Recursos Educacionais Abertos/O que é REA
REA "é qualquer recurso educacional (incluindo mapas curriculares, materiais de cursos, livros didáticos, vídeos assistidos na Internet, aplicativos multimídia, podcasts e quaisquer outros materiais designados para uso no ensino e aprendizado) disponíveis abertamente para uso por educadores e alunos, sem a necessidade de pagar direitos autorais ou taxas de licença."
Wiley (2011), o fundador de recursos de código aberto, revela que tais recursos não devem ser apenas produzidos e partilhados, mas devem ser repensados, reinventados e refeitos com um novo vocabulário para torná-los mais dinâmicos e com uma linguagem mais apelativa, propícia aos novos media. A utilização de REAs na educação transcende a aquisição de conhecimento sobre o conteúdo dos REAs, abarca a produção e apresentação de conteúdos. Os recursos são virtuais e gratuitos e o facto de serem gratuitos não invalidam aquela que é uma das características mais importante: a total proteção dos direitos de autor. Também são chamados de artefatos, materiais ou utensílios, desde cursos completos, produções científicas em PDF, livros didáticos, artigos, audiovisuais, palestras, todo e quaisquer outras ferramentas, materiais ou técnicas usadas para apoiar o acesso ao conhecimento, com foco na aprendizagem. Desta forma, os REA são mais que recursos, são dinâmicos na sua utilização, modificação e partilha, não só do material original, mas também o modificado pelos utilizadores que melhoram e complementam cada recurso utilizado.
“Horizon Reporter” (2012) monstra que recursos de código aberto, envolve para além de conteúdos de aprendizagem, são aplicativos utilizados como modelo de aprendizagem prática em diversas instituições a nível mundial.
Downes (2010) anuncia que, atualmente, as mais conhecidas iniciativas de REAs são: “TED Vídeos” (televisões web universitárias), iTunes University (plataformas de m-learning, não formal, que não certificado, portanto, não conducente a grau académico), “Wikipédia”; magazines and self-help sites like WebReference” (sites com temas especializados) “or LifeHacker” (weblog com softwares sobre dicas eficientes de uso quotidiano), “and guerilla works like Khan Academy” (website com lições diversificadas e curtas disponibilizadas gratuitamente) “or Phil Bartle's Community Empowerment” (associação sem fins lucrativos).
A exemplo de Community Empowerment “Horizon Reporter” (acima referido) demonstra que a Universidade da Colúmbia (UK) utiliza, num dos cursos virtuais de especialização em Educação de Adultos, a participação de um RPG, no qual os estudantes escrevem artigos para uma revista denominada "Adult Educator Weekly", postam comentários e votam no melhor artigo. Concluiu-se que os alunos postaram mais no jornal que editaram do que nos fóruns de discussão do LMS. Uma revista feita pelos alunos para todos os estudantes que, aliás, tornou-se mais atrativa que os fóruns de discussão oficiais.
Referências Bibliográficas
1. COL & UNESCO (2011). A Basic Guide to Open Educational Resources (OER)
2. Downes, Stephen (2010). Agents Provocateurs. Stephen's Web. Disponível em:http://www.downes.ca/post/54026. Acesso: 28 de Outubro de 2019.
3. Harizon Reporter (2012). Disponível em: https://id.iste.org/docs/documents/2012-horizon-report_k12.pd. Acesso dia 15 de Novembro de 2019.
421. Wiley, David (2011). On OER – Beyond Definitions. Iterating toward openness. http://opencontent.org/blog/archives/2015. Acesso: 06 de Novembro de 2019.