Experiência religiosa/Imprimir

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Introdução

Capítulo 1 - Introdução[editar | editar código-fonte]

O que é a experiência religiosa?[editar | editar código-fonte]

A experiência religiosa, também conhecida como experiência mística, espiritual , é uma experiência subjetiva em que um indivíduo diz ter tido um encontro ou uma união com uma entidade divina, ou ter tido contato com uma realidade transcendental.

Muitas tradições religiosas e místicas vêem a experiência religiosa como encontros diretos com Deus, Deuses o contato com outras realidades [1] e a visão cientifica normalmente afirma que a experiência religiosa e um experiência normal do cérebro humano que evoluiu em algum momento durante o curso da evolução do cérebro.[2]

A experiência religiosa com suas caracteristicas comuns, tem diferentes nomes em diferentes culturas, como:

  • Experiência Mística
  • Experiência Sacra
  • Experiência Espiritual
  • Unio Mystica (Cabala)
  • Gnosis (Filosofia helenística)
  • Irfan (Islamismo - Sufismo)
  • Samadhi (Hinduismo - Vedanta)
  • Moksa (Jainism)
  • Theosis (Cristianismo mistico)
  • Henosis (Neoplatonismo)
  • Nirvana, Satori, Samadhi (Budismo)
  • Consciência pura [3]

Diagrama de uma experiência religiosa[editar | editar código-fonte]

Diagrama de uma Experiência Religiosa (Diagrama feito por Mateus Zica)
  • 1 - As características do cérebro (como: inteligência, situação emocional, etc)
    • 1.2 - A herança cultural da pessoa (como: crenças religiosas, visões de mundo)
  • 2 - Técnica usada para obter a experiência religiosa (como: meditação, reza, música,etc)
  • 3 - Substância ou equipamento usado para obter uma experiência religiosa (como: enteógenos, estimulação do cérebro com campos magnéticos,etc)
  • 4 - Uma experiência religiosa particular
  • 5 - Mudanças permanente no cérebro após uma experiência religiosa (como: mudanças nos valores morais, mudanças nas crenças religiosas, mudanças no sentido da vida)
    • 5.1 - Descrições de uma experiência religiosa (descrições por escrito ou descritas por meio da fala)
    • 5.2 - Pontos de vista sobre a experiência religiosa que a pessoa teve (como: " eu tive um contato com Jesus", "eu tive uma união com Deus",etc)

Ponto de vista religioso

Capítulo 2 - Ponto de vista Religioso[editar | editar código-fonte]

Religiões abraâmicas[editar | editar código-fonte]

Cristianismo místico[editar | editar código-fonte]

Reza e uma pratica comum dentro do misticismo cristão para se alcançar Theoria (Visão de Deus)

A Bíblia possui diversas passagens que se relacionam com o misticismo e seu objetivo máximo: o encontro com Deus e consequentemente consigo mesmo.

No Evangelho de São Mateus, Jesus Cristo nos chama a sermos perfeitos como Deus é perfeito ( Cap. 5, versículo 48). Ele chama toda a humanidade a entrar na senda da evolução e assim encontrar o pai celeste.

Tanto no Novo Testamento (Evangelhos, cartas e Apocalipse) quanto no Antigo Testamento (sobretudo nos cinco primeiros livros, que formam a torá judaica) se encontram comandos, ensinamentos e chaves de imenso valor para a ascensão mística. Cabe a cada pessoa que deseja seguir esse caminho estudar a Bíblia e encontrar nela as chaves e os passos para o encontro com Deus.

São João da Cruz, Teresa de Ávila, Inácio de Loyola, Max Heindel e Thomas Merton são considerados importantes místicos cristãos.

Cabala[editar | editar código-fonte]

Árvore da Vida

Cabala (também chamada kabbalah, qabbala, cabbala, cabbalah, kabala, kabalah ou kabbala) é um sistema religioso-filosófico que investiga a natureza divina. Kabbalah (קבלה QBLH) é uma palavra de origem hebraica que significa recepção. É a vertente mística do judaísmo.

A cabala é uma doutrina esotérica que visa a conhecer Deus e o universo, sendo afirmado que nos chegou como uma revelação reservada apenas a alguns privilegiados.

O zohar propõe que a alma humana possui três elementos: nefesh, ru'ach e neshamah. O nefesh é encontrado em todos os humanos e entra no corpo físico durante o nascimento. É a fonte da natureza física e psicológica do indivíduo. As próximas duas partes da alma não são implantadas durante o nascimento, mas são criadas lentamente com o passar do tempo; seu desenvolvimento depende das ações e crenças do indivíduo. É dito que elas só existem por completo em pessoas espiritualmente despertas. Uma forma comum de explicar as três partes da alma é mostrada a seguir:

  • nefesh - a parte inferior ou animal da alma. Está associada aos instintos e desejos corporais.
  • ruach - a alma mediana, o espírito. Ela contém as virtudes morais e a habilidade de distinguir o bem e o mal.
  • neshamah - a alma superior, ou super-alma. Essa separa o homem de todas as outras formas de vida. Está relacionada ao intelecto, e permite ao homem aproveitar e se beneficiar da pós-vida. Essa parte da alma é fornecida tanto para judeus quanto para não-judeus no nascimento. Ela permite ao indivíduo ter alguma consciência da existência e presença de Deus.

A raaya meheimna, uma adição posterior ao zohar por um autor desconhecido, sugere que haja mais duas partes da alma, a chayyah e a yehidah. Gershom Scholem escreve que essas eram consideradas como representantes dos níveis mais elevados de percepção intuitiva, e estão ao alcance somente de alguns poucos escolhidos.

  • Chayyah - a parte da alma que permite ao homem a percepção da divina força.
  • yehidah - o mais alto nível da alma, pelo qual o homem pode atingir a união máxima com Deus.

Sufismo[editar | editar código-fonte]

Símbolo do sufismo

O sufismo, também conhecido por tasawwuf, é a corrente mística e contemplativa do islamismo. Os praticantes do sufismo, conhecidos como sufis ou sufistas, procuram uma relação direta com Deus através de cânticos, música e danças. É uma filosofia de autoconhecimento e contato com o divino através de práticas meditativas, retiros espirituais, danças, poesia e música. Os sufis acreditam que Deus é amoroso e o contato com ele pode ser alcançado pelos homens através de uma união mística, independente da religião praticada.

Os muçulmanos acreditam que estão no caminho para Deus e que vão ficar perto de Deus no paraíso depois da morte. Os sufistas acreditam que é possível ficar perto de Deus ainda em vida.

Para os sufis a origem histórica da sua religiosidade pode ser encontrada nas práticas meditativas do profeta Maomé. Este tinha por hábito refugiar-se nas cavernas das montanhas de Meca onde se dedicava à meditação e ao jejum. Foi durante um desses retiros que Maomé recebeu a visita do anjo Gabriel, que lhe comunicou a primeira revelação de Deus.

