REA - Educação a Distância e Ambientes de Aprendizagem/Maria Esperança
Maria Esperança
[editar | editar código-fonte]Como o trabalho ao qual me proponho é para a modalidade de ensino de Educação de Jovens e Adultos (EJA), um dos meus objetivos é que eles pensem, reflitam , problematizem o adulto dentro da sala de aula. O que pessoas, na maioria das vezes, com uma vida inteira de saberes buscam na escola, quais as perspectivas destes alunos perante a escola, a sala de aula, o professor? Outro objetivo que também considero importante nesta modalidade de ensino é o aluno como protagonista de sua aprendizagem e o professor o mediador deste processo, e isto procuro valorizar em todas as atividades propostas.
Este trabalho também pode ser realizado com alunos dos anos iniciais,estes podem fazer a atividade recriando a escola na qual eles pertencem. Assim, criariam os personagens, fariam o roteiro para a produção da foto novela, poderia então ser feito o Movie Maker. Esta proposta seria interessante não apenas para os alunos, mas para os professores no geral, pois nesta criação da escola o aluno de alguma forma pensaria o contexto existente naquele ambiente. Seria uma avaliação para as aulas, postura do professor em sala de aula, e também, o que o aluno pensa da escola, o que ele espera das aulas, o que gostaria de aprender, seus interesses, entre outros. Ao rever a atividade realizada, poderia ser feita uma roda de conversa, colocando questões apresentadas dentro do "filme" em debate, onde cada um poderia refletir sobre tudo que foi feito, suas inquietações, entre outros.
Objetivos
[editar | editar código-fonte]Os objetivos seriam os mesmos utilizados para a EJA: Criar condições para que se favoreça a auto-estima, através dos debates e práticas escolares, a fim de que estes entendam a importância do aprendizado na sua vida cotidiana. Desenvolver a visão critica dos alunos, para que possam tomar posições perante as dificuldades cotidianas; Proporcionar aos alunos um ambiente aberto de trocas de experiências, que valorize o conhecimento, a fim de que estes sintam-se valorizados em suas opiniões. Contudo acredito que a educação nas sua diferentes formas só pode ser de fato, com a participação de todos, pois todos nós aprendemos o tempo todo, tanto aluno quanto professor, e esta troca de idéias, saberes, intencionalidades, objetivos, é fundamental para qualificar a educação.
Tenho por objetivo geral deste planejamento
[editar | editar código-fonte]Criando condições para que se favoreça a auto-estima, através dos debates e práticas escolares, a fim de que estes entendam a importância do aprendizado na sua vida cotidiana. Desenvolver a visão critica dos alunos, para que possam tomar posições perante as dificuldades cotidianas; Proporcionar aos alunos um ambiente aberto de trocas de experiências, que valorize o conhecimento, a fim de que estes sintam-se valorizados em suas opiniões.
Objetivos específicos
[editar | editar código-fonte]Linguagem:
[editar | editar código-fonte]Alfabetizar tendo em vista métodos que incluam produções textuais, letras moveis, letramento, para que ocorra a aquisição do código. Exercitar a expressão oral através de debates para que desenvolvam aptidão ao emitirem suas opiniões, idéias e conhecimentos. Trabalhar os diferentes gêneros textuais, para que possam identificá-los, trazendo para o meio o conhecimento prévio dos alunos.
Matemática:
[editar | editar código-fonte]A partir da “feirinha” que os alunos fazem vendendo lanches, iremos trabalhar: A construção do número, para que aqueles alunos entendam a importância e a utilização deste na sua vida cotidiana. Iremos calcular o que temos para abrir o caixa, o que foi gasto e o lucro obtido, trabalhando assim: soma e subtração. Faremos a construção de gráficos referentes ao lucro do mês, para que assim os alunos possam fazer uma análise sobre a lucratividade do “negócio”. Trabalharemos o dinheiro: Para mensurar o quanto tenho, o quanto posso gastar, o que posso comprar; e unindo letramento e matemática trabalharemos o preenchimento de cheques. Além de ter a “feirinha” como subsidio para esta tarefa, também utilizarei encartes de supermercado, dinheiro de brinquedo e cheques impressos.
