Civilização Egípcia/Período greco-romano/Dinastia do Período greco-romano/Dinastia Ptolemaica (segunda parte)
Segunda parte da dinastia Ptolemaica
[editar | editar código-fonte]- Cleópatra Berenice
- Ptolomeu XI Alexander II
- Ptolomeu XII Neos Dionysos
- Berenice IV
- Ptolomeu XIII
- Ptolomeu XIV
- Ptolomeu XV Cesarion
- Cleópatra VII Philopátor
- Cleópatra Berenice
Era filha de Látiro, Ptolomeu IX, Soter II e casada com Ptolomeu X Alexandre I. Após a morte de Alexandre ela governou o Egito durante um ano sozinha.
Foi forçada a casar com seu enteado ou possivelmente filho. Dezenove dias após o casamento, Ptolomeu XI assassinou a esposa.
- Ptolomeu XI Alexandre II
Era filho de Ptolomeu X Alexandre I. Após a morte de seu tio Ptolomeu IX Soter II (Látiro), sua mãe ou mãe adotiva Cleópatra Berenice reinou sozinha por um ano.
Ptolomeu foi obrigado a casar com ela e após dezenove dias de casado, mandou assassiná-la.
Pelo crime ele foi linchado pelo povo de Alexandria que gostava muito de Cleópatra Berenice.
- Ptolomeu XII Neos Dionysos
Esse Ptolomeu era filho ilegítimo de Látiro, Ptolomeu IX Soter II. Ele foi chamado de Bastardo ou Tocador de Flauta (Auletes).
O nome que ele mesmo escolheu era Theos Philopator Philadelphos Neos Dionysos. Apenas nos livros de História ele é chamado de Ptolomeu XII.
Casou com sua irmã Cleópatra V Tryphaena e foi o pai da mais famosa Cleópatra, a de número VII que é referencia para muitas pessoas que conhecem pouco a história do Egito.
Ele foi corajoso ou louco o bastante para enfrentar César que era o novo cônsul de Roma. Foi expulso de Alexandria e deixou como co-regentes, sua esposa Cleópatra V e a filha mais velha dos dois, Berenice IV.
Cleópatra V morreu um ano depois e Berenice IV governou sozinha. Ela foi obrigada a casar com Seleucus Kybiosaktes mas logo depois mandou estrangulá-lo.
Auletes ganhou o direito de retornar ao Egito pagando muito dinheiro a Roma e governou até sua morte. Ao morrer deixou o trono para sua filha Cleópatra VII.
- Berenice IV
Era a filha mais velha de Ptolomeu XII Neos Dionysos, reinou durante três anos enquanto o pai esteve exilado. Primeiro foi co-regente com sua mãe Cleópatra V Tryphaena mas a mãe faleceu um ano depois.
Berenice reinou a partir de então sozinha. Casou-se obrigada com Seleucus Kybiosaktes, mas pouco tempo depois mandou estrangular o marido.
Seu segundo marido foi Archelaus, cujo exército foi derrotado por Pompeu. Por sugestão de Pompeu e muito dinheiro, Auletes conseguiu retornar ao Egito.
Um dos seus primeiros atos ao retornar ao país foi mandar executar a filha Berenice.
Os Ptolomeus abaixo estão todos relacionados a Cleópatra Philopator ou Cleópatra VII portanto há um adendo para ela.
- Ptolomeu XIII Neo Dionísio
- Cleópatra VII
Filho de Ptolomeu XII e casado com Cleópatra VII Philopator.
Na morte do pai ele se encontrava sob a tutela do general romano Pompeu e estava completamente obscurecido por sua célebre irmã e esposa, Cleópatra.
Ptolomeu XIII morreu afogado, acidentalmente, no Nilo quando em combate contra as tropas de Júlio César.
- Ptolomeu XIV Theo Filopátor II
- Cleópatra VII
Filho de Ptolomeu XII, conhecido como o Infante, que governou o Egito com Cleópatra VII Philopator .
Sua misteriosa morte deixou o trono para o filho de Cleópatra com Júlio César, Ptolomeu Cesarion.