Hallaj (séc. X), um dos grandes representantes do sufismo, foi executado, pois ensinou, em estado de êxtase, que Deus e ele eram um; que havia atingido a identidade suprema.

Quase um século e meio depois, Ghazali, um dos maiores pensadores do mundo e seguidor sufi, disseminava a ideia de que a verdade mística não pode ser aprendida, mas sim experimentada por meio do êxtase.

Algumas ordens do sufismo depositam ampla confiança numa prática chamada dhikr, que é, segundo eles, um método para se removerem os véus do coração e atingir o amor divino. Foi originado por Riaz Ahmed Gohar Shahi. Esta prática de dhikr é chamada dhikr-e-qulb (recordação de Deus por batidas do coração).

Quaker[editar | editar código-fonte]

George Fox teve um importante papel na fundação da Sociedade Religiosa dos Amigos.

Quaker é o nome dado a um membro de um grupo religioso de tradição protestante, chamado Sociedade Religiosa dos Amigos (Religious Society of Friends). Criada em 1652, pelo inglês George Fox, a Sociedade dos Amigos reagiu contra os abusos da igreja anglicana, colocando-se sob a inspiração direta do Espírito Santo.

Os quakers acreditam que todo indivíduo é capaz de sentir Deus diretamente, sem intermediário algum. Todos têm uma luz interior: o Espírito Santo, que guia o indivíduo quando este se converte e aceita essa voz.

Os quakers privilegiam a ideia de grupo em vez de focarem no indivíduo, como ocorre em outras tradições místicas.

Hesicasmo[editar | editar código-fonte]

Hesychasm e uma eremita tradição de reza da igreja ortodoxa. Baseada na injunção de cristo no gospel de Mateus "vá para seu quarto e reze”, Hesychasm na tradição e o processo de retiro interno , com a intenção alcançar conhecimento experimental de deus (theoria). Sendo este conhecimento experimental de deus a maior meta do praticante do Hesychast. A pratica hesychastic tem algumas semelhanças com reza mística ou meditação em religiões orientais (budismo, hinduísmo, Janaísmo e Sufismo).

A prática pode envolver especificas posturas corporais e pode ser acompanhada de padrões de respiração, também envolve a técnica de ignorar os sentidos.

Hesychasm mostra raízes em Evagrius Pontikos e também em tradições gregas com o asceticismo, indo até Platão.

Gnosticismo[editar | editar código-fonte]

Gnosticismo

Gnosticismo designa o movimento histórico e religioso cristão que floresceu durante os séculos II e III, cujas bases filosóficas eram as da antiga gnose (palavra grega que significa conhecimento), com influências do neoplatonismo e dos pitagóricos.

Os gnósticos ensinam que humanos são almas divinas aprisionadas num mundo material criado por um deus imperfeito, o Demiurgo (PAGELS, E. The gnostic gospels. Vintage Press, 1989. p. 18, 37, 42).

Para se libertar desse mundo material inferior é preciso gnose, ou seja, conhecimento espiritual conseguido pela experiência direta de Deus.

Em vários sistemas gnósticos, a causa da salvação é o conhecimento do divino. Isto é comumente identificado como um processo de conhecimento interior ou exploração própria, comparável com o encorajado por Plotinus (205-270 AD).

Para os gnósticos, a gnose é um conhecimento que brota do coração de forma misteriosa e intuitiva. É a busca do conhecimento, não o conhecimento intelectual, mas aquele que dá sentido à vida humana, que a torna plena de significado, porque permite o encontro do homem com sua essência eterna.

O objeto do conhecimento da gnose seria Deus, ou tudo o que deriva d'Ele. Para seus seguidores, toda gnose parte da aceitação firme da existência de um Deus absolutamente transcendente, existência que não necessita ser demonstrada. "Conhecer" significa ser e atuar (na medida do possível ao ser humano) no âmbito do divino.

Religiões Asiáticas[editar | editar código-fonte]

Budismo[editar | editar código-fonte]

Buda

No budismo, nirvana , literalmente "extinção", é o culminar da busca budista pela libertação. De acordo com a concepção budista, o nirvana seria uma superação do apego aos sentidos, da ignorância e da existência, que é pura ilusão. É o ápice, ou seja, é o ponto mais alto de meditação, no qual, acreditam seus praticantes, o espírito se liberta do corpo temporariamente. Alcançar o nirvana é como dissolver o ego, deixar de existir como uma entidade separada do resto do mundo e com isso quebrar a roda do carma, interrompendo o processo de contínuos renascimentos.

O hinduísmo também usa o nirvana como um sinônimo para suas ideias de moksha. Fala-se a respeito em vários textos hindus tântricos, bem como no bhagavad gita. Os conceitos hindus e budistas de nirvana não são todavia completamente equivalentes.

O budismo zen incentiva a prática da sabedoria experimental e o alcançar a iluminação.

O budismo zen minimiza a importância de conhecimento teórico e estudo de textos religiosos em favor da experiência direta. O budismo zen desenvolveu um modo de se concentrar diretamente na experiência em vez de credos ou revelações em escrituras (SUZUKI, D.T. Essays in Zen Buddhism'. 1949).

Vedanta[editar | editar código-fonte]

OM

Vedanta é uma tradição espiritual explicada nos Upanixades, que se preocupa principalmente com a auto-realização, através da qual se pode compreender qual a real natureza da realidade (Brâman). O Vedanta - que significa "o fim de todo o conhecimento" - por definição não se restringe ou está confinada a um único livro, e não é a única fonte da filosofia vedântica. O Vedanta se baseia nas leis espirituais imutáveis que são comuns às tradições religiosas e espirituais ao redor do mundo, onde o "fim do conhecimento" se referiria a um estado de auto-realização ou de consciência cósmica. Historicamente, o Vedanta tem sido compreendido como um estado de transcendência, e não como um conceito que pode ser compreendido apenas pelo intelecto.

Iôga[editar | editar código-fonte]

Dois sadhus ascetas praticantes de yôga.

O iôga (ou yoga) é um caminho espiritual que tem a meta de atingir a união com a consciência suprema. Fora da Índia, o iôga está mais associado ao hatha yoga, que é a prática de exercícios físicos de postura e respiração.

Jainismo[editar | editar código-fonte]

O jainismo ou jinismo é uma das religiões mais antigas da Índia, juntamente com o hinduísmo e o budismo, compartilhando com este último a ausência da necessidade de Deus como criador ou figura central.

O jainismo também acredita no moksha (sânscrito: मोक्ष, liberação), o qual refere-se, em termos gerais, à libertação do ciclo do renascimento e morte. Na mais alta filosofia hindu, é visto como a transcendência do fenômeno de existir, de qualquer senso de consciência do tempo, espaço e causa (karma). Significa a dissolução do senso do ser individual, ou ego, e a avaria total do nama-roopa (nome-forma). No hinduísmo, é visto como uma analogia ao nirvana.

