História do Brasil/O governo de Ernesto Geisel
Ernesto Geisel foi eleito pelo Congresso Nacional em 15 de janeiro de 1974 com 400 votos, contra 76 de Ulysses Guimarães do MDB. Geisel dedicou-se à abertura política do Brasil.
Em 1977, aconteceu uma invasão de terras em Sarandi (RS), que deu origem ao MST. No seu governo, o general Ednardo D'Ávila Mello foi exonerado após a morte do jornalista Wladimir Herzog, em 1975, e o metalúrgico Manuel Fiel Filho também foi exonerado, em 1976, em dependências militares paulistas.
No governo de Geisel, houve a anexação da Guanabara pelo Rio de Janeiro em 1975, a divisão de Mato Grosso e criação de Mato Grosso do Sul entre 1977 e 1979, o início do processo de redemocratização do país, embora tal processo tenha sofrido alguns retrocessos durante seu governo, como bem exemplifica o Pacote de Abril, em 1977, a extinção do AI-5, a demolição do Palácio Monroe - episódio polêmico que movimentou interesses diversos e gerou intensas campanhas contra e a favor nos jornais, a criação da Dataprev, CODEVASF, BB Tecnologia e Serviços, Nuclep, INAMPS (atual SUS) e Crédito Educativo (atual FIES).
Também houve o reconhecimento dos regimes socialistas portugueses e angolanos, o reatamento das relações diplomáticas com a República Popular da China, a ampliação da presença brasileira na África e nos demais países do Terceiro Mundo, evitando o alinhamento incondicional aos Estados Unidos e a legalização do divórcio.
O II Plano Nacional de Desenvolvimento ajudou a manter a economia aquecida, o nível de empregos após o primeiro choque do petróleo (1973) e o parque industrial em expansão, mas causou agravamento da dívida externa e dos problemas monetários ocasionadores da hiperinflação das décadas seguintes.
Ernesto Geisel foi substituído por João Figueiredo, em 15 de março de 1979.