Reis e Rainhas da Inglaterra/Os Hanover

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George I (1714-1727)[editar | editar código-fonte]

George I nasceu em Hanover, Alemanha, em 28 de maio de 1660. Ele foi o filho mais velho de Ernst August, Duque de Brunswick-Lüneburg, um príncipe alemão e sua esposa Sophia. Ele foi Duque de Brunswick-Lüneburg desde 23 de janeiro de 1698, e Rei da Grã Bretanha e Rei da Irlanda desde 1 de agosto de 1714, até sua morte em 11 de junho de 1727. Ele também foi Príncipe Eleitor do Sacro Império Romano.

George I

George I foi o primeiro monarca Hanoveriano da Grã Bretanha e Irlanda, mas não era fluente na língua inglesa. Ele falava seu alemão nativo e era ridicularizado por seus súditos britânicos.

Durante o seu reinado, os poderes da monarquia já eram reduzidos pelo moderno sistema de Gabinete de governo, que estava se desenvolvendo. Nos últimos anos do reinado de George, o poder era de fato exercido por Sir Robert Walpole, que é visto hoje em dia, como sendo o primeiro Primeiro Ministro britânico.


Casamento e Filhos[editar | editar código-fonte]

Em 1682, George casou com sua prima em primeiro grau, Princesa Sophia de Celle. Eles tiveram dois filhos, George e Sophia Dorothea. Logo o casamento acabou, porque George preferia sua amante, com quem ele teve, pelo menos, três filhos ilegítimos. O casamento de George com Sophia foi, mais tarde, dissolvido.

Reinado[editar | editar código-fonte]

George I foi atuante ao dirigir a política externa britânica durante seus primeiros anos. Em 1717, ele contribuiu para a criação da Tríplice Aliança, uma liga anti-espanhola composta por Grã Bretanha, França e Províncias Unidas dos Países Baixos.

Em 1718, o Sacro Império Romano entrou também como participante, então se tornou a Quádrupla Aliança.

A subseqüente Guerra da Quádrupla Aliança teve os mesmos motivos da Guerra da Sucessão Espanhola. O Tratado de Utrecht deu a Felipe, neto de Luis XIV, o direito de subir ao Trono Espanhol, com a condição de que ele abrisse mão do direito de sucessão ao Trono Francês.

No entanto, quando Luis XIV morreu, Felipe tentou se apossar da Coroa Francesa. Mas, os exércitos de Felipe não estavam bem preparados, de modo que o trono espanhol e o trono francês permaneceram separados.

Em 1719 aconteceu a Quebra da Mares do Sul. Isso ocorreu quando a Companhia dos Mares do Sul se propôs a converter £30,981,712 da divida nacional britânica, para isso recebeu os direitos do comércio com a América do Sul.

Na época, era muito difícil trocar os bônus do governo por causa de restrições irreais como por exemplo: não era permitido resgatar certos bônus enquanto o devedor original ainda estivesse vivo. Cada bônus representava uma grande quantia que não podia ser dividida e vendida.

Portanto, a Companhia dos Mares do Sul procurou converter os altos bônus impossíveis de comercializar, por bônus inferiores mais fáceis de serem aceitos. A Companhia subornou ministros e o valor da firma subiu rapidamente. As ações que custavam £128 em janeiro de 1720 foram avaliadas em £550 quando o Parlamento aceitou o esquema em maio. O preço subiu para £1000 em agosto. A especulação, no entanto, fez com que as ações caíssem para £150 no final de setembro. Muitas pessoas ficaram completamente arruinadas.

Essa foi uma das crises mais devastadoras da história do capitalismo.

Conhecida como Quebra da Mares do Sul, ou a Bolha Especulativa da Mares do Sul (the South Sea Bubble), fez com que George I e seus ministros se tornassem extremamente impopulares.

Um dos ministros responsáveis faleceu, e o outro se demitiu em 1721, isso abriu caminho para o crescimento de Sir Robert Walpole.

Walpole se tornou o ministro primeiro (o mais importante), embora o título Primeiro Ministro não fosse formalmente usado para designá-lo. Walpole fortaleceu sua influência na Câmara dos Comuns através de suborno. E ele foi extremamente poderoso. Ele, e não o Rei, de fato controlava o governo.

Walpole podia escolher e dispensar todos os ministros, e George I apenas colocava o selo em suas decisões. George I nem sequer participava das reuniões do Gabinete. Ele apenas exercia alguma influência na política externa britânica.

Morte e Legado[editar | editar código-fonte]

George, embora cada vez mais dependente de Sir Robert Walpole, podia, mesmo assim demitir seus ministros se quisesse. Na verdade, Walpole tinha medo de ser demitido no final do reinado de George I.

Porém George I faleceu em Osnabrück de um derrame, em 11 de junho de 1727. George I fazia sua sexta viagem à sua Hanover natal, onde foi sepultado na Capela Schloss Herrenhausen.

O filho de George I o sucedeu, se tornando George II.

George I era extremamente impopular na Grã Bretanha, especialmente por causa de sua suposta incapacidade de falar inglês; pesquisas recentes, no entanto, revelam que essa incapacidade talvez nem tenha existido na fase final de seu reinado.

O tratamento que ele dava à sua esposa Sophia também não era nem um pouco apreciado. Os britânicos o achavam muito alemão e deprezavam a sucessão de amantes alemãs que ele tinha.