Tantra[editar | editar código-fonte]

Tantra (sânscrito: tratado sobre ritual, meditação e disciplina), yoga tântrico ou tantrismo é uma filosofia comportamental de características matriarcais, sensoriais e desrepressoras. Essencialmente, a prática tem por objetivo o desenvolvimento integral do ser humano nos seus aspectos físico, mental e espiritual.

Está centrado no desenvolvimento e despertar da kundaliní, a "serpente" de energia ígnea, de natureza biológica e manifestação sexual, situada na base da espinha que ascende através dos chakras até se obter a união entre Shiva e Shakti, também conhecida como samadhi.

No tantra, ao contrário da maioria das filosofias espiritualistas, se vê o corpo não como um obstáculo mas como um meio para o conhecimento. Para o tantra, todo o complexo humano é vivo e possui consciência independente da consciência central e por isso mesmo é merecedor de atenção, respeito e reconhecimento. Para tanto, usa mantras (vocalização de sons e ultra sons em sânscrito), yantras (figuras geométricas, desde simples a complexas, como mandalas, por exemplo, que representam as diversas formas de shakti) e rituais que incluem formas de meditação de grande complexidade (realizadas apenas com apoio de um guru experiente, pois podem ser fatais).

Taoismo[editar | editar código-fonte]

Confucianismo[editar | editar código-fonte]

Xinto[editar | editar código-fonte]

Zoroastrismo[editar | editar código-fonte]

Religiões Antigas e Indígenas[editar | editar código-fonte]

Xamanismo[editar | editar código-fonte]

O xamanismo é um termo genericamente usado em referência a práticas etnomédicas, mágicas, religiosas (animista, primitiva) e filosóficas (metafísica), envolvendo cura, transe, metamorfose e contato direto entre corpos e espíritos de outros xamãs, de seres míticos, de animais, dos mortos.

Animismo[editar | editar código-fonte]

Paganismo[editar | editar código-fonte]

Ponto de vista filosófico e de escolas de pensamento


Capítulo 3 - Ponto de vista filosófico e de escolas de pensamento[editar | editar código-fonte]

Neoplatonismo[editar | editar código-fonte]

O Neoplatonismo foi uma corrente de pensamento iniciada no século III que se baseava nos ensinamentos de Platão e dos platônicos. Apesar de muitos neoplatônicos não admitirem, o neoplatonismo era muito diferente da doutrina platônica. O prefixo neo, inclusive, só foi adicionado pelos estudiosos modernos para distinguir entre os dois, mas na época eles se autodenominavam platônicos.

Neoplatônicos acreditavam que a perfeição humana e a felicidade poderiam ser obtidas neste mundo e que alguém não precisaria esperar uma pós-vida (como na doutrina cristã). Perfeição e felicidade (uma só e mesma coisa) poderiam ser adquiridas pela devoção à contemplação filosófica.

Escola Perenialista[editar | editar código-fonte]

Escola Perenialista é uma escola de pensamento baseada na Filosofia Perene, como formulada por dois grandes metafísicos ao longo do século XX: o francês René Guénon (1886-1951) e suíço-alemão Frithjof Schuon (1907-1998). A Escola Perenialista sustenta a universalidade da revelação e a unidade transcendente das religiões.

A unidade transcendente das religiões foi formulada por Frithjof Schuon [4] na obra de mesmo nome , no qual o autor sustenta, em síntese, que a unidade das grandes religiões mundiais (Cristianismo, Islã, Budismo, Hinduísmo, Taoísmo) deve ser buscada no plano metafísico, espiritual e transcendente. Dado que no plano dos dogmas, ritos e moralidades as religiões inevitavelmente se opõem, pois as formas são diversas, mas a essência transcendente é convergente.

As diversas religiões mundiais são de fato diferentes. É o cerne essencial que é idêntico, não a forma exterior. Todas as grandes religiões mundiais foram reveladas por Deus, e é por causa disso que cada qual fala em termos absolutos. Se não o fizesse, não seria uma religião, nem poderia oferecer os meios de salvação [5].

O conceito subjacente e por assim dizer implícito da "unidade transcendente" pode ser encontrado na antiga Grécia, particularmente em Platão e, mais tarde, nos neo-platonistas. No Cristianismo, Mestre Eckhart (no Catolicismo) e São Gregório Palamas (no cristianismo oriental) apontaram para a mesma ideia, a qual é também encontrada no Islã, sobretudo na sua vertente mística, o Sufismo. Assim, toda grande religião possui, além de uma dimensão exotérica, legal ou convencional, uma dimensão esotérica ou interior, que é simultaneamente universal e que se abre para as outras formulações desta mesma verdade. E é justamente tal universalidade que o conceito de Schuon almeja abarcar [6].

Filosofia Integral[editar | editar código-fonte]

A filosofia integral (também chamada de movimento integral, visão de mundo integral, paradigma integral) é um movimento que procura profunda compreensão dos fenômenos humanos e universais, combinando, dentre outras coisas, visões científicas e espirituais.

A preocupação em unir ciência e religião apoia-se em sua própria experiência e na de diversos místicos de todas as grandes tradições de sabedoria, tanto ocidentais quanto orientais, aliada à sua releitura transpessoal da psicologia analítica de Carl Gustav Jung.

No modelo de Ken Wilber (criador do Instituto Integral), a consciência se organiza em esferas evolutivas que sucessivamente incluem e transcendem a camada anterior. A vida inclui e transcende a organização física e molecular onde ocorre; a mente, por sua vez, inclui e transcende a vida; a alma inclui e transcende a mente; e o espírito, a alma.

  • A: Matéria / Física - A
  • B: Vida / Biologia - A+B
  • C: Mente / Psicologia - A+B+C
  • D: Alma (sutil) / Teologia - A+B+C+D
  • E: Espírito (causal) / Misticismo - A+B+C+D+E

Misticismo quântico[editar | editar código-fonte]

Niels Bohr

Misticismo quântico é a alegação de que as leis da física quântica incorporam ideias místicas similares àquelas que fundam certas tradições religiosas ou crenças do movimento da nova era.

Comparações com o misticismo foram primeiramente propostas pelos fundadores do campo da mecânica quântica como Erwin Schrödinger, Werner Heisenberg, Wolfgang Pauli, Niels Bohr e Eugene Wigner.

Em várias tradições místicas, a consciência é vista como uma entidade separada, existindo numa realidade não descrita pelas leis da física. Algumas pessoas dizem que essa ideia ganha suporte com as descrições do mundo físico feitas de acordo com a mecânica quântica.

