Sistemas de Informação Distribuídos/Aspectos Organizacionais

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Introdução[editar | editar código-fonte]

Evolução do uso dos sistemas de informação nas organizações

A evolução do uso dos sistemas de informação nas organização tem levado à adoção de novas formas de trabalho. Por um lado, o aumento e a diversificação de ferramentas e dispositivos de navegação e as facilidades de acesso às infovias, e por outro, as necessidades e benefícios de se acompanhar as inovações fazem com que se presencie o advento de uma nova ética organizacional e comercial, onde o contato virtual através de displays e modems expõe, de forma inexorável, os atores da relação, mesmo que separados por milhares de quilômetros [1].

Dentre os aspectos organizacionais que mais têm se destacado estão as comunidades e empresas virtuais, o comércio eletrônico, tele-conferência, ensino a distância e o tele-trabalho.

Comunidades ou Organizações Virtuais[editar | editar código-fonte]

Também conhecidas como Collaborative Networked Organizations, uma comunidade ou organização virtual é composta de um grupo de individuos que se reúnem virtualmente, em uma interação que cria relacionamentos interpessoais. [2].


Classificação das comunidades virtuais[editar | editar código-fonte]

Segundo Ferrada[3] As comunidades virtuais são classificadas com base em seu propósito:

  • Sociais
    • Relacionamento
    • Entretenimento
  • Comerciais
    • Empresas Virtuais
  • Interesse
    • Grupos de Interesse Específico
    • Eventos Especiais
  • Especialidade
    • Comunidades de Prática
    • Comunidades de Aprendizado
    • Consultores E-lancer

Empresas Virtuais[editar | editar código-fonte]

Forbairt [4] defende a Empresa Virtual como uma resposta à velocidade e globalização da era digital. Ela é uma empresa que pode não ter nenhuma sede física, muito poucos trabalhadores de tempo integral e existindo como uma combinação de habilidades específicas para indivíduos ou empresas.

Byrne [5] enfatiza que a Empresa Virtual é uma rede temporária de companhias independentes – fornecedores, clientes, até rivais – unidos pela TI para compartilhar técnicas, custos, e acesso aos mercados um do outro. Cada companhia sócia contribui somente com o que é considerado como suas competências principais. Uma vez que o objetivo de mercado é satisfeito, a Empresa Virtual se dispersará. De acordo com o autor, a Empresa Virtual não terá sede, nem organograma, nem hierarquia, nem integração vertical.

Características das Empresas virtuais:

  • Sem fronteiras;
  • Adaptabilidade;
  • Excelência;
  • Tecnologia;
  • Oportunismo;
  • Baseada na confiança;

E-Business[editar | editar código-fonte]

E-Business é o planejamento da imersão da organização na Internet com o propósito de automatizar suas diversas atividades, através da mesclagem de diversos conceitos de administração e tecnologia que devem promover os negócios da organização.

ERP - Enterprise Resource Planning[editar | editar código-fonte]

Planejamento de Recursos Empresariais. Arquitetura de sistemas modulares com banco de dados centralizado que melhora a aquisição, controle, fluxo e disponibilização dos dados da organização.

CRM - Customer Relationship Management[editar | editar código-fonte]

Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente Arquitetura de sistemas que pode acompanhar o ERP para combinar os processos de negócios e tecnologias promovendo a mineração de dados que permite conhecer profundamente as preferência pessoais específicas de cada cliente.


Níveis de CRM[editar | editar código-fonte]

CRM Colaborativo
Canais convencionais diretos ou indiretos de duas vias (cliente ou empresa promove)
CRM Operacional
Canal que controla o contato da empresa com o cliente (telemarketing, internet)
CRM Analítico
Usa dados gerados no ERP da organização para analisar os dados colhidos de diversas fontes e gerar o perfil individual de cada cliente em tempo real.

BI - Business Inteligence[editar | editar código-fonte]

Inteligência de Negócios - Conjunto de técnicas e ferramentas que oferecem aos tomadores de decisão a possibilidade de organizar, analisar, distribuir e agir, ajudando o processo de tomada de decisões. Permite suprir as falhas de relatórios existentes nos sistemas ERP.

KM - Knowledge Management[editar | editar código-fonte]

Gestão do Conhecimento - Ferramentas que permitem a transformação de dados isolados e informações em Conhecimento Empresarial. Compreende a fusão do que é mais importante do negócio da organização com o conhecimento específico da atividade de cada trabalhador na sua função.