George II (1727-1760)[editar | editar código-fonte]

George II nasceu em Schloss Herrenhausen, Hanover em 10 de novembro de 1683. Ele foi Rei da Grã Bretanha e Irlanda, Duque de Brunswick-Lüneburg e Príncipe Eleitor do Sacro Império Romano desde 11 de junho de 1727 até sua morte em 25 de outubro de 1760.

George II

Ele foi o segundo monarca britânico da Casa de Hanover e o último monarca britânico a liderar pessoalmente suas tropas em batalha (em Dettingen em 1743). George II foi também o último monarca britânico a nascer fora da Grã Bretanha.

Ele se tornou famoso por causa dos inúmeros conflitos com seu pai e mais tarde com seu filho. Seu relacionamento com sua esposa era bem melhor, a despeito de suas numerosas amantes. George II exerceu muito pouco controle sobre a política durante o inicio de seu reinado, o governo era controlado pelo primeiro (não oficial) Primeiro Ministro, Sir Robert Walpole.


Reinado[editar | editar código-fonte]

Todos acreditavam que George iria dispensar Sir Robert Walpole, mas, ao contrário, ele o manteve no cargo. Contra o conselho de Walpole, George II novamente entrou em guerra com a Espanha em 1739 (a Guerra de Jenkins' Ear).

O continente inteiro da Europa estava mergulhado na guerra por causa da morte do imperador do Sacro Império Romano, Charles VI em 1740. A disputa era pelo direito de sua filha, Maria Theresa, de herdar seus territórios austríacos. A guerra de George II com a Espanha, logo se tornou parte da Guerra da Sucessão da Áustria.

Acusado de manipular uma eleição, Walpole se aposentou em 1742 após mais de vinte anos de trabalho. Ele foi substituído por Spencer Compton, 1º Conde de Wilmington. Lord Wilmington, no entanto fazia apenas figuração, o poder era de fato exercido por Lord Carteret. Quando Lord Wilmington faleceu em 1743, Henry Pelham ocupou seu lugar.

Os opositores franceses de George II na Guerra, encorajaram a rebelião dos Jacobitas. Os Jacobitas apoiavam o católico romano James II, que havia sido deposto em 1689 e que não foi substituído por seu filho católico, mas por sua filha protestante.

O filho de James II, James Francis Edward Stuart já havia tentado duas rebeliões anteriores. O filho dele, Charles Edward Stuart ("Bonnie Prince Charlie"), no entanto, liderou uma rebelião mais violenta em apoio a seu pai, em 1745 e quase destronou George II.

Bonnie Prince Charlie aportou na Escócia em julho de 1745. Muitos escoceses eram leais à sua causa e ele derrotou as forças britânicas em setembro. Ele então, tentou entrar na Inglaterra, onde, até mesmo católicos romanos pareciam hostis à invasão.

O Rei francês Luis XV, havia prometido enviar doze mil soldados para ajudar na rebelião, mas não enviou. Um exército britânico sob o comando do Duque de Cumberland, no entanto, fez com que os Jacobitas recuassem para Escócia.

Em 16 de abril de 1746, Bonnie Prince Charlie enfrentou o Duque de Cumberland na Batalha de Culloden, a última batalha ocorrida na Grã Bretanha. Os Jacobitas foram derrotados de maneira espetacular e Bonnie Prince Charlie fugiu para França, mas muitos aliados escoceses foram pegos e executados.

A Guerra da Sucessão Austríaca finalmente terminou em 1748 com Maria Theresa sendo reconhecida como Arquiduquesa da Áustria.

Durante o resto de sua vida, George não tomou parte ativa na política ou na guerra. Durante seus últimos anos, começou a Revolução Industrial e a dominação britânica na Índia aumentou com as vitórias de Robert Clive na Batalha de Arcot e na Batalha de Plassey.

Morte[editar | editar código-fonte]

George II faleceu em 25 de outubro de 1760, após o café da manhã, provavelmente do coração. Ele foi sepultado na Abadia de Westminster.

George havia casado com Caroline of Ansbach in 1705. O primeiro filho deles foi Frederick, Príncipe de Gales, nasceu em 1 de fevereiro de 1707, mas Frederick faleceu antes de seu pai, em 1751. Portanto foi o filho de Frederick, George que se tornou o próximo rei.

George II e Caroline também tiveram dois outros filhos e cinco filhas.

Seu sucessor foi seu neto, que se tornou George III.



George III (1760-1820)[editar | editar código-fonte]

George III nasceu em Norfolk House em Londres em 4 de junho de 1738. Ele era filho de Frederick, Príncipe de Gales e neto de George II. A mãe de George era Augusta de Saxe-Gotha.

Ele foi rei da Grã Bretanha e da Irlanda desde 25 de outubro de 1760 até 1 de janeiro de 1801, e depois foi Rei do Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda até sua morte em 29 de janeiro de 1820. George III também foi Duque de Brunswick-Lüneburg, e Eleitor (mais tarde Rei) de Hanover. Ele foi o terceiro monarca britânico da Casa de Hanover, mas, o primeiro a nascer na Grã Bretanha e a usar o inglês como sua primeira língua.

George III

Durante o reinado de George III, a Grã Bretanha perdeu muitas de suas colônias na América do Norte, que se tornaram os Estados Unidos.

Mais tarde em seu reinado, George III sofreu de uma doença mental. Isso foi o motivo para que seu filho mais velho, também chamado George, assumisse o governo como Príncipe Regente.

