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O Xadrez é um jogo bastante antigo, jogado há muito tempo em vários países, e suas origens estão cercadas de lendas. Os historiadores mais atuais traçam sua origem no jogo hindu conhecido por "[[w:Chaturanga|Chaturanga]]", que teria viajado da Índia para o Ocidente e tomado o nome de "Chantraj" no Oriente Próximo, para assumir o nome e a forma do jogo moderno, o Xadrez. O Chaturanga, por sua vez, teria se originado do [[w:Xiang Qi|Xiang Qi]], um jogo |
O Xadrez é um jogo bastante antigo, jogado há muito tempo em vários países, e suas origens estão cercadas de lendas. Os historiadores mais atuais traçam sua origem no jogo hindu conhecido por "[[w:Chaturanga|Chaturanga]]", que teria viajado da Índia para o Ocidente e tomado o nome de "Chantraj" no Oriente Próximo, para assumir o nome e a forma do jogo moderno, o Xadrez. O Chaturanga, por sua vez, teria se originado do [[w:Xiang Qi|Xiang Qi]], um jogo chinês. |
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==Lendas sobre a origem do Xadrez |
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===O cerco à Tróia=== |
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Uma das lendas sobre a origem do Xadrez remete à [[w:Guerra de Tróia|Guerra de Tróia]]. A frota grega encontrava-se em Áulida, porto da Beócia, esperando poder zarpar rumo à Tróia |
Uma das lendas sobre a origem do Xadrez remete à [[w:Guerra de Tróia|Guerra de Tróia]]. A frota grega encontrava-se em Áulida, porto da Beócia, esperando poder zarpar rumo à Tróia. Mas a parada em Áulida prolongava-se, e o ócio exasperava os guerreiros, ansiosos para combater Tróia. O genial grego Palamedes, para manter agradavelmente ocupados os companheiros, inventou um jogo, ''Petteia'', ou ''Pessoi'', que seria o ancestral do Xadrez jogado atualmente. |
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A Palamedes também eram atribuídas a invenção da contagem, das moedas, das letras suplementares do alfabeto grego, e mais um sem-número de coisas. Teve um fim trágico, bem ao gosto dos gregos. Ulisses não queria ir para a guerra, e se fingiu de louco, e foi Palamedes que descobriu o truque e acabou desmascarando Ulisses. Este último nunca perdoara a Palamedes, e, quando Palamedes sugeriu o retorno à Grécia, Ulisses acusou-o de traição, com provas forjadas, e conseguiu que ele fosse apedrejado até a morte. |
A Palamedes também eram atribuídas a invenção da contagem, das moedas, das letras suplementares do alfabeto grego, e mais um sem-número de coisas. Teve um fim trágico, bem ao gosto dos gregos. Ulisses não queria ir para a guerra, e se fingiu de louco, e foi Palamedes que descobriu o truque e acabou desmascarando Ulisses. Este último nunca perdoara a Palamedes, e, quando Palamedes sugeriu o retorno à Grécia, Ulisses acusou-o de traição, com provas forjadas, e conseguiu que ele fosse apedrejado até a morte. |
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===O cerco à Penélope |
===O cerco à Penélope=== |
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Depois que Tróia foi vencida e destruída, Ulisses vagou no mundo por dez anos, antes de conseguir regressar à sua pátria, a ilha de Ítaca. Durante sua ausência, alguns príncipes, os Aquinos, instalaram-se na corte de Ítaca e, julgando Ulisses já morto, passaram a cortejar-lhe a esposa, Penélope. Conta-se que os Aquinos para transcorrer mais alegremente seus dias ociosos, depois dos lautos |
