Turismo no Brasil/Sul
A região sul do Brasil é a menor do país. Sua área terrestre é de 576 409,6 km², é superior à área da França porém menor do que o estado brasileiro de Minas Gerais. A região é formada pelos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Limita-se com o Uruguai, Argentina e com o Paraguai. A região é a unica parte do Brasil localizada fora da zona tropical, com variações nítidas quanto às estações. No inverno, há formações de geada, e algumas vezes até de neve nas Serras Gaúchas, Catarinenses e no Sul e Sudoeste do Paraná. A região é a mais desenvolvida do Brasil e apresenta índices sociais muito acima da média nacional. O sul, propriamente dita, é um grande polo turístico, econômico e cultural. Sua história é marcada por varias revoltas, e seu turismo é voltado para paisagens naturais que por sua vez é muito vasta e preservada.
História e Revoltas do Povo Guerreiro, o Povo Sul-Brasileiro
[editar | editar código-fonte]Os primeiros e milenares habitantes do Sul, como de todo o Brasil, foram os indígenas das tribos Guarani, Kaingang e os carijó. Posteriormente vieram os Padres Jesuítas. A colonização da Região Sul se deu com a imigração de Europeus com destaque para os Italianos, Alemães e Ucranianos. Outros grupos também vieram para o Sul como os Árabes, Japoneses e Poloneses. Os primeiros locais a serem povoados foram as áreas litorâneas e por ultimo as regiões Oeste e Sudoeste do Paraná e Oeste de Santa Catarina, As terras do norte e oeste do Paraná e do oeste de Santa Catarina foram as últimas regiões a serem povoadas. As terras do norte, oeste e Sudoeste do Paraná e do oeste de Santa Catarina foram as últimas regiões a serem povoadas. Essas regiões do Paraná foram povoadas com a criação de colônias agrícolas financiadas por uma companhia inglesa. Pessoas de outros Estados do Brasil e de mais de 40 países vieram para a região trabalhar como colonos no plantio de café e de cereais. No oeste catarinense, desenvolveram-se a pecuária, a exploração da erva-mate e da madeira.
Revoltas
[editar | editar código-fonte]Adentrando a história do Sul nos deparamos com as grandes revoltas que ali ocorreram, e por um motivo que pode se dizer até curioso, a vontade do povo de tornar o Sul um Estado Independente. Porém essa vontade vive até hoje, com o Movimento O Sul é Meu País.
Guerra dos Farrapos, o primeiro sinal do Sul Independente
[editar | editar código-fonte]Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha são os nomes pelos quais ficou conhecida a revolução ou guerra regional, de caráter republicano, contra o governo imperial do Brasil, na então província de São Pedro do Rio Grande do Sul, e que resultou na declaração de independência da província como estado republicano, dando origem à República Rio-Grandense. Estendeu-se de 20 de setembro de 1835 a 1 de março de 1845. A revolução, que com o passar do tempo adquiriu um caráter separatista, influenciou movimentos que ocorreram em outras províncias brasileiras: irradiando influência para a Revolução Liberal que viria a ocorrer em São Paulo em 1842 e para a Revolta denominada Sabinada na Bahia em 1837, ambas de ideologia do Partido Liberal da época. Inspirou-se na recém findada guerra de independência do Uruguai, mantendo conexões com a nova república do Rio da Prata, além de províncias independentes argentinas, como Corrientes e Santa Fé. Chegou a expandir-se à costa brasileira, em Laguna, com a proclamação da República Juliana e ao planalto catarinense de Lages. A revolta teve como líderes: general Bento Gonçalves, general Neto, coronel Onofre Pires, coronel Lucas de Oliveira, deputado Vicente da Fontoura, general Davi Canabarro, coronel Corte Real, coronel Teixeira Nunes, coronel Domingos de Almeida, coronel Domingos Crescêncio de Carvalho, general José Mariano de Mattos, general Gomes Jardim , além de receber inspiração ideológica de italianos da Carbonária refugiados, como o cientista e tenente Tito Lívio Zambeccari e o jornalista Luigi Rossetti , além do capitão Giuseppe Garibaldi, que embora não pertencesse a carbonária, esteve envolvido em movimentos republicanos na Itália. A questão da abolição da escravatura também esteve envolvida, organizando-se exércitos contando com homens negros que aspiravam à liberdade.