Após a morte do rei, ele o sucedeu no trono como George IV. George III foi apelidado de Farmer George, talvez algo como George caipira por suas maneiras simples e caseiras, seu pão-durismo e seus hábitos e porque ele possuía uma grande paixão pela agricultura.


Casamento e Filhos[editar | editar código-fonte]

Depois de George se tornar Rei, houve uma pesquisa na Europa para encontrar uma esposa adequada para ele. Em 8 de setembro de 1761, o Rei se casou com a Princesa Sophia Charlotte of Mecklenburg-Strelitz.

Quinze dias depois, ambos foram coroados na Abadia de Westminster. O casal teve um casamento feliz e George nunca teve amantes. Eles tiveram nove filhos e seis filhas. Dois de seus filhos se tornaram Reis do Reino Unido; outro se tornou Rei de Hanover; uma filha se tornou Rainha de Württemberg.

Conflito na América do Norte[editar | editar código-fonte]

Em 1763, o governo britânico sob George III lançou uma Proclamação Real para limitar a expansão para o oeste das colônias americanas. O objetivo da Proclamação era forçar os colonos a negociar com os nativos americanos, a compra das terras dentro da lei. A idéia era reduzir as escaramuças nas fronteiras por causa das disputas de terras.

A Proclamação se tornou muito impopular entre os americanos. Os colonos americanos pagavam impostos bem pequenos portanto, não era possível que a Coroa pagasse para colocar militares no local, até mesmo para defender os próprios colonos de serem atacados pelos nativos.

Portanto, depois que George Grenville se tornou Primeiro Ministro, introduziu a Lei do Selo em 1765. Essa Lei estabelecia que todos os documentos em circulação nas colônias britânicas da América do Norte, deveriam receber selos e pagar uma taxa, o que significava mais despesas para os colonos.

Grenville tentou reduzir o poder o Rei e então George o substituiu pelo 2º Marquês de Rockingham em 1765.

Lord Rockingham se livrou da impopular Lei do Selo, mas foi substituído em 1766 por William Pitt, a quem George fez Conde de Chatham.

americanos jogando no rio o carregamento de chá

Lord Chatham provou ser a favor dos americanos. No entanto, George III decidiu que o principal dever dos colonos era se submeter a ele e à Grã Bretanha. Em 1767 Lord Chatham ficou doente, o que levou à sua substituição. Em 1770, o Tory Lord North já estava no governo.

Lord North estava extremamente preocupado com a Revolução Americana. Os americanos estavam cada vez mais hostis às propostas inglesas de aumentar os impostos nas colônias.

No famoso incidente da Festa do Chá em Boston (Boston Tea Party) em 1773, uma multidão jogou 342 engradados de chá no Porto de Boston como protesto político, ao custo de mais de $1 milhão. Como resposta, Lord North aprovou leis que fechavam o Porto de Boston e as eleições na Colonia de Massachusetts Bay foram suspensas. A guerra estourou na América em 1775.

Em 4 de julho de 1776, as colônias declararam sua independência da Coroa.

Nesse mesmo dia, George III escreveu em seu diário: Nada de importante aconteceu hoje.

Em 1783, derrotado, o Reino Unido assinou o Tratado de Paris reconhecendo os Estados Unidos.

O maior espisódio de loucura de George[editar | editar código-fonte]

Quando North finalmente se demitiu, William Pitt ficou em seu lugar. Durante o ministério de Pitt, George era extremamente popular. O povo apoiava as viagens de exploração no Oceano Pacífico que ele ratificava. George também colaborava com a Royal Academy com grandes quantias de seus fundos privados.

O povo britânico admirava seu Rei por permanecer fiel à sua esposa, ao contrário dos dois monarcas de Hanover, anteriores. Foram enormes os avanços feitos na indústria e na ciência nessa fase.

A saúde de George III, no entanto, estava indo de mal a pior. Ele sofria de deficiência mental.

O Rei já tinha apresentado um breve episódio da doença em 1765, mas um surto maior ocorreu em 1788. Em fevereiro de 1789, a Lei da Regência, autorizando o Príncipe de Gales a agir como Príncipe Regente, foi apresentada e aprovada na Câmara dos Comuns. Mas, antes que a Câmara dos Lordes aprovasse a lei, George III se recuperou e assumiu totalmente o governo.

Guerras Napoleônicas[editar | editar código-fonte]

Depois que George se recuperou, sua popularidade aumentou demais.

A Revolução Francesa, que derrubou a monarquia da França, preocupou muitos proprietários de terras. A França declarou guerra à Grã Bretanha em 1793 e logo George representou a resistência britânica. George permitiu que Pitt aumentasse os impostos e levantasse exércitos para se preparar para guerra.

A Grã Bretanha estava bem preparada, mas a França era mais forte.

A Primeira Coalizão, que incluía a Áustria, Prússia e Espanha foi derrotada em 1798. A Segunda Coalizão, que incluía a Áustria, Rússia e Império Otomano foi derrotada em 1800.

Somente a Grã Bretanha ficou para enfrentar Napoleão Bonaparte, o ditador militar da França.

Logo após 1800, uma breve pausa na guerra, permitiu que Pitt se concentrasse na Irlanda, onde houve uma revolta em 1798. O Parlamento passou a Lei da União 1800, que afirmava que, em 1º de janeiro de 1801, ficariam unidas Grã Bretanha e Irlanda em uma única nação, chamada Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda.

Em 1802, o sucessor de Pit, Henry Addington fez a paz com a França.