Depois que Tróia foi vencida e destruída, Ulisses vagou no mundo por dez anos, antes de conseguir regressar à sua pátria, a ilha de Ítaca. Durante sua ausência, alguns príncipes, os Aquinos, instalaram-se na corte de Ítaca e, julgando Ulisses já morto, passaram a cortejar-lhe a esposa, Penélope. Conta-se que os Aquinos para transcorrer mais alegremente seus dias ociosos, depois dos lautos jantares, punham Penélope como prêmio dos seus jogos de... Xadrez. Os Aquinos eram 108, e estavam divididos em dois esquadrões. Jogavam com um tabulareiro semelhante ao moderno, e, no centro dele, deixavam umas casas vazias: numa delas era colocada uma peça, que simbolizava Penélope. Cada um dos Aquinos devia procurar, com sua peça, tocar e remover Penélope da casinha. Ele pensava, que se o conseguisse, teria muita probabilidade de desposar a rainha. O jogo do Xadrez, porém, não deu sorte aos Aquinos, pois, quem leu a Odisséia, já sabe que eles foram todos mortos por Ulisses, ao seu regresso. |
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===O Monge Sissa |
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A lenda de Sissa talvez |
A lenda de Sissa talvez seja a mais conhecida, e tem várias versões. Uma delas conta que o monarca perdera seu filho em uma guerra com o seu vizinho, e, desesperado, estava descuidando dos negócios do reino, mergulhado em uma tristeza imensa. |
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O monge foi procurado pelos ministros do rei, que estavam preocupados não só com a saúde do reino, mas temendo pela saúde mental do monarca. Sissa, então, vai visitar |
O monge foi procurado pelos ministros do rei, que estavam preocupados não só com a saúde do reino, mas temendo pela saúde mental do monarca. Sissa, então, vai visitar o monarca, e propõe a ele um novo jogo, que havia inventado. O monarca concorda relutantemente, mas sua atenção começa a despertar quando percebe que a disposição das peças repetia a formação dos exércitos no dia fatídico da morte de seu filho. O jogo se desenrola, e as peças repetem os movimentos que aconteceram naquela batalha, com uma peça destacando-se pela sua mobilidade e poder. |
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À medida que a partida avança, torna-se claro que a vitória |
À medida que a partida avança, torna-se claro que a vitória só chegaria pelo sacrifício da peça que representava o príncipe. O monarca então entendeu que seu filho dera sua vida pelo reino, e conseguiu aceitar esta perda. |
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Feliz com o alívio proporcionado pelo novo conhecimento, o monarca propõe |
Feliz com o alívio proporcionado pelo novo conhecimento, o monarca propõe ao monge Sissa que peça um prêmio. Sissa, a princípio recusa, mas diante da insistência do monarca, ele sorri e pede grãos de trigo. Um grão na primeria casa, do tabuleiro, dois grãos na segunda, quatro na terceira, e assim por diante, até preencher o tabuleiro. O rei espanta-se, achando que era muito pouco trigo, e ordena a seu primeiro-ministro que providencie o pagamento, sem esconder sua decepção pelo monge ter pedido algo tão pequeno. |
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Quando o ministro completa os cálculos, fica claro que é um preço impagável. A quantidade de grãos de trigo supera todas as colheitas de trigo da história da humanidade! |
Quando o ministro completa os cálculos, fica claro que é um preço impagável. A quantidade de grãos de trigo supera todas as colheitas de trigo da história da humanidade! |
Revisão das 16h28min de 2 de julho de 2015
Introdução
O Xadrez é um jogo bastante antigo, jogado há muito tempo em vários países, e suas origens estão cercadas de lendas. Os historiadores mais atuais traçam sua origem no jogo hindu conhecido por "Chaturanga", que teria viajado da Índia para o Ocidente e tomado o nome de "Chantraj" no Oriente Próximo, para assumir o nome e a forma do jogo moderno, o Xadrez. O Chaturanga, por sua vez, teria se originado do Xiang Qi, um jogo chinês.
