Civilização Egípcia/Novo império/Dinastias do Novo Império/18ª Dinastia (primeira parte)
Primeira parte da 18ª Dinastia
[editar | editar código-fonte]- Ahmose (Nebpehtyre)
- Amenhotep I (Djeserkare)
- Thutmose I (Akheperkare)
- Thutmose II (Akheperenre)
- Hatshepsut (Maatkare)
- Thutmose III (Menkheperre)
- Amenhotep II (Akheperure)
- Ahmose Nebpehtyre
O fundador da 18ª Dinastia, que libertou o Egito dos estrangeiros chamados hicsos. Também conhecido pelo seu nome grego Amósis.
Seu nome de nascimento Ah-mose significa A lua nasceu. e seu nome de trono Neb-pehty-re, O Senhor da força é Ra.
Provavelmente, Ahmose era criança ao assumir o trono porque seu pai Sekenenre Tao II faleceu na guerra contra os estrangeiros e seu irmão, Kamose, também morreu cedo, não se sabe se na guerra. Sua mãe era a poderosa rainha Aahotep, que deve ter sido a regente enquanto ele era criança.
Ahmose I casou com sua irmã Ahmose-Nefertari e teve muitos filhos, entre eles, o próximo faraó Amenhotep I.
Ele era criança quando seu pai (Tao II) começou a luta pela libertação do país e talvez por isso, tenha sido um grande guerreiro, decidido a por fim à dominação estrangeira e ampliar e assegurar as fronteiras do Egito.
Existem relatos em tumbas de soldados, das campanhas que Ahmose comandou contra o povo estrangeiro e provavelmente ele foi realmente vitorioso expulsando para sempre o chefe hicso e seu povo, quando já reinava há mais ou menos quinze anos.
Depois ele se dedicou às campanhas na Núbia e levou as fronteiras do Egito até a Segunda Catarata.
Enquanto Ahmose estava na Núbia parece que os hicsos começaram a se organizar e voltaram a atentar contra o Egito. A grande rainha Aahotep (mãe do faraó) foi a responsável por acabar com a tentativa de invasão e por isso ganhou três moscas de ouro, prêmio pela sua bravura, que foram encontradas junto com muitas armas, em seu túmulo em Tebas.
Ahmose I deixou alguns monumentos que registram seu reinado e seu titulo de único faraó do Egito. Um cenotáfio e um templo em Abidos e uma pirâmide que acompanha o templo e é a última pirâmide que foi construída no Egito ao que se sabe, pelo menos, a última que pode ter sido usada como túmulo real.
Essa pirâmide foi estudada em 1899 e 1902 mas não foi completamente mapeada, nela estão as primeiras representações de cavalos no Egito. Muitos fragmentos atestam o reinado do faraó e também de Apophis o chefe hicso.
Esse grande faraó foi sepultado na área de Dra´a Abu el-Naga, mas sua tumba não foi encontrada. Sua múmia, bem conservada foi encontrada no cache de Deir el-Bahari.
- Amenhotep I Djeserkare
Seu nome de nascimento significa Amon está satisfeito e seu nome de trono Djeserkare, Sagrada é a alma de Ra.
Também é conhecido pelo seu nome grego Amenofis.
Amenhotep I era filho de Ahmose I e da rainha Ahmose-Nefertari.
Deve ter subido ao trono muito jovem e ter sido co-regente de seu pai, porque prosseguiu com muitas das práticas dele. Sua mãe também foi uma grande rainha e deve ter sido regente do filho.
Este faraó deu continuidade ao trabalho de seu pai, consolidando o estado egípcio, desenvolvendo a política, a economia e usando a diplomacia. Paralelamente, ele fez também campanhas militares, pelo menos uma contra a Núbia é registrada.
Amenhotep I deixou obras em Abidos, Elefantina, Saqqara, Kom Ombo e as maiores em Tebas. Fez melhorias em muitos templos, especialmente em Karnak.
No Museu a céu aberto de Karnak podemos ver hoje, reconstruído, o templo de alabastro chamado Menmenu, feito por Amenhotep I.
