Guia dos Trouxas para Harry Potter/Livros/O Prisioneiro de Azkaban/Capítulo 3
Capítulo 3 O Nôitibus Andante
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[editar | editar código-fonte]Aviso: Seguem detalhes do enredo.
Sinopse
[editar | editar código-fonte]Harry se encontra sozinho numa rua escura e deserta, com todas as suas coisas, mas sem dinheiro Trouxa. Com medo de que os funcionários do Ministério da Magia estejam procurando por ele, para expulsá-lo da comunidade mágica, Harry decide que, usar mais magia não vai piorar sua situação. Ele pensa em abrir seu malão e se esconder debaixo da Capa da Invisibilidade e voar até o Beco Diagonal em Londres, em sua vassoura. Chegando lá iria até o Banco Gringotes retirar a fortuna que herdou. Enquanto está fuçando dentro do malão, ele sente algo estranho como olhos o observando. Jogando a luz de sua varinha em direção a um canto escuro, ele vê um cachorro bem grande; recuando, ele tropeça no malão e cai na rua. Um ônibus roxo de três andares de repente aparece do nada, quase atropelando Harry. Um condutor de roupas igualmente roxas, desce e se apresenta como Stan Shunpike, condutor do Nôitibus. Só depois de falar toda aquela lenga-lenga, Stan percebe que a pessoa que “fez sinal” para o ônibus está sentada no chão. Ajudando Harry a ficar de pé, Stan pergunta seu nome. Com receio de que fosse um fugitivo procurado, ele se identifica como sendo seu colega, Neville, e pergunta se o ônibus pode levá-lo ao Caldeirão Furado. Stan diz a Harry que o Nôitibus pode levá-lo por onze sicles; por treze, ele pode ganhar um chocolate quente, e por quinze um saco de água quente e uma escova de dentes.
Harry sobe a bordo, enquanto o chofer, Ernesto Prang empurra o malão para dentro do ônibus. Dentro do ônibus não havia cadeiras e sim camas. Mas, a viagem era acidentada, e sacudia muito de modo que Harry não conseguiu dormir, enquanto Stan lia O Profeta Diário. A foto de Sirius Black estava na primeira página; o mesmo fugitivo que Harry tinha visto na TV dos Trouxas. A história dizia que Black havia matado treze pessoas com uma só maldição, e se acreditava que ele fosse um grande apoiador de Voldemort.
Quando o Nôitibus chega ao Caldeirão Furado na manhã seguinte, é recebido pelo Ministro da Magia Cornélio Fudge. Stan Shunpike, ainda espantado com a história do “Menino que Sobreviveu”, está completamente atônito quando Fudge saúda seu passageiro e o chama de “Harry”. Fudge leva Harry até uma sala privada no Caldeirão Furado e conta que Guida Dursley foi furada para esvaziar e sua memória foi alterada. Tio Válter e Tia Petunia estão esperando por Harry de volta no próximo verão se ele ficar em Hogwarts pelo Natal e pela Páscoa. E, o mais estranho ainda, depois do que aconteceu quando Dobby o elfo doméstico usou magia na sua casa, no segundo livro capitulo 2, é que Harry descobriu que não haveria consequências por ter usado magia, sendo menor de idade.
Harry fica no Caldeirão Furado até o inicio das aulas, e Fudge pede que ele passeie apenas no Beco Diagonal, não se aventure pela Londres Trouxa. Harry pede a Fudge que assine sua permissão para Hogsmeade, mas Fudge parece desconcertado e recusa. Harry encontra Edwiges dentro do seu quarto, onde cai na cama e dorme.
Análise
[editar | editar código-fonte]Harry, entra em pânico, pensa e age de maneira irracional e como é de seu comportamento habitual ele pega seu malão e foge, sem conseguir aguentar mais os abusos que sofre da família. Embora as reações de Harry sejam infantis, ele sabe pela sua experiência passada, as duras penalidades por usar magia sendo menor de idade. Ele espera apenas o pior, sua expulsão de Hogwarts e ter sua varinha quebrada em duas. Sua breve fuga pela noite no mundo Trouxa é apavorante, e ainda que ele estivesse muito infeliz nos Dursleys, pelo menos estava seguro e tranquilo por saber que sempre poderia retornar a Hogwarts.
Agora, tudo que ele ama parece ter desaparecido, e Harry está bastante acostumado a ser mal tratado, para esperar que esse incidente seja resolvido de maneira favorável. Ele não tem idéia do que fazer depois, mas decide que a única opção é ser fugitivo e viver de maneira clandestina à margem do mundo mágico. Por muita sorte, seu plano maluco foi destruído por um grande e assustador cachorro e pela chegada perfeita do Nôitibus.
Harry teve uma sensacional experiência de como os bruxos coexistem sem ser percebidos, com o mundo dos Trouxas – o Nôitibus. Um veiculo que anda perfeitamente através do tráfego Trouxa sem ser percebido. O condutor Stan Shunpike, um personagem meio cômico e sem importância, representa o bote salva vidas de Harry de volta ao mundo mágico. A viagem de volta é sacudida, tanto literalmente como figurativamente. Mesmo a bordo do Nôitibus, Harry não consegue escapar de sua fama, escutando Ernesto e Stan conversando sobre o famoso Harry Potter, sem saber que ele era o passageiro. Durante o longo trajeto, Harry descobre mais sobre o fugitivo Sirius Black, embora não tenha prestado mais atenção, porque estava muito preocupado com a situação horrível em que estava metido. A preocupação de Harry e sua reação ao episódio de tia Guida era desnecessária, espantosamente Fudge apagou o incidente todo e conseguiu que Harry ficasse no Beco Diagonal até o inicio das aulas.
