Guia dos Trouxas para Harry Potter/Magia/Ministério da Magia
- tipo = Estrutura Legal.
- características = Governo paralelo do Mundo Mágico.
- Aparece pela Primeira Vez === A Pedra Filosofal ===
Visão Geral
[editar | editar código-fonte]O Ministério da Magia, num paralelo óbvio aos múltiplos Ministérios do Reino Unido que cuidam de vários aspectos do governo, é o principal governo na Inglaterra que cuida da população mágica. O Ministério é, tanto uma localização física (escritórios) como uma organização. Esse artigo discute a organização. .
Descrição Estendida
[editar | editar código-fonte]Spoiler
[editar | editar código-fonte]Aviso aos Iniciantes: Seguem detalhes que vocês podem não querer ler em seu nível atual de leitura.
Tanto nós quanto Harry, ouvimos falar no Ministério quando Hagrid, lendo O Profeta Diário, comenta que “o Ministério da Magia está complicando as coisas como sempre.” Hagrid então explica que a principal função do Ministério é manter os Trouxas ignorantes da existência dos bruxos, de modo que eles não fiquem procurando soluções mágicas para seus problemas.
Nós ouvimos falar muito pouco sobre o Ministério, exceto que o pai de Ron é funcionário do Ministério, até o fim do livro, quando os alunos recebem um aviso de que é proibido praticar magia fora da escola. Até então não sabíamos que a razão desse aviso é o Decreto de Restrição e Prática da Magia por Menores, que é aplicado pelo Ministério.
O Decreto é mencionado pelo nome apenas no segundo livro, quando Dobby faz magia numa tentativa de manter Harry longe de Hogwarts. Uma carta de advertência, assinada por uma Mafalda Hopkirk, é enviada por um Correio Coruja, do Ministério. Nós ainda vamos ter contato com o Ministério nesse livro, primeiro através da pessoa de Cornelius Fudge, o Ministro da Magia. Nós o vemos quando ele chega para levar Hagrid para Azkaban, porque ele é suspeito de ter aberto a Câmara Secreta.
No terceiro livro, vemos os repetidos esforços do Ministério para recapturar Sirius Black. Um leitor esperto começa a descobrir que o Ministério parece mais interessado em defender sua reputação, do que em agir corretamente. A posição de Fudge, se recusando a ouvir o lado de Harry e Hermione na história, enquanto aceita sem pestanejar o lado do Professor Snape, nos leva a acreditar que Fudge, é uma criatura muito política, fazendo o que ele acha que vai lhe trazer maior popularidade.
Nós vemos isso melhor no livro quatro, quando a publicidade dirigida ao Torneio Tribruxo, termina tragicamente com a morte de Cedric Diggory e o retorno de Lord Voldemort. A imediata ação do Ministério é dar atenção ao primeiro e negar o seguinte, com medo de ser acusado pela opinião pública. Percy recebe uma promoção para ajudar Fudge diretamente, como parte da cobertura ao Ministério, que não deve falhar ao proteger seu próprio funcionário. Bartemius Crouch Sr. aceita a história do Ministério sem discutir, enquanto Mr. Weasley, embora também seja funcionário do Ministério, acredita cada vez mais em Dumbledore. Essa diferença de opinião faz com que Percy se afaste da família.
Essa política de tentar minimizar os danos imediatos prossegue através do quinto livro, com as tentativas do Ministério de riscar Harry da comunidade mágica, forçando os professores e mantendo uma fiscalização sobre Hogwarts, removendo os privilégios do Professor Dumbledore, e de qualquer outro que aceite o retorno de Voldemort, encorajando O Profeta Diário a publicar histórias humilhando Dumbledore e Harry. As atividades do Ministério acabam tendo que incluir a obrigação de esconder a razão da fuga em massa de Azkaban, uma vez que o Ministério não pode explicar, e nem mesmo admitir, a deserção dos Dementadores. Essa posição de negação se torna impossível manter, quando Fudge e diversas outras testemunhas encontram Voldemort no Atrium do Ministério.
