A Idade Média na Europa – Um olhar curioso/A Mulher Forte
A mulher forte
[editar | editar código-fonte]A respeito do comportamento da mulher nessa época, não tem muito a ver com tudo que já foi lido e que passa uma mulher muito submissa e presa aos bordados, levando uma vida deprimente.
Esta é a visão que temos e a visão dos homens da época. A fragilidade, a inferioridade, e tudo o mais que a Igreja incutia na cabeça das pessoas, como que a mulher era o pecado tornava difícil a vida feminina.
Mas, como toda a regra tem exceção, a senhora do castelo tinha um papel muito importante que era administrar seu feudo.
O senhor, estava sempre envolvido nas guerras, no patrulhamento das suas fronteiras, em disputas com vizinhos.
A senhora era a responsável pela família, pelos empregados e hóspedes, além de cuidar das provisões e dos jardins, portanto tinha que ser uma mulher forte e capaz.
Ela deveria supervisionar a colheita e a troca dos excedentes nos mercados. De modo geral toda mulher pertencente a nobreza sabia ler e escrever, senão como administrar uma economia tão complicada?
Quando os maridos morriam eram elas que tomavam conta das propriedades. É claro que havia exceções mas essa é uma visão que poucos nos mostram.
Algumas voltavam a casar e outras, aproveitavam para manter seus direitos sem dividir o mando com ninguém.
De um modo geral essas mulheres eram criaturas fortes e decididas, que eram capazes de manter e cuidar dos seus domínios e da sua família fossem grandes terras de um castelo ou um pedacinho de chão de uma choupana.
Cito aqui Macedo, José Rivair. A mulher na Idade Média. Contexto, p31-2: [Casadehistoria.com.br/cont_01_01.htm]
Na França existiram pequenas e grandes senhoras feudais. Na região de Champagne entre 1152 e 1284, de 279 possuidores de domínios territoriais, 58 eram mulheres, damas ou moças. A complexidade do feudalismo gerou um profundo desacordo entre teoria e a prática. Não nos admira encontrar, na série de inquéritos judiciais ordenados por São Luís na segunda metade do século XIII, as reclamações de inúmeras pequenas feudatárias pedindo indenizações pelos abusos cometidos pelos oficiais do rei.
Portanto essa é uma visão mais atual do que tudo o que sempre se estudou a respeito da pobre mulher analfabeta e submissa, maltratada pelo marido e sempre vista como a encarnação do diabo. Aquela que só teria uma chance de aprender e crescer intelectualmente se fosse para um convento.
Claro que isso era verdade, mas também é certo que havia outro lado da história.
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