Na época do seu reinado, os ladrões de tumbas já eram bem conhecidos, uma verdadeira praga, de modo que, ele construiu sua tumba em algum lugar bem longe de seu templo mortuário. Até hoje (2009) sua tumba não foi identificada, pode ser em Medinet Habu, pode ser a tumba número 39 do Vale dos Reis, também pode estar em Dra´a Abu el-Naga.
A múmia do faraó foi encontrada junto com a de seu pai e muitas outras, em boas condições no cachê de Deir el-Bahari.
A filha de Amenhotep I, Satamun ficou conhecida porque seu sarcófago foi encontrado num túmulo real, assim como duas estátuas suas em Karnak.
Após sua morte, Amenhotep foi declarado deus patrono da necrópole de Tebas pelos sacerdotes, junto com sua mãe, que era mais renomada ainda do que o filho e foram reverenciados no local.
Com relação ao sucessor de Amenhotep I existem muitas contradições. Alguns dizem que ele não teve filhos, outros que seu sucessor foi seu comandante militar, há ainda a possibilidade de Thutmose I ser filho de Ahmose, o pai de Amenhotep I com outra esposa.
- Thutmose I Akheperkare
Existem pelos menos duas teorias sobre as origens desse faraó, ele pode ter sido apenas o comandante militar de Amenhotep I ou pode ter sido filho de Ahmose (pai de Amenhotep I) com outra esposa.
Sem dúvida ele deve ter sido co-regente do faraó Amenhotep I, de modo que pode ter sido designado como seu sucessor. De qualquer maneira ele deve ter sido um grande comandante militar.
Thutmose casou com Ahmose (irmã de Amenhotep I e filha do faraó Ahmose I), sua esposa principal e possivelmente sua outra esposa era Mutnofret irmã da esposa principal.
Sua mãe deve ter sido Semiseneb (um nome bastante comum na época).
Seu nome de nascimento Thutmose significa Nascido do deus Thot. Seu nome de trono era A-Kheper-ka-re (Aakheperkara) que significa Grande é a alma de Ra.
Thutmose I fez muitas campanhas militares na Ásia e na Núbia, provavelmente prosseguindo os planos de Amenhotep I. Nessas campanhas ele levou as fronteiras do Egito até a Terceira Catarata na Núbia.
Conta a lenda (ou será a verdade?) que o faraó derrotou o chefe núbio num combate homem a homem e retornou a Tebas com o corpo do chefe núbio preso à proa do seu barco. No Delta ele prosseguiu a luta contra os hicsos e lutou contra os sírios, alcançando até o rio Eufrates.
Thutmose I trouxe ao Egito uma certeza de estabilidade e um novo orgulho especialmente aos tebanos.
Através da Estela de Abidos ficamos sabendo das suas obras em Tebas. Como construtor Thutmose entregou suas obras ao arquiteto Ineni, que aumentou bastante o templo de Amon em Karnak, adicionando pilares, estátuas e um dos maiores obeliscos do Egito, além de outras obras.
Embelezou o templo de Osíris e fez obras em Gizé, há inúmeras outras obras deixadas por ele em Elefantina, Armant, el-Hiba, Mênfis e Edfu. Na alta e baixa Núbia, na Quarta Catarata e em Napata, em Semna, Buhen, Aniba também há traços de suas obras. No Sinai há objetos com seu nome em Serabit el-Khadim.
Seu herdeiro foi o filho da segunda esposa, Mutnofret (irmã da esposa principal), Thutmose II. Mas, na verdade, o herdeiro mais famoso foi uma filha, a rainha faraó Hatshepsut filha da esposa principal Ahmose.
Há dúvidas sobre a localização do túmulo de Thutmose I. Sua tumba pode ter sido a de número 20 no Vale dos Reis feita para ele e para sua filha Hatshepsut e que contém dois sarcófagos de quartzito amarelo, um com seu nome inscrito e outro com o de sua filha.
Na tumba de número 38, investigada por Victor Loret em 1899, foi encontrado um sarcófago do rei também. É possível que essa tumba tenha sido preparada para o faraó por seu neto Thutmose III. O arquiteto Ineni foi o responsável pela construção.
Ineni foi sepultado no Vale dos Nobres e também prestou serviços à Hatshepsut.
A múmia de Thutmose I foi encontrada junto de outras no cache de Deir el-Bahari.
