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- Definição
Uma função
onde
e
são espaços vetoriais sobre um corpo
é dita uma transformação linear se, para todos
e para todo
tem-se


Sejam V e W espaços vetoriais sobre um corpo K, onde a
. Seja
uma base de V e
vetores quaisquer de W. Então existe uma transformação linear
.
Prova
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- T existe e está bem definida
- Dado
tal que . Podemos definir T em v como . Sendo uma base, tem-se a unicidade de e, consequentemente, T está bem definida por meio da regra que associa o vetor ao vetor . Vemos através da definição que .
- T é linear
- Tome
. Assim . Pela definição . De outro modo . Portanto .
- T é única
- Suponha que exista
, então se , então .
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A seguir será discutido um exemplo de como achar a imagem de uma transformação linear. Considere
, definida por
.
O valor de
em um ponto
pode ser reescrito da seguinte forma:
.
Consequentemente, todo ponto da imagem é uma combinação linear dos vetores
e
, isto é, tais vetores formam um conjunto de geradores para a imagem de
. Como poderá ser verificado pelo leitor[1], estes vetores também são linearmente independentes, constituindo portanto uma base para a imagem de
.
- Definição
Seja
uma transformação linear entre os espaços vetoriais V e W. O núcleo da transformação linear, Ker(T), é a imagem inversa do vetor nulo em W:

O núcleo de uma transformação linear é um subespaço vetorial do seu domínio
A demonstração é simples:
- Ker(T) não é vazio, pois 0V é um elemento de Ker(T), já que T(0V) = 0W
- Se
então T(v) = T(w) = 0, logo, pela linearidade de T, T(v + w) = 0 e 
- Se
e
temos
logo
ou seja, 
Se
, e
- O posto(T) = dim Im(T),isto é, a dimensão da imagem de T(V), isto é, a quantidade de vetores L.I. que geram toda a imagem de T(V).
e
- A Nulidade(T) = dim Ker(T), isto é, é a dimensão do núcleo de T(V), isto é, a quantidade de vetores L.I. que geram todo o núcleo de T(V).
Sejam V e W espaço vetoriais sobre o corpo K e
. Se
, então posto(T) + Nulidade(T) = dim V
Prova
- Definindo a base do núcleo e a base do espaço:
Seja
uma base do Ker(T). Existem vetores
com j=k+1,...,n onde
é uma base de V.
- Definindo a base da imagem:
Como
é a base de V, T aplicada nessa base gera um conjunto que gera a imagem de T por V. Aplicando T sobre os vetores da base de V, temos
, mas
, pela definição de núcleo. Assim os vetores
geram a imagem de T(V).
- Provando que os vetores são independentes:
Como queremos uma base, eles devem ser independentes, isto é, devem
tal que
.
Tomemos
. Logo
. Como
.
Portanto
. Como
são L.I., então
.
- Definindo posto e nulidade:
O Posto(T) = dim Im(T). Como
geram a imagem de T(V), logo o posto(T)= n - (k+1) +1 = n-k.
A nulidade (T) = dim Ker(T). Como
é uma base do Ker(T), logo a Nulidade (T)= k - 1 + 1 = k
Como n = dim V, Nulidade(T)=k e Posto(T)=n-k, portanto Posto(T) + Nulidade(T) = dim(V).
- Teorema (existência e unicidade)
Se V é um espaço vetorial de dimensão n e
é
uma base de V, então existe um único funcional f, tal que
e 
- Teorema (base dual)
Se V é um espaço vetorial,
e
é uma base de V, então existe uma única base
de
tal que 
- Definição
é chamada de base dual de 
é chamado de espaço dual de V
Corolários:


- Teorema (representação dos funcionais lineares)
Sejam V um espaço vetorial sobre K,
com produto interno, e
um funcional linear. Então existe um único vetor
tal
que

Demonstra-se ainda que
Dizemos que T uma transformação linear,
é chamada operador linear de T sobre V.
- Definição
Seja V um espaço vetorial.
O operador adjunto,
de um determinado operador linear
é definido pela igualdade:

Demonstra-se que todo operador linear possui um e apenas um operador adjunto correspondente.
A partir da definição, podemos obter as seguintes conseqüências (prove!):



- Proposição
Seja V um espaço vetorial sobre K,
com produto interno.
Seja
uma base ortonormal de V. Então
onde 
- Corolário
Seja V um espaço vetorial sobre K,
com produto interno.
Então, para qualquer base
ortonormal de V, temos que
a matriz ![{\displaystyle [T^{*}]_{\alpha }=({\overline {[T]_{\alpha }}})^{t}.}](https://wikimedia.org/api/rest_v1/media/math/render/svg/c47f16c51040c5b062b1631d08aaed561c953467)
- Auto-adjunto (
)
- Unitário (
)
- Normal (
)
- Definição
é chamado de auto-adjunto se 
Uma matriz A é auto-adjunta se
- Se
é chamada simétrica.
- Se
é chamada hermitiana.
Os seguintes enunciados são úteis na prova de teoremas do operador auto-adjunto:
- Se
então 
- Se V é complexo e
então 
Prove:
- Se
e
então 
- Seja
com V complexo. Então 
- Definição
é chamado de unitário se 
Uma matriz A é unitária se
Prove:
- T é unitário
(T preserva o produto interno)
- T é unitário
(T preserva a norma)
- T é unitário
é unitário
- Definição
é chamado de normal se 
Uma matriz A é normal se
Prove:
- Todo operador auto-adjunto é normal
- Todo operador unitário é normal
É importante ressaltar, ainda, que existem operadores normais que não são unitários nem auto-adjuntos.
- Definição
W, subespaço vetorial de V, é dito invariante sob o operador
se 
Dizemos também que W é T-invariante.
Prove:
- Se W é T-invariante, então
é
-invariante.
- Se W é T-invariante e T é auto-adjunto, então W é
-invariante.
- Se W é T-invariante e T é inversível, então

- Se W é T-invariante e T é inversível, então W é
-invariante e 
- Se W é T-invariante e T é unitário, então W é
-invariante (ou
-invariante).
- Se W é T-invariante e T é unitário, então
é T-invariante.
- ↑ Ver por exemplo no Wolfram Alpha