Civilização Egípcia/Último período/Dinastias do último período/27ª Dinastia
27ª Dinastia
[editar | editar código-fonte]- Cambyses
- Darius I
- Xerxes I
- Artaxerxes I
- Darius II
- Cambyses
Depois de capturar o Egito, Cambises usou o nome de trono Mesut-i-re (Mesuti-Ra), Descendente de Ra.
Cambises era filho do imperador persa Ciro, o Grande que também nomeou seu filho rei da Babilônia, embora Cambises tenha abandonado esse título e após reinar um ano apenas, ele invadiu o Egito.
Derrubou o rei egípcio Psammetichus III e se tornou o primeiro governante da 27 ª Dinastia, Persa.
Não se sabe muito sobre Cambises e os textos de Heródoto, historiador grego fazem desse rei persa um retrato terrível. Segundo Heródoto, Cambises destruiu os templos egípcios, foi um déspota, um tirano cruel, um monstro de maldade.
Hoje sabemos que essa é uma visão grega da história, até porque os gregos não suportavam os persas.
De qualquer maneira, parece que Cambises entrou no Egito através do deserto com muita facilidade. Derrotou as forças egípcias em batalha e cercou Mênfis. Se Psammetichus III conseguiu escapar, logo foi capturado e preso.
Os estudiosos hoje em dia acreditam que o governo de Cambises no Egito não foi terrível como Heródoto contou, na realidade a dinastia Saíta já estava derrotada quando Cambises tomou o país. Aparentemente o Egito já tinha sido abandonado pelos seus aliados gregos, e as minorias como a comunidade judaica em Elefantina, assim como uma parte da aristocracia egípcia recebeu bem o governo de Cambises.
Uma evidência de que Cambises respeitava os costumes egípcios e procurava se apresentar como um rei egípcio é a inscrição numa estátua de Udjadhorresnet que era um sacerdote saíta, além de médico e oficial da marinha. Essa inscrição é uma autobiografia, que hoje está no Museu do Vaticano.
Através das palavras do sacerdote, ficamos sabendo que Cambises procurava promover os cidadãos nascidos no Egito dando-lhes trabalho no governo e que mostrava respeito pela religião egípcia. É muito provável que a história da destruição dos templos e pilhagem das cidades nunca tenha existido, sendo apenas uma história inventada pelos gregos.
Na Pérsia, os nobres estavam se alinhando ao lado do irmão de Cambises, Bardias (ou Esmerdis). O trono de Ciro, o Grande estava mudando de mãos e Cambises precisava retornar à Pérsia. Nessa altura parece que Cambises já estava apresentando problemas mentais. Ele abandona rapidamente o Egito deixando um sátrapa no governo.
Existem muitas histórias com relação a morte de Cambises e a previsão dos sacerdotes de Buto sobre como seria essa morte. Mas, o fato é que Cambises morreu na Síria, quando voltava para casa, na Pérsia.
Embora ele tenha governado o Egito e tido seu nome inscrito num cartucho como os faraós, ele foi sepultado em Takht-i-Rustam (nagsh-e-rostam) perto de Persépolis.
- Darius I
Após a morte de Cambises houve uma rápida revolta popular sufocada por Dario I, parente distante de Cambises e oficial do exército. Ele era filho de Hystaspes, membro da família de Ciro, o Grande.
Dario I servia no exército no Egito enquanto Cambises governava e quando o rei faleceu a caminho da Pérsia, ele tomou o trono. Mais tarde foi considerado o último grande legislador do Egito.
Dario I foi um rei generoso, tratou os egípcios com respeito por sua religião e seus costumes e foi responsável por muitas reformas sociais e políticas. Ele foi bem aceito pelo povo.
Durante seu reinado houve muitos projetos de construção. Ele completou o canal do Delta ao Mar Vermelho, que havia sido iniciado por Nekau II (Necho). Aumentou o Serapeum e recuperou o templo de Ptah em Mênfis, também construiu no Fayum, el-Kab, Busiris e Sais.
Embora Dario fosse um bom rei, enfrentava revoltas constantes dos egípcios, especialmente depois que os persas foram derrotados em Maratona. Ficou claro então, que o grande império persa não era invencível e as rebeliões aumentaram.
- Xerxes I
Filho de Dario I, ele é mais conhecido pelas suas tentativas frustradas de conquistar a Grécia, as Guerras Médicas seriam uma forma de vingar o pai pela derrota em Maratona.
Parece que passava a maior parte do tempo fora do Egito, deixando o governo entregue nas mãos dos regentes e sátrapas locais.
As revoltas que explodiram no final do reinado de Dario I foram debeladas por Xerxes durante o segundo ano de seu governo. Essa fase é bem documentada por Heródoto, embora vista pelo seu olhar grego.
Xerxes nunca deu muita importância ao Egito, que governou sempre a distância.
Ele foi assassinado junto com seu filho Dario, o herdeiro do trono em 465 a.C.
- Artaxerxes I
Subiu ao trono quando seu irmão mais velho foi assassinado junto com seu pai, Xerxes.
Poucos meses após subir ao trono, um rebelde egípcio, Amyrtaios, que governava em Sais, se levantou contra ele. Artaxerxes conseguiu manter Mênfis e os egípcios e seus aliados gregos foram derrotados.
Na batalha de Papremis Artaxerxes foi morto e seu sátrapa Megabysos foi quem destruiu a frota grega e retomou Mênfis. O Alto Egito permaneceu sob o controle persa e Atenas alegou não ter tido nada a ver com o conflito.
O Baixo Egito e as cidades do Delta estavam em constante agitação.
- Darius II
Parece que era um filho ilegítimo de Artaxerxes I.
Acredita-se que Dario II deu um pouco mais de atenção ao Egito, construindo, inclusive, um templo de Amon no Oásis de Kharga. Durante seu reinado, o Egito tinha uma grande população de judeus e de gregos, dizem que Dario II favorecia aos judeus de Elefantina.
Dario II estava muito envolvido numa aliança com Esparta para se fortalecer e fazer guerra contra Atenas. Enquanto isso no Egito, as rebeliões prosseguiam, o povo era liderado por Amyrtaios, um príncipe saíta.
Dario II faleceu em 404 a.C.