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Utilizador:TiagoSilva01/Rascunhos

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Página de Rascunhos.

Gestão de Armazéns

  • Princípios da Armazenagem

A armazenagem é constituída por um conjunto de funções de recepção, descarga, carregamento, arrumação e conservação de matérias-primas, produtos acabados ou semi-acabados. Uma vez que este processo envolve mercadorias, este apenas produz resultados quando é realizada uma operação, nas existências em trânsito, com o objectivo de lhes acrescentar valor (Dias, 2005, p. 189). Pode-se definir a missão da armazenagem como o compromisso entre os custos e a melhor solução para as empresas. Na prática isto só é possível se tiver em conta todos os factores que influenciam os custos de armazenagem, bem como a importância relativa dos mesmos (Casadevante, 1974, p. 26).


Vantagens

A armazenagem quando efectuada de uma forma racional poderá trazer inúmeros benefícios os quais se traduzem directamente em reduções de custos. Se não vejamos (Casadevante, 1974, p. 28):

  • Incremento na produção e maior utilização da tecnologia;
  • Redução de risco de acidente e consequente aumento da segurança;
  • Satisfação e aumento da motivação dos trabalhadores;
  • Redução de perdas e inutilidades;
  • Melhor aproveitamento do espaço;
  • Facilidade na fiscalização do processo e consequente diminuição de erros;
  • Redução dos custos de movimentações bem como das existências;
  • Versatilidade perante novas condições.


Desvantagens

Algumas desvantagens da armazenagem são segundo Krippendorff (1972, p. 24):

  • Os materiais armazenados estão sujeitos a capitais os quais se traduzem em juros a pagar;
  • A armazenagem requer a ocupação de recintos próprios ou o aluguel que se traduz em rendas;
  • A armazenagem requer serviços administrativos;
  • A mercadoria armazenada têm prazos de validade que têm de ser respeitados;
  • Um armazém de grandes dimensões implica elevados custos de movimentações.


Factores que afectam a armazenagem

Na armazenagem pode-se considerar que intervém uma série de variáveis, as quais se denominam “factores”. Estes possuem uma influência específica para cada caso e têm um papel preponderante na realização de uma boa armazenagem (Casadevante, 1974, p. 45). Se não veja-se:

  • O material

O material é destacado como o principal ítem da armazenagem. Este pode ser diferenciado pela sua utilização, consumo, e apresentação, bem como outras características especiais que podem ser determinantes nas medidas a adaptar, devendo-se por isso classificar os materiais tendo em conta diversos itens (Casadevante, 1974, p. 62).

  • A existência

A existência traduz-se na acumulação ou reunião de materiais em situação de espera. Este conceito também se pode estender à quantidade de cada material em espera num armazém (Casadevante, 1974, p. 62).

  • A espera

A espera é destacada como grande impulsionadora da armazenagem. Esta traduz-se na antecipação com que os materiais devem ser colocados na empresa à espera de serem utilizados no processo (Casadevante, 1974, p. 62).

  • O tráfego

O tráfego está incutido no processo de armazenagem, pois este envolve a reunião de homens, máquinas e principalmente dos materiais. O tráfego contém geralmente operações com (Casadevante, 1974, p. 72):

  • Desacomodação
  • Carregamento
  • Movimentações internas do local
  • Movimentações externas do local
  • Descarregamento
  • Colocações

Princípios:

Se nos dias de hoje as empresas conseguissem vender tudo o que foi produzido, não seria necessário armazenar seus produtos. Geralmente isso não ocorre devido à diversidade de produtos e a exigência por parte dos clientes, de serem atendidos de acordo com suas expectativas e necessidades. A Tecnologia de Armazenagem surge para atender a todas as necessidades: as previstas e principalmente as imprevistas.

Um processo de armazenagem bem planeado e eficiente pode reduzir os stocks e consequentemente melhorar o nível de qualidade dos serviços prestados aos seus clientes. Baseado em alguns princípios básicos, a armazenagem vem de encontro à redução de custos e aumento a satisfação dos seus clientes.

  • Os princípios indicados abaixo são interessantes e merecem uma análise:
  • O processo antigo não funciona;
  • A distância é inimiga da produtividade;
  • Os operadores de armazém produzem mais quando controlam seu próprio trabalho;
  • Mais rápido é sempre melhor;
  • Cliente e fornecedores fazem parte do processo.

Em relação ao primeiro principio, "em equipa que ganha não se mexe". No armazém, depósito ou almoxarifado, preserve as coisas que estão funcionando bem e concentre-se naqueles processos que efectivamente não funcionam.

Na armazenagem, a distância reduz a produtividade. Em um grande armazém sempre existem alguns produtos que se encontram mais distantes, porém os locais distantes devem ser reservados para os itens de pouco movimento, e os itens com uma demanda maior, deve estar estrategicamente armazenados próximos as portas.

Deixar que os operadores controlem seus próprios trabalhos pode melhorar a qualidade e também a produtividade. Na armazenagem, perde-se o controle quando as pessoas não possuem ferramentas e principalmente formação suficiente e eficiente para realizar a tarefa.

Hoje com destaque dado ao tempo de ciclo dos pedidos, o desempenho mais rápido não pode fazer nada além de trazer melhorias, contanto que essa velocidade não sacrifique a precisão e a qualidade nos serviços.

Quando reconhecemos a importância dos fornecedores e clientes, devemos então destruir as relações de oposição, resistência ou descontentamento. Na armazenagem, olhe não somente o cliente, mas o cliente do seu cliente - a empresa que recebe seus embarques. Entenda a necessidade das pessoas que recebem os seus embarques para garantir que esteja controlando a qualidade destes embarques.

  • Introdução (Gestão do Armazém)

A gestão do armazém está directamente relacionada com o processo de transferência de produtos para os clientes finais, e têm em conta aspectos como a mão-de-obra, o espaço, as condições do armazém e fundamentalmente um local onde se maximiza o espaço de armazenagem (Gestão, 2007). Podemos considerar ainda a gestão do armazém, como um dos pilares da logística, não só devido ao seu verdadeiro valor material, mas ainda pelo facto de existir um grande fosso entre a falta de organização e carência de melhorias no processo com as reais necessidades das empresas. Por outras palavras, é durante este processo que se verificam pequenos ciclos de vida dos materiais/produtos e em prol da crescente necessidade de reabastecimentos rápidos (quick response/continuous replenishment), a armazenagem necessita de uma constante racionalização e, consequente diminuição. Esta representa um inconveniente na sustentação da empresa, pois caso surja uma acumulação de stocks, a empresa vê comprometida a sua liquidez, podendo a empresa iniciar um ciclo de endividamento a médio e longo prazo (Carvalho, 1996, p. 224).