Ponto de vista científico


Capítulo 4 - Ponto de vista científico[editar | editar código-fonte]

Neuroteologia[editar | editar código-fonte]

O MRIscanner é um dos instrumentos usados por neuroteólogos para estudar o cérebro durante experiências religiosas

Neuroteologia, também conhecida como bioteologia ou neurociência espiritual[7], é o estudo da base neural da espiritualidade e emoção religiosa. A meta da neuroteologia está em descobrir os processos cognitivos que produzem experiências religiosas, relacioná-los com padrões de atividade no cérebro, descobrir como evoluíram nos seres humanos e os benefícios dessas experiências para o ser humano. Existem várias áreas de estudo dentro da neuroteologia. Algumas delas são:

  • estudo sobre como o cérebro humano pode ter evoluído para produzir essas experiências (alguns chamam esta área de neuroteologia evolutiva).
  • Estudo do desenvolvimento espiritual e do sentido de Deus, do nascimento até a morte (alguns chamam esta área de neuroteologia desenvolvimental).
  • Estudo do comportamento espiritual e religioso da raça humana por toda a história e de ancestrais de humanos como o Homo erectus e outras espécies como o homem de neanderthal (alguns chamam esta área de neuroteoantropologia).
  • Estudo do comportamento religioso de primatas e outros mamíferos (alguns chamam esta área de zooneuroteologia)

Psicologia transpessoal[editar | editar código-fonte]

A psicologia transpessoal é uma área da psicologia que estuda o transpessoal, o transcendente ou o aspecto espiritual da experiência humana. Dentre os assuntos estudados na psicologia transpessoal, estão as experiências religiosas.[8]

A psicologia transpessoal tem entre seus objetos de trabalho e pesquisa os estados não ordinários de consciência que abrangem das experiências com alucinógenos (Grof, Huxley) aos estados místicos das tradições religiosas mundiais. Ken Wilber, um dos seus principais teóricos, em O espectro da consciência, propõe uma cartografia do ser que abrange do físico ao psíquico e deste ao espírito. Assim, a psicologia transpessoal abrange o ego, como as demais escolas de psicologia, e os estados além do ego (transpessoal).

De acordo com a psicologia transpessoal, existem cinco níveis de consciência, sendo eles:

Níveis de consciência de acordo com a psicologia transpessoal
  • a sombra - aqui o homem tem seu self distorcido. A sombra acumula porções da psique que causam incongruências, incompatibilidades. É um nível negativo e patológico.
  • Ego - é o nível superficial da consciência, onde o homem se identifica com uma imagem criada, seu self individual, sem se interessar profundamente em questões sociais ou ecológicas, ou seja, pensando em si próprio.
  • Biossocial - neste nível, o homem tende a ter uma preocupação com o outro, enxergando também o que o rodeia. Ele aceita uma responsabilidade perante os outros e pelo ambiente natural.
  • Existencial - o homem encontra, neste nível, a ligação entre corpo/mente, que tende à auto-organização. É ligado a um alto grau de desenvolvimento e auto-realização. É o grau perfeito para a filosofia e o humanismo. Emoção e razão se unem para o crescimento.
  • Transpessoal - este é o nível que a psicologia transpessoal estuda. É o nível mais profundo a que, atualmente, se consegue chegar. É o nível aproximado das experiências místicas, onde tudo está imerso no todo, o Tao, como uma gota d'água no oceano, mas não de uma forma linear, cartesiana. Os limites do ego são ultrapassados. É possível entrar em contato com o inconsciente coletivo, entre outros fenômenos relacionados.

Psicologia da religião[editar | editar código-fonte]

Carl Jung
William James, autor do livro As variedades da experiência religiosa

A psicologia da religião é a área da psicologia que estuda as experiências, crenças e atividades religiosas. A psicologia da religião também estuda enteogénos e meditação. Entre os psicólogos mais famosos que já escreveram sobre a psicologia da religião estão Sigmund Freud, Carl Jung, William James, Rudolf Otto, Erik Erikson, Erich Fromm, dentre outros.

O trabalho de Carl Jung consigo mesmo e com seus pacientes convenceram-no de que a vida tem um propósito espiritual que vai além das buscas materiais. Nossa principal tarefa, ele acreditava, era a de descobrir nosso mais profundo e incondicionado potencial, como a capacidade de uma lagarta de virar borboleta.

Baseado no seu estudo sobre o cristianismo, hinduísmo, budismo, gnosticismo, taoísmo e outras tradições, Jung percebeu que esta jornada de transformação está no coração de todas as religiões.

É uma jornada para encontrarmos a nós mesmos e ao mesmo tempo encontrarmos o divino. Paralelamente a Sigmund Freud, Jung pensava que a experiência espiritual era essencial para nosso bem estar.[9]

Base genética para as experiências religiosas[editar | editar código-fonte]

A hipótese do gene divino propõe que alguns seres humanos carregam um gene que lhes dão a predisposição para episódios interpretados por algumas pessoas como revelação religiosa. A ideia foi postulada e promovida pelo geneticista Dr. Dean Hamer, diretor da unidade de estrutura e regulação do gene, no instituto nacional do câncer dos Estados Unidos. Hamer escreveu um livro sobre o assunto intitulado: O gene divino: como a fé é pré-programada dentro dos nossos genes (The God Gene: How Faith is Hardwired into our Genes).

De acordo com a hipótese, o gene divino (VMAT2) não é “codificado” para a crença em Deus, mas é arranjado fisiologicamente para produzir sensações associadas, por alguns, com a presença de Deus ou outras experiências místicas, ou mais especificamente, espiritualidade como um estado da mente.

Que vantagens evolutivas isso pode levar e de que esses efeitos vantajosos são efeitos colaterais são questões que ainda estão para serem totalmente exploradas.

Lobo frontal em azul; Lobo parietal em amarelo; Lobo occipital em vermelho; Lobo temporal em verde.

Dr. Hames teorizou que a transcendência faz as pessoas ficarem mais otimistas, o que leva elas a ficarem mais saudáveis e com mais probabilidade de terem muitos filhos.[10][11]

Partes do cérebro relacionadas a experiências religiosas[editar | editar código-fonte]

O Sistema límbico e responsável pela memória e emoção. Ele e uma parte importante para experiências religiosa. Quando o sistema límbico estimulo eletricamente ele causa sentimentos de transcendentalismo, em pacientes com epilépticos em que a convulsão se origina no sistema límbico dizem ter profundas experiências de revelação espiritual.[12]

Origem evolutiva das experiências religiosas[editar | editar código-fonte]

As experiências religiosas são tipicamente complexas, envolvendo emoções, pensamentos, sensações e comportamentos. De acordo com cientistas, essas experiências são muito complexas para acontecer apenas em um local no cérebro. É possível que a evolução da capacidade do ser humano (e de outras espécies próximas aos seres humanos) de ter experiências religiosas seja sub-produto da evolução de várias partes do cérebro. Sendo isso verdade poderíamos descartar a hipótese de que a experiência religiosa evoluiu por ela ajudar na sobrevivência da espécie.[13] Alguns cientistas teorizam que a experiência religiosa tem relação com o orgasmo humano e dizem que o orgasmo e a experiência religiosa evoluíram juntas, baseado em estudos feitos no cérebro durante experiências religiosas e experiências de orgasmo e a semelhança entre áreas ativadas no cérebro durante essas experiências.[14] [15]

História de eventos relacionados a experiência religiosa


Capítulo 5 - História de eventos relacionados a experiência religiosa[editar | editar código-fonte]

Neste capítulo levantam-se questões sobre a relação dos humanos com as experiências religiosas durante o curso da história.

