente o controle do país.
Em 1963, os britânicos concederam autonomia limitada ao país. Em 1967, foi proclamado o reino da Suazilândia, uma monarquia constitucional sob proteção britânica. Em 1968, foi proclamada a total independência do país, sob o reinado do rei Sobhuza II. Na década de 1970, no entanto, o rei Sobhuza II dissolveu por duas vezes o parlamento. O regime tornou-se progressivamente mais autoritário, proibindo a existência de partidos políticos e punindo qualquer forma de oposição ao regime. Na década seguinte, a expansão do turismo gerou crescimento econômico para o país. Ao mesmo tempo, no entanto, o surgimento da epidemia mundial de AIDS revelou-se mais severa no continente africano, especialmente na Suazilândia, que detém atualmente o maior índice no mundo de contaminação pelo vírus HIV: 26,1% da população está contaminada[1].
O rei Mswati III assumiu o trono em 1986, quatro anos após a morte de seu pai, o rei Sobhuza II. O governo suazilandês passou a apoiar o regime racista sul-africano. Porém, na década de 1990, com a queda do regime sul-africano do apartheid, cresceram no país os protestos contra a falta de democracia[2][3].
As más condições de vida da população no início do século XXI fizeram crescer os protestos populares contra os elevados gastos da família real suazilandesa[4].