Santos católicos/Introdução
O cristianismo prega a adoração de um único deus. Nesse sentido, os santos católicos surgem não como deuses, mas como exemplos de vida a serem seguidos. Exemplos de vida de pessoas que pautaram suas vidas por valores cristãos como a preocupação com o bem-estar do próximo, a despreocupação com as riquezas materiais, o controle dos impulsos sexuais, a pregação da doutrina cristã e a coragem e o esquecimento de si mesmo na defesa da fé cristã.
Vale destacar o rigor com que a Igreja Católica determina a santidade de uma pessoa: primeiro, examina-se sua vida, para verificar se ela está pautada pelos valores cristãos de modo exemplar. Em seguida, comprova-se a ocorrência de um milagre atribuído à pessoa após a sua morte. Concluídas estas duas etapas, a Igreja pode atribuir à pessoa o título de beato. Se for comprovada a ocorrência de mais um milagre atribuído ao beato, este pode ser enfim declarado santo pela Igreja. A lentidão e o rigor deste processo têm por objetivo certificar-se da real santidade do candidato a santo, ou seja, verificar se ele está realmente unido a Deus.
Há que se destacar, no entanto, a crítica que os cristãos protestantes fazem do culto católico aos santos. Segundo eles, tal culto significa uma transgressão à proibição bíblica do culto de ídolos e imagens[2].
O culto aos santos católicos também pode ser encarado, de acordo com o ponto de vista da psicologia junguiana, como uma manifestação do inconsciente coletivo, na medida em que se trata de mitos construídos socialmente com a finalidade de preencher necessidades psicológicas inconscientes de proteção, carinho, serenidade e justiça[3].
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Desenho de uma bíblia de 1815 retratando Matatias punindo um idólatra
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Carl Gustav Jung (1875-1961), o criador do conceito de inconsciente coletivo
Referências
- ↑ http://www.saofreigalvao.com/w3c_canonizacao.asp
- ↑ http://www.adventistas.com/ag572000/ag57200003.htm
- ↑ ROCHA, E. O que É Mito?. São Paulo: Brasiliense, 2006. pp.42-44