Como Fudge já esperava, as notícias sobre o retorno de Voldemort terminam em sua queda; no inicio do livro seis, descobrimos que Fudge foi afastado e substituído pelo chefe do Departamento dos Aurores Rufus Scrimgeour. É nessa altura, que nós também descobrimos as comunicações entre o Ministro da Magia e o Primeiro Ministro Trouxa. Novamente, reagindo à opinião pública, Scrimgeour começa uma limpeza contra os suspeitos de serem Comensais da Morte, de uma tal maneira que coloca o pobre inocente Stan Shunpike em Azkaban porque ele disse saber “informações internas” sobre as atividades dos Comensais da Morte. Os contatos com o Ministério nessa história, é bastante limitado a duas sessões com Scrimgeour, nas quais a cooperação de Harry com o Ministério é pedida por seu valor como propaganda; em ambas as vezes Harry dispensa secamente a oferta de Scrimgeour.
Finalmente no ultimo livro, aparentemente Scrimgeour é assassinado, e quem se torna Ministro é Pius Thicknesse, que está completamente sob o controle de Voldemort. O Ministério nesse ponto, se torna um órgão de propaganda e pretende eliminar os Trouxas e bruxos nascidos Trouxas, os condenando em falsos julgamentos.
Análise
[editar | editar código-fonte]Embora o Ministério seja bastante mencionado na série, e quase sempre de uma maneira que se refere a uma organização e não a um lugar, nós pouco sabemos da organização do Ministério.
Sabemos que o Ministro é eleito, como disse no final do quarto livro, que se ele fosse se candidatar e seguir as instruções de Dumbledore, ele seria eliminado de imediato. E, embora Fudge, tenha sido, como já sabemos substituído (no livro seis) por Scrimgeour logo a seguir a revelação de que Voldemort havia voltado, não vimos como é feita a eleição. O leitor tem a impressão de que o governo mágico trabalha de maneira completamente independente do governo Trouxa, mas, fora isso sabemos muito pouco sobre a maneira como governa. Sabemos que o Ministério segue imediatamente a cartilha do Ministro recém eleito, tanto assim que parece uma extensão de seu domínio pessoal; o Ministério como um todo parece ter mudado da noite para o dia, da política de negação de Fudge, para a política de defesa ativa de Scrimgeour, e novamente para posição anti-Trouxas de Thicknesse.
Também podemos observar claramente que o Ministério, como praticamente todas as organizações políticas, são dirigidas pela popularidade. Como qualquer político, a única intenção de Fudge é ser reeleito; e Scrimgeour se tornou Ministro numa reação clara a ineficácia de Fudge, na esperança que ele pudesse fazer algo a respeito de Voldemort, no entanto ele também estava ponderando a respeito da opinião pública. Numa discussão com Arthur Weasley e com o próprio Scrimgeour, Harry percebeu de imediato que enquanto o Ministério sob Scrimgeour é mais dinâmico, mais ativo, seus esforços contra os Comensais da Morte são pouco melhores do que a negação de Fudge, e estavam resultando na prisão de pessoas obviamente inocentes, apenas porque o Ministério tinha que parecer estar fazendo algo. Talvez, de maneira interessante, o Ministério é mais eficiente sob Thicknesse, possivelmente porque ele não se importava a mínima com as medidas impopulares que tomava, não havia a preocupação em ser reeleito; Thicknesse vai ficar à frente do Ministério enquanto Voldemort estiver presente para puxar as cordinhas.
Sabemos também que o Ministério, como todos os grupos humanos, é organizado em sub-grupos, e ficamos sabendo da burocracia que decorre dessa situação. Em diversos comentários que Arthur Weasley faz com relação aos funcionários da manutenção, e na nossa própria observação do espaço físico onde Arthur trabalha, podemos ver que o Ministério está cheio de politicagem, mesmo em tempos de paz: os funcionários da manutenção querem salários mais altos e são apoiados por um mês de terrível chuvarada do lado de fora das janelas mágicas do Ministério, e o departamento impopular de Arthur precisa espremer seus dois funcionários e todos os seus arquivos num local que era um armário de vassouras.