Sócio Históricas:
[editar | editar código-fonte]Através de mapas de Porto Alegre, os quais levarei e colocarei no chão, para que possamos observar e fazer levantamentos: Determinar a localização de onde estamos. Observar quais as zonas mais populosas. Trabalhar lateralidade: Norte, Sul, Leste e Oeste.
Ciências Naturais:
[editar | editar código-fonte]Iremos visitar o Museu da Medicina da UFRGS. A partir dessa visita, iremos desencadear as atividades a respeito da Prevenção da Saúde. Antes desta saída de campo, comentarei um pouco da história e os componentes que ali serão vistos.
Avaliação:
[editar | editar código-fonte]Para a avaliação pensei em uma proposta na qual os alunos possam ser sujeitos capazes de fazer uma analise sobre seu processo de aprendizagem, no qual ele mesmo expõe suas experiências, fazendo o relato do que aprendeu, com o que aprendeu e no que ele foi mediador para o aprendizado do outro. Àlvarez Mendez nos remete a forma de se avaliar para aprender e compreender, e é a partir deste referencial, com o intuito de avaliar a serviço de quem aprende: eu e os alunos, que me direcionarei a proposta.
Para subsidiar não apenas o trabalho que trago como uma amostra no quadro, na qual utilizamos imagens, como a concretude de um momento. Pois acredito que a concretude da imagem auxilia na compreensão dos alunos nas diferentes atividades propostas. Concordo com Fernanda Couto Guimarães e Loredana Limoli:
“O texto imagético utiliza-se de meios não verbais (textura-foco-iluminação) e, muitas vezes, verbais produzidos para criar efeito de verdade no discurso a ser transmitido. No entanto, apesar de vivermos num contexto mundial cada vez mais visual, o público consumidor, por falta de contato ou por falta de habilidade/preparação, recebe essas imagens de maneira intuitiva, sem uma percepção criteriosa e reflexiva.”(Guimarães e Limoli)
Penso que mesmo tendo contato com diferentes imagens diariamente, estas passam despercebidas ao olhar do aluno, que muitas vezes, como as autoras colocam, não tem habilidade/preparação para vê-las de maneira criteriosa a fim de refletir a respeito da mesma. Para este processo trabalhamos com diferentes apresentações de imagens: Mapas, apresentações em Power point: história da fotografia, história de Porto Alegre, filmes curtos, que deram maior detalhamento sobre o que estava sendo estudado. Recorremos a elaboração de cartazes com imagens; construção da fotonovela com fotos retiradas da encenação dos alunos; através da narrativa feita coletivamente por eles; a visão do mundo caracterizada com o desenho feito pelos alunos, entre outros. A imagem em si tem muito a dizer, até mais do que as palavras, pois ela não fala apenas pelo desenho, mas também, pelas cores, formas, texturas. Um desenho, por exemplo: traz todo um sentimento de quem o fez atrelado em traços que por vezes não são compreendidos na sua totalidade para quem esta de fora, mas para quem o fez aquela imagem tem vida, sentimento. Contudo, acredito que a concretude que a imagem traz é um facilitador para dinâmicas em sala de aula e fora dela, tornando-as mais interessantes, significantes. Nas quais podemos analisar, comparar e refletir sobre diversos assuntos, tendo a concretude da imagem como facilitador e interlocutor do aprendizado.
Referências:
COUTO. Fernanda Guimarães. A IMAGEM EM SALA DE AULA: UMA PROPOSTA COM A CAPA DE REVISTA.
BATISTA, J. C. A Fotografia como Discurso: alteridade, etnografia e comunicação. Revista Anagrama: Revista Científica Interdisciplinar da Graduação Ano 3 - Edição 4 – Junho-Agosto de 2010 . Disponível em http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/anagrama/article/viewFile/7130/6432 Acessado em maio de 2014.
ALVARENGA, L. Imagem, memória e identidade: uma etnografia visual da Vila de Itaúnas/ES. III Semana de Pesquisa em Artes. Arte, Religião e Tradições. ART. UERJ. 10 a 13 de novembro de 2009. Disponível em http://www.ppgartes.uerj.br/spa/spa3/anais/luciana_alvarenga_110_116.pdf Acessado em maio de 2014.