Guia dos Trouxas para Harry Potter/Livros/A Ordem da Fênix/Capítulo 11

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Capítulo 11
A Nova Canção do Chapéu Seletor
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spoiler[editar | editar código-fonte]

Aviso: Seguem detalhes do enredo.

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Enquanto Harry, Ron, Ginny, Hermione, Neville e Luna se dirigem ao castelo, Harry continua preocupado com as estranhas criaturas como cavalos negros. Logo, no entanto, a conversa passa a ser sobre a misteriosa ausência de Hagrid. Harry, Ron e Hermione observam o Grande Salão assim que entram, mas não o encontram. Eles concluem que ele ainda está na missão.

Uma mulher robusta, de cabelos enroladinhos com um “rosto pálido, cara de sapo e olhos esbugalhados” está sentada à mesa dos professores. Harry reconhece imediatamente, Dolores Umbridge, a interrogadora especialmente nojenta da sua audiência. Antes que eles pudessem falar a respeito, a Professora McGonagall traz o Chapéu Seletor conforme os alunos de primeiro ano chegam.

Dessa vez, o Chapéu Seletor canta um tipo de música diferente. Fala sobre os quatro fundadores de Hogwarts, Godric Gryffindor, Helga Hufflepuff, Rowena Ravenclaw e Salazar Slytherin e a amizade deles. Quando Howarts era recente, a escola foi unida porque cada fundador escolhia os alunos para sua Casa. Slytherin, no entanto, queria que apenas os alunos de sangue puro fossem admitidos na escola. Como os outros discordaram, Slytherin decidiu abandonar Hogwarts. Daí em diante, o Chapéu canta, as Casas foram divididas. Então o Chapéu avisa que Hogwarts está “em perigo por causa de inimigos externos e mortais”, e precisa se unir. Hermione pensa alto se o Chapéu já teria dado esse tipo de aviso antes, Nick-Quase-Sem-Cabeça diz a ela que esse não é o primeiro aviso que o Chapéu canta.

O Professor Dumbledore faz o discurso costumeiro e apresenta Dolores Umbridge como a nova professora de DCAT. Para surpresa de todos, ela se levanta para fazer seu próprio discurso, e se dirige aos alunos como se todos fossem crianças pequenas, de uma forma maçante deixando a todos sonolentos. Apenas Hermione, Dumbledore e uns poucos professores conseguem se manter atentos. Umbridge finalmente termina, e Harry se pergunta por que Hermione parecia tão interessada no seu prato de waffles. Hermione explica que os comentários de Umbridge indicam que, o Ministério pretende se meter em Hogwarts. Quando os alunos são liberados, Hermione lembra a Ron que eles devem acompanhar os primeiranistas até a Sala Comunal. Harry livre dessa obrigação, pega um atalho e diz obrigado a Neville, que, pelo menos uma vez consegue lembrar a password("Mimbulus Mimbletonia"), e está em seu dormitório antes que Ron chegue na Sala Comunal.

No dormitório, Seamus reclama que sua mãe não queria deixá-lo retornar a Hogwarts, por causa de Dumbledore e de Harry. Ela acredita nas afirmações do Profeta Diário, que o retorno de Voldemort é mentira.

Quando Seamus e Harry começam a discutir, Neville fica ao lado de Harry, Dean tenta ficar neutro. Ron chega e acaba com a discussão ameaçando usar seu poder de monitor. Na cama, Harry relembra os olhares estranhos que ele percebeu o dia todo, com certeza poucos acreditam nele. Ele se consola pensando “no final, eles vão descobrir que nós estamos certos!”


Análise[editar | editar código-fonte]

Esse capitulo mostra uma série de temas ligados à lealdade e amizade. A nova canção do Chapéu avisa sobre uma tempestade se formando, embora até então as atividades de Voldemort estejam, relativamente, despercebidas, tornando as afirmações sobre seu retorno fáceis de se ignorar. A canção também reforça que a força através da união. Isso é visto durante a série, na relação de Harry com seus amigos e a força provem deles, embora isso seja reforçado, conforme cada vez mais pessoas duvidem da afirmação de que Voldemort está vivo. O Chapéu Seletor pede para as quatro Casas de Hogwarts, mesmo as que tenham algumas rivalidades, se unam sob uma única causa.

Dumbledore também previu a necessidade de uma maior união entre todos os bruxos, locais e internacionais. Acreditamos que foi isso que o fez reviver o Torneio Tribruxo, no ano anterior, acreditando que a amizade a alianças forjadas com outras escolas como Durmstrang e Beauxbatons seriam cruciais no futuro. Ironicamente, as Casas de Hogwarts estão mais divididas do que nunca, os alunos ficam em lados diferentes com relação às afirmações de Harry sobre Voldemort.

A Professora Umbridge se exibe frente aos outros professores sem o menor respeito, como foi visto por sua interrupção arrogante e seu discurso nada apropriado, e para os alunos por seu modo condescendente, que nos fazem desconfiar de sua natureza tiranica. Essa natureza foi percebida durante o julgamento de Harry, em que ela estava particularmente decidida a culpar Harry, mesmo sem evidência. Além disso, ela foi escolhida por Cornelius Fudge como a nova professora de DCAT, aparentemente tirando de Dumbledore o direito de escolher, ele próprio o professor, isso indica que o Ministério tem sua própria agenda secreta. Se isso está ligado ou não a Voldemort, não se sabe ainda, mas de qualquer maneira, isso não cheira bem para Harry ou Hogwarts.