Esta imagem pode ser a representação mais antiga da meditação.[16]

Pré-História[editar | editar código-fonte]

  • 130.000 anos atrás - Surgimento do cérebro humano moderno
  • 12.000 anos atrás - Práticas xamânicas são possivelmente as primeiras formas de religião, sendo elas da época paleolítica[17] e Neolítica [18]. Várias práticas xamânicas existentes hoje em dia contém uso de enteógenos e experiências religiosas.[19] , e possivelmente seres humanos vêm usando técnicas e substâncias para obter experiências religiosas desde a época paleolítica.

Idade Antiga[editar | editar código-fonte]

  • Aproximadamente 2500 a. C. - A meditação, que é uma das técnicas para se conseguir obter uma experiência religiosa, existe desde antes da escrita. Arqueólogos dizem que a prática pode ter surgido entre as primeiras civilizações indianas.

Várias esculturas descobertas na Civilização do Vale do Indo (3300–1700 a.C.) mostram figuras em posturas de meditação. Nas Upanishads (escrituras sagradas hindus), existe umas das primeiras referências a meditação. Ela é feita no Upanishad Brihadaranyaka,[20] [21] A Civilização do Indo (por volta de 2000 a.C.) pode ter a primeira imagem representando meditação [22]. A imagem representa Shiva.

  • Aproximadamente 2000 a.C. - Abraão recebe uma ordem divina e se muda da Mesopotâmia para a Palestina, dando início ao povo judeu.
  • Aproximadamente 1500 a.C. - Moisés lidera os judeus na saída do Egito e institui os Dez Mandamentos sob inspiração divina.
  • Século VII a.C. - Zoroastro funda uma nova religião na Pérsia, o Zoroastrismo, baseada na luta do bem contra o mal.
  • 599 a.C.(ou 540 a.C.) - 527 a.C.(ou 470 a.C.) - Mahavira propaga a religião jainista na Índia. Uma das características principais do Jainismo é a defesa da não-violência.
  • Por volta de 563 a.C. - 483 a.C. - Siddhartha Gautama cria o Budismo na Índia, tendo como base a extinção dos desejos.
  • 8-4? a.C. – 29-36? - Jesus Cristo cria o Cristianismo, religião que se baseia no amor ao próximo. Após ser perseguido pelo Império Romano, o Cristianismo torna-se a sua religião oficial. O calendário ocidental posteriormente passa a ser contado a partir da suposta data do nascimento de Jesus.

Idade Média[editar | editar código-fonte]

  • 570 - 632 - Maomé, um comerciante da cidade de Meca, na Península Arábica, recebe uma revelação do Arcanjo Gabriel incitando-o a criar uma nova religião, o Islamismo.
  • 788 – 820 - Shânkara foi um reformador do Hinduísmo, filósofo brilhante e autor de muitos milagres.
  • 1207 - 1273 - Rumi, um poeta afegão muçulmano, escreve algumas das melhores poesias místicas de todos os tempos.

Idade Moderna[editar | editar código-fonte]

  • 1515 - 1582 - Teresa de Ávila reforma a ordem das freiras carmelitas, na Espanha, vivencia muitos fenômenos místicos e deixa escritos muitos clássicos da literatura religiosa mundial.
  • 1531 - Aparição de Nossa Senhora de Guadalupe no México a um índio asteca convertido ao catolicismo.
  • 1542 - 1591 - São João da Cruz, com o apoio de Santa Teresa de Ávila, reforma a ordem dos carmelitas na Espanha e escreve também muitos clássicos da literatura mística mundial.

Idade Contemporânea[editar | editar código-fonte]

  • 1469 - 1539 - Guru Nanak
  • 1817 - 1892 - Bahá'u'lláh
  • 1836 - 1886 - Ramakrishna
  • 1847 - 1910 - William James
  • 1858 - Aparição de Nossa Senhora em Lourdes, na França
  • 1875 - 1941 - Evelyn Underhill
  • 1893 - 1952 - Yogananda
  • 1894 – 1963 - Aldous Huxley
  • 1915 – 1968 - Thomas Merton
  • 1917 - Aparição de Nossa Senhora de Fátima em Portugal
  • 1926 - Satya Sai Baba

Como se ter uma experiência religiosa?

Capítulo 6 - Como se ter uma experiência religiosa?[editar | editar código-fonte]

Neste capítulo varias perguntas tentem ser respondidas, como:

Quais técnicas existem para ser ter uma experiência religiosa? Existem substancias ou equipamentos que causam experiências religiosas? Quais são as causas passivas que causam experiências religiosas?

Os processos e técnicas para conseguir uma experiência religiosa têm diferentes nomes dependendo da religião ou filosofia como:

  • Faqr (Sufismo)
  • Dhyana or bhakti (Hinduísmo)
  • Wu-wei (Taoísmo)
  • Fana (Sufismo/Árabe e Persa)
  • Makhafah/Mahabbah/Ma'rifah (Sufismo/Egito)
  • Nobre Caminho Óctuplo(Budismo)
  • O caminho


Pré-requisitos para se ter uma experiência religiosa[editar | editar código-fonte]

Com o conhecimento atual não e possível saber exatamente como cérebro funciona durante uma experiência religiosa, e por este motivo, e quase impossível dizer com certeza quais são os pré-requisitos para uma pessoa poder ter uma experiência religiosa ou ter propensão.

Futuramente com o crescimento do conhecimento humano sobre o cérebro vai ser possível saber quais são todos os pré-requisitos para uma pessoa poder ter uma experiência religiosa, enquanto não sabemos quais são eles podemos formular algumas perguntas para serem respondidas futuramente, como:

  • É preciso ter inteligência acima da media?
  • É preciso ter perfeita saúde cerebral, sem nenhuma doença mental?
  • Existem diferenças na capacidade de se ter experiências religiosas entre mulheres e homens?
  • É preciso chegar a certa idade para se ter experiência religiosas ou pessoas de qualquer idade (como crianças) podem ter experiências religiosas?
Meditação

Técnicas[editar | editar código-fonte]

Meditação[editar | editar código-fonte]

A meditação consiste na prática de focar a atenção, freqüentemente formalizada em uma rotina específica. A meditação pode ser utilizada para se ter experiências religiosas. [23]

Zazen[editar | editar código-fonte]

Zazen é um tipo de meditação e também é a base da prática Zen Budista. O objetivo do zazen é "apenas sentar", com a mente aberta, sem apegar-se aos pensamentos que fluem livremente. Isto é feito tanto através do uso de koans, o principal método Rinzai, ou o sentar-se completamente alerta (o "apenas sentar", shikantaza), o qual é o método da escola Soto. [24] O princípio do zazen é o de que uma vez que a mente esteja livre de suas diversas camadas, pode-se realizar a natureza búdica, atingindo-se a iluminação (satori).

