Guia dos Trouxas para Harry Potter/Livros/A Ordem da Fênix/Capítulo 26

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Capítulo 26
Visto e Imprevisto
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spoiler[editar | editar código-fonte]

Aviso: Seguem detalhes do enredo.


Sinopse[editar | editar código-fonte]

Luna Lovegood não sabe quando a entrevista com Harry vai ser publicada no Pasquim. No jantar, Harry conta a Dean Thomas, Seamus Finnigan e Neville sobre a entrevista. Todos concordam em que Harry agiu corajosamente. Assim que eles saem, Ron chega do treino de Quadribol, enquanto Cho Chang passa com Marietta Edgecombe, ignorando Harry. Quando Harry conta a Hermione que o namoro terminou mal, Hermione sugere que ele se aproximou da maneira errada. Ele deveria ter dito a Cho que ele odiava ter que encontrar Hermione, e mesmo que ele, na verdade não gostasse dela, tinha prometido vê-la horrível do jeito que ela era. Harry protesta que Hermione não é horrível. Harry acha que Hermione deveria escrever um livro sobre como entender as garotas, com o que Ron concorda plenamente.

Ron e Ginny estão deprimidos porque o treino de Quadribol foi péssimo. Ginny que joga como apanhadora, diz que Angelina estava praticamente chorando no final. Os gêmeos comentam mais tarde, com Harry e Hermione que Ginny é uma jogadora excelente. Hermione comenta que ela invadia o armário de vassouras dos Weasleys e praticava desde que tinha seis anos. Fred lamenta que o Quadribol é a única coisa que os mantém na escola. Com os kits mata-aulas praticamente prontos, eles podem abrir a loja a qualquer momento e eles não precisam de N.I.E.M.s para fazer isso.


No fim de semana seguinte o jogo de Quadribol contra Hufflepuff também foi horrível, com apenas dois fatores razoáveis: primeiro, foi rápido, e segundo, graças à sua habilidade de võo excelente, Ginny agarrou o Pomo debaixo do nariz de Summerby, o apanhador da Hufflepuff e a Gryffindor perdeu apenas dez pontos.

Nessa noite, Harry teve outro de seus pesadelos recorrentes, com longos corredores e portas fechadas; ele foi acordado pelo ronco alto de Ron.

Na segunda-feira seguinte, no café da manhã, Harry fica surpresa pela quantidade de corujas trazendo correspondencia para ele. O artigo no Pasquim foi publicado no fim de semana, e as cartas parecem se dividir entre algumas que acham que ele é doido, e outras que acreditam que a história preenche os buracos que a versão oficial do Ministério, deixou.

A Professora Umbridge enfurecida, imediatamente dá detenção a Harry e penaliza com cinquenta pontos a Casa, assim como cancela qualquer visita a Hogsmeade. Logo depois aparece um novo Decreto Educacional: quem tiver O Pasquim será expulso. Hermione fica contente porque isso vai fazer com que a escola inteira queira ler. E parece que os professores também leram; Harry parece receber atenção extra deles. Para Harry, o melhor foi que parece que Cho o perdoou. Entre as aulas, ela pede desculpas por seu comportamento, diz como ele foi corajoso de ter dado a entrevista, e o beija. Harry também vê Draco, Crabbe e Goyle, discutindo algo com outro aluno da Slytherin na biblioteca. Hermione diz que eles não podem contradizer as afirmações de Harry de que os pais deles são Comensais da Morte, porque não podem admitir ter lido O Pasquim, sem o risco de serem expulsos.

