História do Brasil/O governo de Epitácio Pessoa
Epitácio Pessoa assumiu a presidência em 28 de julho de 1919, substituindo Delfim Moreira, presidente que assumiu em razão da morte de Rodrigues Alves. Com o fim da Primeira Guerra Mundial, a Europa reabilitou suas indústrias. No Brasil, houve greves operárias e os cafeicultores tentavam impor suas reivindicações. Epitácio Pessoa buscou implantar uma política de austeridade fiscal, mas os estados o pressionaram. Teve que enfrentar a Revolta do Forte de Copacabana em 5 de julho de 1922. Entre os subalternos e tenentes havia um clima de oposição por reformas políticas profundas, o Tenentismo.
No campo artístico, no seu governo ocorreu a Semana de Arte Moderna, que buscava instituir o novo modo de fazer arte. Pretendiam sair das concepções europeias e queriam criar uma concepção puramente brasileira. Oswald de Andrade, Manuel Bandeira e Mário de Andrade lideraram o movimento. As comemorações do centenário da independência foram marcadas pela realização de uma grande Exposição Internacional.
No esporte, o governo vetou a participação de futebolistas negros na Seleção Brasileira de Futebol que iria disputar o Campeonato Sul-Americano de Futebol em 1922.
Na política, foi fundado o Partido Comunista Brasileiro (PCB) em 1922. O PCB deu nova orientação e organização ao povo operário. Os trabalhadores, influenciados pelos ideais da Revolução Russa de 1917, abandonaram o anarquismo em favor do socialismo. As oligarquias não viam com bons olhos a organização operária.
Epitácio Pessoa foi substituído em 15 de novembro de 1922 por Artur Bernardes.