Teresa de Ávila

Oração[editar | editar código-fonte]

Oração é prática religiosa comum a diversas tradições religiosas. É um ato de reconhecimento e louvor diante de um ser transcendente. A oração assim como a meditação pode ser utilizada para se ter experiências religiosas. [25]

Oração contemplativa[editar | editar código-fonte]

No Cristianismo místico, a oração contemplativa é uma oração em que o praticante controla a respiração, ou repete cantos ou apenas se concentra para acalmar os pensamentos e sentimentos e entra em comunicação com uma entidade que muitos acreditam ser Deus.

Oração de Jesus[editar | editar código-fonte]

Oração de Jesus também chamada Oração do Coração, é uma oração curta cuja fórmula é orada de forma repetida. Ela foi amplamente praticada, ensinada e discutida através da história do Cristianismo Oriental. As palavras exatas da oração variam da forma mais simples, como Jesus tende piedade à forma mais estendida: Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, tende piedade de mim, pecador.

A Oração de Jesus é, para os ortodoxos orientais e os católicos orientais, uma das orações mais profundas e místicas; é frequentemente repetida continuamente coma parte de uma prática ascética. Apesar de existirem muitos textos da Igreja Católica sobre a Oração de Jesus, sua prática nunca atingiu a mesma popularidade da Igreja Católica Ortodoxa.

Lectio divina[editar | editar código-fonte]

Lectio divina é um método de oração que pode levar à mais alta contemplação, muito praticado na Igreja desde os seus primórdios, particularmente nos mosteiros beneditinos.

Oração de quietude[editar | editar código-fonte]

Oração de quietude.[26]

Oração da união[editar | editar código-fonte]

Oração da união. [27]


Exercicios de Respiração[editar | editar código-fonte]

Jejum[editar | editar código-fonte]

Música[editar | editar código-fonte]

  • Música Sacra (Música Religiosa) [28]

Dança[editar | editar código-fonte]

Dança Sufista[editar | editar código-fonte]
Dança Sufista

A order sufista Mevlevi nas suas práticas dhikr atribuem grande importância à música e à dança. O exercício de meditação da ordem, denominado sama, envolve a recitação de orações e hinos, após os quais os participantes realizam voltas à sala, numa dança em que abrem os braços à altura dos ombros, com a palma da mão direita virada para cima e a da mão esquerda para baixo. Os membros desta ordem são mais conhecidos no Ocidente como os "dervixes rodopiantes". Sufistas procuram experiencias religiosas por meio trances misticos e estados alterados da mente induzidos por meio da desta dança. [29]

Danças da paz universal[editar | editar código-fonte]

Dances of Universal Peace

Chacras[editar | editar código-fonte]

Mandala.
Sri Yantra

Chacras são, segundo a filosofia ioga, canais dentro do corpo humano (nadis) por onde circula a energia vital (prana) que nutre órgãos e sistemas. Existem várias rotas diferentes e independentes por onde circulam esta energia. Os chakras são os pontos onde essas rotas energéticas estão mais próximos da superfície do corpo.

Várias terapias, como o Reiki e a cromoterapia se utilizam dos chakras como base para o tratamento do corpo físico até o espiritual. Concentrar-se no que está fazendo, pensando na região do chakra já é uma forma de reativá-lo. Procure ficar em um lugar tranqüilo, para que nenhum barulho possa tirar sua concentração. " Coloque uma de suas mãos aberta em frente ao chakra, sem tocar no corpo, e faça movimentos circulares no sentido horário, como se estivesse massageando o local, mas à distância. " Sentar-se na posição de lótus - pernas cruzadas - tronco ereto - e fixar o olhar na ponta do nariz estimula o chakra frontal ou do terceiro olho.

Kundaliní[editar | editar código-fonte]

Kundaliní é o poder espiritual primordial ou energia cósmica que jaz adormecida no Múládhára Chakra, o centro de força situado próximo à base da coluna, e aos órgãos genitais. É a energia que transita entre os chakras.

Enquanto está adormecida, assemelha-se a uma chama congelada. O "despertar" da energia divina Shakti Kundalini requer a orientação de um mestre realizado, para que o ativamento e desenvolvimento sejam apropriados e conduzam à meta suprema do Yoga que é a paz interior e a realização divina.

Estímulo visual[editar | editar código-fonte]

Símbolos religiosos[editar | editar código-fonte]
Geometria Sagrada[editar | editar código-fonte]
Mandalas[editar | editar código-fonte]

Mandala é a palavra sânscrita que significa círculo, uma representação geométrica da dinâmica relação entre o homem e o cosmo. De fato, toda mandala é a exposição plástica e visual do retorno à unidade pela delimitação de um espaço sagrado e atualização de um tempo divino.

Em termos de artes plásticas, a mandala apresenta sempre grande profusão de cores e representa um objeto ou figura que ajuda na concentração para se atingir outros níveis de contemplação. Há toda uma simbologia envolvida e uma grande variedade de desenhos de acordo com a origem.

A mandala representa para o homem o seu abrigo interior onde se permite um reencontro com Deus.

Uso de Enteógenos[editar | editar código-fonte]

Algumas substâncias psicoaticas, particularmente enteógenos , tem sido utilizado para propositos religiosos desde tempos pre-historicos.


DMT[editar | editar código-fonte]

O chá de ayahuasca contém DMT, podem induzir a pessoa a ter experiências religiosas
Delosperma contém DMT [32]

DMT é a abreviação da substância N,N-dimetiltriptamina . DMT é encontrada in natura em vários gêneros de plantas (Acacia, Mimosa, Anadenanthera, Chrysanthemum, Psychotria, Desmanthus, Pilocarpus, Virola, Prestonia, Diplopterys, Arundo, Phalaris, dentre outros), em alguns animais (Bufo alvarius possui 5-Meo-DMT, um alcalóide bastante parecido em estrutura e em propriedades químicas) e também produzida pelo corpo humano.[33]

DMT é o princípio ativo da mistura do ayahuasca.

O uso da ayahuasca está associado a práticas religiosas e parece ser utilizada por tribos indígenas da Amazônia há séculos. As seitas religiosas e espiritualistas mais conhecidas no Brasil cujos rituais envolvem o consumo do ayahuasca são a União do Vegetal (CEBUDV), Santo Daime (com duas vertentes principais, o Cefluris e o Alto Santo), A Barquinha e Irmandade Natureza Divina, além de núcleos e igrejas dissidentes e outros grupos independentes.