No primeiro livro, Hagrid menciona que se os Trouxas soubessem que os bruxos existem, eles iriam ficar sempre procurando respostas mágicas para seus problemas. Esse ponto de vista é revisitado no livro seis, de forma interessante, quando o Primeiro Ministro Trouxa exclama: -
Cabe a Fudge relembrá-lo gentilmente, “O problema é que o outro lado também pode fazer bruxaria, Primeiro Ministro!” Isso é um dos efeitos que Hagrid mencionou, sobre o desejo dos Trouxas de soluções mágicas para todos os problemas. A opinião de Hagrid parecia ser sobre a chateação na vida dos bruxos causada pelos Trouxas, querendo respostas rápidas e sem preocupação para seus problemas, aqui, vemos que esses problemas também podem ser criados pela magia. E quem vai dizer que a solução mágica para o problema de uma pessoa, não vai criar um problema para outra pessoa? Por aí, podemos ver que aparentemente, a missão do Ministério, de manter os Trouxas na ignorância da existência dos bruxos, é algo muito importante. E isso, nem sequer passa perto do problema dos Trouxas se ressentirem daqueles que fazem magia, um ressentimento que podemos ver claramente no comportamento do Tio Vernon e de Tia Petunia.
Pessoal
[editar | editar código-fonte]- Ludovic Bagman – Chefe do Departamento de Jogos e Esportes Mágicos. (desapareceu?)
- Millicent Bagnold – antiga Ministra da Magia, mencionada no livro cinco, porque foi sucedida por Cornelius Fudge.
- Amelia Bones (falecida) – Chefe do Departamento de Execução das Leis da Magia. Foi morta por Voldemort.
- Broderick Bode (falecido enquanto estava no Hospital) – ele era “Inominável”, Departamento de Mistérios.
- Dirk Cresswell (falecido) – Chefe da Seção de Ligação com os Duendes, antes dele foi Cuthbert Mockridge.
- Croaker – mencionado no livro quatro, como sendo um “Inominável” Departamento de Mistérios.
- Bartemius Crouch, Sr. (falecido) – Chefe do Departamento de Cooperação Mágica Internacional.
- Dawlish - Auror
- Amos Diggory – Departamento de Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas.
- Madam Edgecombe – Escritório da Rede do Flu.
- Cornelius Fudge – Ministro da Magia (até o livro 6).
- Mafalda Hopkirk – Escritório do Uso Impróprio da Magia.
- Bertha Jorkins (falecida) – Departamento de Jogos e Esportes Mágicos.
- Alice Longbottom (hospitalizada) – Auror.
- Frank Longbottom (hospitalizado) – Auror.
- Walden Macnair – Comissão para Eliminação de Criaturas Perigosas (carrasco).
- Cuthbert Mockridge – mencionado no livro quatro como sendo chefe do Escritório de Ligação com os Duendes.
- Alastor "Olho-Tonto" Moody (aposentado) – Auror.
- Eric Munch]] – observador.
- Bob Ogden (falecido) – mencionado no livro seis como membro do Escritório da Execução das Leis da Magia.
- Arnold Peasegood – mencionado no livro quarto como sendo Obliviador.
- Perkins – trabalha junto com Arthur Weasley no Escritório do Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas.
- Proudfoot - Auror, mencionado no livro seis, como sendo um dos guardiães de Hogwarts.
- Gawain Robards – Chefe dos Aurores (depois de Rufus Scrimgeour)
- Savage - Auror, mencionado no livro seis como sendo um dos guardiães de Hogwarts.
- Newt Scamander – Divisão das Feras, Departamento da Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas, aposentado, e autor do livro Animais Fantásticos e Onde Habitam.