- Thutmose II Akheperenre
Seu nome de nascimento Thutmose significa Nascido do deus Thot. Seu nome de trono era Akheperenre Grande é a figura de Ra.
Seu pai foi o faraó Thutmose I e sua mãe Mutnofret (irmã de Ahmose, esposa principal de Thutmose I).
Sua esposa foi a rainha Hatshepsut, sua meia irmã e prima, e ele teve um filho que foi seu herdeiro de nome Thutmose III com uma mulher do harém chamada Iset. Com Hatshepsut teve duas filhas, Neferure e Neferubity (Merire-Hatshepsut?).
Thutmose II deixou poucos registros, poucos monumentos e parece que apenas prosseguiu a política de seu pai. Fez campanhas militares na Palestina e na Núbia.
Ele casou com Hatshepsut para legitimar sua ascensão ao trono e antes de morrer deve ter designado seu filho pequeno, Thutmose como herdeiro, pois sabia que sua esposa era ambiciosa e decidida.
Mas nada disso funcionou como sabemos, porque ela reinou como faraó. É possível, que devido ao fato do faraó ter saúde frágil Hatshepsut já fosse o verdadeiro poder por trás do trono. As obras que ficaram registradas de Thutmose II foram ruínas de um templo em Medinet Habu, que foi terminado por seu filho, um pórtico de pedra calcária no Templo de Karnak que também foi terminado por Thutmose III. Esse pórtico hoje está no Museu a céu aberto de Karnak, nele podemos ver cenas de Thutmose II com Hatshepsut e também Hatshepsut sozinha. Num dos lados do pórtico, Thutmose II é mostrado recebendo coroas, enquanto outras cenas mostram sua filha Neferure com Hatshepsut recebendo o sopro vital dos deuses.
Houve construções na Núbia em Semna e Kumma, sobreviveram blocos de obras em Elefantina e uma estátua do faraó.
Sua tumba não foi identificada com certeza, mas pode ser a número 42 do Vale dos Reis ou a tumba 358 do Vale dos Nobres (o que não seria natural por ele ser o faraó) embora seja pequena para um faraó. Sua múmia foi encontrada no cache de Deir el-Bahari junto com outras múmias reais.
- Hatshepsut Maatkare
Seu nome de trono Maatkare significa A verdade é a alma de Ra. Seu nome de nascimento Hatshepsut significa Aquela que ama Amon, A mais nobre das senhoras.
Seu pai era o faraó Thutmose I e sua mãe a rainha Ahmose. Casou com seu irmão Thutmose II e teve duas filhas com ele. Uma delas Merire-Hatshepsut foi esposa de Thutmose III possivelmente mãe de Amenhotep II.
Hatshepsut é uma das grandes rainhas que governaram o Egito e talvez a única que foi realmente um faraó.
Alguns historiadores a definem como uma mulher ambiciosa. Evidentemente, ambiciosa não pode ser uma característica ruim, ela fez parte de uma elite de governantes e portanto, ambiciosa deveria ser uma qualidade. Ela era uma mulher forte e inteligente.
Aliás excepcionalmente forte e inteligente, porque conseguiu impedir aquele que seria no futuro um dos maiores faraós do Novo Império, de assumir seu trono durante um longo tempo.
Quando seu marido morreu, ela se tornou regente do filho dele com uma das mulheres do harém. No segundo ano de sua regência, ela tomou o poder e reinou durante os vinte anos seguintes.
Hatshepsut reinou como faraó e se vestia como uma mulher faraó (titulo inexistente no Egito), nas suas estátuas ela às vezes aparece na forma feminina, às vezes na forma masculina. Ela foi muito bem sucedida no papel, inclusive com a aprovação do Alto Sacerdote de Amon, Hapuseneb.
No seu sétimo ano de governo, ela foi oficialmente coroada e passou a ser a rainha e o rei ao mesmo tempo. No oitavo ano ela ficou apenas com o título masculino e nunca mais foi vista em roupas femininas, a não ser em pequenos túmulos privativos e pequenos altares aos quais o povo não tinha acesso.