Essa noite, Harry tem outro sonho perturbador no qual ele é Voldemort discutindo a morte de Bode com Rookwood, um dos Comensais da Morte que escaparam. Voldemort está irado porque Rookwood trabalhou no Ministério da Magia antes de ser preso, disse a ele que o plano de tirar algo do Ministério está fadado a falhar. Por isso Bode lutou contra a Maldição Imperius de Malfoy com tanta força. Mandando Rookwood embora, Voldemort pede para ver Avery que ajudou a criar o plano. Harry acorda gritando. Ron pergunta se houve outro ataque, mas Harry diz que foi apenas o Comensal Avery com problemas. Ron quer que ele conte a Dumbledore, mas Harry recusa, dizendo que Dumbledore não ia querer saber disso, por isso mandou que ele aprendesse Oclumência.

Discutindo o sonho de Harry no dia seguinte, Hermione especula que Bode, sob a Maldição Imperius, foi forçado a roubar a arma no Ministério, e, enfrentando os feitiços protetores à sua volta, ficou insano e foi parar no hospital St. Mungo. A curandeira disse que Bode estava se recuperando, então os Comensais da Morte o mataram, de modo que ele não se recuperasse para contar o que aconteceu. Harry lembra que Lucius Malfoy estava zanzando no Departamento de Mistérios no mesmo dia que ele teve a audiência. Hermione imagina que Lucius usou a Maldição Imperius em Sturgis Podmore, e foi por isso que ele estava tentando passar por uma porta segura no Ministério, quando foi preso.

Harry continua com as aulas de Oclumência, mas seu ódio de Snape o impede de limpar sua mente. Embora esteja fazendo um pequeno progresso, numa ocasião, ele entra rapidamente na mente de Snape usando o feitiço escudo (protego). Na tentativa seguinte, Harry novamente experimenta o sonho dos corredores, mas quando alcança a porta, ela está aberta pela primeira vez. Snape quebra a visão, parecendo estar preocupado com o que está aparecendo na mente de Harry.

Essa sessão foi interrompida por alguém gritando freneticamente no hall de entrada. É uma Professora Trelawney histérica, que tinha acabado de ser despedida por Umbridge, e avisada para sair de Hogwarts imediatamente. Parvati e Lavender parecem lamentar a dispensa da professora de Adivinhação, e, embora não goste muito dela, a Professora McGonagall aparece e consola Trelawney. Dumbledore então, intervém, e embora não possa reverter a dispensa, ele diz a Umbridge que ele pode permitir que Trelawney permaneça morando no castelo. Dumbledore também diz, que ainda possui autoridade para escolher um professor para o lugar, e, para grande ofensa a Umbridge, ele apresenta o centauro Firenze, como novo professor de Adivinhação.


Análise[editar | editar código-fonte]

O artigo de Skeeter no Pasquim pode ter mudado a opinião de muitas pessoas sobre Harry e Dumbledore, embora outros permaneçam pensando que Voldemort não voltou. Umbridge não está apenas indignada, mas ela percebe que a história vai dar mais suporte para Harry, enquanto diminui seu poder e o apoio oficial do Ministério. A tentativa dela de banir a história de Hogwarts, apenas assegura que será lida por cada vez mais estudantes, e dar credibilidade a Harry na afirmação da volta de Voldemort. Seu Decreto anterior proibindo aos funcionários e alunos conversas pessoais, e esse agora, banindo apenas possuir o jornal, mostra seu desespero, cada vez maior e sua paranóia, e, assim, cria maior solidariedade e oposição contra ela. Dumbledore não faz quase nada para interferir com as manias antiquadas da Umbridge, talvez sabendo, que ela é seu próprio pior inimigo e que certamente vai se destruir, basta dar um tempo. No entanto, ele intervém para evitar que Umbridge expulse Trelawney do castelo, e depois a enfurece e enfraquece sua autoridade escolhendo o centauro Firenze, como substituto de Trelawney. Nós já ouvimos ela falando com um ódio nada escondido, contra “mestiços” como Hagrid, e certamente Dumbledore sabe que ela considera os centauros do mesmo tipo.

