Civilização Tupi-Guarani/Conclusão
Os tupis, embora sempre tenham tendido a uma descentralização política, possuíam e possuem uma cultura comum. Esta herança cultural comum lhes permitia reconhecer a si próprios como parentes e aos outros povos, como índios do tronco linguístico macro-jê e europeus, como povos estrangeiros.
Em ocasiões de disputa fundiária, essa identidade cultural costuma ser contestada pelos fazendeiros, pois é essa identidade histórica que dá aos índios o direito moral à terra.
Embora, por milênios, os povos tupis tenham guerreado contra índios de outros grupos linguísticos, particularmente os do tronco macro-jê, atualmente essa rivalidade não existe mais e os índios tendem a se unir movidos pela causa comum da defesa dos povos indígenas.
Um tema preocupante da atualidade é o fenômeno de favelização dos povos indígenas. Espremidos em reservas de tamanho insuficiente para sua população, os índios brasileiros muitas vezes não conseguem obter recursos materiais suficientes para uma vida digna, tendo que migrar para grandes centros urbanos, onde se defrontam com os típicos problemas da classe pobre brasileira: violência, desemprego, drogas, falta de moradia etc.[1]. Um meio de combate a essa questão tem sido a distribuição de anticoncepcionais para os índios, na esperança de, com isso, alcançar um equilíbrio entre o tamanho populacional e os recursos à disposição das comunidades indígenas[2].
Os índios do tronco tupi exerceram uma grande influência cultural no planeta e, em especial, no Brasil e no Paraguai. Apesar de alguns de seus costumes antigos soarem bárbaros de acordo com os padrões morais contemporâneos (como é o caso da prática do canibalismo), a validade de suas tradições começa a ser valorizada atualmente, em grande parte devido à sua relação supostamente harmônica com o meio ambiente[3].
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Índios tupiniquins retomando suas terras em meio a uma plantação de eucalipto no estado brasileiro do Espírito Santo
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Líderes indígenas guaranis, caingangues, terenas e axanincas assinando a posse de terras indígenas, no ministério da justiça, em Brasília, no Brasil. Os caingangues pertencem ao tronco linguístico macro-jê e os terenas pertencem ao tronco aruaque.
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Prefeitura de Lambaré, no Paraguai. A estátua representa o chefe guarani que deu o nome à cidade.
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Índios camaiurás do Parque do Xingu, no Brasil, tocando flautas uruás
Referências
- ↑ http://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:jTBYo2aNqjYJ:dutracarlito.vilabol.uol.com.br/favelizacao.pdf+faveliza%C3%A7%C3%A3o+%C3%ADndios&hl=pt-BR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEEShGrKdEWBZDRUTuwiYUijIgdu1DL95UPHxSI96m42SfbeGU_-vG34ZP3CHD_w0sfDh15Z_1duvSfXl5lXfzAucoJshVQNtLiQ3K79z653WTSYVap8R2THV0HGFEzoxgqZijtE44&sig=AHIEtbSCRaGDOQ2wyzmkeGcOOgX5Qnohjw
- ↑ http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI1536490-EI715,00-Funasa+distribui+anticoncepcionais+a+indios+em+MS.html
- ↑ http://www.nodo50.org/insurgentes/textos/pachamama/07ecologiaalternativa.htm