Civilização Egípcia/Novo império/Dinastias do Novo Império/19ª Dinastia

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Dinastia 19

Faraós da Décima Nona Dinastia[editar | editar código-fonte]

coluna e capitel do templo de Hathor em Mênfis
  • Ramesses I (Menpehtyre)
  • Seti I (Menmaatre)
  • Ramesses II (Usermaatresetepenre)
  • Merenptah (Baenrehotephirmaat)
  • Amenmesse (Menmire)
  • Seti II (Userkheperuresetepenre)
  • Siptah (Akhenresetepenre)
  • Tausert (Sitremeritamun)
  • Ramsés I Menpehtyre

Seu nome significa Ra o criou. Seu nome de trono Eterna é a força de Ra.

O último faraó da 18ª Dinastia foi Horemheb, que na verdade não possuía linhagem real e era um general do exército. Como ele não deixou herdeiros, designou para sucedê-lo seu comandante militar de nome Paramessu, que foi co-regente de Horemheb e com a morte deste se tornou Ramsés I.

Sua família era originária do Delta, de Avaris, que havia sido a capital dos invasores estrangeiros chamados de hicsos (quatrocentos anos antes). O pai de Ramsés I também era um oficial do exército de nome Seti e o faraó se casou com Sit-Re, que deveria ser filha de um militar. O casal teve um filho também chamado Seti que foi vizir do pai, comandante de tropas e co-regente. Portanto se vê que essa foi uma dinastia de militares.

Horemheb deve ter avaliado bem sua escolha ao deixar o trono para Paramessu, porque o agora chamado Ramsés se preocupou em restabelecer a ordem religiosa depois de toda a confusão do reinado de Akhenaton, seguindo os passos do próprio Horemheb.

Podemos dizer que este foi o fundador de uma das mais poderosas dinastias egípcias. Embora tenha reinado por apenas dois anos, Ramsés I procurou manter a estabilidade política do país e reabriu as rotas de caravanas de comércio com o Sinai.

Como os faraós anteriores, fez melhorias no Templo de Amon em Karnak e construiu uma capela e um templo em Abidos.

Sua tumba está no Vale dos Reis no número 16, uma pequena tumba, que como as outras também foi violada e saqueada.

Ela foi descoberta em 1817 por Belzoni e estava inacabada, como se fosse apenas uma antecâmara. Lá havia um grande sarcófago de granito, um par de estátuas do faraó que deveriam, um dia, ter sido cobertas de ouro. Havia muitas pequenas estátuas de deuses feitas em madeira e cabeças de animais.

A múmia do faraó ficou perdida durante muitos anos e alguns egiptólogos acreditam que foi encontrada no Canadá.

Em 1999 um lugar chamado Niagara Falls Museum and Daredevil Hall of Fame fechou e vendeu suas antiguidades que foram compradas pelo Carlos Museum, dentre elas uma múmia, muito bem conservada e cuja mumificação chamou atenção de estudiosos. Depois de uma cuidadosa análise eles concluíram que a múmia deveria ser Ramsés I.

O Museu então, gentilmente, resolveu devolver a múmia ao seu local de origem, o Egito.

A esposa de Ramsés I, Sit-Re sobreviveu ao marido e foi sepultada numa tumba inacabada, no Vale das Rainhas.

  • Seti I Menmaatre

Seu nome Sety Merenptah significa Ele que pertence ao deus Seth, Amado de Ptah. Seu nome de trono Menmaatre significa Eterna é a justiça de Ra.

Seu pai foi Ramsés I e sua mãe Sit-Re. Sua esposa foi Tuya, filha de um tenente do exército (condutor de bigas) e eles tiveram duas filhas e um filho, Ramsés II.

Seti foi co-regente de seu pai Ramsés I e um grande comandante militar, seguindo a tradição da família. Além de campanhas na Ásia, junto com seu filho Ramsés II lutou a batalha de Kadesh, e enfrentou lutas contra os beduínos e a captura de Gaza e Rafah.

Como governante, prosseguiu com a política diplomática e econômica de boas relações com outros países, além de ser dedicado às artes e à arquitetura. As manifestações artísticas em seu reinado jamais foram igualadas em qualidade e refinamento.

