Guia dos Trouxas para Harry Potter/Grandes Eventos/A Batalha no Departamento de Mistérios

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Batalha no Departamento de Mistérios
  • localização = Ministério da Magia
  • época = No quinto livro da série
  • Personagens = Harry Potter, Sirius Black, Lucius Malfoy, Bellatrix Lestrange

Visão Geral[editar | editar código-fonte]

Spoiler[editar | editar código-fonte]

Aviso aos Iniciantes: Seguem detalhes que vocês podem não querer ler em seu nível atual de leitura.

Depois de ter uma visão de Sirius sendo torturado, Harry e cinco membros da AD vão para o Departamento de Mistérios do Ministério da Magia, onde caem na armadilha de doze Comensais da Morte. Mais tarde eles são socorridos por alguns membros da Ordem da Fênix, porém Sirius morre.

Quando a Ordem é fortalecida pela chegada de Albus Dumbledore, Harry sai à caça da assassina de Sirius, Bellatrix Lestrange e duela com ela. Voldemort aparece nesse momento mas Dumbledore chega para salvar Harry. Eles duelam e Voldemort aparata, indo embora com Bellatrix, mas não antes de ter sido visto pelo Ministro da Magia.


Detalhes do Evento[editar | editar código-fonte]

Harry tem uma visão de Sirius sendo torturado por Voldemort no Departamento de Mistérios do Ministério da Magia. Harry então, tenta encontrar um membro da Ordem para confirmar onde está Sirius, mas o único que ele pode se lembrar na escola, é a Professora McGonagall, que ele descobre que está internada no St. Mungo.

Para tentar uma comunicação direta com Sirius via Rede do Flu, Harry arranja uma distração com a ajuda de Ron e Hermione além de Ginny e Luna para impedir o acesso ao corredor próximo do escritório da Umbridge. Assim, com Hermione, ele entra no escritório para usar a lareira, que é a única que não está monitorada. Quando ele faz contato com a casa de Sirius, Monstro diz a Harry que Sirius “jamais vai retornar do Departamento de Mistérios”.

Umbridge arranca Harry de dentro da lareira, e ele vê que entre ela e seu Esquadrão Inquisitorial, ela capturou todos os conspiradores, mais Neville Umbridge chama o Professor Snape pedindo Veritaserum para descobrir com quem Harry estava falando, mas Snape alega que já deu todo Veritaserum que tinha para ela, e vai levar meses para fazer mais. Quando Snape está saindo, Harry lembra que ele é membro da Ordem, e tenta dizer a Snape o que está acontecendo, mas Snape parece não entender.

Umbridge então decide usar métodos mais cruéis para descobrir a verdade. Para evitar que Umbridge use a Maldição Cruciatus em Harry, Hermione inventa uma história sobre uma “arma” na floresta. Ela diz que eles estavam tentando fazer contato com o Professor Dumbledore para dizer que está pronta. Umbridge acredita nela, e segue Hermione que os leva até a parte da Floresta Proibida onde vivem os centauros.

Surpresa pelos centauros, Umbridge os insulta a tal ponto que eles a prendem e levam embora, e assim acidentalmente quebram a varinha dela. Agora eles tentam resolver o que fazer com Harry e Hermione, que trouxeram a irritante Umbridge deliberadamente para o seu meio. O debate é interrompido por Grope, o meio irmão de Hagrid, que chega criando distração. Os dois conseguem se livrar de Grope e dos centauros, se reúnem com Ginny, Neville, Ron e Luna que derrotaram os membros do Esquadrão Inquisitorial e recuperaram as varinhas de Hermione e Harry. Luna comenta que eles podem voar até o Ministério nos Thestrals.

Chegando ao Ministério, eles entram pela entrada de visitantes e seguem até o Departamento de Mistérios. Indo para o local que Harry viu em suas visões, eles entram numa sala onde há um véu negro, atrás do qual, Harry, Luna e aparentemente Ron, conseguem ouvir vozes. O local da visão de Harry é um vasto hall, cheio de estantes repletas de orbes de vidro. Embora estejam no local que Harry viu, não há sinais de Sirius ou de Voldemort. Olhando em volta, Ron repara num orbe com o nome de Harry e, Harry curioso, o tira da prateleira.

