Logística/Gestão de existências/Introdução/Conceito de gestão de existências
O Stock, em Portugal, estoque, no Brasil, ou existências (em logística) (Filho, 2006, p. 62) têm a função principal de criar uma independência entre os vários estágios da cadeia produtiva.
A gestão de existências inclui gestão de armazém, conta corrente de artigos, valorização das existências, controlo de fornecimentos, gestão de pedidos do armazém ao aprovisionamento, controlo de guias de entrega de material, imputação de gastos através de requisições internas (Quidgest, 2001, p. 8). Segundo Mario Martins Ferreira Salles, a política de gestão de existências está relacionada com a tomada de decisão da melhor altura a realizar uma encomenda e da quantidade a encomendar, da quantidade de stock de segurança a ter disponível e da localização de stocks. (Garcia, 2006)
Portanto, esta gestão é de extrema importância para qualquer empresa, uma vez que é possível estabelecer uma correlação entre gestões deficientes numa empresa e futuras dificuldades financeiras da mesma. Todas as organizações, seja qual for o sector de actividade em que operem, partilham a seguinte dificuldade: como efectuar a manutenção e controlo do stock, tal como referido anteriormente. Apenas no século XX se começaram a estudar e a desenvolver técnicas no sentido de lidar com esta questão, que se tornou mais relevante depois da Segunda Guerra Mundial, onde a incerteza era constante e que levou a que se dessem, de uma forma mais ou menos secreta, os primeiros passos na gestão de stocks (Tersine, 1988, p. 3).
Fazer com que um produto em stock esteja constantemente pronto a dar resposta a uma encomenda de um cliente será uma boa definição para gestão de stocks. A sua boa gestão passa por satisfazer a exigência, satisfazendo também a componente económica (Zermati, 1986, p. 18). Este conceito foi, portanto, evoluindo ao longo do tempo, pois inicialmente, a gestão de existências era executada pelo proprietário da empresa, o que conduzia a grandes despesas devido ao facto da essência do negócio ser a compra e; mais tarde, passou a cargo de um funcionário a serviço da produção, havendo assim menos falhas e também melhor desmobilização dos stocks excedentes. Posteriormente, esta gestão estava a cargo de um executivo com conhecimentos acerca do mercado abastecedor (suporte na área de marketing) que elaborava, consequentemente, um plano estratégico. Actualmente, esta gestão está focada na melhoria contínua dos resultados e é desempenhada por um executivo que gere 60% dos custos da empresa. (Amaral Gurgel, 2006, p. 4)