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História das repúblicas/Conclusão

Origem: Wikilivros, livros abertos por um mundo aberto.
Rainha Elizabeth II da Inglaterra. A Inglaterra pode ser encarada como uma "república coroada", pois o seu verdadeiro centro de poder é o parlamento, não o rei.

Ao longo da história, a forma republicana de governo teve como principal adversário o regime monárquico. Ambos são sistemas políticos que se baseiam em princípios opostos: a república se fundamenta na capacidade de o povo se reunir e decidir como devem ser aproveitadas as riquezas de seu país; já as monarquias partem do princípio de que tudo pertence a Deus, inclusive o país e de que Deus tomará conta das pessoas através da administração justa e sábia do rei por Ele alçado ao trono. Modernamente, porém, os reis não detêm praticamente poder algum, sendo geralmente meras peças decorativas nacionais. O verdadeiro poder político nas monarquias de hoje está nos parlamentos nacionais, o que motivou a criação do termo "repúblicas coroadas" para definir as monarquias atuais. Ou seja, as diferenças entre "república" e "monarquia" se atenuaram bastante ao longo do tempo.

Outro fator a se levar em conta é a representatividade popular das repúblicas: o conceito de "povo" pode variar de uma república para outra. Em muitas repúblicas do passado, por exemplo, somente podiam votar os ricos, sendo proibido o voto feminino. Até recentemente, os analfabetos não tinham o direito de voto em muitos países. E muitas minorias étnicas também não tiveram o direito de participação política ao longo da história. Ou seja, um governo republicano nem sempre significa um governo dirigido aos interesses de todo o povo.

Referências