Marcas nas fotografias de Werner Haberkorn/Vista parcial do Vale do Anhangabaú. São Paulo-SP 53

Origem: Wikilivros, livros abertos por um mundo aberto.
Vista parcial do Vale do Anhangabaú. São Paulo/SP (metadados).

Lista de marcas identificadas[editar | editar código-fonte]

  • Gulf Oil
  • Biscoitos São Luiz
  • Gancia

Pesquisa sobre marcas[editar | editar código-fonte]

Gulf Oil[editar | editar código-fonte]

A Gulf é a marca referência de petróleo no século XX. Foi uma das maiores companhias presentes no cenário brasileiro nos últimos cem anos e atuou no mercado nacional entre os anos de 1936 e 1959.

Em 1937, iniciou suas operações no território brasileiro, sendo este o ano em que chegariam no Brasil outras empresas do mesmo ramo, como Texaco, Shell e Atlantic. Concentrando suas atividades nas partes Sul e Sudeste, a Gulf chegou a possuir cerca de 400 postos bandeirados em todo o país, o que permitiu a solidificação da imagem da empresa como uma companhia de tradição automobilística internacional e que estimava a paixão dos brasileiros por automóveis.

No ano de 1959, é tomada a decisão, por parte da administração internacional da Gulf, de finalizar as atividades da empresa no Brasil, sendo a maior parte de suas ações compradas pela Ipiranga, ponto-chave de transformação da empresa em um conglomerado nacional de petróleo e combustíveis. Hoje em dia, a Gulf ainda atua em vários países, principalmente na área de combustíveis quanto de lubrificantes, produzindo mais de 400 lubrificantes e combustíveis de alta performance além de outros produtos automotivos e industriais. Possui fábricas localizadas em cada um dos continentes, sendo que, de forma a garantir a constante evolução e melhoria dos produtos que oferece, seus centros de pesquisa e desenvolvimento na Ásia e Europa estão sempre um passo a frente quando se trata de inovações e alternativas viáveis, como combustíveis alternativos/sustentáveis e investimentos em mercados não tradicionais.

Referências

GULF DO BRASIL WEBSITE. Gulf no Brasil: Deixou Saudades. Disponível em: http://www.gulfdobrasil.com.br/conheca/gulf-no-brasil-deixou-saudades/. Acesso em: 15 de outubro de 2018.

GULF DO BRASIL WEBSITE. Presença mundial absoluta. Disponível em: http://www.gulfdobrasil.com.br/conheca/presenca-mundial-absoluta/ . Acesso em: 15 de outubro de 2018.

Biscoitos São Luiz[editar | editar código-fonte]

Em 1931, Fernando Alterio abriu uma pequena fábrica de biscoitos na cidade de São Paulo. Com estrutura antiga, o processo de crescimento da empresa foi prejudicado, porém em 1937 Romeo Colombo se associa a empresa, sendo assim, o capital, produção e consumo cresceram junto a empresa que teve de mudar seu local três vezes para atender a demanda.

Em 1967, a empresa é comprada pela Nestlé, porém antes disso possuía um jingle cantado por muitas crianças e adultos: "É hora do lanche, que hora tão feliz, todos comendo "Biscoitos São Luiz!". Até então, a Nestlé não estava inserida no mercado de biscoitos e foi a partir da aquisição da São Luiz que adentrou. A partir dessa mudança, o slogan da marca passou a ser: "É São Luiz, é Nestlé". Em 2000, o nome da marca é trocado pela bolacha que conhecemos hoje por Bono.

Referências

LUIZ COLOMBO SALEMI. Disponível em: https://terceirotempo.bol.uol.com.br/que-fim-levou/luiz-colombo-salemi-4173. Acesso em: 28 nov. 2018

SOARES, JESSICA. 7 PRODUTOS QUE MUDARAM DE NOME. Disponível em: https://super.abril.com.br/blog/superlistas/7-produtos-que-mudaram-de-nome/. Acesso em: 28 nov. 2018

Gancia[editar | editar código-fonte]

A Gancia é uma produtora de vinhos italiana. Fundada por Carlo Gancia no ano de 1850 em Piemonte, foi pioneira na criação de vinho espumante. A marca é mais conhecida e consumida em massa na Argentina, e atualmente, seus aperitivos são mais conhecidos que os espumantes, sendo alguns deles:

  • Gancia americano
  • Gancia Originale
  • Gancia Spritz.
Referências
GANCIA. Disponível em
https://es.wikipedia.org/wiki/Gancia. Acesso em: 28 nov 2018


Comentários sobre a fotografia[editar | editar código-fonte]

Etienne Samain, em seu livro Como Pensam as Imagens (2012) reflete sobre o que as imagens passam de mensagem através de si próprias, elas provocam reflexões sobre o que vemos e a importância delas para contextualizar e ilustrar tudo que a escrita não é capaz, sendo assim, imagem pode ser elucidativa ou pode ludibriar-nos. Werner Haberkorn, diferentemente da publicidade, passa sua mensagem e forma implíicita: a imagem pode até parecer ser apenas para contemplação, mas na realidade seu objetivo era enaltecer a cidade. A fotografia a ser analisada já indicava sinais do que seria o futuro de São Paulo: a quantidade de publicidade cada vez em maior número, onde as imagens, diferentemente do que Samain afirma em seu livro, têm finalidade assertiva: persuadir o consumidor a efetuar a compra.

Além das imagens, outro detalhe chama atenção na fotografia: muitos edifícios imponentes de múltiplos andares; esse fenômeno chama-se verticalização, segundo Solange Lima em A Cultura Metropolitana nas Fotografias de Werner Haberkorn (2014). Tal fenômeno não é constatado na imagem a toa, afinal o objetivo de Werner Haberkorn é evidenciar o crescimento da cidade para assim vender a imagem de metrópole consolidada e moderna.

Referências

1. SAMAIN, Etienne. Como Pensam as Imagens. 1ª edição. Editora Unicamp, 2012.

2. LIMA, Solange. A Cultura Metropolitana nas Fotografias de Werner Haberkorn, 2014