Projeto Integrador
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO – UNIVESP DERBIO DE SOUZA JUNIOR GILVAN RAMOS DIAS RONALDO PEPE
PROJETO INTEGRADOR
Análise Quantitativa/Qualitativa sobre temas do cotidiano escolar.
Trabalho de Conclusão do Terceiro Bimestre apresentado no Curso de Licenciatura em Ciências Físicas e Biológicas e Matemática da Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Orientador: Tutor Carlos Mateus Boarini
São Paulo, 2015
ÍNDICE Reflexão............................................................................................................................3 Agradecimentos......................................................................................................................4 Introdução........................................................................................................................ 5 Metodologia do projeto............................................................................................................. 6 Abstract............................................................................................................................7 Resumo..............................................................................................................................8 Justificativa.......................................................................................................................9 Problema e Objetivo................................................................................................................10 Metodologia Aplicada na Pesquisa...................................................................................................11 Metodologia Aplicada na manipulação de dados.......................................................................................12 Considerações Finais...............................................................................................................14 Protótipo .........................................................................................................................15 Reflexões Finais...................................................................................................................17 Anexos.............................................................................................................................18 Bibliografia.......................................................................................................................28
“Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual a sua visão de mundo, isso faz da leitura sempre uma releitura”.
Leonardo Boff
À Escola Estadual Deputado Maurício Goulart, nas pessoas da Sra. Diretora Cenaire, Vice, Daniel, Coordenadora Angela, Cláudia, Agente de organização escolar, Professor Carlos Emanuel e Coordenadora Adriana Lopes, pelos depoimentos nossos agradecimentos pela abertura, e interesse na colaboração pela busca de melhoria e projetos que caminham de encontro ao enaltecimento da educação aos jovens cuja formação nos sentimos coadjuvantes.
Introdução Ao dedicar-nos a melhoria de qualidade dentro de todo o ambiente escolar, focando o jovem - nosso objeto de estudo - necessário se faz uma investigação árdua dentro deste ambiente e analisar as temáticas do cotidiano. A problemática tem sua frequência em todos os níveis escolares, dando-se de forma acentuada, em escolas públicas, não sendo privilégio da periferia de algumas regiões, mas, de âmbito nacional. O grau de satisfação entre alunos e professores chega a ser sofrível, uma vez que transcende a função de apenas ensinar do mestre, mas sim também educar onerando a responsabilidade do mesmo e tornando-o mais vulnerável e a mercê de críticas e pressões. Sem necessidade de muita profundidade de análise ou pesquisa, nota-se a crescente reclamação por indisciplina, cabendo ao propósito deste trabalho, detectar possíveis causas de forma totalmente imparcial e apresentar possibilidades de avanço neste convívio através de análise quantitativa e qualitativa justaposta pela ouvida dos envolvidos. Metodologia de projeto Aplicação de questionário aos alunos selecionados de escola pública que frequentam o 8° e 9º ano do ciclo II; Ouvida deste grupo de alunos sobre o tema do questionário e aberto a colocações pertinentes ao além das solicitadas; Ouvida de docentes sobre o tema decorrente; Tabulação de dados; Elaboração de planilha e gráficos; Análise dos resultados obtidos Sugestões de melhorias Abstract Through survey obtained through a questionnaire directly applied to students from 8 ° to 9 ° s year