Guia dos Trouxas para Harry Potter/Livros/As Relíquias da Morte/Capítulo 12
Capítulo 12 Magia é Poder
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[editar | editar código-fonte]Aviso: Seguem detalhes do enredo.
Sinopse
[editar | editar código-fonte]O mês de agosto passa e, a cada dia, diversos estranhos misteriosos, sempre diferentes, espiam do lado de fora. No dia 1º de setembro, os alunos têm que retornar a Hogwarts, pelo menos meia dúzia de homens usando longas vestes escuras aparecem do lado de fora da casa. O Trio, no entanto, se dividiu em turnos observando o Ministério da Magia sob a Capa da Invisibilidade para descobrir sobre suas operações e rotinas. Retornando sob sua Capa, Harry aparata na frente de Grimmauld caindo de mau jeito e se preocupa porque seu cotovelo pode ter ficado exposto. Um observador próximo parece ter visto algo, depois parece na dúvida, então relaxa.
Seguro dentro de casa Harry vai até a cozinha, que está praticamente irreconhecível uma vez que Monstro caprichou muito na limpeza. Ron e Hermione sentados à mesa da cozinha estão separando muitas notas e mapas feitos à mão. Harry entrega aos dois um exemplar amassado do Profeta Diário, avisando que contém más notícias. A manchete dizia:
Hermione levanta repentinamente e corre para fora da cozinha.
O artigo informa que Alecto e Amycus Carrow foram escolhidos como os novos professores de Estudos dos Trouxas e DCAT. Harry reconhece as fotos dos Carrows: eles estavam entre os Comensais da Morte na Torre de Astronomia, na noite em que Dumbledore foi morto. Ron e Harry acreditam que os outros professores permanecem na escola apenas para proteger os alunos, embora Harry ache que eles provavelmente tem pouca escolha—é ficar na escola ou ser enviado para Azkaban. Harry comenta que há mais Comensais que o normal do lado de fora, mais ou menos como se esperando o Trio ir até King´s Cross Station para pegar o Expresso de Hogwarts. Harry comenta que, pelo menos, eles agora sabem onde está Snape.
Hermione retorna arrastando o retrato vazio de Phineas Nigellus Black e o enfia dentro da bolsinha de contas, explicando que, se Snape enviar Phineas do seu retrato em Hogwarts até Grimmauld Place, ele não poderá ver ou ouvir nada de dentro da bolsinha. Enquanto eles estão discutindo o Ministério da Magia, Harry repentinamente comenta que eles podem se infiltrar no Ministério no dia seguinte. Eles já sabem o suficiente e é perigoso demais esperar tanto. Tanto Ron quanto Hermione parecem apavorados.
Harry, de repente se desculpa dizendo que tem que ir ao banheiro, mas a dor está explodindo em sua cicatriz. Se agarrando na pia, ele estava deslizando por uma rua em pleno crepúsculo, as casas dos dois lados, tinham dois andares como quando tem um sótão; em uma vila europeia desconhecida. Uma porta se abre e uma voz fina e alta pergunta por Gregorovitch. Uma mulher estrangeira teima em dizer que ele se mudou. Uma luz verde se segue, depois Harry escuta Hermione gritando.
Desmaiado no chão, Harry então levanta e destranca a porta. Embora ele diga que não há nada errado, Ron e Hermione insistem em que escutaram o grito dele. Harry admite que viu Voldemort matar uma mulher e a família dela. Hermione fica chateada porque Harry insiste em não bloquear Voldemort, usando oclumencia, mas Harry acredita que saber o que Voldemort faz, é útil. Voldemort está caçando Gregorovitch, o artesão de varinhas estrangeiro, que fez a varinha de Viktor Krum. Afinal, se ele mantém Ollivander preso, por que ele está procurando outro artesão? Harry imagina que Voldemort acha que Gregorovitch pode explicar porque a varinha de Voldemort falhou contra a de Harry. Já tarde da noite, eles olham novamente o plano para invadir o Ministério.
Cedo, na manhã seguinte, Hermione revê quais os itens eles precisarão, enquanto Monstro promete ensopado e torta de caramelo quando voltarem. Eles desaparatam para o Ministério, chegando numa viela próxima. Hermione estupora uma mulher do Ministério chamada Mafalda Hopkirk. Depois de arrancar uns fios de cabelo dela, Hermione bebe a Poção Polissuco. Ron e Harry também encontram funcionários para personificar. Ron se torna um funcionário da manutenção chamado Reg Cattermole, enquanto que Harry ainda não sabe sua própria identidade. Entrando junto com vários homens com roupas estranhas que desciam para o que parecia ser um simples banheiro público de metrô, azulejado em preto e branco encardido, inserem um token e entram nas privadas e embora tenham dado a descarga, continuam secos e se encontram no Atrium do Ministério da Magia.