- Ptolomeu Philopátor Philométor Cesário, também chamado Cesarion ou Ptolomeu XV Cesário
- Cleópatra VII
Filho de Júlio César e Cleópatra VII, com ela reinou durante pouco tempo no Egito. Foi morto por ordem de Augusto aos dezessete anos.
Antes de morrer Cleópatra tinha mandado o filho para Berenice, cidade portuária egípcia às margens do mar Vermelho. Otávio Augusto, no entanto, conseguiu atraí-lo para Alexandria, onde foi preso e executado no mesmo ano, assim o Egito se tornou definitivamente uma província do Império Romano.
- Cleópatra VII Philopátor
É a mais famosa rainha do Egito até porque foi personagem de filmes muito famosos e assim ficou na imaginação popular.
Mas, o fato é que foi uma mulher polêmica, aparentemente inteligente e corajosa e carrega o título de última rainha do Egito, embora o Egito já não fosse mais o mesmo dos tempos mais antigos. A dinastia dos Ptolomeus não lembra em nada as dinastias dos tempos áureos do Egito Antigo.
Quando Ptolomeu Auletes morreu, deixou o trono em testamento para sua filha de dezoito anos, Cleópatra VII junto com seu irmão Ptolomeu XIII que tinha então, doze anos.
Cleópatra tinha duas irmãs mais velhas Cleópatra VI e Berenice IV assim como uma irmã mais nova, Arsinoe IV. Também tinha dois irmãos mais novos, Ptolomeu XIII e Ptolomeu XIV. Acredita-se que Cleópatra VI morreu ainda criança.
Quando Ptolomeu Auletes faleceu quem ficou com guarda das crianças foi o general romano Pompeu.
De acordo com a lei, Cleópatra tinha que se casar com seu irmão. Assim ela o fez, casando com seu irmão mais novo Ptolomeu XIII, mas tão logo pode, tirou o nome dele de todos os documentos oficiais.
No momento histórico em que ela se transformou em co-regente do Egito, o país já estava em agonia. Já havia perdido suas possessões, havia anarquia e fome.
Os romanos preferiam que reinasse seu irmão porque além de mais jovem ele era mais fácil de ser dominado. Então, formaram um conselho de regência, mas Cleópatra fugiu de Alexandria.
Ela se juntou aos seus simpatizantes e começou a formar um exército com tribos árabes. Cleópatra junto com sua irmã Arsinoe foram para a Síria, presume-se que sua base era em Askelon.
O general Pompeu, naquela altura, tinha sido derrotado em batalha e procurou refúgio em Alexandria com Ptolomeu XIII, uma vez que havia sido seu tutor. Mas, ele não imaginava o que aconteceria. Assim que desembarcou foi assassinado e Ptolomeu XIII que estava nas docas, assistiu a tudo.
Foi esse o motivo que levou César a Alexandria. Cercado por soldados e cavalaria ele desembarcou. Houve rebeliões na cidade e Ptolomeu XIII fugiu para Pelusium, deixando o trono do Egito vazio.
César então se apossou do palácio e do trono passando a dar as ordens. O eunuco Pothinus trouxe Ptolomeu de volta para Alexandria para uma reunião com César. Cleópatra sabendo disso não queria ficar de fora.
É nessa altura que temos a famosa cena do tapete. Conta a história que Cleópatra se fez enrolar num tapete que foi enviado a César. Assim eles se conheceram e se tornaram amantes.
Ptolomeu XIII foi preso no palácio e César pretendia fazer de Cleópatra governante de Alexandria pensando que ela seria um fantoche de Roma.
Pothinus convocou o exército de Ptolomeu para cercar César em Alexandria e nessa guerra algumas partes da Biblioteca de Alexandria foram queimadas. César capturou o Farol de Alexandria e manteve o controle do porto.
A irmã de Cleópatra, Arsinoe, fugiu do palácio e foi encontrar com Achillas. Ela foi proclamada rainha da Macedônia pelo exército e pelo povo macedônio, Cleópatra jamais perdoou a irmã.
Durante essa guerra César matou Pothinus e Achillas foi morto por Ganimedes. Ptolomeu XIII se afogou no Nilo ao tentar fugir. Agora Cleópatra era a governante absoluta do Egito.
