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Bichos da mata/Poraquê

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Poraquê.

O corpo do Poraquê é alongado e tem uma grande nadadeira por baixo da barriga. A cabeça é achatada e na boca ele tem uma fileira de dentes muito afiados.

Sua cor é escura mas a barriga é amarelada. As vezes pode-se ver esses peixes de cor marrom escura com pintas mais claras.

Quando adulto pode pesar até 20 quilos e medir 2 metros.

A coisa mais bacana desse peixe é sua capacidade de dar choques, por isso é conhecido como peixe-elétrico. Poraquê na língua dos índios, tupi-guarani, quer dizer o que coloca para dormir.

O Poraquê também usa ondas elétricas para se guiar no escuro, assim como os morcegos usam ondas sonoras. Além disso esse peixe também respira ar e precisa vir à superfície para respirar a cada 8 minutos.

No rio Amazonas, nos lugares onde as águas são mais escuras e o fundo cheio de lodo. Nesses locais a visão debaixo d'água é muito ruim, mas é lá que o Poraquê vive.

Alimentação

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Se alimenta de peixes de várias espécies e pequenos répteis.

Mais do que falar dos hábitos, esse peixe tem muitas coisas curiosas para comentarmos.

A maior curiosidade dele é o fato de dar choques, ele funciona como uma pilha, porque a frente do seu corpo tem carga positiva e a ponta da cauda tem carga negativa, isso quer dizer que, se uma pessoa pegar na cabeça e na cauda do peixe ao mesmo tempo, vai levar um choque capaz de fritá-la em segundos. Um choque do Poraquê é capaz de matar um cavalo.

Os índios foram mesmo muito observadores e devem ter sido colocados para dormir algumas vezes, e foi assim que o Poraquê ganhou esse nome tão inteligente.

O maior risco para quem nada no rio, é encontrar o Poraquê na superfície, quando ele sobe para respirar oxigênio.

Poraquê.

É engraçado de dizer isso, mas, você sabia que esse peixe se afoga se não respirar ar? Pois é, os cientistas dizem que o peixe-elétrico é um respirador aéreo obrigatório.

Um choque de 600 volts do peixe-elétrico é cinco vezes e meia mais do que o que se leva colocando o dedo numa tomada de 110 volts.

Muitas vezes a pessoa que leva um choque do Poraquê, desmaia e morre afogada.

Quando os rios enchem entre maio e junho, é a época dos peixes-elétricos se reproduzirem, e essa reprodução é uma das mais curiosas.

Nessa fase eles nadam soltando choques tremendos contra os outros machos. As fêmeas ficam fora do caminho. Quem vence a disputa do peixe mais chocante, ganha a atenção da fêmea.

O macho vencedor dispara um choque na direção da fêmea e ela desova, o macho então, fertiliza os ovos. Isso foi descrito e descoberto pelo biólogo gaúcho José Alves Gomes, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, em Manaus.

Poluição de seu habitat natural, os rios.