Em 1803, as duas nações novamente declararam guerra uma à outra. Logo após, Pitt retornou e tentou fazer uma coalizão com a Áustria, Rússia e Suécia. A Terceira Coalizão teve o mesmo destino das outras ou seja, deu errado em 1805.

Parecia que Napoleão ia mesmo invadir, até que o Vice-Almirante Nelson venceu espetacularmente na Batalha Naval de Trafalgar.

Pitt faleceu em 1806.

Últimos anos e morte[editar | editar código-fonte]

Em 1810, George III se tornou perigosamente doente. Por volta de 1811 ele estava permanentemente insano e foi trancado no Castelo de Windsor até sua morte.

Algumas vezes ele falava durante muitas horas sem pausa, dizia que falava com os anjos e uma vez cumprimentou um carvalho como se fosse o Rei Frederick William III da Prússia.

O Parlamento então aprovou a Lei da Regência 1811. O Príncipe de Gales assumiu como Regente durante o resto da vida de George III.

Lord Liverpool se tornou o líder do governo em 1812. Foi ele quem supervisionou a vitória britânica nas Guerras Napoleônicas. Nesse meio tempo, a saúde de George se deteriorava.

No Natal de 1819, ele teve um surto de loucura e ficou falando absurdos durante 58 horas e depois entrou em coma.

Em 29 de janeiro de 1820, ele faleceu, cego, surdo e insane, no Castelo de Windsor. George III viveu 81 anos e reinou durante mais de 59 anos. Ele foi sepultado na Capela St. George, Windsor.

Seu sucessor foi seu filho mais velho, o Príncipe Regente, que se tornou George IV.


George IV (1820-1830)[editar | editar código-fonte]

George IV nasceu no Palácio St. James em 12 de agosto de 1762. George era o filho mais velho de George III e Charlotte de Mecklenburg-Strelitz.

Ele foi Rei do Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda e Hanover desde 29 de janeiro de 1820 até sua morte em 26 de junho de 1830.

Quando seu pai, George III ficou insano, ele serviu à Coroa como Príncipe Regente. A Regência, como é chamado esse período, começou em 1811 e terminou com a morte de George III em 1820 e foi marcada pela vitória nas Guerras Napoleônicas na Europa.

George foi um monarca teimoso, sempre interferindo na política. Na maior parte da regência e do reinado de George, Lord Liverpool controlou o governo, como Primeiro Ministro.

O Rei George IV será sempre lembrado pelo estilo de vida extravagante que manteve, não só como príncipe mas também como monarca. Ele não teve boas relações com seu pai e não permitiu que sua esposa, Caroline de Brunswick, comparecesse à sua coroação. Ele foi responsável por novidades em estilo e bom gosto e em lazer. Foi também responsável pela construção do Royal Pavilion in Brighton.

O início do Reinado[editar | editar código-fonte]

Quando criança, George foi um estudante talentoso, aprendendo rápido não apenas a língua inglesa mas também o francês, alemão e italiano. O Príncipe de Gales fez 21 anos em 1783, quando obteve uma subvenção de £60,000 do Parlamento e uma ajuda anual de £50,000 de seu pai. Então ele passou a residir na Carlton House, onde viveu uma vida extravagante.

George IV


Casamento e Filhos[editar | editar código-fonte]

Assim que fez 21 anos, o Príncipe de Gales se apaixonou por Maria Anne Fitzherbert uma católica romana.

Um casamento entre eles estava proibido pelo Act of Settlement 1701, que afirmava que aquele que casasse com uma pessoa de religião católica romana não poderia assumir a Coroa.

Além disso, a Lei dos Casamentos Reais 1772 informava que o Príncipe de Gales não poderia se casar sem o consentimento do Rei, o que era duvidoso. Mesmo assim, os dois se casaram numa cerimônia que ocorreu em 15 de dezembro de 1785. Legalmente a união não tinha valor, uma vez que o consentimento do Rei não havia sido pedido. No entanto, a Sra. Fitzherbert acreditava que era religiosamente a verdadeira esposa do Príncipe de Gales, colocando a Lei da Igreja acima da Lei do Estado.

Por razões políticas, a união ficou em segredo e a Sra. Fitzherbert prometeu não publicar nenhuma evidência com relação ao enlace. Em 1787, George estava endividado por causa de seu estilo de vida exorbitante. Seu pai se recusou a ajudar, o Parlamento teve que afastá-lo. Seus débitos continuaram a aumentar e seu pai se recusou a ajudá-lo, a menos que ele se casasse com sua prima, Caroline of Brunswick.

Em 1795, George e Caroline se casaram.

O casamento é claro, foi um desastre com ambos se odiando.

Eles se separaram formalmente logo após o nascimento de sua única filha, Princesa Charlotte, em 1796.

George permaneceu ligado à Sra.Fitzherbert durante o resto de sua vida, embora algumas vezes, eles se separassem. George também foi pai de inúmeros filhos ilegítimos. Enquanto isso, o problema das dívidas de George, que eram de £660,000 em 1796, foi resolvido (pelo menos temporariamente) pelo Parlamento. Ele passou a receber um adicional de £65,000 por ano.

Em 1803, um extra de £60,000 foi adicionado e as dívidas de George foram finalmente pagas.

Regência[editar | editar código-fonte]

Como foi visto anteriormente, no final de 1810, George III ficou novamente doente e, em 1811 a Lei da Regência foi aprovada, portanto o Príncipe George se tornou regente.

