Análise de balanços/Análise tradicional/Análise horizontal

Origem: Wikilivros, livros abertos por um mundo aberto.

A finalidade da análise horizontal é identificar o crescimento no tempo de cada item das demosntrações contábeis com o intuíto de caracterizar tendências desses ítens.

A fórmula geral é:

Onde:

  •  : é a variação horizontal percentual do item analizado;
  •  : valor do item no ano-base;
  •  : valor do item no ano de análise;

Como pode-se ver, a análise horizontal nada mais é do que a variação percentual em base 100% (ou em base 1, caso se opte por utilizar índices (não multiplicar por 100)) de uma ano tomado como base para o outro.

Exemplo 1[editar | editar código-fonte]

Vejamos um exemplo:

Demonstração de Resultado
Conta/Ano ano 1 ano 2 ano 3
Vendas 1200* 1350 1475
Custos das mercadorias vendidas 1000 1100 1200
Lucro bruto 200 250 275

(*) Valores em moeda corrente.

Agora, ao aplicarmos a fórmula da análise horizontal, tomando o ano 1 como base, teremos:

E aplicando a fórmula para os anos das contas de Custo das mercadorias vendidas e para o lucro bruto, teremos:

Demonstração de Resultado
Conta/Ano ano 1 ano 2 ano 3
Vendas 100* 112,5 122,92
Custos das mercadorias vendidas 100 110 120
Lucro bruto 100 125 137,5

(*) Valores em percentual.


Desta tabela, podemos fazer uma pequena análise:

  • Percebe-se que o valor de vendas está crescento mais rapidamente que o valor dos custos, o que leva o lucro bruto a uma tendência de crescimento. Se fosse o contrário, os custos crescendo mais rapidamente que as vendas, a tendência do lucro bruto seria a de redução.

Embora extremamente simples de se efetuar, a análise horizontal é um instrumento poderoso de análise contábil, podendo ser empregada em qualquer série temporal, mesmo das que não constem em demosntrações contábeis, tais como volume de produção, número de horas-extra, etc.

Observações gerais[editar | editar código-fonte]

É muito importante a correta seleção dos itens a serem considerados na análise horizontal, pois, devem ser agrupadas as contas pouco representativas em grupos maiores a fim de que a análise não se torne complexa ao extremo restando, então, prejudicada a sua eficácia.

Por isso recomenda-se que sejam selecionados as contas de até o quarto nível (no caso do Ativo, temos, Ativo, 1º nível; Ativo Circulante, 2º nível; Disponibilidades, 3º nível; Caixa, 4º nível). Também recomenda-se o acompanhamento de contas críticas, independentemente de seu nível.

Vale lembrar que a análise horizontal não pode nunca ser empregada de forma isolada, mas sim em conjunto com a análise vertical, os quaocientes e outras ferramentas de análise, estatísticas ou não, a fim de que se possa ter um elevado nível de qualidade da análise contábil a ser feita.