De repente os seis estudantes são cercados por um grupo de Comensais da Morte liderados por Lucius Malfoy, tendo identificado o orbe como a Profecia, ele exige que Harry o entregue. Os estudantes usam Reducto em algumas estantes e dão um jeito de escapar da sala em meio á confusão. Harry, Hermione e Neville terminam na Sala do Tempo, enquanto Ginny, Luna e Ron aparentemente vão parar em outra sala. Harry, Neville e Hermione ficam encurralados por um par de Comensais da Morte, mas em seguida, Hermione é derrubada e, tanto a varinha de Neville como o nariz dele são quebrados por um chute de Dolohov.

Harry consegue levar Hermione, inconsciente, e o ferido Neville até a antessala, onde eles se encontram com o grupo de Ginny. Antes que possam encontrar seu caminho para fora, uma segunda porta na antessala se abre e mais Comensais da Morte liderados por Bellatrix Lestrange, entram e começam o ataque.

Os estudantes recuam através de uma porta e se encontram numa sala com grandes tanques, aparentemente contendo cérebros flutuantes; Ron, que tem agido como um bêbado por causa de um feitiço, conjura um dos cérebros e fica preso pelos seus “tentáculos”. Recuando novamente para dentro de outra sala, Harry e Luna, como os únicos membros do grupo sem ferimentos, começam a tentar selar as portas, mas os Comensais entram por uma porta ainda não selada, e desarmam Luna e Ginny. Harry, sabendo que os Comensais estão atrás dele apenas, tenta atraí-los correndo através de uma porta diferente, e imediatamente cai nos degraus de pedra do anfiteatro da sala do Véu.

De pé no estrado do Véu, Harry agora está sozinho contra os dez Comensais que sobraram. Por alguma razão eles não tentam forçar Harry a lhes dar a Profecia, que ainda está em suas mãos. O impasse é quebrado por Neville, que irrompe na cena tentando estuporar os Comensais e falhando; não se sabe se é porque está usando a varinha de Hermione, ou porque está falando fanhoso com o nariz quebrado. Dois Comensais da Morte o seguram e Bellatrix usa a Maldição Cruciatus nele, assim como fez em seus pais, para forçar Harry a lhe dar a Profecia.

Enquanto Harry hesita, cinco membros da Ordem da Fênix, inclusive Sirius, chegam e começam a duelar com os Comensais da Morte. Durante essa batalha, Harry dá a Neville a Profecia para liberar suas mãos. Neville é acertado pelo feitiço Tarantallegra. Assim que Harry o puxa pelos degraus para ficar a salvo, o robe de Neville rasga e a Profecia cai no chão se estilhaçando.

Enquanto a batalha esquenta, Dumbledore chega e rapidamente domina a maior parte dos lutadores. Uma batalha, no entanto, ainda está ocorrendo, entre Bellatrix e Sirius, que agora está de pé no estrado do Véu. Bellatrix lança um feitiço direto no peito dele, e Sirius cai através do Véu negro, para nunca mais ser visto.

Bellatrix agora, corre pelos degraus do anfiteatro e até o Hall dos Pensamentos, onde estão os tanques com os cérebros. Furioso, Harry sai à caça atrás dela, a encontrando no Atrium, onde eles duelam. De repente Dumbledore e Voldemort chegam, e duelam um com o outro, com Harry e Lestrange presos pelas estátuas moventes enfeitiçadas, da Fonte dos Irmãos Mágicos.

Voldemort então tentam possuir Harry e foge quando o amor de Harry por Sirius o joga para fora da mente de Harry. Assim que Voldemort retorna fisicamente para libertar Bellatrix, Cornelius Fudge chega junto com um bom número de Aurores, tendo sido chamado por Dumbledore, e tem a oportunidade de ver Voldemort. Relutante, Fudge agora tem que aceitar que Harry e Dumbledore estavam dizendo a verdade durante todo o ano. Enquanto Fudge ainda está lidando com essas revelações, Dumbledore cria um Portal e entrega para Harry; ele leva Harry imediatamente para o escritório de Dumbledore.


Consequências Importantes[editar | editar código-fonte]

A morte de Sirius torna Harry muito triste e raivoso durante todo o verão, e também o priva de um dos seus maiores amigos e padrinho. Embora Sirius tenha deixado a casa de Grimmauld Place para Harry em seu testamento; se Harry puder tomar posse da casa, coisa que nesse momento ainda não sabemos, só no próximo livro, ele poderá usar a casa como refúgio uma vez que é tão bem escondida.

