Guia dos Trouxas para Harry Potter/Livros/A Ordem da Fênix/Capítulo 10
Capítulo 10 Luna Lovegood
[editar | editar código-fonte]Aviso: Seguem detalhes do enredo.
Sinopse
[editar | editar código-fonte]Depois de uma noite mal dormida, Harry acorda para enfrentar o caos: alguém está correndo para lá e para cá, tentando arrumar as malas o mais rápido possível. A Guarda Avançada vai acompanhar Harry e os outros até King´s Cross Station, e Sirius insiste em ir junto em forma de cachorro, para a preocupação de Molly. Eles esperam por Sturgis Podmore, que está atrasado mas de repente vão embora sem ele, Sirius que esteve confinado até então, corre em volta deles e tenta pegar os pombos.
Depois de se despedir de todos na Plataforma, Harry, Ron e Hermione, Fred, George e Ginny embarcam no trem. Fred e George vão procurar Lee Jordan para falar de negócios. Quando Harry encontrar um compartimento, Hermione e Ron, meio sem jeito, explicam que devem se juntar aos outros monitores, para receber instruções, mas prometem voltar logo.
Harry e Ginny procuram um compartimento vazio; Harry repara que todos estão olhando para ele, então lembra que o Profeta Diário o esteve chamando, durante todo o verão, de sujeito louco e mentiroso. Eles encontram Neville e Ginny os leva até um compartimento. Lá dentro, uma menina com aparência estranha está lendo um jornal de cabeça para baixo, Ginny a apresenta como Luna Lovegood, uma aluna de Ravenclaw. A conversa gira em torno do presente que Neville ganhou de aniversário, uma planta rara. Ele cutuca ela com sua varinha para mostrar como é seu mecanismo de defesa, e o compartimento inteiro fica sujo com um pus verde, de cheiro horrível, justamente quando Cho Chang entra para cumprimentar Harry.
O momento incomodo passa. Cho vai embora e Ginny limpa (Evanesco) todo o líquido que os havia sujado. Ron e Hermione voltam para contar que Draco Malfoy e Pansy Parkinson são os monitores da Slytherin; Ernie Macmillan e Hannah Abbott são monitores da Hufflepuff; e Anthony Goldstein e Padma Patil são os representantes da Ravenclaw. Ron faz uma piada boba e Luna ri alto, de modo estranho. Harry repara que há o nome de Sirius Black na capa do jornal de Luna. Ele pede o jornal emprestado e lê o artigo dizendo que Sirius agora é um cantor, antes de perceber que que a história é falsa. Hermione faz pouco dizendo que O Pasquim é “lixo” e Luna responde, “Meu pai é o editor.”
Draco Malfoy com seus camaradas sempre presentes, Crabbe e Goyle aparece de repente. Draco zombeteiro pergunta a Harry como está se sentindo ficando abaixo de Ron e dá a dica que reconheceu Sirius na estação de trem. Hermione ordena que ele saia, mas depois que ele sai, Harry e Hermione trocam olhares preocupados. Com Luna e Neville presentes, eles não podem dizer nada e Ron parece que nada percebeu.
Eles chegam à Hogwarts, mas ao invés da voz familiar de Hagrid, dando boas vindas aos primeiranistas, eles ouvem a Professora Grubbly-Plank. Eles mal tem tempo para pensar no assunto, e precisam carregar sua bagagem para as carruagens. Harry fica espantado porque as carruagens não são mais sem cavalos; elas são puxadas por criaturas tipo cavalos, negros e esqueléticos, com a pele como couro e asas. Ron não os vê, deixando Harry imaginando se ficou maluco. Luna se aproxima, dizendo que ela também os vê, deixando Harry confuso: a confirmação de alguém que acredita em Crumple Horned Snorkacks é motivo para se tranquilizar?
Análise
[editar | editar código-fonte]Há muitos desenvolvimentos interessantes nesse capitulo. A teimosia de Sirius em ver Harry tomar o Expresso de Hogwarts é imprudente e o coloca em risco de ser preso, e isso pode deixar em perigo Harry e seus amigos, e poderia até mesmo expor a Ordem da Fênix. Sua forma de cachorro (Animago) poderia ter sido reconhecida pelos Malfoys, o que levaria a Harry, e, possivelmente à Dumbledore, todos acusados de serem cumplices. Esse ato impulsivo sugere que a capacidade de julgamento de Sirius pode estar se deteriorando.