Hermione está certa de que Umbridge banindo o Pasquim vai com toda a certeza garantir que ele será lido por toda a escola. A natureza é tal, que qualquer tentativa de impedir as informações pelas autoridades, apenas vai aumentar a curiosidade sobre o assunto em questão, e o desejo de acessá-lo. O tratamento com mão de ferro de Umbridge sobre os ocupantes da escola, funcionários e também alunos, faz dela o primeiro alvo para uma rebelião. Dito isso, mesmo sem o decreto, o artigo seria lido e discutido, como as tentativas de Umbridge de esconder a verdade tivessem mostrado claramente os vazios em suas histórias, e a entrevista de Harry preenche esses vazios.

Ainda assim, Harry continua a brigar com a Oclumência, embora seja sua resistencia em aprender que causa todas as dificuldades. Também podemos crer que isso é, parcialmente devido ao professor escolhido para ele. Snape não pode resistir a uma oportunidade de irritar Harry, e se os métodos de ensino de Snape são confiáveis, o primeiro passo do processo é limpar a mente de todas as emoções, algo que parece ser quase impossível para Harry, na presença de Snape. Harry não apenas não compreende porque ele tem que estudar Oclumência, ele na verdade, prefere saber o que Voldemort anda pensando. No entanto Harry erra ao considerar que a conexão entre ele e Voldemort pode ser uma pista de mão dupla, algo de que Dumbledore já suspeita.

É bem estranho que quando a visão de Harry se torna mais detalhada e focada, Snape impeça Harry de ver o que tem dentro da porta aberta. Snape deve saber o que há lá dentro, mas quer evitar que Harry veja. Harry, é claro, não tem idéia, nem do que há atrás da porta, nem do porque seus sonhos são repetidamente no mesmo corredor.

O “sonho” de Harry na segunda-feira à noite é claramente outra coisa, como sua visão anterior do ataque a Mr. Weasley. Agora, percebemos que a prisão de Podmore e a insanidade de Bode, foram efeitos colaterais de um plano que Voldemort colocou em ação para pegar um objeto do Ministério. Voldemort agora sabe que seu plano não funcionará, e que um novo deverá ser pensado. Os leitores devem querer saber se conseguem imaginar que novo plano será esse; existe uma, bem discreta, pista que aparece nesse capítulo.


Perguntas[editar | editar código-fonte]

Revisão[editar | editar código-fonte]

  1. Quem Dumbledore escolhe para ficar no lugar de Trelawney e por que? Qual a reação de Umbridge?
  2. Qual é a teoria de Hermione sobre Bode?
  3. Quais são os efeitos após o artigo de Skeeter no Pasquim?


Estudos Adicionais[editar | editar código-fonte]

  1. Por que Umbridge quer banir Trelawney da escola além de despedi-la?
  2. Por que Dumbledore insiste em manter Trelawney no castelo mesmo depois que Umbridge a despede?
  3. Por que Umbridge impediria a posse do Pasquim? O que dizia seu último Decreto?
  4. Banir O Pasquim é uma medida efetiva? Por que ou por que não?
  5. Por que Snape impede a visão de Harry, durante Oclumência, logo quando ele vai entrar pela porta aberta? O que poderá estar por trás dela e por que Snape não queria que Harry visse?


Visão Completa[editar | editar código-fonte]

Spoiler[editar | editar código-fonte]

Aviso aos leitores de nível intermediário: Seguem detalhes que vocês podem não querer ler em seu nível atual de leitura.



É quase certo que a razão para Dumbledore manter Trelawney em Hogwarts – dita em algum lugar numa conversa entre Dumbledore e Harry no sexto livro – é porque caso Trelawney caia nas mãos dos Comensais da Morte, eles irão tentar extrair dela a Profecia, revelada no final desse livro e assim, descobrir a segunda parte perdida. Se eles iriam ou não conseguir recuperar a Profecia, Trelawney não conseguiria sobreviver a esse atentado. No capitulo 20 do livro seis, Dubledore diz “Aqui entre nós, ela não faz ideia do perigo que correria fora do castelo. A professora não sabe, e acho que não seria prudente esclarecer, que foi ela quem fez a profecia sobre você e Voldemort, entende.”