O restante dos Comensais da Morte, presos no anfiteatro por Dumbledore serão levados para Azkaban. Com os Dementadores tendo passado para o lado de Voldemort, isso vai ser perda de tempo; ainda assim, isso mostra claramente ao mundo dos bruxos onde estão as lealdades dos Comensais da Morte presos.

Lucius Malfoy agora é, claramente um criminoso. Isso muda de maneira significativa a posição de Draco, uma vez que agora ele é filho de um criminoso condenado.

Draco acaba ficando com raiva de Harry, porque, como é uma coisa tão comum nos humanos, ele acha que foi por culpa de Harry que Lucius foi preso, ao invés de pensar que Lucius estava fora da lei.

A cadeia de eventos que culmina com a missão de Harry no Ministério, vai mostrar a Dumbledore os riscos de guardar tantos segredos; foi a falta de informação de levou Harry a acreditar nas imagens que Voldemort estava mandando para ele. Essa percepção vai desencadear uma explicação completa de Dumbledore com relação à situação de Voldemort e o mundo bruxo. Dumbledore vai explicar a razão de sua hesitação em encontrar Harry durante o ano letivo, e a razão por escolher Snape para ensinar Oclumência a Harry. Ele vai explicar porque Harry é capaz de ver os pensamentos de Voldemort, e sua preocupação do que Voldemort poderia fazer se descobrisse que o relacionamento entre Harry e Dumbledore era muito mais do que um aluno e seu diretor. Finalmente e mais importante, ele vai revelar o texto da Profecia que Voldemort estava procurando, que diz que ou Voldemort ou Harry deve morrer, “um deve morrer pelas mãos do outro”, e vai dar alguns detalhes de como isso pode ser interpretado.

Os comentários de Dumbledore sobre a lealdade dos elfos domésticos e da necessidade de tratá-los de maneira honesta e decente, que ele faz em seu escritório depois da batalha, pode ter algum efeito em Harry nos próximos livros.

Finalmente, o mundo mágico agora está sabendo que Voldemort voltou, o que sinaliza a Segunda Guerra Bruxa. Isso também marca o final da campanha contra Harry e Dumbledore, e pode resultar numa recuperação de várias das posições oficiais de Dumbledore. Dumbledore também exige que os Aurores parem de caçar seu guarda terrenos, o que significa que Hagrid não será mais um fugitivo.


Análise[editar | editar código-fonte]

Já ouvimos muitas vezes, que o propósito de Harry aprender Oclumência é evitar que Voldemort tenha acesso à mente do rapaz. Isso é depois do quinto livro quando do ataque a Mr. Weasley, que Dumbledore percebe que poderia haver uma ligação mental entre Harry e Voldemort, e foi então que ele pede ao Professor Snape para ensinar Oclumência a Harry. Esse talvez seja um dos poucos erros de Dumbledore.

O erro óbvio, e um que Dumbledore mais tarde admite, foi a escolha do professor; Harry e Snape se odeiam, e Harry não consegue aprender nada de útil com Snape. Essa não foi a primeira vez que Dumbledore cometeu esse erro; no final do quarto livro, ele aparentemente achou que Snape e Sirius poderiam abandonar sua raiva mútua e trabalharem juntos, e, embora eles tenham tentado trabalhar juntos, nós vimos que a raiva mútua ainda permanecia a ponto deles puxarem as varinhas.

Menos óbvio para o leitor, Dumbledore aparentemente acha que Voldemort quer ler a mente de Harry, quando, para o leitor fica claro que ele quer inserir imagens na mente de Harry. Nossa história não indica se Oclumência poderia evitar esse efeito. De qualquer maneira, foi a colocação de imagens na mente de Harry que o levou até o Ministério.

Esse episódio em particular é um exemplo muito bom da arte de contar histórias. A autora nos leva junto com Harry através do caminho e não nos dá tempo para observar algumas grandes contradições. Por exemplo, quando Harry vê Voldemort e Sirius no Ministério da Magia, não ocorre a ele, nem a nós, imaginar como Voldemort poderia ter entrado no Ministério sem ser visto, às três da tarde num dia de semana. Hermione faz esse comentário, mas Harry passa adiante tão rápido, que nós, leitores, prestamos pouca atenção. Nem nós, nem Harry pensamos no espelho mágico que Sirius deu a Harry no Natal. No desapontamento de Harry ao descobrir que a Professora McGonagall não estava, não ocorreu a ninguém que Snape também é membro da Ordem. A autora faz um trabalho excelente, não apenas em mostra a sensação de urgência de Harry, mas em nos fazer parte dela.


