Bahia/Cultura
O estado apresenta uma grande riqueza em termos culturais. No campo da música, forneceu grandes nomes para a música brasileira, especialmente a partir de meados do século XX, como Dorival Caymmi, João Gilberto, Tom Zé, Caetano Veloso, Raul Seixas, Pepeu Gomes, Armandinho, Dodô e Osmar, Gilberto Gil, Gal Costa, Maria Bethânia, Moraes Moreira, Daniela Mercury, Carlinhos Brown, Ivete Sangalo, Chiclete com Banana, Asa de Águia, Cheiro de Amor, Banda Eva, entre outros. Famosos estilos musicais surgiram no estado, como o samba de roda e a axé music dos anos 1990.
Os trios elétricos foram criados no carnaval de Salvador de 1951 e, de lá, se espalharam pelo país. Grande parte dessa riqueza musical se expressa no carnaval, que ainda exibe tradicionais blocos de rua, como o Olodum, o Ilê Aiyê e o Filhos de Gandhy[1]. No campo religioso, as religiões predominantes no estado são o catolicismo e o candomblé, muitas vezes praticados de forma conjunta. No campo esportivo, a manifestação mais característica do estado é a capoeira, misto de música, luta e jogo, de origem africana[2], que é praticado por grande parte da população. As cidades do estado possuem muitas construções da época colonial em estilo barroco, de quando Salvador constituía a capital da colônia do Brasil.
O estado também sempre foi pródigo em grandes escritores: Gregório de Matos, Castro Alves, Jorge Amado e João Ubaldo Ribeiro nasceram no estado. Nas artes, a Bahia é representada pelo seu Comendador em artes Alaor Lopes Filho, o qual possui dupla titulação em comendas nacionais. A culinária do estado tem acentuada influência africana, expressa em pratos típicos do candomblé, como o acarajé, o bobó de camarão, o vatapá, o abará, o xinxim de galinha etc. No interior do estado, a maior influência culinária é a da típica cozinha sertaneja, com carne de sol, carne de bode, manteiga de garrafa, jabá (carne-seca), jerimum (abóbora), umbu, maxixe, mandioca, milho etc. [3]. Os times de futebol com maiores torcidas no estado são o Esporte Clube Bahia e o Esporte Clube Vitória, ambos sediados na capital estadual, Salvador. Os confrontos entre os dois clubes são apelidados de "Ba-Vi". Além do carnaval, outras datas são muito comemoradas no estado:
- a lavagem das escadarias da Igreja do Senhor do Bonfim, na quinta-feira anterior ao segundo domingo depois do dia de reis
- o 2 de fevereiro, dia do orixá das águas salgadas, Iemanjá
- o 2 de julho, dia da independência da Bahia, comemorado com um desfile com a imagem do caboclo, símbolo do Brasil, que se inicia no Pavilhão 2 de Julho (onde a imagem fica guardada o ano inteiro) e que termina na Praça 2 de Julho, no Campo Grande
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Aú batido: um golpe de capoeira
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Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, em Salvador: a única igreja em estilo plateresco do Brasil[4]
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Caetano Veloso
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Estátua do orixá do candomblé Iemanjá em Salvador
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Pavilhão 2 de Julho
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Praça 2 de Julho