Civilizações da Antiguidade/Sociedade e poder imperial
Desigualdade é a palavra para descrever a sociedade romana, mas isso não a desabona porque a maior parte das sociedades tiveram e têm o mesmo problema.
Diferenças
[editar | editar código-fonte]As diferenças entre patrícios e plebeus já era causa de inúmeras rebeliões. Quanto mais crescia e mais rico ficava o império maiores eram as tensões.
Mas, um dos maiores complicadores era o imenso número de escravos.
Escravos eram pessoas pertencentes a outras pessoas, não eram vistos e não eram respeitados como gente. Eram espólios de guerras.
Otávio Augusto até tentou minimizar o problema dos plebeus, mas no caso da distribuição de terras, de nada adiantou.
Os pequenos produtores não conseguiam pagar seus empréstimos e tinham suas terras tomadas pelos patrícios.
Isso levou a uma concentração de terras nas mãos de poucos.
Roma agora, não vivia mais da produção agrícola, depois de tantas conquistas, o império se tornou uma potência comercial.
Insatisfação
[editar | editar código-fonte]A sociedade tão dividida, tão certinha, da república, estava em mutação.
Agora surgiam novas fortunas, comerciantes que enriqueciam, militares que voltaram das guerras com muito dinheiro, os patrícios já não eram os únicos a dar as cartas.
O poder do dinheiro sempre foi o motor de todas as sociedades.
Assim, era preciso ocupar o grande número de pessoas empobrecidas, famintas, sem trabalho, sem futuro e os escravos pelas ruas, que a qualquer momento podiam se rebelar.
O governo então criou uma política que ocupasse e alimentasse os mais pobres, política essa que ficou conhecida como a política do pão e circo ou panem et circensis no original. Essa frase teve origem na Sátira X do humorista e poeta romano Juvenal.
O que Juvenal queria dizer com isso era que, com o trigo distribuído gratuitamente e espetáculos pavorosos de gladiadores, o povo ficaria distraído de suas desditas e não teria tempo e nem motivo para pensar em exigir seus direitos.
Poder
[editar | editar código-fonte]Todas as mudanças que aconteceram em Roma, especialmente na fase imperial, foram consequências diretas de seu próprio poder.
A base do poder, sem dúvida, era o exército. As grandes figuras militares foram as mais admiradas, independente da fase, república ou império, Júlio César, Pompeu, Cipião e outros tantos ficaram na história das conquistas.
Um império que abrangia povos tão diversos não podia prescindir da mão de ferro do exército para se manter unido.
Quando não havia guerras externas, era preciso debelar revoltas internas. Também era imprescindível vigiar as fronteiras sempre inseguras.
O poder imperial era sustentado por um exército poderoso que protegia e ajudava a governar as províncias, fazendo prevalecer as leis romanas.
O exército foi o sustentáculo do poder imperial.
Os impostos vindos de todas as áreas conquistadas faziam de Roma uma cidade poderosa e invejada.
A sociedade privilegiada desfrutava de confortos, belas mansões com jardins, casas de comércio, esgotos, aquedutos, banhos, locais para diversão.