Nessa época a Emancipação Católica era o tópico principal da agenda política.

A Emancipação Católica era um projeto para diminuir várias dificuldades dos católicos romanos com relação à oportunidades políticas. Os Tories, que estavam no governo, se opunham enquanto que os Whigs o apoiavam.

Todos esperavam que George apoiasse os Whigs, mas, ao invés disso, ele permitiu que os Tories permanecessem no governo. Em 1812, o Primeiro Ministro, Tory, Spencer Perceval, foi assassinado e, o Rei escolheu outro Tory, Lord Liverpool para o lugar.

Os Tories também apoiavam a continuação da guerra contra o poderoso e agressivo Imperador de França Napoleão I.

Com o auxílio da Rússia, Prússia, Suécia, Áustria e outros países, o Reino Unido derrotou Napoleão em 1814. Napoleão retornou em 1815, mas foi derrotado na Batalha de Waterloo pelo Duque de Wellington.

Durante esse periodo, George como Regente se dedicou ativamente ás questões de estilo e bom gosto, e seus colaboradores, como o dandy Beau Brummell e o arquiteto John Nash criaram o Estilo Regência.

Em Londres, Nash desenhou os terraços Regência do Regent's Park e da Regent Street. George assumiu a novidade do spa à beira mar e desenvolveu o Brighton Pavilion, um fantástico palácio, adaptado por Nash em estilo Gótico Indiano levemente inspirado no Taj Mahal, com interiores extravagantes indianos e chineses.

Reinado[editar | editar código-fonte]

Quando George III faleceu, em 1820, o Príncipe Regente, se tornou Rei George IV, mas não houve mudanças reais em seus poderes. Nessa época ele já estava obeso e também demonstrava sinais da doença que havia afetado seu pai.

A esposa de George de quem ele havia se separado muitos anos antes, tentou retornar para a coroação do marido. No entanto, George se recusou a reconhecer Caroline como Rainha.

O Rei queria o divórcio, mas seus conselheiros avisaram que o próprio adultério do rei poderia se tornar público se ele o fizesse. George tentou aprovar uma Lei do Parlamento para anular o casamento, mas isso se provou extremamente impopular, portanto foi repelida pelo Parlamento.

George IV então decidiu impedir que sua esposa participasse da coroação na Abadia de Westminster em 19 de julho de 1821. No mesmo ano, em 7 de agosto, Caroline faleceu.

A coroação de George foi magnífica e caríssima, custou por volta de £943,000.

A coroação era um evento popular. Uma grande parte do povo do país todo comprou lembranças e cópias do quadro da coroação.

Em 1822 o Rei visitou Edinburgh na Escócia. Essa foi a primeira visita de um monarca reinante desde que Carlos II lá esteve em 1650.

Essa visita, em pleno movimento da Recuperação Romântica Escocesa, tornou mais importante o uso do vestuário escocês em toda Escócia.

George IV passou a maior parte do seu reinado no Castelo de Windsor, mas continuou a interferir na política, particularmente para tentar evitar a Emancipação Católica.

Apenas em 1829, quando o Primeiro Ministro era o Duque de Wellington, que o Ato de Ajuda Católico foi aprovado.


Morte e Legado[editar | editar código-fonte]

George IV faleceu em 1830 e foi sepultado no Castelo de Windsor.

Tanto sua filha quanto seu irmão mais velho haviam morrido antes dele, e portanto o Rei foi sucedido por seu irmão William, Duque de Clarence.


William IV (1830-1837)[editar | editar código-fonte]

William IV nasceu no Palácio de Buckingham, que na época era chamado de Buckingham House, em 21 agosto de 1765.

Ele era filho de George III e da Rainha Charlotte e tinha dois irmãos mais velhos, George e Frederick, portanto não era esperado que ele herdasse a Coroa, mas assim foi.

Ele foi Rei do Reino Unido e de Hanover desde 26 de junho de 1830 até sua morte em 20 de junho de 1837.

William IV

Seu reinado foi pautado por severas reformas.

A lei dos pobres foi revista, o governo municipal se tornou democrático, o trabalho infantil foi restrito e a escravidão abolida em todo Império Britânico. Inclusive, a Lei da Reforma de 1832 foi revista, reorganizando o sistema eleitoral britânico.

William não se envolvia na política tanto quanto seu irmão ou seu pai, no entanto ele foi o último monarca a escolher um Primeiro Ministro contrário ao desejo do Parlamento, o que ele fez em 1834.

Início[editar | editar código-fonte]

Com treze anos de idade, ele entrou para a Marinha Real servindo como aspirante e estava presente na Batalha do Cabo de São Vicente em 1780.

William serviu em Nova Iorque durante a Guerra de Independência Norte Americana. Ele se tornou tenente em 1785 e capitão no ano seguinte. Em 1786, ele foi designado para as Índias Ocidentais.

William queria ser feito Duque assim como seus irmãos mais velhos e receber também uma subvenção parlamentar, mas seu pai estava relutante. Para pressioná-lo, William correu para a Câmara dos Comuns em busca de aprovação, derrotado, George III o tornou Duque de Clarence e St. Andrews em 1789.

O novo Duque terminou seu serviço ativo na Marinha Real em 1790. Ele foi promovido a Almirante Honorário da Frota quando de sua aposentadoria.