cycle II in a public school in the city of Guarulhos, SP and heard from faculty members in different schools, we obtained data to detect some problems existing in the school environment. Through quantitative and qualitative analysis, we seek, in addition to finding problematic situations, offer some sort of collaboration to improve these conflicts, seeking grounding in literature consistent with the situation presented and experienced by authors in the field. In short, this paper aims to avoid stigmatizing students or teachers, but, with the amplitude of an external glimpse, provide some type of aid to this harmony as relevant universe that is so far as tune. Resumo Através de análise quantitativa e qualitativa localizar pontos conflitantes dentro do cotidiano escolar afim de apresentar possibilidades de melhoria dentro do referido ambiente, inclusive, apresentando alternativa, ou alternativas, de forma a favorecer o progresso do meio. De forma totalmente anônima, foi coleta informações em forma de questionário e contato direto com alunos da escola escolhida e docentes de diferentes instituições, o que valorizou e enriqueceu a coleta de dados. A avaliação permitiu, inclusive, a obtenção de dados socioeconômicos, oferecendo uma dimensão maior e mais significativa da nossa amostra, de maneira a atestar de forma mais veemente algumas indagações existentes, nos direcionando a conclusões mais acertadas. Link com síntese encontra-se disponível em https://www.youtube.com/edit?video_id=xVq-gIJ2MGo. Justificativa Face a grande polemica atual em torno do ensino e da educação, o que deveriam caminhar juntos, desperta interesse um estudo tanto quanto mais aprofundado, dada a incontestável importância sociocultural ao país e a ciência de problemas tangentes a qualidade. O crescente declínio de desempenho dos alunos requer atenção imediata não apenas das autoridades mas sim, de todos os envolvidos direta ou indiretamente com o processo ensino-aprendizagem como constatamos com trabalhos publicados nesse sentido, aos quais recorreremos para reforçar nossas teorias. Envolvidos com a adversidade, pais, alunos, professores e gestores buscam, incessantemente por soluções que venham de encontro a satisfação geral decorrente de algum resultado plausível.
Problema e objetivo Um dos principais problemas observados é, sem dúvida a indisciplina. Considerada como fator gerador da falta de aproveitamento e aprendizado, causando desmotivação e dispersão dos alunos e declínio do esmero por parte dos docentes. Temos como objetivo, analisar os pontos apresentados e, a partir de então, propor possibilidades e/ou direcionamentos rumo à uma conformidade bilateral, embasados em ensaios e aplicações pesquisadas. Metodologia aplicada na pesquisa A metodologia utilizada foi com questionário com questões objetivas e discursivas (vide anexo) aos alunos das salas de 8º e 9º anos, total de 153, da Escola Estadual Deputado Mauricio Goulart, município de Guarulhos – SP, em etapa única, de forma confidencial, sem identificação, e voluntária, facultando ao mesmo a possibilidade de responder ou não alguma questão ou sua íntegra. Durante a aplicação do questionário, dúvidas foram sanadas e, descontraidamente, informações extras que, por vezes, preferiam não registrar, porém, informações estas de profunda relevância e significativa contribuição aos registros de dados. Em relação aos docentes, também de forma voluntaria, em “bate-papo” informal, nos foram transmitidos conteúdos e opiniões que também, em muito concorreram para o direcionamento do trabalho. Simultaneamente à aplicação, a observação, não apenas em sala, onde foram aplicados os questionários, mas também nas demais dependências da instituição, aditou sensivelmente a condução do trabalho. O objetivo principal foi a oitiva dos envolvidos, focando principalmente o aluno, em busca da detecção de por pontos em desalinho, ou conflitante, no ambiente o que direcionou nitidamente à indisciplina como proposta de investigação dos motivos e futuros reveses e incentivos rumo a um consenso. Metodologia de manipulação de dados Com os dados coletados, foi realizada tabulação conforme questionário composto de 10 questões, às quais atribuímos valores para a tabela e confecção dos gráficos correspondentes (ANEXO). Os gráficos representam a apuração e demonstram perfil dos alunos como: faixa etária, estrutura familiar, sexo, interesses e auto avaliação. O material coletado encontra-se a disposição tanto da faculdade como da instituição que possibilitou este trabalho, preservando a identidade dos alunos.