Change Management[editar | editar código-fonte]

Gerenciamento de mudanças e controle de versões.

Ex.: Sistema de Manuais VEM - Varig Engenharia e Manutenção

Comunicação Distribuída[editar | editar código-fonte]

Faz uso de soluções que consolidam informações pessoais, de equipes, corporativas e externas, como correio eletrônico, correio de voz, fóruns de discussão, conferência de dados, conferência de voz, videoconferência, sistemas de reuniões eletrônicas

Ferramentas de comunicação Distribuída

Tomada de Decisão Distribuída[editar | editar código-fonte]

Envolve sistemas distribuídos de suporte à tomada de decisão gerencial, monitoração de atividades, controle de processo e processamento de transações internas;

OLTP - Online Transaction Processing[editar | editar código-fonte]

Processamento Online de Transações. Informações Transacionais.

OLAP - Online Analytical Processing[editar | editar código-fonte]

Processamento Online de Análise. Informações analíticas gerenciais.

Data Warehousing[editar | editar código-fonte]

Depósito de dados. Sistema integrado de informações que se alimenta de fontes de dados de múltiplos sistemas e constitui a base para a análise e tomada de decisões.

  • Data Mart (Entreposto ou Bazar de Dados): processo intermediário do Data Warehousing.
  • Data Mining (Mineração de Dados): produção do conhecimento analisando dados, descobrindo tendências e fraudes. Processo que utiliza algoritmos matemáticos avançados.

Digital Dashboard[editar | editar código-fonte]

Painel de Instrumentos Digital (Virtual). Ambiente que permite o acesso a dados consolidados de diversas fontes (internas e externas) numa mesma tela para melhorar o processo de trabalho e ampliar os conhecimentos da organização.

IA - Inteligência Artificial[editar | editar código-fonte]

São ferramentas administrativas avançadas (Sistemas Especialistas) que permitem o uso da inteligência artificial para melhorar os processos de planejamento empresarial e tomada de decisões baseadas em normas ou cenários. Exemplos: Redes neurais e Lógica Fuzzy.

Agentes móveis[editar | editar código-fonte]

Processamento de pesquisas[editar | editar código-fonte]

Sistemas de fluxo de trabalho[editar | editar código-fonte]

Sistemas de recuperação e administração remota de rede[editar | editar código-fonte]

Caso - Reservas Aéreas[editar | editar código-fonte]

Tradicionalmente, do tempo total de uma reserva por uma companhia aérea, 80% correspondiam à preparação e 20% à efetivação. Esta longa preparação tornava a emissão demorada e não havia garantia que os agentes encontrariam os melhores ou mais baratos vôos.

A partir de 1950 as companhias aéreas começaram a adotar os primeiros SID´s de reserva e no início dos anos 70, foram inseridos terminais de reserva em suas agências. Com isso, tempo de preparação da reserva simplesmente desapareceu e a efetivação tornou-se mais rápida. Não se notam mais atrasos na emissão e agora é possível apresentar ao agente todos os vôos disponíveis.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  1. BERTO, Rosa S. 1997. "Organizações Virtuais: Revisão Bibliográfica e Comentários.".Em: Encontro Nacional de Engenharia de Produção ENEGEP 97. 06.09.Out.1997, Gramado, RS. Anais... Porto Alegre: UFRGS.PPGEP, 1997.
  2. Camarinha-Matos, Luís M. "TeleCARE Time Bank: A Virtual Community supported by Mobile AgentsEm: Proceedings of the 1st International Workshop on Tele-Care and Collaborative Virtual Communities in Elderly Care, TELECARE 2004. In conjunction with ICEIS 2004; Porto, Portugal, 13 April 2004. http://www.uninova.pt/~telecare/telecare2004/TELECARE2004_Castolo_et_al.pdf
  3. Ferrada, Filipa. "Virtual Communities", UNL/ Uninova, 2005.
  4. Forbait, Ireland. "Virtual Corporation Defined (Sumary Section for Forbairt Internet Report),", UNL/ Uninova, 1996.
  5. Byrne, J. A. 1993 "The Virtual Corporation: The Company of the Future will be the Ultimate in Adaptability." Business Week, pp. 98-103.