História do Brasil/A eleição presidencial de 1985
A eleição presidencial de 1985 foi a última ocorrida de forma indireta, por meio de um Colégio Eleitoral, enquanto vigorava a constituição de 1967.
O então presidente João Figueiredo extinguiu o bipartidarismo. A partir deste fato, foi criado o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB, hoje MDB) como sucessor do MDB, e o Partido Democrático Social (PDS, atual Progressistas) como sucessor do ARENA, além de outros novos partidos. Também, houve uma concessão de anistia ampla, geral e irrestrita aos políticos cassados com base em atos institucionais.
Meses antes da eleição, houve as manifestações das Diretas Já, que pedia eleições diretas em 1985, mas o pedido foi rejeitado.
A eleição tinha duas chapas: Tancredo Neves do PMDB para presidente e José Sarney (PMDB) para vice, com a coligação "Aliança Democrática" formada pelo PMDB a a dissidência da Frente Liberal (FL).
A outra chapa que disputou a presidência foi: Paulo Maluf (PDS) para presidente e Flávio Marcílio (PDS) para vice, sem nenhuma coligação.
No dia 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral reuniu-se e Tancredo Neves foi eleito presidente para um mandato de seis anos com 480 votos (72,4%) contra 180 dados a Maluf (27,3%). Houve 26 abstenções, principalmente de parlamentares do PT, que foram orientados a votar nulo, exceto 5 dissidentes do partido, que foram expulsos.
Em 14 de março, véspera da posse do novo governo, o presidente eleito Tancredo Neves foi internado com sintomas de apendicite, e em 15 de março, o vice-presidente José Sarney tomou posse. Houve uma infecção generalizada em Tancredo e morreu em 21 de abril, dia de Tiradentes.
José Sarney colocou eleições diretas para todos os cargos, legalizou os partidos e convocou uma assembleia constituinte para a promulgação de uma nova constituição.