Ela abdicou dos títulos femininos e passou a usar apenas os exclusivos de um faraó, o nemes e o uraeus além da barba falsa. Ela inclusive tirava a terminação t (feminina) de seu nome e se tornava Sua Majestade Hatshepsu.
Hatshepsut manteve poucas campanhas militares fora do Egito, foi um reinado de paz e a economia floresceu. O país se dedicou ao comércio e à diplomacia além das artes.
Hatshepsut provavelmente é mais conhecida, além de ter sido mulher e faraó, pelo seu magnífico templo mortuário em Deir el-Bahari que é chamado de Djeser Djeseru ou o Esplendor dos Esplendores.
Foi obra de seu arquiteto Senmut, que teve a felicidade de escolher um local admirável, parece que o templo, na curva dos penhascos está saindo da paisagem, como mágica. Esse templo é considerado uma das obras primas da arquitetura egípcia.
O arquiteto Senmut também fez ampliações no Templo de Amon em Karnak e possivelmente muitas outras obras que foram desfiguradas, tendo o nome de Hatshepsut sido apagado.
Após sua morte, seu enteado Thutmose III apagou seu nome, destruiu suas estátuas e assumiu os monumentos feitos por ela, apagando seu nome também das listas de reis (a de Seti II em Abidos e a de Ramsés II no Ramesseum) e de todos os lugares possíveis.
Felizmente ele não foi totalmente bem sucedido, de modo que muitas obras restaram. Por isso, ela foi esquecida durante muito tempo e apenas durante o século dezenove, com os estudos no templo de Deir el-Bahari a rainha faraó foi redescoberta.
Mâneton registra Hatshepsut como Amenses.
Hatshepsut desaparece da história quando Thutmose III reclama o trono. Não se sabe se ela foi assassinada, se morreu naturalmente ou afastou-se para que sua filha reinasse ao lado de Thutmose III.
Provavelmente sua tumba é a número 20 do Vale dos Reis, que deve ter sido iniciada por Thutmose I e seu arquiteto Ineni e terminada por Hatshepsut. Não foram achadas as múmias, apenas dois sarcófagos inscritos para ela e para seu pai Thutmose I.
Nota - Em programa especial de televisão no mês de julho de 2007, o arqueólogo Zahi Hawass, Chefe de Antiguidades do Egito, relatou a descoberta da múmia da faraó Hatshepsut.
Caso seja mesmo a múmia da faraó, hoje está em exposição no Museu do Cairo e dizem os egiptólogos, que Thutmose III mandou apagar suas inscrições e figuras apenas para não haver hiatos no poder. A dinastia seguiria com seu pai, ele e seu filho, sem a interrupção causada por Hatshepsut.
- Thutmose III Menkheperre
Seu nome significa Nascido do deus Thot. Seu nome de trono Menkheperre significa Duradouras são as manifestações de Ra.
Thutmose III foi um dos grandes faraós do Egito e é espantoso que sua tia e regente Hatshepsut tenha conseguido dominá-lo durante mais de vinte anos, impedindo-o de reinar.
Evidentemente, desde que Hatshepsut reinou em seu lugar, Thutmose III após tomar o trono, fez o possível para apagar todos os vestígios do reinado dela. Apagou imagens, nomes, destruiu as estátuas e removeu todas as referências àquela que, para ele, foi a usurpadora de seu trono.
Os estudiosos ainda discutem se Hatshepsut foi uma usurpadora mesmo ou se tomou o poder pensando em preservar o país e o trono. Parece que durante seu reinado, Hatshepsut nada fez para diminuir o papel de seu sobrinho, inclusive o representando sempre nos murais.
E Thutmose talvez tenha servido no exército durante o tempo em que ela reinou, se preparando para assumir o trono, porque tudo indica que ele foi um grande guerreiro.
Thutmose III foi um grande faraó e um grande líder militar que comandou muitas campanhas. Como a história é escrita através textos encontrados, e como nunca, um faraó iria descrever suas derrotas, parece que ele foi um grande vencedor, chegando às margens do rio Eufrates nas campanhas no norte e também no sul entrando pela Núbia onde construiu templos.
Todos esses eventos estão inscritos, especialmente em Karnak, porque o exército egípcio marchava com seu comandante Thutmose III sob a bandeira do deus Amon (e o templo enriquecia com os espólios de guerra).