Considerações finais Através da aplicação dos questionários e depoimentos individuais coletados, torna-se óbvio que a problemática possui cunhos merecedores de investimentos pedagógicos, psicológicos e financeiros, caso haja real interesse em favorecimento à qualidade e dignidade da educação. Em relação as condições sociais, apresentam-se em situação decadente, muitos, conforme gráfico, realizam a confecção da própria refeição e, obviamente, mentiram ou omitiram sobre a quantidade e qualidade, mas imaginando pela cultura infantil, pode-se pensar que nada de substancial seja produzido, além do contesto financeiro apurado. A insubordinação, a indisciplina apresentada, possui características diversas e distintas mas com a proximidade na intensidade e similaridade dado o fator psicológico e insatisfação, dos que possuem interesse em aprender e o estímulo a baderna por parte dos que indiferentemente frequenta a escola, por exigência familiar por conta de benefícios oferecidos pelo governo, como o bolsa família cuja frequência é medida. O caráter de obrigatoriedade da frequência em nada auxilia o processo de formação, ao contrário, revolta, suprime o direito de liberdade de opção e tolhe a consciência da necessidade e do prazer do aprendizado. A relação entre aluno e professor, remota ao sentimento de dedicação, tanto que o magistério era dádiva feminina, dada a inerente paciência e o dom da maternidade, o que acentua a tolerância e tranquilidade na transmissão, não apenas de informação mas de conhecimentos específicos e lição de vida, implícito na forma de trato e conduta. Quando nos reportamos a tempos não tão distantes, constatamos a elitização da escola, nem todos podiam frequentar em função de algumas dificuldades ou barreiras à serem transpostas como “léguas” a serem percorridas até uma escola mais próxima, falta de vestimentas ou necessidade de trabalho junto à família. A Indisciplina visualizada, é uma falta de limites e conscientização por parte do aluno que tem como direito adquirido a educação, por outro lado, desconhece os benefícios de estudar. Ocupar a cadeira apenas, não acrescenta em nada na sua formação ou conhecimento.
O exercício da função do educador hoje provoca elucubração, pois, financeiramente não é compensador... realização? talvez. Mas o ato de ensinar advém de quem quer aprender, isso é uma permuta. Assim, não tentando revolver o passado, quando o professor era “mestre”, respeitado, referência e quase idolatrado, inverter o processo de autoridade, se faz necessário. O aluno necessita tomar conhecimento de toda a dificuldade que é o caminho da educação até ele, o custo é o envolvimento de tantos.
É necessário engajá-los, envolvê-los, realizar parcerias, somar forças e, principalmente, ouvi-los, afim de tornar a relação amena, mais atuante, deixar claro que o aluno é membro vital para a máquina educação, e sem ele, não faz sentido e não acontece, porém, sem orientação, não há possibilidade de sucesso. É ideologia do educador, atuar de forma solitária, sem o envolvimento das partes, a conscientização do aluno é elemento primordial no processo, se não há interesse, não existe o porquê! Considerar o aluno como “aluno problema”, é comum, tanto para o professor como para o próprio aluno, investigação sobre causa é necessária, imprescindível, mas requer envolvimento coletivo de educadores, família, aluno e governamental, este destinando destinando verbas para acompanhamento social e psicológico, temperança do professor apenas, não basta. Novas visões de educação devem ser implementas onde o aluno deve decidir o que, ou da forma que pretende estudar, porém isso reflete mudança de cultura social, mas deve ser uma condição em que o aluno tenha prazer em faze-lo e a consciência do fato que deve estar em constante atualização na aquisição de novos e atuais conhecimentos acerca da sua opção. Mudança essa demandando tempo, mudança de currículo e conceitos e a necessidade de uma aplicação ética e filosófica mais severa. Protótipo Premente é a necessidade de envolver os alunos e faze-los tomar conhecimento da necessidade que ELES possuem em adquirir esta referência. Sem desprezar o fato de que o aluno é um indivíduo que já detém conhecimentos, influências familiares e do meio em que habita, torna-se necessária a transmissão de valores através de um ambiente propício, elaborado, de forma que a interação seja possível e