Tumba de Seti I Vale dos Reis

Seti I construiu vários monumentos incluindo um cenotáfio e um templo em Abidos. No templo de Seti I havia sete santuários: um para si próprio, um para cada deus, Ptah, Ra-Harakhte, Amon-Ra, Osíris, Isis e Hórus.

Nesse templo, existe uma parte chamada Sala dos Registros ou Galeria das Listas, (Lista de Abidos) em cujas paredes está gravada a lista oficial de faraós desde a primeira dinastia até o próprio Seti I. Esta lista é uma das que não registra os reis do período de Amarna, Akhenaton, Smenkhkare, Tutankhamon e Ay. Ela pula de Amenhotep III para Horemheb.

O cenotáfio para Osíris chamado Osireion fica próximo ao templo.

Como todos os faraós, Seti I é responsável por acréscimos no Templo de Amon em Karnak, sendo que ele fez um acréscimo notável, a grande sala hipostila, essa é a maior das estruturas religiosas já construída. Seu filho Ramsés II terminou a obra.

Seu túmulo foi escavado no Vale dos Reis e é o mais profundo e mais completo do vale. Ele é totalmente decorado, não apenas na câmara mortuária, e os faraós seguintes copiaram o estilo, decorando por completo seus túmulos. Na câmara mortuária foi encontrado um sarcófago de alabastro, vazio, que está no Museu de Londres.

A múmia de Seti I foi encontrada no cache de Deir el-Bahari em 1881 e hoje está na Sala das Múmias do Museu Egípcio do Cairo.

  • Ramsés II Usermaatresetepenre

Chamado Ramsés o Grande, ele foi de fato um grande faraó e vamos dizer que soube fazer seu marketing, colocando seu nome em todos os monumentos possíveis, até naqueles que não lhe pertenciam.

Seu nome Ramsés Meryamun, significa Nascido de Ra, Amado por Amon. Seu nome de trono Usermaatre-setepenre, A justiça de Ra é poderosa, Escolhido por Ra.

Seu pai foi Seti I e sua mãe a rainha Tuya. Esse faraó teve, pelo menos, duzentas esposas e concubinas, dentre elas temos três rainhas mais conhecidas, a favorita Nefertari, Istnofret, Maathornefrure (hitita) além de suas filhas e esposas Binthanath e Marytamon. Também é fato sempre mencionado que Ramsés II teve cerca de 96 filhos e 60 filhas.

Um de seus filhos Khaemwise era sacerdote de Ptah e governador de Mênfis, foi sepultado no Serapeum próximo aos sagrados Bois Ápis, o peitoral trazendo o nome de Ramsés II foi encontrado no túmulo de Khaemwise.

peitoral com o nome de Ramsés II, Serapeum de Mênfis

A rainha Nefertari também lhe deu um filho homem Amun-he-shepeshef que faleceu por volta dos quarenta anos. Ao todo Ramsés II sobreviveu a treze de seus filhos e foi o décimo quarto, Merenptah cuja mãe era Isnofret, quem herdou o trono.

Ramsés II assumiu o trono do Egito por volta dos vinte anos de idade e reinou durante uns sessenta e sete anos. Durante seu reinado ele foi responsável por inúmeras construções e seu nome está inscrito em outras que já existiam. Ele colocou seu nome em tudo, monumentos, estátuas e mandava inscrevê-lo tão profundamente de modo que ninguém mais pudesse inscrever por cima, como ele mesmo havia feito com os outros.

Dentre suas obras estão o Templo de Abu Simbel, Templo de Nefertari, a Sala Hipostila em Karnak, Templo em Abidos, Templo em Luxor, Ramesseum, a tumba de Nefertari (Vale das Rainhas) considerada a jóia do Vale, a tumba número 7 e a número 5 (que se acredita tenha sido construída para alguns de seus filhos e deve ser a maior tumba do vale) no Vale dos Reis, o Serapeum e outras. Também fundou a cidade de Pi-Ramsés no Delta.

Ramsés II acompanhou seu pai, Seti I em várias campanhas militares, como co-regente. Aos vinte e dois anos, liderou uma campanha à Núbia, junto com dois de seus filhos. Foi à guerra contra os hititas e lutou a famosa batalha de Kadesh.