Revolução Federalista, O inicio de uma Guerra Civil
[editar | editar código-fonte]A Revolução Federalista ocorreu no sul do Brasil logo após a Proclamação da República, e teve como causa a instabilidade política gerada pelos federalistas, que pretendiam "libertar o Rio Grande do Sul da tirania de Júlio de Castilhos", então presidente do Estado, e também conquistar uma maior autonomia do estado do Rio Grande do Sul, descentralizando o poder da então recém proclamada República.1 Entretanto, vale ressaltar que o nome "Revolução" Federalista é inadequado, pois de acordo com o conceito histórico de Revolução essa revolta não se tratou de uma Revolução. Empenharam-se em disputas sangrentas que acabaram por desencadear uma guerra civil, que durou de fevereiro de 1893 a agosto de 1895, e que foi vencida pelos pica-paus, seguidores de Júlio de Castilhos. A divergência teve início com atritos ocorridos entre aqueles que procuravam a autonomia estadual, frente ao poder federal e seus opositores. A luta armada atingiu as regiões compreendidas entre o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Teve como seu Principal evento o Cerco A Lapa, cidade paranaense localizada perto da capital do estado Curitiba
Guerra do Contestado, uma briga entre vizinhos
[editar | editar código-fonte]A Guerra do Contestado foi um conflito armado entre a população cabocla e os representantes do poder estadual e federal brasileiro travado entre outubro de 1912 a agosto de 1916, numa região rica em erva-mate e madeira, disputada pelos estados brasileiros do Paraná e de Santa Catarina.1 Originada nos problemas sociais, decorrentes principalmente da falta de regularização da posse de terras e da insatisfação da população hipossuficiente, numa região em que a presença do poder público era pífia, o embate foi agravado ainda pelo fanatismo religioso, expresso pelo messianismo e pela crença, por parte dos caboclos revoltados, de que se tratava de uma guerra santa. A região fronteiriça entre os estados do Paraná e Santa Catarina recebeu o nome de Contestado devido ao fato de que os agricultores contestaram a doação que o governo brasileiro fez aos madeireiros e à Southern Brazil Lumber & Colonization Company. Como foi uma região de muitos conflitos, ficou conhecida como Contestado, por ser uma região de disputas de limites entre os dois estados brasileiros.
Ocorreu varias outras revoltas no Sul. Se você puder ler sobre elas leia, é sempre bom conhecer a história dessa região, que pode ser considerada a mais diferente do Brasil.
Curiosidades e Contos do Sul: Um pouco do Movimento O SUL É MEU PAÍS.
[editar | editar código-fonte]O Sul é o Meu País é um movimento independentista da Região Sul do Brasil, que visa a autodeterminação dos povos dos atuais estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. É organizado por uma instituição legalmente estabelecida que tem como objetivo elaborar estudos para avaliar as possibilidades de emancipação política e administrativa desses estados. Por vezes os separatistas da Região Sul foram acusados de preconceito e até de aproximação com a filosofia nazista pela imprensa brasileira. O movimento também é acusado de racismo e neo-nazismo pelo Instituto Stephen Roth da Universidade de Tel Aviv. Segundo relatório deste instituto, uma das condições do movimento para estabelecer este novo estado seria a expulsão dos nordestinos,judeus,índios e negros da região. O relatório também aponta que o movimento busca justificar os seus anseios através de textos escritos por Siegfried Ellwanger Castan, autor de livros revisionistas, que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal pelo crime de racismo. Esta acusação é repetidamente negada e combatida pelos militantes, que declaram em sua Carta de Princípios sua posição contra o preconceito e a favor da democracia. O Movimento também informa ter processado judicialmente Neo-nazistas e denunciado comunidades da Internet ao Ministério Público Federal que associavam a ideologia autodeterminista à nazista. Para quem quiser conhecer mais sobre o movimento é só acessar: http://www.meusul.net/beta/Principal.html
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Guilherme Litran, Carga de cavalaria Farroupilha, acervo do Museu Júlio de Castilhos.