Quando o Reino Unido declarou guerra à França em 1793, ele estava ansioso por servir seu país, mas não recebeu o comando de um navio, ao invés disso passou o tempo na Câmara dos Lordes.

Ali ele discursou em favor da escravidão (que, embora praticamente não existisse mais no Reino Unido, ainda existia nas Colônias Britânicas) e usou sua experiência nas Índias Ocidentais para defender sua posição.

Depois que deixou a Marinha Real, William teve um longo caso com uma atriz irlandesa, Dorothea Bland, mais conhecida pelo seu nome artístico, Mrs. Jordan. Desde 1791, o casal teve pelo menos dez filhos ilegítimos. O caso entre eles durou no mínimo por vinte anos antes de terminar em 1811 por motivos políticos.

Em 13 de julho de 1818, ele casou com a Princesa Adelaide, filha do Duque de Saxe-Meiningen, uma mulher com metade de sua idade. Dela William teve apenas duas crianças que morreram logo.

Em 1827, George IV designou William para o gabinete do Lorde Alto Almirante, que estava comissionado (isto é, era exercido por um grupo de pessoas e não um único indivíduo) desde 1709.

Já no gabinete, Clarence tentou tomar controle independente dos assuntos navais, embora a lei o obrigasse a agir na maior parte das vezes de acordo com pelo menos, dois membros conselho.

O Rei pediu que entregasse o cargo em 1828 no que ele obedeceu.

A Crise da Reforma[editar | editar código-fonte]

Quando George IV faleceu em 1830, William se tornou rei. Sua idade era 64 anos, o que fez dele o homem mais velho a assumir o trono.

William era o oposto de George IV, que passava a maior parte do tempo no Castelo de Windsor. William era famoso, especialmente no inicio do seu reinado, por sair desacompanhado através de Londres ou Brighton. Até a Crise da Reforma, ele era muito popular entre os cidadãos.

No inicio do reinado de William IV, Arthur Wellesley, 1º Duque de Wellington era Primeiro Ministro.

No entanto, durante a eleição geral de 1830, os Tories de Wellington perderam para o Partido Whig de Charles Grey, 2º Conde de Grey. Ao se tornar Primeiro Ministro, Lord Grey imediatamente anunciou que tentaria reformar o sistema eleitoral que, era praticamente o mesmo desde o século 15.

O sistema existente tinha mesmo sérios problemas. Por exemplo, grandes cidades como Manchester e Birmingham não elegiam nenhum membro para o Parlamento, enquanto que, condados minúsculos como Old Sarum (com sete votantes) elegiam dois membros.

Em geral, pequenos burgos também chamados burgos podres ou burgos de bolso eram propriedade de grandes aristocratas, cujos escolhidos eram invariavelmente eleitos pelos constituintes.

William IV teve um papel importante na Crise da Reforma.

Quando a Câmara dos Comuns derrubou a Primeira Lei da Reforma em 1831, Lord Grey queria uma eleição geral.

A princípio William hesitou em usar seu poder de dissolver o Parlamento, mas, depois que a oposição o aborreceu bastante, ele foi pessoalmente até a Câmara dos Lordes e dissolveu o Parlamento.

Isso forçou uma nova eleição para a Câmara dos Comuns, que Grey venceu, mas a Câmara dos Lordes continuava a fazer oposição à Lei da Reforma. Isso deu motivo a diversas Revoltas da Reforma.

A nação estava envolvida numa crise maior do que qualquer outra desde a Revolução Gloriosa em 1688.

Grey reintroduziu a Lei. Ela passou com facilidade na Câmara dos Comuns, mas novamente, houve problemas na Câmara dos Lordes. Se curvando à pressão popular, os Lordes não rejeitaram a Lei, mas mudaram seu caráter básico, introduzindo emendas.

Grey não gostou nada disso e sugeriu ao Rei que fizesse uma limpeza na Câmara dos Lordes, criando novos membros em número suficiente para passar a Lei da Reforma.

Quando William IV recusou, porque não queria novos membros e a Câmara permanentemente em expansão, Grey e seus ministros pediram demissão.

O Rei tentou chamar o Duque de Wellington de volta, mas primeiro ouviu uma resolução oficial da Câmara dos Comuns pedindo o retorno de Grey.

Depois disso, o Rei concordou na volta de Grey, e também concordou em criar novos membros se a Câmara dos Lordes persistisse em criar dificuldades. Com essa ameaça, a Câmara dos Lordes concordou em aprovar a Lei da Reforma de 1832.

O Parlamento aproveitou para fazer novas reformas, incluindo a abolição da escravidão por todo Império Britânico e a restrição ao trabalho infantil.

Morte[editar | editar código-fonte]

William IV faleceu em 1837 no Castelo de Windsor, onde foi sepultado.

Como não tinha herdeiros legítimos vivos, a Coroa do Reino Unido passou para sua sobrinha de dezoito anos, HRH (Her Royal Highness) Princesa Victoria de Kent.

Sob a Lei Sálica, uma mulher não podia governar Hanover, de modo que a Coroa Hanoveriana passou para o irmão de William IV, HRH (His Royal Highness) Príncipe Ernest Augustus, Duque de Cumberland.



Victoria (1837-1901)[editar | editar código-fonte]

Victoria nasceu em 24 de maio de 1819. Ela foi Rainha do Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda desde 20 de junho de 1837 e Imperatriz da Índia desde 1 de janeiro de 1877 até sua morte em 22 de janeiro de 1901.