O Atrium estava diferente—mais sombrio, e a fonte dourada central havia sido trocada por uma estátua bem assustadora onde um bruxo e uma bruxa estavam sentados em tronos entalhados que, na verdade, eram feitos de homens, mulheres e crianças nus todos com feições idiotas e feias, torcidos e comprimidos para sustentar os bruxos com belos trajes.
Harry esbarrou com um homem que o chamou de Runcorn. Seu tom servil deu a entender que Runcorn era um funcionário mais importante. Um Comensal chamado Yaxley e se aproximou de Ron (como Cattemole) e ordenou que ele fosse resolver a chuva em seu escritório. Yaxley faz ameaças sobre a esposa de Cattermole, que vai estar no Registro de nascidos Trouxas no dia seguinte. No elevador Hermione sussurra dicas para Ron resolver o problema do escritório de Yaxley antes que cheguem ao segundo nível. No primeiro nível, uma mulher atarracada, com cara de sapo, usando um laço de veludo no cabelo entra no elevador.
Análise
[editar | editar código-fonte]O medo e as suspeitas se entranharam no mundo mágico, e os leitores podem ver nesse capitulo e no próximo como Voldemort explora isso para tomar o controle. Sistematicamente se infiltrando nas instituições bruxas, como o Ministério da Magia, falsificando pequisas científicas e manipulando a mídia (o Profeta Diário) para disseminar propaganda, Voldemort se sente preparado para implementar seu plano de eliminar traidores do sangue e nascidos Trouxas, como Hermione, que são acusados de adquirir sua magia a roubando de outros bruxos.
Muitos Comensais da Morte e outros simpatizantes de Voldemort (a maioria Slytherins) já trabalhavam no Ministério, de modo que tomar o Ministério foi relativamente fácil. O resultado é que novas leis e regulamentações são liberadas constantemente e todos os bruxos, agora, devem se registrar para provar sua linhagem bruxa; qualquer suspeito de ser nascido Trouxa é interrogado e separado de sua família, seu destino é incerto. Intimidação, coerção, espionagem e táticas de ameaças são empregadas, também, para impedir a oposição, enquanto burocratas corruptos e ambiciosos como Dolores Umbridge, que, embora não seja uma Comensal da Morte, está voluntariamente à frente de qualquer coisa que ajude Voldemort chegar ao poder, para beneficiar a si mesma.
Enquanto isso, Voldemort deliberadamente permanece elusivo para criar duvidas e confusão entre a população bruxa em geral e em evitar dar a seus inimigos um alvo específico para atacar. Até mesmo Hogwarts caiu vítima, e cada criança bruxa agora, deve, frequentar apenas essa escola. Isso permite que os Comensais da Morte, doutrinem e impressionem as jovens mentes com as crenças depravadas de Voldemort, e também fornecem um mecanismo muito conveniente de identificar e selecionar os nascidos Trouxa.
Conquistar o reino Trouxa pode também estar incluído no esquema grandioso de Voldemort, caso a estátua no Atrium sirva de indicação. O monumento, como o anterior que foi destruído, parece representar a nova missão pública do Ministério. As figuras, um casal bruxo sentado em tronos feitos de Trouxas lutando revela quanto controle Voldemort ganhou sobre o mundo bruxo e como o Ministério tem tão pouca preocupação com o bem estar dos Trouxas. Portanto a estátua pode ser interpretada como os bruxos suprimindo e possivelmente exterminando ou escravizando os Trouxas.
Qualquer leitor que duvide que um indivíduo possa reter poder a ponto de converter um país inteiro á sua política pervertida, apenas precisa fazer um paralelo entre a perseguição aos nascidos Trouxas de Voldemort e Adolf Hitler, exterminando seis milhões de judeus e outros chamados “indesejáveis” na Alemanha Nazista durante a metade do século vinte. Ambos os movimentos foram dirigidos por um maníaco mas um ditador carismático, que explorando as aflições e preconceitos das massas, defendeu uma classe dominante elitista e a limpeza dos cidadãos “racialmente impuros”, que estavam sendo culpados por causar a maior parte dos problemas sociais, políticos e econômicos em sua sociedade.
Enquanto isso, Hermione enfia o retrato de Phineas em sua bolsinha para evitar que ele possa passar informações para Snape através de outros retratos no escritório do Diretor. Ele já havia tido bastante tempo para ter feito isso, no entanto. A lealdade de Phineas ainda não ficou clara, e embora ele sempre parecesse leal a Dumbledore no passado, isso não é para se confiar na situação atual. É muito possível que a lealdade de Phineas tenha mudado com o novo Diretor, assim como os retratos, como já vimos antes, são supostamente leais ao “Diretor de Hogwarts” que agora é Snape. Também é possível porém menos provável, que a lealdade de Phineas a Dumbledore fosse falsa; Phineas, certamente parecia, algumas vezes, relutante em seguir as ordens de Dumbledore. É quase certo que essa relutância fosse devida às grandes diferenças filosóficas entre Phineas e Dumbledore.