Esse capitulo marca uma das três únicas vezes em que Harry ouve a canção do Chapéu. Nas outras vezes alguma coisa o impediu de estar presente para o ouvir a nova canção.


Perguntas[editar | editar código-fonte]

Revisão[editar | editar código-fonte]

  1. Por que Dolores Umbridge foi escolhida como a nova professora de DCAT? Quem a escolheu?
  2. Por que Seamus e sua mãe não acreditam em Harry e Dumbledore?


Estudos Adicionais[editar | editar código-fonte]

  1. Como será que o Chapéu Seletor perceber o perigo?
  2. O que pode se concluir sobre o caráter de Dolores Umbridge baseado em sua aparência e discurso?
  3. Por que Harry se recusa a contar para Seamus e os outros, o que aconteceu no cemitério na noite em que Cedric morreu?
  4. O que a escolha de Dolores Umbridge para professora de DCAT, revela sobre o poder do Ministério da Magia?


Visão Completa[editar | editar código-fonte]

Spoiler[editar | editar código-fonte]

Aviso aos leitores de nível intermediário: Seguem detalhes que vocês podem não querer ler em seu nível atual de leitura.

O fato de Dumbledore tolerar a interrupção da Umbridge e seu discurso incoerente, criticando seu comando, indica que há uma séria mudança de poder em andamento em Hogwarts. A autoridade de Dumbledore como diretor e sua influência política dentro do Ministério parecem ter diminuido. Umbridge e sua agenda política foram impostos a Dumbledore, e ele está agora sem poderes para impedir essa interferencia em Hogwarts. Isso, prenuncia o poder crescente de Umbridge enquanto a autoridade de Dumbledore e o bem de Hogwarts como um todo se deterioram.

Alguém pode questionar sobre a aparente tranquilidade de Dumbledore com relação a isso. Será que ele está certo de que Voldemort vai se revelar, querendo o seu fim rápido, de modo que ele quer completar sua missão? Talvez ele possa considerar que as ações nada apropriadas de Umbridge possam levá-la ao seu próprio fim.


O comportamento de Seamus Finnigan reflete a animosidade e o descrédito de muitos alunos, mesmo daqueles de Gryffindor, que Harry vai aguentar durante o ano. Essa atitude largamente inspirada pelos ataques do Profeta Diário a Harry, vai fazer com que muitos amigos se virem contra ele. Ron e Hermione sempre acreditaram e se mantém leais a Harry e, curiosamente, Neville, que tem cada vez mais se tornado importante para a trama, nunca perdeu a fé no amigo. Luna Lovegood, estranha como pode parecer, vai revelar uma visão interessante e organizada mundo, e também vai permanecer leal a Harry.

Talvez o mais interessante, entre todas essas lealdades que mudam de lado, muitas irão, eventualmente migrar para o lado de Harry, não apenas por causa do comportamento insuportável da Umbridge, quando ela tenta desacreditar Harry e Dumbledore, mas também pelas restrições, cada vez maiores, às suas atividades e privilégios. Suas ações em geral, parecem ser motivadas pela crença bizarra e paranóica, que Dumbledore, que já não aceitou, anteriormente, o Ministério, de alguma forma está montando um exército pessoal para tomar o Ministério. Essa crença, eventualmente, dita por Fudge, vai resultar no curso de DCAT ficando tão diluido que se torna completamente ineficaz. A única razão do Ministério ao interferir em Hogwarts, pode ser uma tentativa de evitar a formação desse exército que não existe efetivamente, banindo a magia ofensiva e defensiva, que poderia ser usada contra o Ministério. Nesse caso, as próximas ações da Umbridge, escolhidas como Alta Inquisidora de Hogwarts e conseguindo a promulgação dos Decretos Educacionais para aumentar continuamente seus poderes, pode ser até um empreendimento particular. De qualquer forma, é o fato da Umbridge não ensinar a matéria (DCAT), que é a catalisadora do grupo de Harry de auto defesa, que eles chamam de Armada de Dumbledore, numa maneira sarcástica de concordar com a crença sem cabimento do Ministério.

Harry tem razão ao crer que todos logo saberão que ele e Dumbledore estão dizendo a verdade. Por enquanto, porém, Voldemort permanece escondido, criando dúvida e confusão, enquanto silenciosamente constrói sua base de poder e lentamente se infiltra nas instituições chave dos bruxos. Uma vez que esteja seguramente no controle, podemos imaginar que ele vai revelar sua presença. Até lá, Harry precisa aguentar as dúvidas e o desdém dos seus colegas de escola.


Conexões[editar | editar código-fonte]

Muito pouco nesse capítulo está ligado a eventos que ocorreram nos livros anteriores ou vão ocorrer mais tarde; praticamente todos os acontecimentos desse capítulo são parte da trama apenas desse livro.