Como chefe militar ele é muito questionado, mas sem dúvida, foi um gênio ao fazer sua propaganda, porque gastou muito tempo e espaço nas paredes alardeando suas vitórias. Parece que há diversas opiniões sobre Ramsés II. Alguns acreditam que ele foi mesmo o maior dos faraós, outros colocam dúvidas em tantas conquistas e feitos. Politicamente ele foi responsável por um tratado de paz entre o Egito e os Hititas.

Ramsés II foi sepultado no Vale dos Reis na tumba de número 7, mas sua múmia foi movida duas vezes e terminou no cache de Deir el-Bahari, onde foi encontrada.

Na verdade, os sacerdotes que moveram e reenfaixaram a múmia de Ramsés II, também o fizeram com as múmias de Ramsés I, Seti I e Amenhotep I. Eles alegavam que estavam retirando os amuletos, enfeites e jóias, para proteger os corpos dos ladrões de tumbas, mas o que estavam fazendo era saquear as múmias antes que outros o fizessem. O mais interessante é que os sacerdotes documentaram isso tudo nas faixas de linho que cobriam as múmias.

  • Merenptah Baenrehotephirmaat

Seu nome Merenptah Hetep-her-maat significa Amado por Ptah, Feliz é a Verdade. Seu nome de trono Baenre Mery-netjeru A alma de Ra, Amado dos deuses.

Foi o 13º ou 14º filho de Ramsés II e sua mãe era a rainha Istnofret (ele foi seu quarto filho). Suas esposas foram, Takhat e a irmã Istnofret II. Registram-se dois filhos, Amenmesse filho de Takhat (isso não é certo) e Seti-Merenptah que mais tarde foi Seti II.

KV8 Sarcófago do faraó Merenptah

Seu pai Ramsés II viveu e reinou durante muito tempo, portanto se presume que Menreptah tivesse por volta de sessenta anos quando subiu ao trono. Possivelmente ele governava por seu pai que já estava muito idoso.

Antes, ele foi general do exército e só se tornou herdeiro com uns quarenta e cinco anos de idade.

Durante seu reinado ele manteve a paz na Ásia e está registrado que mandou alimentos para os Hititas, que estavam morrendo de fome, conforme acordo feito com seu pai. Suas campanhas militares na Núbia e na Líbia estão gravadas em Karnak e em seu templo em Tebas.

Data do reinado de Merenptah a primeira referência não bíblica a Israel. Está na Estela da Vitória, que ele usurpou do templo mortuário de Amenhotep III em Tebas. Nela ele lista suas conquistas militares (fazendo um comentário sobre cada povo dominado) e há uma única referência a Israel - exterminada, vazia de sementes.

Por causa deste registro, acredita-se que se o êxodo for provado historicamente, ele poderia ter sido o faraó da época.

Merenptah também fez algumas obras, como adições aos templos como o Osireion em Abidos e ao templo que seu pai construiu em Dendera. Construiu seu templo funerário atrás dos Colossos de Memnon, usando as pedras do templo anterior. Construiu um palácio em Mênfis perto do templo de Ptah.

Há registros do faraó Merenptah em Estelas na Núbia, blocos em Elefantina, inscrições em diversos outros templos, uma coluna da vitória em Heliópolis e vários monumentos em Pi Ramsés.

Sua tumba é a de número 8 no Vale dos Reis, foi descoberta por Carter (o mesmo que descobriu a tumba de Tutankhamon) em 1903, próximo à tumba de Ramsés II. Quando foi aberta estava em escombros e trazia rabiscos da época dos gregos e romanos. O sarcófago em granito rosado evidentemente estava vazio. A múmia foi encontrada dentro da tumba de Amenhotep II (KV 35) entre outras dezoito múmias.

  • Amenmesse Menmire

Seu nome significa Nascido de Amon e o nome de trono Menmire-setepenre Eterno como Ra, Escolhido por Ra. Seu nome egípcio devia ser Heqa-waset, Criado por Amon, governante de Tebas.

Amenmese

Há muitas controvérsias a respeito desse faraó e de quando ele reinou. Não se sabe se ele reinou antes de Seti II legitimamente ou se usurpou o trono de seu irmão (se é que era irmão).

Na verdade, pelo fato das inscrições do nome de Seti II terem sido apagadas, se levanta a hipótese de Amenmesse ter sido usurpador.

Se de fato, Seti II reinou depois dele, pode ter sido o próprio Seti que apagou o nome desse faraó das construções usurpando-as.

