História do Brasil/Diretas Já
As Diretas Já foi um movimento civil ocorrido entre 1983 e 1984 que reivindicava eleições diretas no Brasil. A aprovação da Emenda Constitucional Dante de Oliveira concretizaria a possibilidade de eleições diretas para presidente da República, mas a emenda foi rejeitada. Os adeptos do movimento conquistaram uma vitória parcial em janeiro do ano seguinte quando Tancredo Neves foi eleito presidente pelo Colégio Eleitoral. A maior passeata ocorreu em 16 de abril de 1984 em São Paulo, onde compareceram 1.500.000 pessoas.
Dentre os políticos que participaram, destacaram-se: Tancredo Neves, Leonel Brizola, Miguel Arraes, José Richa, Ulysses Guimarães, André Franco Montoro, Dante de Oliveira, Mário Covas, Gérson Camata, Orestes Quércia, Luiz Inácio Lula da Silva, Eduardo Suplicy, Roberto Freire, Luís Carlos Prestes, Fernando Henrique Cardoso, Jorge da Cunha Lima, Marcos Freire, Fernando Lyra, Jarbas Vasconcelos e Moreira Franco. Dentre personalidades que participaram destacaram-se: Heráclito Fontoura Sobral Pinto, Sócrates (futebolista), Christiane Torloni, Mário Lago, Gianfrancesco Guarnieri, Fafá de Belém, Chico Buarque, Taiguara, Beth Carvalho, Martinho da Vila, Osmar Santos, Juca Kfouri, entre outros.
O presidente João Figueiredo aumentou a censura sobre a imprensa e ordenou prisões, ocorrendo violência policial, para reprimir as manifestações. Apesar da rejeição da emenda, as lideranças das Diretas Já passaram a formar a nova elite política brasileira e o processo de redemocratização culminou com a volta do poder civil em 1985, na aprovação de uma nova Constituição Federal de 1988 e com a realização das eleições diretas para Presidente da República em 1989.