História do Brasil/O governo de Dilma Rousseff
Dilma Rousseff foi eleita pelo PT na eleição presidencial de 2010, derrotando José Serra, do PSDB. Foi reeleita em 2014 derrotando Aécio Neves, do PSDB. Dilma assumiu a presidência em 1 de janeiro de 2011. Foi a primeira vez que uma mulher assumiu a presidência. O governo de Dilma foi marcado por uma grave crise econômica.
No início, Dilma deu continuidade às políticas econômicas de Lula. Implementou medidas que incluíam políticas de forte intervenção governamental na economia que combinaram política monetária com a redução da taxa de juros e política fiscal com dirigismo no investimento, elevação de gastos, concessões de subsídios e intervenção em preços. Essa política ficou conhecida como Nova Matriz Econômica e foi apontada como uma das causas da crise de 2014.
Também houve programas sociais, como o Brasil sem Miséria, Microempreendedor Individual e o Pronatec.
Em 2015, o ranking mundial de educação, divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), apontou o Brasil na 60ª posição mundial em educação, entre 76 países pesquisados. Esta posição coloca o país em um patamar próximo ao das nações africanas. No segundo mandato, o slogan do governo passa a ser Pátria Educadora.
Antes do início da Copa do Mundo de 2014, houve vários protestos contra os gastos excessivos de verbas públicas para a construção de estádios e estruturas para abrigar o evento, o movimento ficou conhecido como Não vai ter copa.
Em 2013, aconteceu uma série de protestos conhecidos por Jornadas de Junho, que inicialmente surgiram para contestar os aumentos nas tarifas de transporte público, que chegaram a mais de um milhão de manifestantes em 20 de junho. Os protestos de 2013 foram organizados pelo Movimento Passe Livre (MPL). Depois, não passaram a protestar apenas por causa do aumento das tarifas de ônibus, mas também dos gastos públicos em grandes eventos esportivos internacionais, a má qualidade dos serviços públicos e a indignação com a corrupção política em geral.
Em resposta, o Congresso Nacional arquivou a chamada PEC 37, que proibiria investigações pelo Ministério Público, e proibiu o voto secreto em votações para cassar o mandato de legisladores acusados de irregularidades, com a intenção de atender às reivindicações dos manifestantes.
Em 2014, apesar da crise, Dilma foi reeleita para o segundo mandato, pela votação maciça da maioria do povo do Nordeste brasileiro (o PT é muito forte nessa região) e em novembro do mesmo ano, foi criado o Movimento Brasil Livre (MBL), que é posicionado à direita, e foi principal responsável pela convocação dos protestos contra o governo de Dilma.
A partir daí, movimentos de direita foram criados e a "onda conservadora" que surgiu foi responsável pela vitória de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018.
Após vários protestos e escândalos de corrupção envolvendo o partido de Dilma, o PT, e a nomeação controversa do ex-presidente Lula como Ministro da Casa Civil, houve um processo de impeachment que levou ao seu afastamento. Foi substituída por Michel Temer em 12 de maio de 2016 interinamente, e em 31 de agosto foi substituída definitivamente.