Acreditava-se que Amenmesse fosse filho de Merenptah com a rainha Takhat e que teria se casado com uma mulher de nome Baktwerel. Mas, alguns estudiosos dizem que Takhat e Baktwerel foram a mãe e a esposa de Ramsés IX.

Como a maior parte das deduções, essa foi tirada das inscrições encontradas na tumba de Amenmesse, mas, parece que essa tumba na verdade, foi usurpada pelas mulheres mencionadas acima.

Há também a hipótese de ele ter sido um vizir do sul do Egito na época do reinado de Seti II, que se chamava Messiu e não um verdadeiro faraó.

A possibilidade de ele ter sido filho de Takhat (esposa de Merenptah) não parece muito lógica porque o nome dela foi inscrito na tumba deste faraó apenas na 20ª Dinastia.

Nada se sabe sobre o governo de Amenmesse, nem política nem militarmente. As construções atribuídas a ele foram alguns acréscimos a monumentos já existentes e algumas estátuas. Seis estátuas são atribuídas a ele na Sala Hipostila de Karnak, inclusive numa delas há a inscrição A Grande Esposa Real Takhat. Não se sabe se essa estátua é mesmo Amenmesse ou se foi usurpada e fica muito difícil saber quem construiu o que e quem usou apenas os monumentos alheios.

Sua tumba no Vale dos Reis, número 10, é bastante conhecida desde 1743 e muito da decoração foi destruída. Três múmias foram achadas na tumba, duas mulheres e um homem, que não foram identificados. Muitas das coisas que havia na tumba não pertenciam a ela, como ushabits de Seti I e restos do sarcófago de Ramsés VI entre outros itens.

Essa tumba continua sendo investigada em busca de respostas, se Amenmesse foi sepultado ali, qual seria a ligação dele com Takhat e Baketwerel para quem a tumba foi redecorada. É um túmulo muito simples e nos corredores ainda se podem ver cenas do faraó Amenmesse (talvez) em frente ao deus Ra-Harakhte, cenas da Litânia de Ra, o Amduat e cenas de Takhat fazendo oferendas aos deuses. Também há cenas de Baketwerel fazendo oferendas e do Livro dos Mortos.

  • Seti II Userkheperuresetepenre

Seu nome Seti Merenptah significa Aquele que pertence ao deus Seth, Amado de Ptah. Seu nome de trono Userkheperure Setepenre significa Poderosas são as manifestações de Ra, Escolhido de Ra.

Ele era filho de Merenptah e talvez meio irmão de Amenmesse, sua mãe era Istnofret. Suas esposas foram, Takhat II, Tausert e Tiaa. Tausert lhe deu um filho, Seti-Merenptah que faleceu antes de herdar o trono e Tiaa lhe deu Siptah.

Seti II

Seu reinado é um tanto confuso porque se sabe que ele era o filho mais velho de Merenptah e seu herdeiro, como também era o comandante militar no reinado de seu pai.

O problema é que Amenmesse (possivelmente) reinou por um tempo curto antes dele assumir o trono. Não se sabe se Amenmesse usurpou o trono ou se foi o sucessor legítimo de Merenptah.

O fato é que Seti II prosseguiu com as campanhas militares na Núbia e no Sinai onde seu nome foi encontrado, provavelmente por causa das minas de ouro. Mas, em termos gerais parece que seu governo foi pacífico.

Suas obras conhecidas são um templo em Hermópolis onde ele terminou o embelezamento começado por seu avô Ramsés II, adições ao Templo de Karnak e completou um templo para Mut.

Sua tumba é conhecida no Vale dos Reis no número 15, mas seu templo mortuário nunca foi encontrado. A tumba foi encontrada por Howard Carter em 1903 e foi usada como local de armazenamento enquanto Carter escavava a tumba de Tutankhamon.

A múmia de Seti II não foi encontrada em sua tumba e sim na de número 35, onde havia um depósito de múmias. Muitos acreditam que ele foi sepultado junto de sua esposa Tausert no túmulo da rainha e que sua tumba foi terminada para ser usada na dinastia seguinte por Sekhnakht.

  • Siptah Akhenresetepenre

Seu nome Siptah Merenptah significa Amado por Ptah, Filho de Ptah. Seu nome de trono Akhenre-setepenre significa Belo para Ra, Escolhido por Ra.