- Rufus Scrimgeour – Chefe do Escritório dos Aurores, nomeado Ministro da Magia no livro seis, falecido.
- Kingsley Shacklebolt – Auror; de acordo com as entrevistas depois da publicação do livro sete, se tornou Ministro da Magia.
- Pius Thicknesse – Chefe do Departamento de Execução das Leis da Magia (depois de Amelia Bones) nomeado Ministro da Magia depois de Rufus Scrimgeour.
- Nymphadora Tonks - Auror
- Dolores Umbridge – Secretária Senior do Ministro da Magia sob Cornelius Fudge.
- Arthur Weasley – Chefe do Escritório do Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas sob Cornelius Fudge e chefe do Escritório para Detecção e Confisco de Feitiços e Objetos de Proteção Forjados sob Rufus Scrimgeour.
- Percy Weasley – Departamento de Cooperação Mágica Internacional, foi promovido a Assistente Junior do Ministro da Magia sob Cornelius Fudge, manteve a posição sob Rufus Scrimgeour e Pius Thicknesse.
- Williamson – Auror, visto no escritório dos Aurores antes da audiência de Harry no livro cinco, e depois que o Ministério apareceu na Batalha do Ministério.
- Gilbert Wimple – mencionado no livro quatro como fazendo parte do Comitê de Feitiços Experimentais.
Perguntas
[editar | editar código-fonte]Spoiler
[editar | editar código-fonte]Aviso aos leitores de nível intermediário: Seguem detalhes que vocês podem não querer ler em seu nível atual de leitura.
Embora Harry seja o herói da história, um herói não pode trabalhar no vácuo. Harry deve, no final, ficar sozinho contra Voldemort, mas como Voldemort tinha seus Comensais da Morte, deveria haver também uma organização oposta a eles, igualmente forte. Seria algo muito imaturo pensar que essa organização pudesse ser o governo. Todo adulto sabe que o primeiro objetivo de um governo é preservar a si mesmo, uma tendência que vimos diversas vezes com Cornelius Fudge e o Ministério sob seu controle. Seria igualmente imaturo acreditar que sob o sucessor de Fudge, Rufus Scrimgeour, seria uma direção mais efetiva de apoio ao mundo mágico e menos auto preservação.
Podemos ver, de fato, que o Ministério está buscando algum sinal de aprovação de Harry para tornar mais palatáveis suas ações caras e sem efeito algum. Os leitores mais atentos percebem que o Ministério é mostrado como inepto desde o inicio da série, de maneira apropriada isso fica mais claro, conforme a complexidade dos livros aumenta. No primeiro livro o comentário sobre o Ministério é limitado ao comentário de Hagrid, “o Ministério da Magia já está estragando tudo, como sempre.” No quarto livro começamos a ver o Ministério torcendo os fatos para manter o poder, um processo que continua através do livro seguinte. No sexto livro nos vemos o Ministério tentando mostrar o quanto está lutando contra a ameaça representada pela volta de Voldemort e está falhando. E no último livro, o Ministério cai completamente sob as forças de Voldemort, tudo se torna um teatro que no final é fútil.
O governo claramente não pode ajudar Harry contra Voldemort de nenhuma forma efetiva; a ajuda é muito melhor fornecida pela Ordem da Fênix. Assim mesmo, é preciso haver um governo; não podemos esperar que o mundo mágico se governe sozinho. Também igualmente, o governo tem que ser feito por e para os bruxos; um Trouxa, com seu limitado conhecimento de magia, não conseguiria tomar parte efetiva num governo de bruxos. E portanto, temos o Ministério, um ramo do governo britânico, totalmente independente do grande governo Trouxa, mas dividindo muitas de suas organizações características.
Alguém pode imaginar porque a autora mostrou o governo através do Ministério, como ineficaz; é verdade que um leitor mais jovem vai ter uma visão pouco atraente, mas provavelmente acurada, das atividades do governo através desses livros. Um leitor mais maduro, no entanto, ficará tanto chocado quanto divertido pelas armações do Ministério.