Seu reinado durou mais de 63 anos, o mais duradouro de todos os outros monarcas britânicos. O reinado de Victoria foi marcado por uma grande expansão do Império Britânico.

A Era Vitoriana foi o ponto alto da Revolução Industrial, um período de mudanças significativas, sociais, econômicas e tecnológicas no Reino Unido.

Nesse período o Reino Unido se tornou a maior superpotência do mundo. Victoria foi a última monarca da Casa de Hanover, uma vez que seu filho e sucessor pertencia à Casa de Saxe-Coburg e Gotha.

Coroação de Victoria


Início[editar | editar código-fonte]

O pai de Victoria, o Duque de Kent e Strathearn, era o quarto filho do Rei George III.

O Duque de Kent e Strathearn, como muitos outros filhos de George III, não casou jovem. O Duque casou com a idade de 50 anos, com a Princesa Victoria de Saxe-Coburg-Saalfeld.

Victoria, única filha do casal, nasceu no Palácio de Kensington. Ela foi batizada Alexandrina Victoria e era chamada de Drina em família.

O pai de Victoria morreu de pneumonia, oito meses depois do nascimento dela. O avô morreu cego e insano menos de uma semana depois. O tio de Victoria herdou a Coroa, se tornando Rei George IV.

Embora ocupasse a posição mais alta na linha de sucessão, quando jovem Victoria falava apenas a língua alemã, que era usada por sua mãe e sua governanta.

Aos três anos, no entanto, ela foi alfabetizada em inglês. Eventualmente, aprendeu a falar italiano, grego, latim e francês.

Quando tinha onze anos de idade, seu tio, Rei George IV, faleceu e não tinha filhos, deixando o trono para seu irmão, que se tornou Rei William IV. Como o novo soberano não tinha filhos legítimos, a jovem Princesa Victoria se tornou herdeira do trono.


Casamento e Filhos[editar | editar código-fonte]

A Princesa Victoria encontrou seu futuro marido, o Príncipe Albert de Saxe-Coburg e Gotha, quando tinha 16 anos.

O Príncipe Albert era primo de Victoria em primeiro grau, seu pai era irmão da mãe dela.

William IV desaprovou a união, mas isso não impediu o casal. A Rainha casou com o Príncipe Albert em 10 de fevereiro de 1840.

casamento da Rainha Victoria com o Príncipe Albert

O Príncipe ficou conhecido como Príncipe Consorte embora só obtivesse esse título oficialmente em 1857.

A primeira filha do casal real, também chamada Victoria, nasceu em 21 de novembro de 1840. Eles tiveram um casamento muito feliz e foram pais de mais oito crianças.


A Política no Início da Era Vitoriana[editar | editar código-fonte]

Em 1840 o Primeiro Ministro Robert Peel, enfrentou uma crise envolvendo a abolição das Leis do Milho, que obrigavam a taxação de importação nos grãos.

Muitos Tories (então conhecidos como Conservadores), se opuseram à abolição, mas alguns Tories (os "Peelites") e a maioria dos Whigs apoiavam. Peel pediu demissão em 1846, após as Leis do Milho serem abolidas. Ele foi substituído pelo Lorde Whig John Russel.

O ministério de Russell, embora Whig, não era apoiado pela Rainha.

Em 1845, a Irlanda foi atingida pela ferrugem da batata (uma praga) que, durante quatro anos custou a vida de mais de um milhão de cidadãos irlandeses e viu a emigração de outro milhão. Esse desastre ficou conhecido como Fome Irlandesa da Batata.

Em 1851, aconteceu a Grande Exposição.

Organizada pelo Príncipe Albert, a exposição foi aberta oficialmente pela Rainha no dia 1º de maio. Foi um sucesso incrível e com o lucro começaram as obras do Museu Victoria e Albert.

O Reino Unido entrou na Guerra da Criméia em 1854, ao lado do Império Otomano e contra a Rússia. Foi após essa guerra que Victoria instituiu a Cruz Victoria, um prêmio pela bravura.

Viuvez[editar | editar código-fonte]

O Príncipe Consorte faleceu em 1861.

Victoria, que adorava o marido, entrou num estado de tristeza permanente e usou preto durante o resto de sua vida. Ela evitava aparições públicas e raramente saia em Londres.

Mais tarde Victoria teve um pequeno número de homens favoritos. Onde se inclui um serviçal escocês de nome John Brown. Alguns sugerem que Victoria teria casado com ele em segredo.

O isolamento de Victoria reduziu sua popularidade, e inclusive encorajou o crescimento do movimento republicano. Embora ela comparecesse a todas as suas obrigações não participava do governo, permanecendo isolada em suas residências reais.

Enquanto isso, um dos textos legislativos mais importantes do século 19, a Lei da Reforma 1867, passou pelo Parlamento. Lord Palmerston se opunha à reforma eleitoral, mas ele faleceu em 1865.

O novo Primeiro Ministro era Lord Russel, que foi seguido por Lord Derby, durante cujos mandatos a Lei da Reforma foi aprovada.

William Gladstone

Gladstone e Disraeli[editar | editar código-fonte]

Em 1868, o Conservador Benjamin Disraeli se tornou Primeiro Ministro, inclusive foi o Primeiro Ministro favorito de Victoria. Embora tivesse sido logo substituído por William Gladstone.

Gladstone ficou famoso pelos conflitos tanto com Victoria como com Disraeli durante toda sua carreira política. A Rainha uma vez comentou que sentia que ele se dirigia a ela como se ela fosse uma reunião pública.