Não é muito claro como Draco e Lucius teriam reconhecido Sirius. No entanto podemos recordar que Rabicho começou a trabalhar para Voldemort há quinze anos atrás e antes foi amigo de Sirius na escola. Rabicho pode descrever Sirius como Animago para Voldemort, sabendo que Sirius com certeza estaria na Ordem da Fênix. Essa informação então seria passada para os Comensais da Morte, incluindo Lucius Malfoy. Parece que Sirius não pensou que sua forma Animago poderia ser reconhecida pela organização de Voldemort.
No trem, Harry tem que se defender por um tempo, uma vez que Ron e Hermione precisam se ocupar das obrigações de monitor. Ainda sentido com o novo status de Ron, Harry fica envergonhado por estar sentado com os alunos menos populares, aqueles chamados de “estranhos” pelos outros alunos. Luna Lovegood, em particular, é uma esquisitice que Harry gostaria de evitar, embora Ginny pareça gostar dela.
Harry desconfia que Cho Chang, em quem ele está interessado, parece também se interessar por ele, embora ela o tenha pegado num momento extremamente embaraçoso. Embora Harry goste de Cho, ela ainda está muito afetada pela morte de Cedric Diggory, e um relacionamento não seria bom para nenhum dos dois nesse momento.
Harry reconhece que a edição do Pasquim, como aquele que Kingsley Shacklebolt, mais cedo, tinha passado discretamente para Mr. Weasley, dizendo que aquilo ia divertir Sirius. Agora sabemos exatamente porque Sirius ficaria divertido.
A ausencia de Hagrid não é inteiramente inesperada; Harry sabe que ele está numa missão secreta para Dumbledore. Mas Harry considera Hagrid como família, uma representação de conforto, segurança, e familiaridade, e por isso, sua continua ausencia se torna preocupante. Harry também está preocupado com a segurança de seu amigo, apesar de seu tamanho enorme e sua aparente invulnerabilidade.
Perguntas
[editar | editar código-fonte]Revisão
[editar | editar código-fonte]- Quem recebe os alunos de primeiro ano na plataforma? Quem deveria estar lá e porque estão sentindo falta?
- Por que Sirius insiste em ver Harry e os outros irem para a estação de trem, quando é tão perigoso para ele estar nas ruas?
- Como os Malfoys podiam reconhecer Sirius em sua forma de cachorro?
- Por que Harry preferia não sentar com Neville e Luna no trem?
Estudos Adicionais
[editar | editar código-fonte]- O que são essas criaturas tipo cavalos negros, que puxam as carruagens “sem cavalos”? Por que Harry e Luna podem vê-los, e os outros não ? Serão criaturas das Trevas?
- Onde está Hagrid?
Visão Completa
[editar | editar código-fonte]Spoiler
[editar | editar código-fonte]Aviso aos leitores de nível intermediário: Seguem detalhes que vocês podem não querer ler em seu nível atual de leitura.
As criaturas estranhas parecidas com cavalos, puxando as carruagens, são Thestrals e eles só são visíveis para aqueles que presenciaram a morte.
Até então, Harry assim como muitos outros alunos, acreditavam que as carruagens andavam sozinhas, como magia. Agora, ele vê os Thestrals porque presenciou Rabicho matando Cedric Diggory. Luna Lovegood, a menina mais estranha, os vê porque ela estava presente quando sua mãe morreu acidentalmente, se matando ao experimentar uma magia.
Eles também são visíveis para Neville Longbottom, embora ele nunca tivesse mencionado nada. Mais tarde sabemos que ele viu um parente morrer. Acreditamos que seu primeiro encontro com eles teria sido no segundo ano dele e de Harry; como Harry e Ron chegaram no carro voador, eles estavam ausentes quando Neville viu os Thestrals pela primeira vez. Agora ele já deve considerar comum vê-los e talvez nem perceba que eles são invisíveis para os outros alunos.
Curiosamente, mais tarde descobriremos que a maioria dos outros alunos parecem não saber da existência dos Thestrals, indicando que aqueles que os vêem, talvez, raramente os mencionem. Embora sejam criaturas gentis, eles são uma recordação dolorosa da morte para aqueles que viram alguém morrer. Mais será visto sobre essas criaturas diferentes na aula de Hagrid, do Trato das Criaturas Mágicas e eles terão um papel importante mais tarde nesse livro e na série.
