Civilização nadene/Cultura

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Os nadenes construíam suas casas de vários modos: com troncos, palha ou barro. Porém, atualmente, se adota o estilo padrão ocidental com tijolos, tábuas, telhas, vidro etc.

Um hogan, ou hooghan, a tradicional moradia navaja feita de barro e madeira
Cabana apache, em foto de Edward Curtis de 1903
Câmaras do Conselho da Nação Navajo em Windows Rock, no Arizona, nos Estados Unidos. A construção, de 1934, se inspira na arquitetura dos hogan.
Cabanas em estilo ocidental em uma reserva dakelh no Canadá

A alimentação das populações do norte (eyak, tlingit, ahtna, dena'ina, dakelh, tsilhqot'in etc.) constituía-se de salmão, focas, halibutes (peixes semelhantes ao bacalhau), mariscos, algas, lontras-marinhas, groselhas e amoras silvestres, veados, alces, caribus, uapitis, coelhos, castores, cabras-da-montanha, arenque, ursos-negros, baleias e leões-marinhos. Os peixes eram defumados para serem consumidos no inverno. Os animais de pelo forneciam carne, lã e ossos para fabricação de instrumentos. Da Pinus contorta, eram extraídos a seiva e o câmbio.

Rubus spectabilis, uma amora silvestre
Groselhas
Halibute
Uapitis (Cervus canadensis)
Pinus contorta

Já as populações do sul (apache e navajo), que viviam em um ambiente desértico, alimentavam-se do milho, feijão e abóboras plantadas pelas mulheres em valas irrigadas e de lagartos, perus e veados caçados pelos homens nas montanhas. As mulheres também colhiam o peiote (Lophophora williansii), um cacto típico que tinha sua polpa cozida e armazenada em um recipiente de folhas e a sálvia (Salvia dorrii), um alucinógeno leve quando fumado.[1] O peiote tem propriedades psicotrópicas e é utilizado em rituais espirituais pelos navajos.

Peru (Meleagris gallopavo)
Peiote
Salvia dorrii
Uma plantação navajo de milho, em foto tirada entre 1880 e 1910

Um elemento cultural presente em todas as culturas do grupo linguístico nadene é o berço de palha usado para carregar os bebês, muitas vezes amarrado nas costas das mães.

Bebê navajo em um berço típico, em 1936
Mulher apache com seu bebê em berço típico, em 1903

Um importante elemento cultural dos tlingit era o totem, que era o símbolo do clã esculpido em madeira na forma de animais sobrepostos.

Totem tlingit em frente a um museu alemão em 1996

Os tlingits ainda preservam dois outros elementos de sua cultura: o potlatch, uma festa em que o anfitrião distribui presentes para os convidados e a dança do Bastão, na qual o dançarino segura um bastão durante a dança.[2]

Os dakelhs exportavam peles de animais, carne seca e frutas secas e importavam peixe-vela (Thaleichthys pacificus) defumado e algas-vermelhas. Para tal comércio, existiam trilhas que ligavam os lagos Stuart, Fraser e Cheslatta no noroeste do atual território canadense. Tais trilhas eram chamadas de trilhas da Gordura, pois o principal item comerciado era o peixe-vela, que fornecia gordura para alimentação.

Peixe-vela

Referências