Seu pai foi Seti II e sua mãe a rainha Tiaa. Como seu pai faleceu e ele ainda era criança a regente foi a rainha Tausert.

Não se sabe se algum dia Siptah governou realmente o Egito. É possível que durante toda sua vida como faraó ele estivesse sob a tutela de sua regente a rainha Tausert (esposa principal de seu pai) e do vizir Bay.

Tampa do sarcófago de Siptah

Na realidade, os médicos chegaram à conclusão ao examinar sua múmia de que ele poderia ter sofrido de paralisia cerebral e seu pé esquerdo deformado indicava que talvez tivesse tido poliomielite.

Nada se sabe também sobre sua mãe, se faleceu antes ou depois dele, apenas se levanta a hipótese de que ela era Síria.

Siptah chegou ao trono quando seu irmão mais velho, filho da rainha Tausert, que era o herdeiro, faleceu, e ele tinha por volta de quatorze anos. Parece que Siptah, faleceu aos vinte anos.

Sua tumba é a número 47 do Vale dos Reis, mas sua múmia foi encontrada na de número 35 junto com outras, embora a 47 tenha sido decorada para ele.

Seu sarcófago de granito vermelho em forma de cartucho, decorado com passagens do Livro dos Portões, foi encontrado enterrado no chão. Havia ossos nele, mas eram provavelmente de alguém do Terceiro Período Intermediário. Na verdade essa tumba nunca foi completamente explorada até 1994, quando foi feito um trabalho de recuperação pelo Serviço de Antiguidades Egípcio.

As evidências são de que a mãe de Siptah, a rainha Tiaa foi sepultada também nesta tumba porque foram encontrados fragmentos de vasos canopos, um sarcófago e várias ostracas com o nome de Tiaa.

  • Rainha Tausert Sitremeritamun

Seu nome Towosret setep-en-mut significa Senhora poderosa, Escolhida por Mut. Seu nome de trono Site-re Mery-amun significa Filha de Ra, Amada por Amon. Seu nome também é escrito como Tawosret.

Ela foi a esposa de Seti II e mãe de seu herdeiro Seti-Merenptah que faleceu antes de herdar o trono. Quem herdou o trono de Seti II foi um filho dele com outra esposa, Tiaa (que talvez fosse descendente de sírios). Quando o faraó faleceu, Tausert assumiu a regência pelo menino herdeiro Siptah.

Existe a hipótese que o faraó herdeiro Siptah tivesse problemas de saúde, além de ser uma criança quando seu pai faleceu, portanto, se assim foi, Tausert governou o Egito a partir do momento em que seu marido Seti II faleceu.

Infelizmente pouco se sabe sobre a rainha que foi o último governante da décima nona dinastia.

Quando Siptah faleceu (por volta dos vinte anos de idade), Tausert assumiu o trono com o título de Rainha. Ela marcou a contagem dos anos começando do período de sua regência. Provavelmente o vizir Bay esteve ao lado dela desde a regência e continuou a governar a seu lado.

KV14, tumba de Tausert usurpada por Setnekht

Existem lendas que dizem que o vizir mandou executá-la depois que ela, totalmente apaixonada, lhe entregou o controle total do tesouro egípcio.

Há evidências de obras feitas pela rainha em Heliópolis onde foi encontrada uma estátua de Tausert, assim como houve obras em Tebas, Seu nome também foi encontrado em Abidos, Hermópolis, Mênfis e na Núbia.

Para ela foi feita uma tumba monumental no Vale dos Reis, a de número 14, onde ela é mostrada como a amada esposa de Seti II. Essa tumba foi construída em três etapas, quando ela foi a rainha de Seti II, quando foi regente para Siptah e quando assumiu o trono. Seu marido deve ter sido sepultado no mesmo local.

Sua múmia não foi devidamente identificada e é possível que seja a chamada romana desconhecida que estava armazenada na tumba 35.

O vizir Bay é uma figura pouco conhecida e talvez tenha reinado sozinho durante um ano mais ou menos, após a morte de Tausert. Muitos estudiosos acreditam que ele sempre governou por trás da figura da rainha. Ele tinha sido escriba real de Seti II e se acredita que era descendente de sírios.