Salvia Divinorum contém Salvinorin A

Salvinorin A[editar | editar código-fonte]

Salvinorin A é a principal molécula psicotrópica na Salvia divinorum, uma planta Mexicana que tem um longo histórico de uso como enteógeno pelos indigenas Xamãs e Mazatecas.[34]

Os "curanderos" mexicanos a usam mascando suas folhas, uma pessoa necessita de cerca de 50 a 100 folhas para obter uma experiência religiosa. Tal método é menos eficiente do que fumar extratos da planta. Embora os efeitos sejam menos intensos, são mais prolongados, pois a absorção das Salvinorinas ocorre na realidade pelo tecido sublingual durante a mastigação e não pelo estômago. Por isso o uso tradicional em forma de maceração tem eficiência muito sutil, perceptível apenas aos mais experientes.


Mescaline[editar | editar código-fonte]

Echinopsis spachiana contém Mescaline

Nativos americanos tem usado mescalina, extraida do peyote para cerimonias religiosas a mais de 5700 anos[35] [36].

Psilocibina[editar | editar código-fonte]

Psilocibina está presente em cogumelos usados na medicina tradicional asteca-nahuatl da Meso-América. Os astecas o chamavam genericamente de teonanacatyl ou carne dos deuses, os mazatecos o denominam ntsi-si-tho onde ntsi é um diminutivo carinhoso e o restante da palavra poderia ser traduzido como "aquele que brota"[37].

A elevada freqüência de provas arqueológicas, na forma de estatuetas de cogumelos, encontrados na Guatemala evidenciam seu uso da cultura Maia.

Muscimol[editar | editar código-fonte]

A substancia muscimol, encontrada no cogumelo Amanita muscaria foi utilizada em rituais por toda a Europa pre-historica[38][39].

Bufotenina[editar | editar código-fonte]

A bufotenina (N-dimetil-5-hidroxitriptamina) é um alcaloide derivado da serotonina, por dimetilação do seu grupo amina.

Pode ser encontrado na pele de determinados sapos do gênero Bufo, como o Bufo marinus. Pode também ser encontrada em pelo menos duas espécies do género Anadenanthera, árvore que cresce no noroeste da Argentina, sul da Bolívia, Peru e provavelmente em outras regiões da América.

É um enteógeno, que atua por via inalatória ou digestiva, sobre os receptores específicos do córtex cerebral.

Estimulo do cérebro com campos magnéticos[editar | editar código-fonte]

Durante a década de 1980s o Dr. Michael Persinger estimulou o lobo temporal de pacientes humanos com um campo magnético fraco usando um equipamento que ele chamava de capacete de Deus (God helmet)[40] [41]. Os pacientes relataram ter a sensação de "uma presença celestial no quarto". Esse trabalho ganhou atenção na época, mas não foi explicado o mecanismo que causava esses efeitos. Em 1987, Michael Persinger publicou um livro sobre o assunto intitulado "Neuropsychological Bases of God Beliefs".

Causas passivas[editar | editar código-fonte]

Descrições de experiências religiosas


Capítulo 7 - Descrições de experiências religiosas[editar | editar código-fonte]

A gravura de Flammarion é usada pelos gnósticos para ilustrar a experiência religiosa , utiizada para driblar as limitações do materialismo.

As características comuns em experiências religiosas são:

  • Inefabilidade: A experiência não pode ser adequadamente colocada em palavras.
  • Noético: o fenômeno se passa num nível exclusivamente mental, não físico. O indivíduo sente que ele aprendeu alguma coisa de valor da experiência.
  • União: sentimento de união com tudo no universo, como todos os seres vivos ou união com Deus. [46]
  • Alterações de espaço e tempo: a experiência causa a sensação de inexistência tempo e espaço ou alargamento.
  • Sagrado: a experiência cria a sensação de que tudo é sagrado e divino.
  • Realidade superior: sentimento de que uma nova realidade, uma realidade superior ou a realidade definitiva foi revelada a ele. Mostrando que a realidade que vivemos é uma realidade inferior ou falsa e ilusória.
    • Consciência do absoluto
    • Realidade divina
  • Sensações positivas: a experiência causa sentimento profundamente positivo é prazeroso.
  • Efemeridade: a experiência é temporária. O indivíduo volta ao estado normal da mente após algum tempo.
  • Passiva: Dependendo da causa da experiência ela pode acontece para o indivíduo quase sem o seu controle.

Descrições famosas e relevantes para a história[editar | editar código-fonte]

Ramakrishna[editar | editar código-fonte]

Ramakrishna em êxtase

O célebre guru indiano Ramakrishna (1836-1886) descreveu muitos êxtases religiosos que experimentou. Em suas palavras:

...O sofrimento me dilacerava. Ao pensar que não teria na vida a graça desta visão divina, fui tomado de uma ansiedade terrível. Pensei: se isto deve ser assim, estou farto desta vida!... A grande espada estava pendurada no santuário de Kali. Meu olhar caiu sobre ela e um clarão atravessou-me a mente. - Ela!... Ela me ajudará a pôr fim... Precipitei-me em direção à espada. Segurei-a como um louco... E eis que a sala, com todas as suas portas e janelas, o templo, tudo desapareceu da minha vista. Parecia-me que nada mais existia. Em lugar disto, enxerguei um oceano do espírito, sem limites, resplandecente. Para qualquer ponto que voltasse os olhos, por mais longe que fosse, avistava as vagas enormes deste oceano brilhante. As ondas precipitavam-se furiosamente sobre mim, com um ruído medonho, como se fossem me engolir. Num instante estavam em cima de mim, arrebentaram, engoliram-me. Enrolado por elas, perdi a respiração. Perdi a consciência e caí no chão... Não sei como passei aquele dia e o seguinte. Dentro de mim rolava um oceano de alegria inefável. E até o fundo tinha consciência da presença da Mãe Divina...

[47]

Yogananda[editar | editar código-fonte]

Yogananda

Outro célebre guru indiano, Yogananda (1893-1952), também descreveu suas experiências místicas:

... Meu corpo tornou-se imóvel como se tivesse raízes; o alento saiu de meus pulmões como se um ímã enorme o extraísse. Instantaneamente o espírito e a mente romperam com sua escravidão ao físico e jorraram de cada um de meus poros como luz perfurante e fluida. A carne parecia morta e, contudo, em minha intensa lucidez, eu percebia que nunca antes estivera tão plenamente vivo. Meu senso de identidade já não se achava confinado à estreiteza de um corpo, mas abarcava os átomos circundantes. Pessoas em ruas distantes pareciam mover-se suavemente em minha própria e remota periferia. Raízes de plantas e árvores eram percebidas através de uma tênue transparência do solo; e eu distinguia a interna circulação da seiva.

[48]

Juan Diego[editar | editar código-fonte]

Dentro da tradição católica, uma descrição marcante de experiência religiosa foi a aparição de Nossa Senhora de Guadalupe ao índio mexicano Juan Diego, em 1531.

