História do Brasil/O governo de Emílio Garrastazu Médici
O general Emílio Garrastazu Médici foi eleito pelo Congresso Nacional com 293 votos, contra 75 abstenções. A Junta Governativa Provisória outorgou uma nova constituição antes da posse de Médici. Ele exigiu que o Congresso Nacional fosse reaberto, e foi em 25 de outubro de 1969. Médici tomou posse em 30 de outubro de 1969, prometendo restabelecer a democracia até o final de sua gestão, o que não ocorreu. O presidente não cassou mandato eleitoral de nenhum político.
Médici visitou os Estados Unidos em dezembro de 1971. Nas duas eleições ocorridas no seu governo, a ARENA, o partido do governo, elegeu quase todos os prefeitos e vereadores do Brasil e fez, em 1970, 19 senadores contra 3 do MDB. O regime de Médici fez uso liberal de tortura e restrita censura à imprensa. O seu governo também ficou marcado pelo Milagre Brasileiro, que era o crescimento econômico recorde, inflação baixa e projetos desenvolvimentistas como Plano de Integração Nacional (PIN), que construiu rodovias, como a Transamazônica e a Ponte Rio-Niterói, e grandes incentivos fiscais à indústria e à agricultura. Também foi construída a Usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional, junto com o Paraguai, que durante muito tempo se tornou a maior usina hidrelétrica do mundo.
Foram fundadas estatais como a Embrapa, o INCRA, o Dataprev, o MOBRAL, o Telebrás, entre outros.
Em 1972, foi comemorado o sesquicentenário da Independência do Brasil, sendo trazidos de Lisboa para São Paulo os restos mortais do Imperador D. Pedro I.
No governo de Médici aconteceram sequestros de embaixadores pelas guerrilhas, como o sequestro do embaixador dos EUA, Charles Burke Elbrick, numa operação conjunta da ALN e do MR8, em setembro de 1969.
Emílio Garrastazu Médici foi sucedido em 15 de março de 1974 por Ernesto Geisel.