Podemos discutir que, embora Harry não possa ver os Thestrals até a morte de Cedric Diggory, ele, tecnicamente, foi testemunha de outras mortes antes desse evento trágico. Um exame mais atento desses acontecimentos sugerem o contrário. No quarto livro, Harry “vê” o Trouxa Frank Bryce ser morto por Voldmort. No entanto Harry não estava lá fisicamente, quando Frank foi assassinado. Harry viu tudo através de uma ligação que tem com Voldemort. Na verdade ele não sabia se aquilo era verdade ou um pesadelo, por isso os Thestrals continuaram invisiveis para ele. Mais tarde descobrimos que o Professor Quirrell morreu quando Voldemort o abandonou, no primeiro livro. Harry estava presente, mas estando inconsciente, ele não viu a morte de Quirrell. Finalmente, Harry estava presente quando Voldemort matou sua mãe e quando a Maldição Avada Kedavra rebateu nele. A autora explicou que o berço de Harry não deixou que ele visse a morte de sua mãe, ele nem sequer teria compreendido o que estava ocorrendo, tão bebê ele era. Ele também não poderia ver Voldemort ser atingido pela rebatida da Maldição, nem Voldemort estava morto de fato.
Nós não sabemos de fato se os Malfoys reconheceram Sirius na forma de cachorro, mas no trem, Draco dá a entender a Harry que eles reconheceram, e a história no Profeta Diário, colocando Sirius em Londres apareceu logo depois.
Harry não está apenas aborrecido porque Ron e Hermione estão fora cuidando de suas obrigações de monitores, ele também ficou envergonhado por estar sentado com alunos nada populares como Neville Longbottom e Luna Lovegood. Esses dois “esquisitos”, no entanto, estarão entre os seus aliados mais fortes e mais capazes. Neville também estará associado à Profecia, que liga Voldemort e Harry, e Harry vai descobrir que eles têm muito em comum.
A ausencia de Sturgis Podmore aconteceu porque ele foi preso na noite anterior, quando tentava entrar por uma porta trancada no Ministério da Magia. As evidencias sugerem que essa porta leva ao Departamento de Mistérios, onde está um objeto (que a Ordem chama de “arma” quando falam com Harry) que Voldemort deseja muito. Lucius Malfoy, cumprindo ordens de Voldemort tem tentado convencer outros bruxos a entrar no Departamento de Mistérios e recuperar aquele objeto; foi isso que Broderick Bode foi forçado a fazer, imaginamos que a mesma coisa aconteceu a Podmore. A ironia é que Podmore tinha a missão de proteger o objeto, sendo compelido a roubá-lo para Voldemort, o leitor mais velho, entendeu isso, mas suspeitamos que não foi intencional da parte de Voldemort, não importa qual tenha sido a intenção da autora. Voldemort e Lucius talvez não saibam que a Ordem já está operacional e atenta.
O fato do pai de Luna publicar o Pasquim também será importante, porque ele será para Harry um canal direto para espalhar informações verdadeiras sobre si mesmo e Voldemort, sem ser censurado pela midia do governo, ou seja O Profeta Diário. O Profeta, nesse livro e nos próximos, será forçado a andar na linha do Ministério, e vamos ver o efeito que isso vai ter sobre Harry. Logo, será vital para Harry ter outros meios para contar a sua verdadeira história. A natureza “do contra” do Pasquim será importante no último livro da série.
Conexões
[editar | editar código-fonte]- Essa é a primeira menção de uma publicação alternativa dos bruxos. O Pasquim será muito útil nesse livro, quando Hermione determina que Harry precisa contar a verdadeira história para o público; a entrevista de Harry para Rita Skeeter vai ser no Pasquim. Esse jornal também vai aparecer no último livro, onde será dito que Xeno Lovegood está publicando a verdade sobre Harry, porque parece vender muito mais jornais do que histórias de Snorkacks. O resultado disso é a sugestão de Ron para que o Trio visite e fale com Xeno, dai resultando o leitor ouvir a História dos Três Irmãos.
- A planta de Neville, a Mimbulus Mimbletonia, é um claro sinal de que ele está mostrando habilidade com plantas mágicas. Vamos ver isso, mais tarde, nesse livro, e ele vai ajudar a Professora Sprout com a estratégia baseada nas plantas para a defesa de Hogwarts, na última batalha.
- Os gêmeos conversando sobre negócios com Lee Jordan, é claramente precursora da criação da loja de logros Weasley's Wizard Wheezes. Embora tenhamos visto o inicio disso tudo no livro anterior, a loja só vai se tornar algo sólido com a ajuda de Harry. Eles irão testar os produtos durante esse livro, no próximo inaugurarão uma loja física e irão continuar o negócio de compra e venda pelo correio até o último livro.