Apenas como um comentário, há uma pequena divergência aqui. O aniversário de Harry e a chegada de tia Guida acontecem em 31 de julho; a visita da tia Guida é de uma semana, e Harry foge na última noite que ela passa nos Dursleys, o que seria dia 6 de agosto. No dia seguinte, Fudge avisa que Harry pode ficar no Caldeirão Furado durante os últimos quinze dias (duas semanas) de férias; mas a escola começa no dia 1º de setembro, portanto a estadia de Harry no Caldeirão Furado seria de três semanas e meia e não duas. Essa divergência foi corrigida nas edições seguintes, contando a duração das férias de Harry de três semanas.
Perguntas
[editar | editar código-fonte]Revisão
[editar | editar código-fonte]- O que Harry vê quando está na rua escura? Por que fica tão assustado?
- O que é o Nôitibus e como ele sabia onde encontrar Harry?
- Por que Harry diz que seu nome é "Neville Longbottom" ao condutor do Nôitibus?
Estudos Adicionais
[editar | editar código-fonte]- Por que Fudge apagou o incidente envolvendo tia Guida?
- Por que Fudge se recusou a assinar a permissão para Harry ir a Hogsmeade?
- Se Stan e Ernesto não reconheceram Harry, então como Cornélio Fudge sabia que ele estava viajando no Nôitibus e indo para o Beco Diagonal?
- Por que Stan ou Ernesto não reconheceram Harry?
- Por que Harry pôde ficar no Beco Diagonal sozinho, ao invés de ser enviado para os Weasleys ou para outra família bruxa que o acolheria com prazer e o protegeria?
- Considerando que Sirius Black está sendo chamado de seguidor de Voldemort, por que Harry presta pouca atenção à história do Profeta Diário sobre ele?
Visão Completa
[editar | editar código-fonte]Spoiler
[editar | editar código-fonte]Aviso aos leitores de nível intermediário: Seguem detalhes que vocês podem não querer ler em seu nível atual de leitura.
Durante todo o ano, Harry vê o mesmo cachorro preto, repetidamente, que apareceu antes dele, acidentalmente, ter feito sinal para o Nôitibus. A principio ele acha que é algo ameaçador, uma criatura espectral (não há nada de físico) que se acredita ser um presságio de morte. As primeiras vezes em que Harry o vê, ele aparece quando Harry está em perigo mortal. No entanto, antes do jogo de Quadribol, ele vê Bichento e o cachorro, juntos, e acredita que então o cachorro não é um espectro. Ironicamente, embora Harry no inicio o considerasse um presságio de morte, a primeira aparição do cachorro, na verdade ajudou Harry porque o fez tropeçar, cair para trás e erguer o braço da varinha, fazendo sinal para o Nôitibus que o levou em segurança. O cachorro é na verdade, o bruxo fugitivo Sirius Black, que é um Animago (um bruxo que pode se transformar em animal quando deseja). Eles sempre se encontram porque Black deseja ver Harry, que é seu afilhado, embora Harry não saiba que tem um padrinho. Quando ele descobre, é uma situação especialmente angustiante, pensando que Black traiu seus pais. Só mais tarde ele descobre as verdadeiras circunstâncias que levaram à prisão de Black. Embora pareça que Harry escolheu o nome de Neville ao acaso, quando falou com o condutor, pode ter sido uma pista da conexão entre os dois garotos. Vamos descobrir no livro cinco, capitulo 37, que a Profecia dava conta de que qualquer um dos dois meninos poderia ser o alvo de Voldemort.
Harry ainda é considerado um herói: “O Menino que Sobreviveu”, e que visto como aquele que causou a queda de Voldemort há doze anos atrás. Assim sendo, a posição “pro Harry” de Fudge não é de surpreender. Além disso a população bruxa em geral, acredita que Sirius Black é (ou era) o braço direito de Voldemort e que, aparentemente quer matar Harry, e observamos que seria um suicídio político para Fudge, ser visto como o chefe de governo que permitiu que Harry fosse abandonado sem defesa frente a Black. Abusar da credulidade de Harry, deixando de lado seu comportamento em relação a magia, ajeitando a situação, é o curso politicamente correto que Fudge opta por seguir.
Fudge também não pode permitir que Harry ande por Londres ou vá passear na aldeia de Hogsmeade, onde estaria relativamente desprotegido com relação a Black. Também é um pouco estranho que Fudge tenha se esquivado de assinar a permissão de Harry; ele poderia, com certeza, alegar que não é o responsável legal pelo garoto. A permissão exige que seja o pai ou o responsável legal e de modo surpreendente Fudge não usa essa desculpa.
Stan Shunpike reaparece na série, embora continue sendo um personagem menor. Embora ocasionalmente ele se comprometa com coisas mesquinhas, Shunpike representa como é fácil os inocentes se tornarem marionetes ou bodes expiatórios dos corruptos ou de instituições políticas.
Conexões
[editar | editar código-fonte]- O Nôitibus aparece novamente no livro cinco, capitulo 24, e é parte da elaborada infraestrutura de transportes do mundo mágico. Já vimos o Expresso de Hogwarts e o uso das vassouras e a Rede de Flu. No livro O Cálice de Fogo, capitulo 6 descobrimos as Chaves de Portal e a Aparatação. É bem interessante examinar os múltiplos meios de transporte, observando que as falhas de uns são superadas pela capacidade de outros.