Bélgica/Conclusão
A Bélgica encontra-se atualmente numa encruzilhada entre a manutenção de sua unidade ou a separação da região de Flandres. A favor da separação, argumenta-se que o norte e o sul do país pouco têm em comum. O movimento separatista é forte em Flandres, porém a maioria dos valões é contra. O motivo principal dessas duas posições parece ser econômico, pois o desemprego é três vezes maior na Valônia do que em Flandres. Ou seja, é como se Flandres estivesse sustentando a Valônia. Pelo menos, é essa a opinião de grande parte dos flamengos. O que levanta a questão: com a independência de Flandres, teria a Valônia condições econômicas de subsistir como país independente?
Em 1830, o catolicismo foi, talvez, o principal fator que motivou a união de Flandres e Valônia num único país. O crescimento do ateísmo na Bélgica pode ser um fator importante para o desejo secessionista de Flandres: segundo uma pesquisa de 2005, 27% dos belgas não acreditam em Deus ou qualquer forma de força vital que dê sentido à vida[2]. Ora, sem o elemento comum católico, a Bélgica pode estar perdendo seu principal elemento de coesão interna.
O maior (e talvez o único) empecilho à separação imediata de Flandres parece ser a região bilíngue de Bruxelas, já que, no resto do país, a divisão linguística é claramente definida, favorecendo uma eventual divisão territorial[3].
Referências
- ↑ A preservação da unidade da Bélgica nas mãos de Philippe I. Disponível em http://www.publico.pt/destaque/jornal/albert-ii-deposita-esperancas-de-preservacao-da-unidade-da-belgica-nas-maos-do-seu-filho-philippe-i-26855219#/0. Acesso em 29 de novembro de 2013.
- ↑ http://ec.europa.eu/public_opinion/archives/ebs/ebs_225_report_en.pdf
- ↑ http://humanageografia.blogspot.com/2010/06/movimentos-separatistas-na-belgica.html