Lendas sobre a origem do Xadrez
O cerco à Tróia
Uma das lendas sobre a origem do Xadrez remete à Guerra de Tróia. A frota grega encontrava-se em Áulida, porto da Beócia, esperando poder zarpar rumo à Tróia. Mas a parada em Áulida prolongava-se, e o ócio exasperava os guerreiros, ansiosos para combater Tróia. O genial grego Palamedes, para manter agradavelmente ocupados os companheiros, inventou um jogo, Petteia, ou Pessoi, que seria o ancestral do Xadrez jogado atualmente.
A Palamedes também eram atribuídas a invenção da contagem, das moedas, das letras suplementares do alfabeto grego, e mais um sem-número de coisas. Teve um fim trágico, bem ao gosto dos gregos. Ulisses não queria ir para a guerra, e se fingiu de louco, e foi Palamedes que descobriu o truque e acabou desmascarando Ulisses. Este último nunca perdoara a Palamedes, e, quando Palamedes sugeriu o retorno à Grécia, Ulisses acusou-o de traição, com provas forjadas, e conseguiu que ele fosse apedrejado até a morte.
O cerco à Penélope
Depois que Tróia foi vencida e destruída, Ulisses vagou no mundo por dez anos, antes de conseguir regressar à sua pátria, a ilha de Ítaca. Durante sua ausência, alguns príncipes, os Aquinos, instalaram-se na corte de Ítaca e, julgando Ulisses já morto, passaram a cortejar-lhe a esposa, Penélope. Conta-se que os Aquinos para transcorrer mais alegremente seus dias ociosos, depois dos lautos jantares, punham Penélope como prêmio dos seus jogos de... Xadrez. Os Aquinos eram 108, e estavam divididos em dois esquadrões. Jogavam com um tabulareiro semelhante ao moderno, e, no centro dele, deixavam umas casas vazias: numa delas era colocada uma peça, que simbolizava Penélope. Cada um dos Aquinos devia procurar, com sua peça, tocar e remover Penélope da casinha. Ele pensava, que se o conseguisse, teria muita probabilidade de desposar a rainha. O jogo do Xadrez, porém, não deu sorte aos Aquinos, pois, quem leu a Odisséia, já sabe que eles foram todos mortos por Ulisses, ao seu regresso.
O Monge Sissa
A lenda de Sissa talvez seja a mais conhecida, e tem várias versões. Uma delas conta que o monarca perdera seu filho em uma guerra com o seu vizinho, e, desesperado, estava descuidando dos negócios do reino, mergulhado em uma tristeza imensa.
O monge foi procurado pelos ministros do rei, que estavam preocupados não só com a saúde do reino, mas temendo pela saúde mental do monarca. Sissa, então, vai visitar o monarca, e propõe a ele um novo jogo, que havia inventado. O monarca concorda relutantemente, mas sua atenção começa a despertar quando percebe que a disposição das peças repetia a formação dos exércitos no dia fatídico da morte de seu filho. O jogo se desenrola, e as peças repetem os movimentos que aconteceram naquela batalha, com uma peça destacando-se pela sua mobilidade e poder.
À medida que a partida avança, torna-se claro que a vitória só chegaria pelo sacrifício da peça que representava o príncipe. O monarca então entendeu que seu filho dera sua vida pelo reino, e conseguiu aceitar esta perda.
Feliz com o alívio proporcionado pelo novo conhecimento, o monarca propõe ao monge Sissa que peça um prêmio. Sissa, a princípio recusa, mas diante da insistência do monarca, ele sorri e pede grãos de trigo. Um grão na primeria casa, do tabuleiro, dois grãos na segunda, quatro na terceira, e assim por diante, até preencher o tabuleiro. O rei espanta-se, achando que era muito pouco trigo, e ordena a seu primeiro-ministro que providencie o pagamento, sem esconder sua decepção pelo monge ter pedido algo tão pequeno.
Quando o ministro completa os cálculos, fica claro que é um preço impagável. A quantidade de grãos de trigo supera todas as colheitas de trigo da história da humanidade!