implícita. Realização de palestras onde alunos possam enveredar acontecimentos pessoais tal maneira acrescentar relevância do estudo e aprendizado, solicitar desejos de aprendizado, matéria, curso, atividade ou dinâmica devendo ser desenvolvida com os próprios. Elaboração de atividades que venham de encontro ao fortalecimento da comunidade, não apenas escolar, mas ao bairro e atividade profissional, comunitária ou apenas medidas de segurança doméstica e culinária, ou ainda, algo por eles sugeridos deve ser considerado e suplantado. O ouvir o aluno é a direção ao êxito da proposta, reiterada a intenção de que eles sejam envolvidos, designando responsabilidades e, consequentes compensações por mérito em projetos ou feitos realizados, desde que de forma organizada e que produzam efeito tal maneira em acréscimo e contribuição ao ambiente escolar, a comunidade e ao crescimento individual, artes, folclore, dança, gincanas e competições ou qualquer outra atividade que tenha acréscimo e beneficie a comunidade estudantil ou a sociedade local. Requisitos são basicamente a dedicação de professores conduzindo a interação dos alunos no contexto da situação apresentada conciliando a matéria e, paralelamente, a metodologia de aproximação aluno, escola, comunidade e, dependendo da atividade proposta, família, a seguir de forma mais reflexiva. Ao que se apresenta, politicamente correto, é a educação para todos. Todos quem? Outro ponto de vista deve ser ressalvado, sem discriminação, mas sim, quem está interessado em educar-se e quem ainda se interessa em ser educador. Ao mestre, uma tarefa árdua é atribuída, mais uma vez, transmite conhecimento, informações, que, em contrapartida, pode vir em forma totalmente contrária ao ambiente familiar-social do aluno, colocando-o em situação inócua, sujeito às represálias inadvertidas por prejulgo da comunidade detentora valores de conjecturas contrapostas ao orientado. Sobremaneira, torna-se indispensável o engajamento da família, da população local e, fundamentalmente, um trabalho intenso de cientização à relevância do ensino de matérias cujo atrativo é nulo, mas justificação da necessidade se faz fulgente à manutenção de outros aprendizados ou apenas a básica cotidiana relação de interdependência profissional e social, onde a nulidade de informação ou conhecimento, além de constrangimento, pode trazer discriminação e, o atual, bullying!! À intenção de auspiciarmos excelência e qualidade da educação, declina as evidências “gritantes” da cultura que indubitavelmente, deve anteceder: a consciência da necessidade. A educação não pode ser impositiva, mas sim, a busca voluntária pelo conhecimento constante e atualizado que caminha de forma adjunta ao crescimento físico, moral e social do indivíduo, ideal este difícil de propagar sem toda envoltura anteriormente aditada, requer nutrição constante no sentido de manter os valores e necessidades presentes vislumbrando, afinal, a educação atingindo seu propósito. Em detrimento ao que é cobrado da instituição, ou ao professor, ressalta-se a coopartipação do ambiente familiar imbuindo o aluno de seus deveres, fundamentos, responsabilidades e orientando para o advindo futuro, promissor ou não com a cumplicidade, ou não, de sua participação, investimento e conduta enquanto responsáveis. Reflexão final Sem falar em dedicação, o objetivo ao que se propõe o educador, vai além da transmissão de conhecimento, mas é também a formação de pessoas com conhecimento, moral e ética compondo uma sociedade onde a possibilidade de coexistência seja provável e possível que para tanto, demonstramos com ações e atitudes em sala. A consciência do aluno no processo torna-se fundamental cabendo à todos envolvidos incumbir-se, proporcionalmente em transmitir a antevisão causando desejo pelo saber e empatia, aprofundar-se em que de real interesse possa ter. O professor é formador de ideias, orientador e exemplo de conduta, por muitos, ainda, concebidos como tal e infelizmente, desrespeitado frequentemente, o que enseja na desmotivação pelo ensinar causando prejuízo ao aluno, principal interessado. Bibliografia 1. Aquino, Julio Groppa – Faculdade de Educação da USP, 1998 Conferência – A indisciplina e a escola atual 2. Revista nova escola Abril
Memória viva da educação, acesso em 02 de abril de 2015
3. Boff, Leonardo
A águia e a galinha: uma metáfora da condição humana Editora Vozes, RJ, 1977