Juan Diego

...Era sábado de madrugada, pouco antes do amanhecer, ele estava em seu caminho, a seguir seu culto divino e empenhado em sua tarefa. Ao chegar no topo da montanha conhecida como Tepeyacac, o dia amanhecia e ele ouviu cantos acima da montanha, assemelhando-se a cantos de vários lindos pássaros. De vez em quando, as vozes cessavam e parecia que o monte lhes respondia. O som, muito suave e deleitoso, sobrepassava do "coyoltototl" e do "tzinizcan" e de outros pássaros lindos que cantam. Juan Diego parou, olhou e disse para si mesmo: “Porventura, sou digno do que ouço? Será um sonho? Estou dormindo em pé? Onde estou? Será que estou agora em um paraíso terrestre de que os mais velhos nos falam a respeito? Ou quem sabe estou no céu?". Ele estava olhando para o oriente, acima da montanha, de onde vinha o precioso canto celestial e então de repente houve um silêncio. Então, ouviu uma voz por cima da montanha dizendo-o: "Juanito, Juan Dieguito.". Ele com coragem foi onde o estavam chamando, não teve o mínimo de medo, pelo contrário, encorajou-se e subiu a montanha para ver. Quando alcançou o topo, viu uma Senhora, que estava parada e disse-lhe para se aproximar. Em Sua presença, ele maravilhou-se pela Sua grandeza sobrehumana. Seu vestido era radiante como o sol, o penhasco onde estavam Seus pés, penetrado com o brilho, assemelhava-se a uma pulseira de pedras preciosas e a terra cintilava como o arco-íris. As "mezquites", "nopales", e outras ervas daninhas que ali estavam, pareciam como esmeraldas, sua folhagem como turquesas e seus ramos e espinhos brilhavam como ouro. Ele inclinou-se diante Dela e ouviu Sua palavra, suave e cortês, como alguém que encanta e cativa muito.

[49]

Referências

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  2. [http://www.bbc.co.uk/science/horizon/2003/godonbrain.shtml God on the brain
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  4. Sapientia, Biografia
  5. Sapientia, A Base da Religião e da Metafísica, Entrevista concedida por Frithjof Schuon a Deborah Casey
  6. De l'Unité transcendante des Religions,
  7. Searching for God in the Brain 2007-10-07
  8. What is Transpersonal Psychology?
  9. Vivianne Crowley, "Jung: A Journey of Transformation:Exploring His Life and Experiencing His Ideas" (2000)
  10. "'Nature Magazine Book Review - The God Gene: How Faith is Hardwired Into Our Genes" Nature Magazine
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  13. Exploring the biology of religious experience
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  16. Merriam-Webster's Encyclopedia of World Religions By Wendy Doniger, Merriam-Webster. page 504. Published 1999 Merriam-Webster. ISBN 0877790442
  17. Shamanism in Prehistory
  18. [http://concise.britannica.com/oscar/print?articleId=109434&fullArticle=true&tocId=52333 Karl J. Narr Prehistoric religion]
  19. Sacred-Texts "What is Shamanism?"
  20. Flood, p. 94.
  21. Possehl (2003), pp. 144-145
  22. Merriam-Webster's Encyclopedia of World Religions By Wendy Doniger, Merriam-Webster. page 504. Published 1999 Merriam-Webster. ISBN 0877790442
  23. "'Divining the brain" Salon.com (URL accessed on September 20, 2006)
  24. Rinzai e Soto são as principais escolas de Zen no Japão; ambas tiveram origem na China como as escolas Linji e Caodong, respectivamente.
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  27. Prayer of union
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  29. "'ufis seek ultimate religious experience through mystic trances or altered states of consciousness, often induced through twirling dances " Sufism: New Age Spirituality Dictionary
  30. "'Self-inflicted Pain in Religious Experience " www.faithfaq.com (URL accessed on july 11, 2006)
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  40. God On The Brain
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  42. Katie, Byron. Loving What Is page xi ISBN 1-4000-4537-1
  43. "'God on the Brain " http://news.bbc.co.uk (URL accessed on March 20, 2003)
  44. "My Stroke of Insight" http://www.ted.com/index.php/talks/jill_bolte_taylor_s_powerful_stroke_of_insight.html (URL accessed on July 22008)
  45. Moody, Raymond. Life After Life ISBN 0-06-251739-2
  46. What it's about : Religious Experience and spirituality today. http://www.lamp.ac.uk/aht/What_it_s_About/what_it_s_about.html. Site acessado em 11 de julho de 2006.
  47. Edições de Planeta - Ramakrishna, o louco de Deus. São Paulo: Três, 1973. p.16
  48. YOGANANDA, P. Autobiografia de um iogue. São Paulo: Summus, 1981. p. 144
  49. http://www.sancta.org/nican_p.html site acessado em 27 de junho de 2009

Consequências de se ter uma experiência religiosa


Capítulo 8 - Consequências de se ter uma experiência religiosa[editar | editar código-fonte]

Importância da experiência religiosa[editar | editar código-fonte]

Conclusão


Capítulo 9 - Conclusão[editar | editar código-fonte]

Escrituras religiosas e livros que contém textos sobre experiências religiosas[editar | editar código-fonte]

Escrituras Sagradas[editar | editar código-fonte]

  • Vedas (os primeiros livros religiosos do Hinduísmo, escritos em sânscrito, por volta de 1500 anos AC)
  • Cânone Pali (considerado pela tradição Theravada como contendo os textos que se aproximam mais dos ensinamentos do Buda)
  • Yoga Sutras (Aforismos do Yoga) (são os textos clássicos do conhecimento sobre o Yoga. Foi escrito por volta de Século V a.C. ou pouco tempo depois).
  • Biblioteca de Nag Hammadi (foi escrito por volta de Século I a.C.)

Livros[editar | editar código-fonte]

  • Titulo : Noite Escura da alma (La noche oscura del alma) / Autor : São João da Cruz / Ano : Entre 1562 e 1591
  • Titulo : The Varieties of Religious Experience / Autor : William James / Ano : 1902
  • Titulo : Mysticism: A Study in Nature and Development of Spiritual Consciousness / Autor : Evelyn Underhill / Ano : 1911
  • Titulo : Religious Experience / Autor : Wayne Proudfoot / Ano : 1985
  • Titulo : Handbook of Religious Experience / Autor : Ralph W., Jr. Hood / Ano : 1995

Referências[editar | editar código-fonte]

Referências

  • 1. ↑ "'Nature Magazine Book Review - The God Gene: How Faith is Hardwired Into Our Genes" Nature Magazine
  • 2. ↑ "'Is God in Our Genes?" Time Magazine
  • 3. ↑ Vivianne Crowley, "Jung: A Journey of Transformation:Exploring His Life and Experiencing His Ideas" (2000)
  • 4. ↑ "'Divining the brain" Salon.com (URL accessed on September 20, 2006)
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  • 6. ↑ "'The Emotional Effects of Music on Religious Experience: A Study of the Pentecostal-Charismatic Style of Music and Worship " Sage Journals
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  • 9. ↑ *Deida, David. Finding God Through Sex ISBN 1-59179-273-8
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