Nessa altura ela precisava casar com seu irmão Ptolomeu XIV que tinha apenas onze anos. Era importante agradar ao povo e aos sacerdotes e foi o que ela fez.
César talvez gostasse de Cleópatra, mas principalmente, estava extremamente interessado no Egito e suas vastas riquezas. De qualquer maneira Cleópatra logo ficou grávida e ele achou ótimo ter um filho para herdar o Egito.
O filho deles nasceu em Junho de 47 a.C. e foi chamado Ptolomeu Philopátor Philométor Cesário.
Ao voltar para Roma, César levou com ele Cleópatra e o filho dos dois. Os republicanos conservadores ficaram muito ofendidos com tal situação.
Havia um abismo entre os modos de Cleópatra e o que seria aceitável em Roma. Ela foi motivo de zombaria, mas César parecia não se importar e chamava Cesarion de filho abertamente. Muitos não aceitavam o fato de que ele planejava casar-se com Cleópatra embora as leis não aceitassem a bigamia e nem casamentos com estrangeiros.
Quando César foi assassinado, Cleópatra fugiu de Roma e retornou a Alexandria, nem ela e nem seu filho haviam sido mencionados no testamento de César e suas vidas estavam em perigo.
Em Alexandria, ela mandou assassinar Ptolomeu XIV e estabeleceu seu filho Cesarion como co-regente. Ele tinha apenas quatro anos. O Egito sofria com pragas e fome. As colheitas eram poucas e as inundações do Nilo baixas, os canais de irrigação estavam mal cuidados, praticamente abandonados.
Cleópatra ficou no governo do Egito observando o desenrolar da política romana. Precisava saber quem seria o próximo governante poderoso entre Marco Antonio, Otávio e Lépido, para poder fazer sua próxima jogada. O problema é que ela apostou no homem errado.
Marco Antonio era conhecido pelo seu gosto pelas mulheres e pela bebida e por sua vulgaridade e ambição. Foi nele que Cleópatra apostou. O Egito estava com a economia praticamente em colapso e ela foi convidada para se encontrar com Marco Antonio em Tarso. Assim mesmo fez uma chegada teatral cheia de pompa, vestida de Afrodite, a deusa do amor.
Marco Antonio logo foi atraído por ela, gostou da idéia de ter uma mulher de sangue real e assim se tornaram amantes. Depois que Marco Antonio retornou para Roma e sua esposa Fulvia faleceu, ele quis ajeitar as coisas com Otávio e casou com sua irmã, Otávia.
Nesse meio tempo, no Egito, Cleópatra teve gêmeos de Marco Antonio, um menino e uma menina. Em Roma, Otávia teve uma menina e Marco Antonio começou a avaliar a possibilidade de ter um herdeiro para o Egito dos Ptolomeus. Otávia teve outra menina e ele deixou-a em Roma e foi para o Egito.
Os gêmeos foram reconhecidos oficialmente por Marco Antonio e foram chamados Alexander Helios e Cleópatra Selene. Mais tarde os dois tiveram mais um filho e Cleópatra sempre lhe deu suporte ganhando ou perdendo as batalhas que lutou.
Otávia também sempre foi fiel a Marco Antonio mesmo passando por todos esses acontecimentos, mas em 31 a.C. ele pediu o divórcio e isso forçou o Ocidente a reconhecer seu relacionamento com Cleópatra. Foi dessa forma que sua aliança com Roma terminou oficialmente e esse fato permitiu que Otávio declarasse guerra a Cleópatra.
Em Accio, a frota de Otávio sofreu muitos danos, mas seu almirante Agripa conseguiu derrotar Marco Antonio. Após a derrota, Marco Antonio cometeu suicídio.
Cleópatra foi levada até Otávio que não estava nem um pouco interessado nela. Não tinha nenhum interesse em qualquer negociação, reconciliação ou qualquer outro relacionamento com a Rainha do Egito. Ela seria mostrada ao povo como escrava, como um troféu de batalha.
Ao perceber que não tinha saída, Cleópatra cometeu suicídio sendo picada por uma áspide ou uma naja, não se sabe ao certo. Estava com trinta e nove anos.
Após a morte de Cleópatra, Cesarion foi estrangulado e os outros filhos dela possivelmente foram criados por Otávia.