História do Brasil/O governo de José Sarney
José Sarney assumiu a presidência provisoriamente em 15 de março de 1985 e definitivamente em 21 de abril, quando Tancredo Neves faleceu. Sarney sucedeu João Figueiredo.
Em 8 de maio de 1985, foi aprovada a emenda constitucional que estabeleceu eleições diretas para presidente, governador e prefeito. Foram legalizados os partidos comunistas e pela primeira vez os analfabetos tiveram direito ao voto.
Para a redemocratização do Brasil, precisava-se uma nova constituição, já que a que estava em vigor era a de 1967, que possuía caráter ditatorial. A Assembleia Constituinte tomou posse em 1º de fevereiro de 1987. O presidente da assembleia foi Ulysses Guimarães (PMDB) e a maior parte da assembleia era formada pelo Centro Democrático (PTB, PDS, PFL, PMDB e partidos menores), também conhecido como "centrão". A nova constituição assegurou diversas garantias constitucionais, com o objetivo de dar maior efetividade aos direitos fundamentais.
No governo de Sarney, houve uma alta inflação, e criou diversos planos econômicos para baixá-la. Foi criado o Plano Cruzado, para substituir a moeda vigente Cruzeiro por Cruzado. Foi extinta a correção monetária e foi criado o seguro-desemprego. Após as eleições de 1986, foi criado o II Plano Cruzado, que fracassou. Com a posse de Bresser-Pereira como ministro da fazenda, foi criado o Plano Bresser, que também fracassou, e a inflação atingiu 366%. Com a posse de Maílson da Nóbrega como ministro da fazenda, foi criado o Plano Verão, que substituiu o Cruzado pelo Cruzado Novo e decretou um novo congelamento de preços. O plano também fracassou.
Sarney reatou as relações entre Brasil e Cuba e os países africanos de língua portuguesa. Houve acusações de corrupção em todas as esferas do governo.
José Sarney foi sucedido em 15 de março de 1990 por Fernando Collor de Mello.