História do Brasil/A Segunda Guerra Mundial e o Brasil
A Segunda Guerra Mundial e o Brasil
[editar | editar código-fonte]Durante a Segunda Guerra Mundial, o Brasil estava sendo comandado pelo Estado Novo de Getúlio Vargas que posicionava-se de forma neutra quanto a guerra apesar de ter como principais parceiros comerciais os Estados Unidos e a Alemanha Nazista, até que em 1943 o Brasil aderiu à Carta do Atlântico, em que previa o alinhamento automático com qualquer nação do continente americano que fosse atacada por uma potência extracontinental.
O Brasil e a borracha
[editar | editar código-fonte]Durante a Segunda Guerra mundial um dos recursos vitais era a borracha pois ela é o principal material para a criação de pneus, botes, calçados, material isolante e outros itens importantes para o contexto da guerra e o Brasil se viu muito beneficiado pois detinha a maior produção de borracha e látex do mundo fazendo com que continuasse, mesmo durante a guerra tendo relações comerciais com americanos e nazistas sem sofrer retaliação de nenhum dos dois lados (até 1942).
Brasil se alia aos Estados Unidos e aliados
[editar | editar código-fonte]Em 1942, os americanos instalaram bases aeronaves ao longo da costa Norte-Nordeste brasileira como uma espécie de ''agrado'' além de fornecer armas para o Brasil (com o objetivo de trazer o Brasil para o lado dos aliados). Por conta dessa aproximação entre as duas nações submarinos de guerra alemães e italianos destruíram navios mercantes brasileiros e só depois de meses o Governo Brasileiro declara guerra à Alemanha nazista e à Itália fascista, em agosto de 1942.
''A cobra fumou''- O Brasil entra de vez na guerra
[editar | editar código-fonte]Antes do Brasil decidir abandonar a neutralidade e se juntar aos aliados na guerra houve muitas conversas entre Getúlio Vargas e Franklin D. Roosevelt (presidente dos Estados Unidos na época) que duraram meses e nem mesmo após os ataques nazistas aos navios mercantes brasileiros Getúlio Vargas se aliou aos Estados Unidos de imediato, somente depois de meses de conversa e negociações é que o Brasil entra na guerra e durante esse período uma frase se popularizou entre os brasileiros que dizia: “É mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na guerra".
Quando o Brasil finalmente entra na guerra um slogan é criado fazendo uma sátira da frase que era "a cobra vai fumar". O Brasil invadiu a Itália Fascista em Julho de 1944 sendo fundamental para a derrota italiana chegando a dominar quase todo o território italiano junto dos aliados (apesar do Brasil teoricamente não estar sozinho a FEB foi a protagonista de mais de 90% dos conflitos na Itália).
A bravura e compaixão do exército brasileiro
[editar | editar código-fonte]Apesar do contexto de guerra, o exército brasileiro não teve uma postura tirânica com os soldados inimigos capturados, inclusive há relatos de que os brasileiros dividiam parte de sua comida com os soldados italianos capturados e davam um tratamento digno sem qualquer tipo de violência extrema tampouco tortura.
No final das contas o Brasil foi essencial para a vitória aliada no sul da Europa e os atos de coragem e bravura do exercito brasileiro foram reconhecidos mundialmente (principalmente pelos americanos e ingleses). Um ato notório de coragem do exercito brasileiro foi não se render em hipótese alguma para seus inimigos até mesmo quando sua munição chegava ao fim. O caso mais famoso foi dos três soldados brasileiros: Arlindo Lúcio da Silva, Geraldo Rodrigues de Souza e Geraldo Baeta da Cruz que eliminaram cerca de alemães fazendo-os pensar que estavam lutando contra um batalhão brasileiro pela forma organizada e potente que os três brasileiros guerreavam porém, infelizmente, acabaram as munições dos pracinhas (nome dado aos soldados brasileiros por serem menos experientes que os outros batalhões) que ao invés de se render continuaram a lutar com armas brancas porém foram mortos pelos alemães (inclusive até os próprios alemães remanescentes prestaram pequenas homenagens e gestos de respeito aos três guerreiros pela sua bravura, honra e coragem).
Período pós-guerra (no Brasil)
[editar | editar código-fonte]A participação do Brasil na guerra e a forma como a mesma se desenrolou contribuíram para o fim do Estado Novo assim como contribuiu para um crescimento do sentimento nacionalista entre a população além de ter dado muito mais influência para o país no cenário mundial e principalmente latino-americano (muito por conta de sua proximidade comercial com os Estados Unidos).
Os aspectos econômico e político sofreram mudanças em sua maioria boas como o aumento do PIB em cerca de 18%, a volta das eleições democráticas e mudanças na constituição após o fim do Estado Novo.
Informações adicionais
[editar | editar código-fonte]A Força Expedicionária Brasileira (FEB) teve sua formação definida na Conferência do Potengi, logo após a Conferência de Casablanca, mas sua criação foi protelada por um ano após a declaração de guerra. O Brasil enviou cerca de 25.000 homens, de um total inicial previsto de 100.000. A FEB cumpriu as principais missões que lhe foram dadas pelo comando aliado. Teve grande destaque o apoio oferecido pelo Brasil aos aliados, através do 1º Grupo de Aviação de Caça criado em 18 de dezembro de 1943.