República da China/História

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Foto de 1900, mostrando um formosino nativo vestido com uma pele de leopardo
Mapa neerlandês de 1640 mostrando as ilhas de Formosa e dos Pescadores

Até o século XVI, a Ilha de Formosa era ocupada por povos nativos e por piratas chineses e japoneses. Em 1590, navegadores portugueses estabeleceram um posto comercial na ilha, dando-lhe seu atual nome, Formosa, em homenagem à beleza da costa. Os portugueses foram expulsos da ilha pelos espanhóis, os quais, por sua vez, vieram a ser expulsos pelos neerlandeses em 1642. Em 1661, os chineses ocuparam a ilha.

Em 1895, com a derrota na Guerra Sino-Japonesa, a ilha passou para controle japonês. Com a derrota japonesa na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a ilha voltou para controle chinês. Em 1949, com a derrota do Partido Nacionalista na Guerra Civil Chinesa, os membros desse partido se refugiaram na ilha, a qual passaram a governar como partido único. O partido, porém, não abdicou formalmente do controle da China continental, que, a essa altura, pertencia ao Partido Comunista, vitorioso na Guerra Civil Chinesa.

O Partido Nacionalista passou a governar a ilha a partir da cidade de Taipé, embora continuasse a proclamar a cidade continental de Nanquim como a capital legítima do país. Em 1971, a República da China, até então reconhecida pela Organização das Nações Unidas fundada em 1945 como a legítima autoridade chinesa, perdeu esse posto para a República Popular da China. Com a morte do líder do Partido Nacionalista, Chiang Kai-shek, em 1975, seu filho Chiang Ching-kuo assumiu seu lugar, dando início ao processo de democratização do país.

Durante a década de 1980, o país alcançou taxas espetaculares de crescimento econômico e passou a ser conhecido como um dos quatro "tigres asiáticos", junto com Singapura, Hong Kong e a República da Coreia[1]. Em 1987, foi autorizada a existência de outros partidos políticos no país, além do Partido Nacionalista.[2] Em 2003, foi inaugurado o edifício Taipei 101, que se tornou o mais alto edifício do mundo. Tal posto foi perdido sete anos depois, com a inauguração do Burj Khalifa Bin Zayid, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Em 2010, o país assinou um acordo de redução de tarifas alfandegárias com a República Popular da China[3].

Referências

  1. Almanaque Abril 2004. São Paulo: Abril, 2004. p.652
  2. Almanaque Abril 2004. São Paulo: Abril, 2004. pp.652,653
  3. http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/06/100629_china_taiwan_acordo_bb.shtml