É possível que a entrevista tenha tido uma imensa popularidade, então seja a razão pela qual o Pasquim continua publicando histórias sobre Harry que são contrárias às oficiais do Ministério no último livro. Recordando que as novidades sobre Harry vendem muito mais do que sobre Crumple-Horned Snorkacks, Xenophilius Lovegood, o editor deve ter decidido que seria mais interessante mesmo não sendo das suas mais sensacionais peças de reportagem. Rita Skeeter já havia mencionado que todos os jornais, inclusive o Profeta escrevem histórias para vender jornais. No entanto o Pasquim havia formado um serviço público, mas é uma aposta fácil de que depois da tempestade resultante da publicação da entrevista de Harry, o editor definitivamente iria apostar em mais histórias sobre ele.

O sonho de Harry, aqui, marca a mudança de estratégia de Voldemort, para recuperar a Profecia. Como foi visto, Voldemort descobre que seu plano não vai dar certo e ele precisa pensar num novo. Rookwood revela que apenas a pessoa nomeada na Profecia pode pegá-la na estante sem ser levada à loucura, como foi Bode; como apenas Harry e Voldemort são nomeados na Profecia, um deles tem que remover fisicamente a Profecia da sua prateleira. (Embora a profecia tenha sido feita por Trelawney na presença de Dumbledore, o livro não diz como eles podem ter feito para tocar na profecia sem ficarem loucos.) Voldemort se tornou sabedor da conexão entre ele e Harry, e agora traça um plano para atrair Harry até o Departamento de Mistérios através dessa conexão. Ele irá gradualmente levar Harry, mentalmente até o Hall da Profecia até que ele possa mostrar a Harry onde a Profecia está guardada, e então irá fabricar um acontecimento para forçar Harry até o local. È interessante como o plano foi posto em ação rápido: na lição de Oclumência nesse capitulo, nós vimos que a porta se abriu, uma indicação de que Voldemort está empurrando Harry mais profundamente com seu quadro mental do Departamento.

Já notamos, de passagem que já tem algum tempo desde que Rookwood fugiu de Azkaban; a fuga foi no inicio de janeiro, logo após o retorno de Harry à escola, e esse capitulo cobre poucos dias depois do dia dos namorados, 14 de fevereiro. Embora algum tempo vai ser gasto em acelerar os planos de Voldemort, também será necessário Rookwood criar coragem. Ele tem más notícias para Voldemort, que é conhecido por punir o mensageiro, às vezes de modo fatal. Vemos aqui que Voldemort aparentemente usa a situação como um mecanismo de controle, premeditado; ele afirma que Rookwood não tem nada a temer dessa vez. Mas há uma pergunta que permanece sem resposta, baseada na forma que aprendemos como Voldemort comanda sua organização. No último livro, Snape diz que Voldemort trata com dureza àqueles que revelam seus planos, mesmo que apenas para outros Comensais. Como Rookwood soube do plano para capturar a Profecia do Ministério.

Também notamos que o romance de Harry está presumivelmente progredindo, com a reconciliação com Cho nesse capítulo, não haverá nenhuma menção sobre seu progresso até a separação final. Presume-se que a razão da autora para não falar mais nesse romance morno, é que se torna uma leitura chata, apenas o atrito gera interesse. Eles estão em Casas e séries diferentes o que torna mais fácil não se verem. Mas, imaginamos que continuam juntos na AD. Isso traz uma outra pergunta: parte do motivo para a traição da AD foi simplesmente ciúme?


Conexões[editar | editar código-fonte]

  • Notamos que a entrevista com Harry se mostra muito popular com os leitores do Pasquim. Essa é com certeza a razão que

Xeno Lovegood irá publicar histórias sobre Harry mesmo depois que Voldemort tomar o poder no último livro.