Num certo ponto da história, Dumbledore afirma que Phineas Nigellus Black foi o mais odiado Diretor da história de Hogwarts, e já vimos antes nesses livros como sua atitude com relação aos alunos contribuiu para essa raiva. O desdém de Snape pelos alunos, e seu background Slytherin, podem fazer com que Phineas fique mais desejoso de cumprir as ordens de Snape. De que maneira o retrato de Dumbledore vai interagir nesses casos, não sabemos, e se ele será “leal” a Snape simplesmente por ser agora, um retrato, e seja esperado que ele seja leal ao Diretor, é algo que os leitores devem conversar a respeito.
Phineas pode ter informado a Snape que o Trio está morando em Grimmauld Place. No entanto, se ele o fez, a informação não parece ter chegado a Voldemort. Muito embora os Comensais da Morte estejam constantemente observando a residência da família Black, eles não parecem ter certeza de que o Trio está de fato lá. Porém, talvez o que eles não sabem é onde a casa realmente fica.
Perguntas
[editar | editar código-fonte]Revisão
[editar | editar código-fonte]- O que aconteceu para Monstro mudar seu comportamento com relação ao Trio? Agora se pode confiar nele?
- Harry acredita que Voldemort está procurando por um novo artesão de varinhas. Harry está certo, se está, por que Voldemort procuraria outro se já tem Ollivander?
- O que a nova estátua no Atrium do Ministério da Magia representa?
Estudos Adicionais
[editar | editar código-fonte]- Hermione quer que Harry bloqueie os pensamentos de Voldemort usando oclumencia, mas Harry deseja que esse canal fique aberto. Qual é a melhor solução e por que?
- Que tipo de efeito a escolha de Snape como Diretor de Hogwarts pode ter na missão do Trio?
- Como o Trio está planejando recuperar o Medalhão depois de entrar no Ministério? Onde será que Umbridge guarda o Medalhão?
- Como o Trio pode ter certeza de que a “mulher sapo” que Mundungus descreveu no capítulo anterior, é de fato a Umbridge?
- Além de recuperar o Medalhão, quais as outras informações que o Trio pode aprender no Ministério, que pode ser útil para sua missão?
- Quais as comparações que podem ser feitas, relacionando a perseguição de Voldemort aos bruxos nascidos Trouxas, e com os eventos históricos da metade do século 20 na Europa?
Visão Completa
[editar | editar código-fonte]Spoiler
[editar | editar código-fonte]Aviso aos leitores de nível intermediário: Seguem detalhes que vocês podem não querer ler em seu nível atual de leitura.
A aparente inabilidade de Harry (ou teimosia) de assumir que o não uso da oclumencia foi um fator decisivo nos eventos que levaram à morte de seu padrinho Sirius. No entanto, é a mesma coisa, acreditamos, que agora permite que Harry veja alguns eventos que ocorrem na mente de Voldemort: Harry percebe o valor disso para a missão do Trio, embora causa uma dor física imensa, e portanto, ele resiste aos pedidos insistentes de Hermione para que pratique oclumencia para bloquear o canal entre os dois.
Mais tarde vamos saber que Voldemort vai perder grande parte do controle de sua habilidade sobre legilimencia e oclumencia, pelo menos até onde Harry percebeu. Depois de possuir a mente de Harry antes, Voldemort encontrou lembranças fortes e profundas emoções de amor, amizade, lealdade, tão perturbadoras que nunca mais tentou entrar na mente de Harry; no entanto, Harry, consegue eventualmente penetrar na mente de Voldemort quase sempre quando deseja e, aparentemente sem o conhecimento de Voldemort. Lendo os pensamentos de Voldemort, Harry mais tarde descobre informações vitais que vão ajudar a destruir os Horcruxes.
Vamos descobrir que Phineas Nigellus Black, está aceitando instruções de Snape, e que Snape é aliado de Dumbledore. Mas, afinal se Phineas é aliado de Dumbledore, ele deveria ter dado informações ao Trio em Grimmauld Place, direto do retrato de Dumbledore em Hogwarts, no entanto isso não ocorreu. Dumbledore parece ter deliberadamente retido informações do Trio, que ajudariam em sua missão, e seu retrato parece estar fazendo o mesmo, não se sabe porque.
E enquanto Dumbledore não liberou nenhuma informação para o Trio através de Phineas, imagina-se que provavelmente ele está atualizando Snape e o retrato de Dumbledore sobre as atividades do Trio. Será revelado que Dumbledore tem suas razões para segurar as informações e talvez surpreendentemente, para Snape, essas razões permanecem válidas.
Hermione enfia retrato de Phineas Nigellus dentro de sua bolsinha mágica para evitar que ele espione o Trio, mas ela não considera que ele ainda possa conseguir ouví-los. Quando ela deixa a bolsinha aberta em outro capitulo, Phineas escuta algumas informações vitais, que leva para Snape, e isso vai ajudar o Trio. Phineas também entrega ao Trio novidades úteis sobre Hogwarts, embora ainda assim não se saiba de que lado Phineas está.