Guia dos Trouxas para Harry Potter/Livros/O Cálice de Fogo/Capítulo 2
Capítulo 2 A Cicatriz
[editar | editar código-fonte]spoiler
[editar | editar código-fonte]Aviso: Seguem detalhes do enredo.
Sinopse
[editar | editar código-fonte]Harry acorda de um pulo, sua cicatriz queima dolorosamente. Ele pensa no sonho que acabou de ter e lembra de ter visto Rabicho e Voldemort num ambiente escuro, matando um homem idoso. Ele se concentra e lembra que eles estavam tramando matar alguém; ele. Focando à sua volta, na Rua dos Alfeneiros, Harry fica imaginando o que fazer sobre tudo isso; sua cicatriz queimando em geral, tem algo a ver com Voldemort. Deveria contar a seus amigos? Fica imaginando qual seria o conselho de Hermione; ele deveria ao menos contar ao Professor Dumbledore. Ron poderia perguntar a seu pai sobre o comportamento estranho das cicatrizes feitas por Maldições. Ele decide escrever para seu padrinho, Sirius Black, e contar a ele o que estava acontecendo com os Dursleys e sua cicatriz. Ele termina a carta e espera por sua coruja Hedwig, retornar da caçada.
Análise
[editar | editar código-fonte]Voltamos ao ambiente mais familiar – Harry, seus amigos, sua escola e o mundo mágico em geral. Esse é o padrão comum da série, e a autora pode ter achado necessário voltar as regras conhecidas e trazer novos leitores para dentro da trama, ou pelo menos aos personagens e situações entre cada livro. Talvez a intenção tenha sido fazer com que cada livro seja mais ou menos independente.
Ron e Hermione voltam à história, com Harry imaginando as reações deles ao contar as últimas notícias. A família Dursley também é mencionada dessa forma, assim como o Professor Dumbledore, embora Harry pense sobre quais serão as conseqüências se ele revelar o que aconteceu. O relacionamento de Harry com Sirius também é revisitado, e Harry acredita que seu padrinho é uma pessoa a quem ele pode contar sobre seu sonho, sem nenhuma preocupação de como ele irá reagir. Isso pode indicar, que ele agora considera Sirius sendo sua verdadeira família.
O sonho de Harry nos leva a crer que ele viveu um acontecimento real, a julgar pelo capítulo anterior. A narração se desenvolve perfeitamente, dos acontecimentos passados, dos quais Harry não poderia ter conhecimento, até os acontecimentos atuais, vistos por Frank Bryce, e finalmente nos fazendo retornar à história do encontro fatal de Frank com Voldemort e Rabicho. Harry duvida se aquilo foi real, e não há nenhuma prova ainda, mas a dor na cicatriz indica que ele deve ter percebido acontecimentos reais que estão ocorrendo na vida de Voldemort.
Perguntas
[editar | editar código-fonte]Revisão
[editar | editar código-fonte]- Quando foi a última vez que a cicatriz de Harry queimou?
- No sonho, Rabicho tenta dissuadir Voldemort de usar Harry no esquema de Voldemort. Por que Rabicho faria isso?
- Por que Harry escolheu escrever para seu padrinho, ao invés de Ron ou Hermione, sobre sua cicatriz estar doendo?
Estudos Adicionais
[editar | editar código-fonte]- Por que Voldemort não sente a mesma conexão mental com Harry, que Harry sente com ele?
Visão Completa
[editar | editar código-fonte]Spoiler
[editar | editar código-fonte]Aviso aos leitores de nível intermediário: Seguem detalhes que vocês podem não querer ler em seu nível atual de leitura.
A cicatriz de Harry tomou um novo e significativo papel. Embora sempre tenha sido o ponto focal da história, até então ela era apenas o símbolo visível do encontro quase-fatal com Voldemort, e também agia como um sinal de alerta da presença de Voldemort, causando dor em Harry. Agora, ela parece, de alguma forma, relacionada a uma conexão mental entre Harry e Voldemort, permitindo a Harry ter vislumbres dentro dos pensamentos de Voldemort. Voldemort parece que ainda não percebeu que essa conexão existe, mas isso vai mudar. E enquanto Harry recorda alguns detalhes de seu sonho, que não foi de fato um sonho, descobrimos que Rabicho não está querendo envolver Harry em, seja qual for o esquema que Voldemort está tramando. Isso pode estar ligado ao débito de vida que Rabicho tem para com Harry. Voldemort não deve saber que seu servo tem esse tipo de obrigação para com seu maior inimigo, e ficaria com certeza, extremamente aborrecido ao descobrir tal coisa.
O fato de Harry penetrar na mente de Voldemort apenas quando está dormindo é importante para a história. Voldemort nos revela coisas que Harry provavelmente procuraria saber se recordasse delas. Em especial Bertha Jorkins mencionada no “sonho”, e que será mencionada repetidamente durante os próximos meses. Se Harry recordasse o nome, certamente iria contar para alguém, provavelmente para Arthur Weasley ou para o Professor Dumbledore, e nossa história provavelmente teria outro desenvolvimento.
Nenhuma razão real foi dada para explicar porque Harry pode sentir os pensamentos de Voldemort, mas Voldemort não consegue detectar os pensamentos de Harry, até o livro cinco. Podemos apenas especular porque: Harry consegue perceber os pensamentos de Voldemort, apenas quando Voldemort está experimentando emoções extremamente fortes. Durante essa sequencia, por exemplo, Voldemort primeiro está tramando a morte de seu mais odiado inimigo, e ele está de fato ardendo de raiva contra Harry por simplesmente existir; e depois, ele está assassinando Frank Bryce, lançando uma maldição para a qual ele precisa sentir uma profunda raiva pela vítima. Nesse livro, e no livro seguinte, Harry apenas sente os pensamentos de Voldemort quando está dormindo ou praticamente adormecido. Poderíamos imaginar que a transmissão reversa de pensamentos aconteceria apenas, quando Harry sentisse emoções muito fortes e Voldemort estivesse num estado de relaxamento similar. Pode ser que Voldemort nunca estivesse com a mente receptiva, quando Harry estivesse experimentando as emoções mais fortes. Também pode ser que Voldemort seja afetado, porque ele ainda está fisicamente fraco e ainda não completamente humano novamente. Apenas depois que o corpo de Voldemort estiver totalmente ressuscitado e ele tiver recuperado suas forças, que mais tarde, ele irá detectar os pensamentos de Harry.
Há uma pequena inconsistência com relação a quando Harry descobre que Sirius é seu padrinho. Nesse capitulo diz que “ele descobriu que Sirius era seu padrinho, há apenas dois meses atrás.” De fato, foi no livro três, quando ele escuta a conversa no Três Vassouras, um comentário sobre Sirius ser o melhor amigo de James e padrinho de Harry. No entanto, nessa altura, ele ainda acreditava que Sirius era um assassino e responsável pelas mortes de seus pais, de modo que ele deve ter rejeitado essa ligação. Deve ter sido apenas, depois das revelações na Casa dos Gritos, que aconteceram dois meses antes desse capítulo, que Harry finalmente aceitou o fato de Sirius ser de fato seu padrinho.