Perguntas[editar | editar código-fonte]

  1. Por que o Ministério da Magia estava completamente vazio num dia de semana?
  2. Como Voldemort e doze Comensais da Morte puderam entrar no Ministério da Magia sem serem vistos num dia de semana?


Visão Completa[editar | editar código-fonte]

Spoiler[editar | editar código-fonte]

Aviso aos leitores de nível intermediário: Seguem detalhes que vocês podem não querer ler em seu nível atual de leitura.


Uma das coisas mais importantes que esse episódio em particular ensinou a Harry, foi que era possível a Voldemort, gerar falsas imagens mentais e plantá-las na mente de Harry. Saber que isso é possível, torna muito mais difícil a possibilidade de Harry ser levado outra vez por falsos cenários gerados por Voldemort. Hermione, é claro, é menos certa disso. Sabendo que Harry foi levado em percepções erradas pelos pensamentos de Voldemort, Hermione está sempre suspeitando das percepções que Harry recebe dele, até o final do sétimo livro. A única vez, durante a Batalha de Hogwarts, no sétimo livro é que Hermione pede a Harry que olhe na mente de Voldemort, para ver onde ele está.

No livro seis, o que segue imediatamente a esse evento, Dumbledore vai perguntar a Harry se ele tem sentido alguma dor em sua cicatriz; ao ouvir Harry dizer não, ele diz não estar surpreso com isso, Voldemort deve ter achado a mente de Harry um lugar muito desconfortável de estar, com todo seu amor por Sirius. Depois desse episódio, Voldemort nunca mais tentou entrar na mente de Harry, com suas emoções profundas que ele não consegue entender. No entanto, Harry consegue perceber o que Voldemort pensa algumas vezes, em momentos de grande estresse emocional para Voldemort.

Como já foi comentado, Dumbledore havia pensado que Oclumência poderia ser um meio de quebrar o laço mental entre Harry e Voldemort. É, de fato, possível que com outro professor teria funcionado. As indicações são de que Dumbledore, ao final do segundo ano de Harry em Hogwarts, suspeitava que a alma já rasgada de Voldemort, tenha se esfarrapado novamente, ou com a morte da mãe de Harry, ou mais provavelmente, na tentativa de matar o próprio Harry, e o fragmento solto se prendeu a Harry; podemos ver que Dumbledore se torna certo disso bem mais tarde no sexto ano de Harry. Não se sabe se essa ligação entre a alma de Harry e a de Voldemort pode ser quebrada pela Oclumência, uma vez que não há nenhum evento similar na história mágica.

Alguém pode imaginar quando Dumbledore chegou à conclusão sobre o fragmento de alma ter colado em Harry. O leitor pode suspeitar que isso foi uma conclusão a que Dumbledore chegou quando ouviu o plano de Voldemort de criar múltiplos Horcruxes, mas não temos certeza. A primeira vez em que ouvimos sobre isso é na lembrança de Snape, em uma ocasião que acreditamos ser na mesma noite em que Ron é envenenado.

O sucesso de Harry ao recuperar a lembrança de Slughorn, que parece confirmar a criação de múltiplos Horcruxes, no entanto, acontece significativamente, depois da data do aniversário de Ron e envenenamento, o que significa que Dumbledore ainda não tinha a confirmação do número de Horcruxes até então. Como não temos as datas certas da lembrança de Snape, no entanto, isso é inconclusivo.

Uma coisa sabemos com certeza, é que Dumbledore ficou muito preocupado com a possibilidade de existirem múltiplos Horcruxes, desde a descoberta do diário no livro dois. Ele estaria certo que havia múltiplos Horcruxes no inicio do sexto livro, quando ele achou e destruiu o anel Horcrux; mas vamos saber que ele já havia suspeitado da existência dos múltiplos Horcruxes ao saber do diário, o que ele diz foi criado como uma arma, ao invés de uma estrada para a imortalidade. Sabendo que, pelo menos dois Horcruxes haviam sido criados, foi fácil adivinhar que haveria mais, e como resultado disso a alma de Voldemort estaria mais destruída do que deveria.

Sabendo da habilidade de Harry em falar a língua das cobras, Dumbledore até adivinhou a existência e possibilidade do fragmento de alma, durante o verão, entre o segundo e terceiro anos de Harry.