Foi durante o ministério de Gladstone, no início de 1870 que a Rainha saiu gradualmente do estado de tristeza e do isolamento. Com o apoio de sua família, ela se tornou mais ativa.

Em 1876, o Parlamento deu à Rainha o titulo adicional de Imperatriz da Índia. O mandato de Disraeli como Primeiro Ministro terminou em 1880, quando os Liberais venceram as eleições e Gladstone se tornou Primeiro Ministro novamente.

As batalhas de Victoria com Gladstone prosseguiram durante os últimos anos da Rainha.

Ela foi forçada a aceitar a proposta dele de reformas eleitorais, incluindo a Lei de Representação do Povo 1884, que, aumentava o eleitorado consideravelmente. O governo de Gladstone terminou em 1885 e ele foi substituído pelo Conservador Lord Salisbury.

Gladstone retornou ao poder em 1886 apresentando a Irish Home Rule Bill, que criava um parlamento irlandês separado. Victoria se opôs à Lei que, ela acreditava iria solapar o Império Britânico.

Quando a Lei foi rejeitada pela Câmara dos Comuns, Gladstone renunciou, permitindo que Victoria recolocasse Lord Salisbury como Primeiro Ministro.

Benjamin Disraeli

Anos Finais[editar | editar código-fonte]

O ano de 1887 marcou o Jubileu de Ouro de Victoria.

Houve um banquete para o qual foram convidados cinqüenta reis e rainhas da nobreza européia. No dia seguinte houve um grande desfile através de Londres que foi acompanhado por muitos cidadãos desejando boa sorte.

Gladstone se tornou Primeiro Ministro novamente em 1892. Depois que sua nova tentativa da Lei Home Rule foi derrotada, ele se retirou em 1894 e foi substituído por Lord Rosebery.

Lord Rosebery foi sucedido por Lord Salisbury em 1895 e este serviu até o fim do reinado de Victoria.

Em 22 de setembro 1896 Victoria se tornou a mais longeva monarca em toda história britânica.

A pedido da própria Rainha, todas as celebrações populares especiais do evento foram adiadas até 1897, o Jubileu de Diamante da Rainha. O Secretário Colonial, Joseph Chamberlain, propôs que fosse feito um festival do Império Britânico. Todos os Primeiros Ministros das colônias foram convidados com suas famílias.

O desfile, do qual a Rainha participou, incluía as tropas de cada colônia britânica, juntamente com soldados enviados pelos Príncipes e Chefes indianos (que eram subordinados à Victoria, a Imperatriz da Índia).

A celebração do Jubileu de Diamante foi uma ocasião marcada por muitas demonstrações de afeto pela Rainha, que na ocasião estava confinada a uma cadeira de rodas.

Durante os últimos anos de Victoria, o Reino Unido foi envolvido na Segunda Guerra dos Boêres, que recebeu o apoio entusiástico da Rainha. Sua última função pública foi em 1899, quando colocou a pedra fundamental do novo prédio do Museu de South Kensington, que passou a ser chamado de Museu Victoria and Albert.

Tentativas de Assassinato[editar | editar código-fonte]

Durante seu reinado, houve alguns atentados à vida de Victoria.

Durante a primeira gravidez de Victoria, Edward Oxford de dezoito anos, tentou assassinar a Rainha quando ela passava de carruagem com o Príncipe Albert em Londres. Oxford atirou duas vezes, mas errou as duas. Ele foi julgado por alta traição, mas foi absolvido por insanidade.

Três atentados para assassinar a Rainha ocorreram em 1842.

Em 1849, um desempregado irlandês tentou assustar a Rainha ao disparar uma pistola com pólvora quando a carruagem passava em Constitution Hill, Londres.

Em 1850, a Rainha foi ferida quando atacada por um possível louco que era ex-oficial do Exército. Quando Victoria passava de carruagem, ela foi atacada com um bastão que esmagou sua touca e a feriu.

Em 1872, quando Victoria descia da carruagem, um irlandês de dezessete anos, correu na direção dela com uma pistola (descarregada) numa das mãos e uma petição para soltar os prisioneiros irlandeses na outra mão.

Depois, em 1882 um louco escocês disparou um tiro na direção da Rainha, que estava sentada na carruagem, mas errou.

Finalmente, havia um plano dos terroristas irlandeses para explodir a Abadia de Westminster no Jubileu de Ouro de 1887, quando a Rainha estivesse presente na Ação de Graças.

Esse atentado foi descoberto e se tornou conhecido como a Conspiração do Jubileu.

Morte[editar | editar código-fonte]

A morte de Victoria foi pacífica e natural. Segundo seus hábitos, desde que havia ficado viúva, Victoria passava o Natal em Osborne House (que era propriedade do Príncipe Albert) na Ilha de Wight.

Lá ela faleceu em 22 de janeiro de 1901, com a idade de 81 anos, tendo reinado por sessenta e três anos, sete meses e dois dias (mais do que qualquer outro monarca antes ou depois).

Ela foi sepultada no Mausoleu Frogmore ao lado de seu marido.

Victoria foi sucedida por seu filho mais velho, o Príncipe de Gales, que reinou como Rei Edward VII.

O falecimento de Victoria marcou o fim do reinado da Casa de Hanover no Reino Unido.

O Rei Edward VII, assim como seu pai Príncipe Albert, pertencia à Casa de Saxe-Coburg e Gotha.