Esse faraó deixou muitas obras, templos em Kom Ombo, Edfu, Eklab, Tod, Amant, Akhmin, Hermópolis, Heliópolis e como todos os outros faraós aumentou o Templo de Amon em Karnak, onde estão descritos os presentes valiosos que ele deu ao templo trazidos das campanhas militares.
Thutmose III também mandou erguer dois obeliscos no templo, que hoje estão em Istambul. Além disso, construiu um templo em Karnak em que há uma sala com representações de animais e plantas que ele trouxe da Síria. Essa sala é chamada de Jardim Botânico.
Em 1898 foi descoberto seu túmulo no Vale dos Reis, por Victor Loret, é o número 34. É uma tumba profunda, decorada com figurinhas de deuses, mas estava muito danificada pois já havia sido saqueada pelos ladrões de túmulos.
Ele encontrou apenas o sarcófago, restos de mobília destruídos e estátuas de madeira. A múmia de Thutmose III não estava lá, ela já tinha sido encontrada em 1881 no cache de Deir el-Bahari.
O faraó também ergueu uma tumba para sua esposa Hatshepsut-Maeryetra (filha de Hatshepsut) no número 42 do Vale dos Reis. Ela sobreviveu a ele e foi honrada como Rainha Mãe durante o governo de seu filho Amenhotep II. Para seu pai, o faraó fez um novo sarcófago e um novo funeral no número 38 do mesmo Vale dos Reis.
Os nobres e oficiais de sua corte foram sepultados no Vale dos Nobres, onde foram descobertos túmulos fabulosos com trabalhos artísticos surpreendentes que atestam a riqueza do Egito no reinado de Thutmose.
Seu vizir Rekhmire foi sepultado na tumba de número 100, uma das mais belas, com muitas cenas da vida diária e inscrições contando o trabalho do vizir.
- Amenhotep II Aakheperure
Seu nome significa Amon está satisfeito, seu nome de trono, Aakheperure significa Grandes são as manifestações de Ra. A versão grega de seu nome é Amenophis II.
Seu pai foi Thutmose III e Amenhotep prosseguiu as campanhas militares feitas por ele.
Quando jovem foi criado para ser um guerreiro, porque pelas representações (se exprimirem a vida real) ele foi um homem atlético, cavaleiro, arqueiro e durante o reinado de seu pai, vivia perto de Mênfis, onde treinava cavalos e era famoso por suas habilidades físicas.
Amenhotep II lutou em diversas campanhas na Síria e parece ter sido um grande faraó, pois além das campanhas militares, em seu governo, o país prosperou em todos os sentidos.
Muito ele fez pela paz na Núbia e com outros antigos inimigos do Egito, portanto parece que em seu reinado a diplomacia funcionou muito bem, ao lado da espada.
Deixou diversas obras, inclusive, é claro, acréscimos no Templo de Amon em Karnak. Construiu um templo em Gizé e existem monumentos, desde o Delta até a Núbia, com seu nome inscrito.
A múmia do faraó foi encontrada e mostra sinais de doença, talvez tenha sido essa a causa de sua morte.
Sua tumba fica no Vale dos Reis, número 35, e é a única (além da de Tutankhamon) em que o faraó foi encontrado em seu próprio sarcófago, em sua própria tumba, quando foi aberta em 1898.
Esta é a tumba mais profunda do Vale e a câmara funerária é enorme. Como todas as outras, essa tumba já havia sido saqueada pelos ladrões mas não estava muito danificada. A múmia do faraó permaneceu lá até 1928, quando foi removida para o Museu Egípcio.
Essa tumba foi usada para guardar as múmias de outros faraós como Thutmose IV, Amenhotep III, Merneptah, Seti II, Siptah, Setenakhte, Ramsés IV, Ramsés V e Ramsés VI.
A esposa de Amenhotep II era filha de Yuya e Thuya e eles ficaram conhecidos porque o conteúdo de sua tumba foi encontrado e está exposto no Museu Egípcio. A múmia de Tiye, esposa de Amenhotep II pode ser a chamada Senhora Mais Velha (Elder Lady) que foi encontrada no Vale dos Reis na tumba número 35.