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Mandioca/História

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A mandioca tem varios nomes como aipim e macaxeira. a mandioca selvagem original foi domesticada pelos indígenas sul-americanos em tempos imemoriais, provavelmente em algum ponto do interior do atual território brasileiro. Sua domesticação significou o aprendizado de sua técnica de plantio (enterrando pedaços de seu caule no solo) e da técnica para remover o ácido cianídrico tóxico de suas raízes e folhas. A abundância de carboidratos propiciada pelo seu cultivo possibilitou o surgimento de grandes nações indígenas nas regiões tropicais americanas.

Aldeia indígena kuikuro no Brasil

Com a chegada dos colonizadores europeus, no século XVI, estes aprenderam dos indígenas as técnicas de utilização da mandioca. A "farinha de pau", como era chamada a farinha de mandioca, passou a ser um alimento básico dos marinheiros europeus que viajavam pela costa americana. Os bandeirantes, exploradores de origem europeia que desbravaram o interior da América do Sul em busca de escravos índios, pedras e metais preciosos entre os séculos XVI e XVIII, tinham por alimentação básica a farinha de mandioca e a carne-seca.

Monumento ao bandeirante em Goiânia, no Brasil

Os navegadores europeus foram responsáveis pela introdução da mandioca no continente africano a partir do século XVI. Encontrando condições climáticas semelhantes às de seu território de origem, a mandioca se espalhou pelo continente africano, tornando-se um ingrediente típico da culinária africana[1]. Porém, há de se observar que no livro de Spix e Martius, Viagem pelo Brasil (1816 - 1820), Volume II, os mesmos registram que nunca encontraram a mandioca em estado silvestre, e que isso parece confirmar a crença de que a mesma foi importada da África.

Gafanhoto se alimentando de folhas de mandioca no Benim

Com o aumento da imigração europeia para o continente americano a partir do século XIX, o cultivo e o consumo da mandioca na América foram, em grande parte, substituídos pelos de espécies vegetais importadas como o trigo e o arroz.

Brasão de Colônia, no Uruguai, com o desenho de espigas de trigo

Referências