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Restrições no hardware do sistema
[editar | editar código-fonte]As restrições descritas aqui são úteis para diminuir as chances de um ataque por acesso físico ser realizado com sucesso no sistema que desejamos proteger. Ter um sistema totalmente seguro é praticamente impossível, mas existem diversas maneiras de se dificultar as coisas.
BIOS do sistema
[editar | editar código-fonte]Algumas restrições podem ser configuradas na para diminuir as chances de se obter acesso root (usando métodos conhecidos de recuperação via disquete/CD inicializável) ou simplesmente aumentar nossa confiança no sistema:
- Coloque uma senha para entrada no Setup da máquina, compartilhe esta senha somente com as pessoas que tem poder de root (ou seja, pessoal de confiança que administra a máquina).
- Mude a sequencia de partida para somente sua unidade de disco rígido que contém o sistema operacional. As BIOS trazem convenções de DOS para especificar o método de partida, então Only C quer dizer somente o primeiro disco rígido, SCSI tentar dispositivos SCSI primeiro, etc. Isso pode variar de acordo com o modelo de sua BIOS.
Com os dois ítens acima qualquer um ficará impedido de inicializar o sistema a partir de um disco de recuperação ou entrar no Setup para modificar a ordem de procura do sistema operacional para dar a partida via disquetes.
Retirada da unidade de disquetes
[editar | editar código-fonte]Como não é seguro confiar nas restrições de senha da BIOS (qualquer um com conhecimentos de hardware e acesso físico a máquina pode abrir o gabinete e dar um curto na bateria que mantém os dados na CMOS ou aterrar o pino de sinal da CMOS), a retirada da unidade de disquetes é recomendada, isso dificultará bastante as coisas.
Placas de rede com eprom de boot
[editar | editar código-fonte]Evite a utilização de placas de rede com recursos de boot via EPROM no servidor, um servidor dhcp/bootp/tftp poderá ser configurado sem problemas por um cracker na rede (caso a BIOS esteja com a ordem inadequada de procura de discos) e o ataque se dar com mais "sofisticação" e rapidez.
Protegendo o LILO
[editar | editar código-fonte]A opção passwd=senha e restricted poderão ser usadas na seção da imagem que desejamos proteger. Respectivamente pedem uma senha para a inicialização do sistema e caso argumentos como root=single sejam usados para conseguir acesso root sem fornecer senha. E deixe somente as permissões de acesso ao usuário root (caso contrário sua senha poderá ser vista por qualquer usuário) e modifique os atributos deste arquivo para imutável para que nem mesmo o root possa modifica-lo: chattr i /etc/lilo.conf.
Disco rígido
[editar | editar código-fonte]O disco rígido do servidor poderá se retirado como alternativa para se ter acesso aos dados armazenados. Isto poderá ser dificultado com o uso de lacres de disco ou outras maneiras de dificultar mais esta tarefa (mais parafusos, armazenamento em partes de difícil manipulação do HD, etc) qualquer coisa que possa lhe fazer ganhar tempo e despertar suspeitas para evitar o sucesso desta alternativa (ousada). Dados importantes ou confidenciais poderão ser armazenados em um sistema de arquivos criptografados e serem montados somente pelos administradores que possuem acesso físico ao sistema. O algoritmo Serpent é muito forte na proteção de dados além de possuir um ótimo desempenho. Patches de criptografia poderão ser aplicados no kernel para ativação deste recurso (veja [ch-d-cripto.html#s-d-cripto-criptofs Sistemas de arquivos criptográfico, Seção 20.4]) para detalhes. Sensores podem ser ligados na carcaça do HD como forma de disparar um pequeno alarme embutido no gabinete do servidor, se você gosta de eletrônica poderá montar um destes facilmente para chamar a atenção alimentado por fonte/baterias em um circuito de emergência, e poderá acomodar sua caixa em uma segunda "carcaça de fonte" apenas para desviar suspeitas. Um circuito interno de câmeras também é uma boa alternativa para monitorar a movimentação. Esquemas de segurança dependendo do porte da organização e dos dados que se desejam proteger deverão ser elaborados e postos em prática. Todos os métodos imagináveis deverão ser considerados de acordo com as possibilidades do ambiente.