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Mistérios do Egito Antigo para curiosos/As maldições

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Será que as maldições funcionam?

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Essa lenda das maldições começou, na verdade, com um romance de 1827 da escritora inglesa Jane Webb Louden, chamado A múmia. Depois, em 1869, Louise May Alcott escreveu um conto chamado Perdido numa pirâmide ou A maldição da múmia.

Múmia do faraó Seti I.

Quando, em 1922, a tumba do rei Tut foi aberta por Howard Carter, as histórias ficaram mais próximas da realidade, porque nunca antes alguém tinha encontrado uma tumba intacta.

Assim, dá para imaginar a empolgação da imprensa ao testemunhar a abertura da tumba. Que emoção, abrir uma tumba que estava lacrada e respirar o ar de milhares de anos.

Voltando para trás na história, antes de encontrar a tumba, ainda na Inglaterra, Carter comprou um canário e o levou com ele para o Egito. No local das escavações, os operários disseram que o pássaro dourado traria boa sorte.

No dia em que foi encontrado o primeiro degrau, o que significava que tinham encontrado alguma coisa, Carter entrou em sua tenda, bem a tempo de ver uma cobra comendo o seu canário.

Talvez esse tenha sido o primeiro acontecimento da Maldição de Tutankhamon. Depois disso, em 1923, ainda no Egito, Lorde Carnavon foi mordido por um mosquito e o local infeccionou, o que o levou a morte cinco meses depois da descoberta da tumba.

Corredor na tumba de Ramsés IV.

Conta a lenda que, no momento em que Carnavon morria no Egito, sua cadela também morria na Inglaterra. Ainda dizem que todas as luzes da cidade do Cairo (Egito) se apagaram e acenderam diversas vezes no momento da morte de Lorde Carnavon.

A imprensa publicou uma inscrição que havia na parte externa de um santuário, onde estavam os Vasos Canopos. Essa inscrição dizia:

Aos que entrarem na tumba sagrada, as asas da morte visitarão em breve.

Ainda publicada na época, a inscrição num tijolo de barro encontrado em frente de uma estátua do deus Anúbis foi traduzida assim:

Matarei todo aquele que adentrar o recinto sagrado do grande rei...

Há outras maldições também importantes, além das muito conhecidas que estão relacionadas ao rei Tut. O Dr. Zahi Hawass, conta que na tumba de Petety e sua esposa, havia a seguinte maldição:

Escutem todos!
O sacerdote de Hathor castigará em dobro aquele que
entrar nesta tumba ou fizer qualquer mal a ela.
Os deuses o confrontarão, pois sou honrado pelo seu Senhor.
Os deuses não permitirão que qualquer coisa aconteça a mim.
O crocodilo, o hipopótamo e o leão devorarão aquele que causar
qualquer malefício a minha tumba.

Há diversos tipos de maldições nas tumbas, sempre ameaçando quem perturbar o morto: ou será assombrado por toda vida, ou julgado pelo grande deus ou mesmo, seus descendentes serão varridos do planeta.

Então, onde está o mistério?

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Vista do Vale dos Reis.

Se existia uma maldição super poderosa para punir quem perturbasse o descanso dos faraós, porque as tumbas foram praticamente todas saqueadas? Muitas vezes logo depois do funeral.

O Dr.Zahi Hawass, explica que, talvez os antigos egípcios usassem poeira de hematita nas tumbas, para atormentar quem lá entrasse. Parece que é uma poeira dourada que tem um cheiro terrível. Será que essa poeira junto com o calor, favorece o surgimento de germes, que certamente são nocivos ao homem?

Vale dos Reis, na frente a entrada da tumba do Rei Tut.

As tumbas ficam em lugares escondidos, é preciso atravessar túneis ou descer em poços profundos. Nesses locais sempre existem animais peçonhentos como cobras, escorpiões, aranhas, também há o risco de desabamento. Então isso é parte da maldição?

E você? Teria coragem de ser o primeiro a entrar numa tumba nunca antes explorada? Ou teria medo da maldição?

  • HAWASS, Zahi. A Maldição dos Faraós. Editora Abril e National Geographic.